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História Emissarium - O motivo da expiação - Capítulo III - O desconhecido


Escrita por: NikaSama

Notas do Autor


Gente, estou amando escrever essa história!
O que será que aguarda nossa doce Meggan?
Confiram ;)

Capítulo 3 - Capítulo III - O desconhecido


Fanfic / Fanfiction Emissarium - O motivo da expiação - Capítulo III - O desconhecido


O desconhecido
    Naquela noite assustadora e fria, onde ninguém escutaria se Meggam gritasse. a figura misteriosa surgiu lentamente com uma capa longa e rubra com capuz que impedia qualquer um de  ver-lhe o rosto, mas as poucas chispas de luz produzidas pela iluminação dos postes oscilantes do local permitiu que Meggam comprovasse que o ser que estava ali em sua frente sorria de satisfação. Estava confusa e tensa,um turbilhão parecia invadir-lhe a mente tudo naquela noite que parecia sair de um filme de terror.


-Olá, quem é você?- Meggam parecia ter extrema dificuldade para falar, como se sua garganta estivesse seca.
-Você trouxe a chave até a porta criança, muito bem! Agora o destino lhe foi entregue. - A voz do ser a frente de Meggam era extremamente grave e de uma rouquidão assustadora.


Assim que ele terminou de falar escapou um grito de Meggam que se surpreende quando percebeu que debaixo de seus pés o asfalto se contorcia e se trincava em formato de um circulo perfeito a sua volta, o chão começa a se quebrar gerando barulhos altos deixando Meggam sem saída, afundando a cada movimento de tentativa de fuga em meio a uma gosma grudenta vermelha como sangue de cheiro fétido e textura fria desagradável que saía entre as frestas do asfalto rachado e distorcido. Sem poder se mover e suplicando para que alguém lhe ajudasse, que alguém aparecesse naquele maldito momento, Meggam gritava apavorada mas sua voz saía fraca, logo estava completamente submersa, era tanto desespero que sua respiração estava acelerada a fazendo tontear, quando foi totalmente mergulhada não conseguiu manter-se consciente.
    Não se sabe ao certo quanto tempo se passou dormindo ou até como fora parar alí, Meggam desperta, lentamente seus olhos se abrem, sua cabeça latejava de dor e seu corpo parecia ter sido submetido a uma tortura. Ela se senta e observa o local a sua volta. 
"Mas que diabos é isso? Onde estou!?'' .

 
Estava em uma poça envolta pela mesma gosma vermelha de odor e textura desagradável d noite passada, a mesma que afundara,  com gravetos e folhas secas grudadas e muitas moscas varejeiras a rodeando. Haviam arvores, mas todas estavam sem uma folha se quer, mortas e cobertas de o que Meggam não queria acreditar ser sague seco, a vegetação queimada, o chão encoberto por folhas secas e aparência oxidada,  o céu era de um ferrugem assustador e a paisagem tinha uma iluminação devéras avermelhada. O ar parecia intragável e pesado,o cheiro desegradável de enxofre e ferrugem empregnavam o ar, não hávia nem rastros de uma brisa. "Que lugar era aquele?"
    Meggam se levantou e tentou se desvencilhar do que podia daquela gosma nojenta passando com força e rapidez as mãos de cima para baixo, pensou que ainda bem que seu pijama não era branco, mas na verdade não teria diferença alguma. 
    Agora um pouco menos suja Meggan começou a caminhar, a medida que foi andando a paisagem parecia não mudar em nada, sua mão direita pulsava sem parar no local que foi queimado pelo pingente,  seus pés afundavam arranhando-se e fazendo pequenos cortes por conta dos gravetos secos e finos que se quebravam a cada passo, parecia que Meggam estava se afundando nas folhas ficando mais e mais difícil de andar, quando as folhas chegaram a altura de seus joelhos decidiu parar para respirar e retomar as forças, pois estava sendo bastante desgastante andar naquela situação. Meggam sentiu uma forte vontade de chorar, estava perdida e sozinha em um lugar que nem parecia seu mundo, quanto mais sua cidade. A cidade de Bigusa era pequena porem acolhedora, no verão a brisa era agradável e no inverno o frio e a neve atraiam turistas, a primavera com muitas arvores floridas nas ruas e uma população de idosos um tanto quanto alta, mas com índices de criminalidade baixissímos. Aquele lugar não parecia nem um pouco acolhedor muito menos inofensivo, parecia que a qualquer momento surgiria algo atrás de Meggam que lhe tomaria a vida. 
    Um barulho se aproximava, um trotar trovejante nos galhos secos que forravam o chão e um grito desesperado de alguém que vinha sendo arrastado. Meggam se escondeu atrás de uma arvore de tronco largo e raizes saltadas,  observou assustada e se escondendo, conciente de que não poderia ser ingênua e sair pedindo ajuda a qualquer um, tampou a boca com as duas mãos para não fazer barulho. 
    O que Meggam julgava ser um homem de armadura, extremamente alto e largo, montava um animal que não reconheceu e achava que nunca hávia visto tal criatura em nenhum animal planet da TV. Era uma criatura com uma aparência grotesca, parecia ter a cabeça de um cavalo com escamas, só que com olhos mais hostis, dentes saltando-lhe o focinho e a baba espessa escorrendo, suas patas traseiras eram mais largas, assim como o seu corpo sua calda era blindada  com 3 enormes espinhos afiados com o que julgava ser o mesmo material da armadura do guerreiro que lhe montava, e era tão alto que Meggam acreditava precisar de uma escada para montar-lhe.
    O guerreiro saltou de cima da fera e Meggam jurou ter sentido o chão tremer com o impacto, a criatura ficou quieta sem intrometer-se, o guerreiro carregava em uma de suas mãos uma espada enorme que aparentava ser incrivelmente pesada. Pegou seu suposto refém e começou a bater-lhe, falava e bradava em uma língua que Meggam não entendia, parecia que o agressor procurava por algo ou alguém, mas o coitado que apanhava sem parar não sabia ou não iria colaborar. "Ah! essa não.".  Ela virou o rosto quando percebeu que o guerreiro iria concluir o que viera fazer. O pobre coitado que veio arrastado gritando calou-se em instantes.
     Meggam sentia sua cabeça dar voltas e que seria difícil se livrar do enjoo. Se agachou sentando no chão e agarrando seus joelhos em um abraço tentando se reconfortar, o que acabara de acontecer ali não poderia ser real, temia fazer barulho e ser ouvida, então esperou, suas mãos tremiam mas seu corpo estava tenso como se estivesse congelada. Ouviu o Guerreiro afastar-se, aguardou até não escutar mais nenhum trotar. Se levantou e afastou-se daquele lugar que julgava não ser nada seguro. Passou perto do corpo do rapaz que apanhara até a morte e encarou-o por alguns instantes, Meggam não sabia o que estava acontecendo mas sabia que a morte daquele rapaz não foi justa, sentiu pena dele. Reparando melhor o rapaz caído tinha vestes muito antiquadas como nos filmes medievais, mas achou melhor não se prender a aquele detalhe.  Andando um pouco mais escutou barulhos nas folhas secas que agora cobriam o chão, olhou rapidamente para trás mas não viu nada, não tinha como não ficar alerta. Continuou andando e escutou agora mais próximo e mais rápido, olhou novamente e viu todas as folhas serem reviradas por uma verdadeira onda de formigas vermelhas gigantescas que brotavam do chão, pareciam querer devora-la correndo em sua direção. Meggam pois-se a correr e sem acreditar que aquilo estava acontecendo.
 "Aquelas coisas são formigas?" 
"Que lugar louco é este? Eu enlouqueci só pode, é a única explicação!"


    Achou um rochedo que tinha uma pequena fresta que apenas ela passaria e aqueles bichos enormes teriam que tirar no cara ou coroa quem iria almoçar hoje,  mas eles poderiam subir atrás dela afinal as formigas eram grandes mas não tão maiores que Meggam. Ela começou a escalar aquelas pedras avermelhadas e com toda a força que o medo e a adrenalina podem proporcionar chegou rapidamente à fresta e adentrou a pequena caverna escura e pelo que pode perceber vazia, correu para o seu interior mas parou para olhar para trás para ver quantos daqueles monstros a seguiriam.
    Sentou-se ofegante e suada olhando, e nada, nenhuma a seguiu até ali. Depois de algum tempo não se ouviu mais nenhum barulho, nem uma folha se quer ser arrastada. Porque elas desistiriam da "refeição"?
Uma lufada de ar quente balançou os cabelos de Meggam que enrijeceu a postura no mesmo instante com o fedor de carne podre no ar. Havia alguém na caverna enfim, e não parecia ser melhor do que as formigas esfomeadas. 
    Até ali Meggam não tinha pensado no porque das formigas recuarem da caverna, mas um frio em sua espinha e calafrios em sua nuca alertavam que mesmo parecendo impossível havia um predador pior ainda e mais perigoso nas suas costas.


-Quem está ai?- Meggam se recusou a olhar para trás, o medo a congelava.


Um urro gutural a fez sair correndo e escorregando na saída da caverna a fazendo rolar pedras à baixo. A criatura escamosa e vermelha saiu mostrando sua impressionante presença. Um dragão. Meggam só podia estar sonhando ou talvez tenha entrado em um livro, ou caiu em uma toca de coelho assim como a Alice não pensava em outra explicação.
Mas o que realmente estava havendo ali? Que lugar era aquele? E o pior era que Meggam estava completamente sozinha, nessas histórias os personagens principais ganhavam ajuda ou poderes mas parecia-lhe apenas o figurante que era sacrificado por um enredo de drama e injustiça.
    A criatura tinha presas gigantescas e olhos verdes como os de uma serpente, parecia extremamente irritado e saia fumaça de suas ventas literalmente. O dragão parecia inspirar fundo e quando tinha os pulmões cheios de ar Meggam sentiu como por instinto o que iria acontecer. Saiu correndo e se jogou atrás de uma enorme pedra pontiaguda protegendo-se da rajada de chamas que incendiou rapidamente as folhas secas  fazendo um circulo ao seu redor de chamas altas e sufocantes. Meggam se engasgava com a fumaça e não poderia aceitar que aquele ali fosse o seu fim. 
Juntou toda a coragem que lhe restava e a loucura que achava a acompanhar pelo simples fato de estar naquele lugar "sei lá onde!", e jogou um chumaço de folhas e alguns gravetos em direção do dragão para afrontar-lhe. 

-Hei, seu dragão medroso! Vem aqui e me encara de perto, duvido você ser tão amedrontador assim cara a cara.- Meggam se preparou para a investida planejada flexionando de leve os joelhos e segurando a respiração.


Ele foi em direção de Meggam como o previsto, Meggam esquivou-se jogando-se para a esquerda mas queimou o seu ombro esquerdo com uma chama que pegou de leve em sua delicada pele. Ela não perdeu o ritmo por conta da queimadura, pegou o máximo de impulso possível e pulou em direção aos chifres escuros, ficando logo a cima da cabeça do dragão com uma das pernas entre seus olhos. O dragão sacudiu a cabeça com o intuito de livrar-se de Meggam que continuou escalando até a parte mais escamosa na nuca do dragão. As asas dele eram enormes e com afiadas pontas iguais aos chifres. Meggam o montou e como em um abraço chegou perto do que julgava ser os ouvidos da criatura.


- Sinto muito não queria ter dito tudo aquilo, você deve ser a criatura mais incrível que eu já vi em toda a minha vida, mas não posso acabar aqui...- o dragão ficou imóvel como se escutasse com atenção as palavras de Meggam ao seu ouvido, sua voz soou doce e atenciosa.
- Peço que me deixe ir, eu não sei que lugar é este, mas acho que eu não deveria estar aqui. Prometo não mais lhe incomodar.


    Meggam desceu, sabia que mesmo que saísse correndo ele a alcançaria ou colocaria fogo em tudo até acha-la. Ele estreitou os olhos e a encarou por minutos, Meggam não estava com medo, não sabia o porque mas sentia-se segura de que ele não lhe faria mal algum. O dragão soltou um rosnado altíssimo deixando Meggam surda por alguns instantes e quase desequilibrada por causa o vento forte provocado. Ela o olhou nos olhos, e seus olhos pareciam conectar-se, ela parecia conversar com ele apenas olhando em seus olhos, ele estava irritado, algo o incomodava demais e Meggam pode perceber o que era. O olhou e disse em um tom bastante audível.


-Eu prometo voltar, vou encontrar algo para comer e descobrir como vim parar aqui. Mas...- Meggam abaixou a cabeça sem saber como consolar a fera a sua frente.- Não desista de procurar-los, aposto que há outros fortes, incríveis e sobreviventes criaturas como você, e mesmo que não haja mais ninguém, não ficará sozinho eu prometo!
Os olhos de Meggam brilhavam fora do normal, mas ela nem se deu conta disso, afinal não tinha nenhum espelho por perto. O dragão fez uma espécie de reverência como se agradecesse as palavras de Meggam. Logo a fera virou-se e voltou para sua caverna, adentrou e sumiu na escuridão.


Meggam suspirou, um suspiro longo e aliviado, pensando que sabia exatamente como aquele dragão se sentia, mas não poderia parar para fazer-lhe companhia afinal morreria de fome e cede. Continuou a andar um pouco, mas sem direção certa. Achou uma arvore que lhe parecia bem antiga, seu tronco era largo, suas cascas enrugadas e escurecidas, ali não tinha tantas folhas no chão sentou e recostou-se na velha arvore sem folhas. Relaxou os ombros, cansada, confusa e faminta em meio aquela escuridão," o que mais poderia acontecer?" pensou, logo adormeceu, em um estranho mundo do qual queria acreditar com todas as suas forças que aquilo tudo iria acabar assim que acordasse, estaria em sua cidade, em sua casa e em cama.
 


Notas Finais


E então, o que estão achando? ^^
Gostam de mistério? Como Meggam se meteu nessa enrascada? E onde é esse lugar misterioso?
Vamos descobrir juntinhos haha ;)


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