1. Spirit Fanfics >
  2. Encantamento >
  3. O Encanto e o Desencanto

História Encantamento - O Encanto e o Desencanto


Escrita por: Bico_Sugarado

Notas do Autor


Altas horas e eu aqui, escrevendo para vocês.
Eu mereço muito amor, não mereço não?
Me dê amor, please. ^^
Relevem os erros, to morrendo de sono.
hhihihihih

Capítulo 2 - O Encanto e o Desencanto


Fanfic / Fanfiction Encantamento - O Encanto e o Desencanto

Taehyung se levantou da rede, espreguiçou esticando os braços o mais alto que pôde, desligou a música e guardou o celular na mochila. Tinha ido para a clareira naquela tarde com um propósito específico, o dia estava quente demais e despertou nele uma vontade enorme de tomar banho no riacho, pelado. Sim, havia a vantagem de ninguém além dele mesmo frequentar aquele lugar, ao menos não encontrou nenhuma pessoa em todo esse tempo.

Caminhou até a beira e começou a se despir. Primeiro a camiseta, depois a bermuda e então, após um suspiro pra tomar coragem, desceu a cueca pelas pernas até retirá-la completamente. Ao se curvar para recolher as roupas ele sentiu o vento diretamente em suas partes baixas e a sensação incomum fez Taehyung rir sozinho achando aquela situação um tanto quanto vergonhosa. Juntou todas as peças uma em cima da outra, dobradas de qualquer jeito e deixou ali mesmo entre algumas pedras, pois involuntariamente lembrou como acontece em filmes e novelas onde alguém leva as roupas da pessoa e ele não quis arriscar mesmo parecendo algo muito improvável.

Após contornar as pedras na margem, o rapaz finalmente entrou na água que estava fria por sinal, mas isso era bom, ele queria mesmo se refrescar. Abriu as mãos juntas embaixo da água e as elevou deixando escorrer pelo rosto, fez isso mais duas vezes antes de mergulhar. Nunca antes havia se sentido tão pertencente à natureza como naquele momento, em total contato, livre de qualquer barreira criada pela civilização, ele e o meio eram um só. Ficou por um tempo de olhos fechados e pensamento desligados, apenas sentindo o leve balanço das águas e o vento bater no rosto. Uma melodia suave e distante rondou a mente do rapaz como uma lembrança e mesmo ele não se recordando de já tê-la ouvido antes - provavelmente tinha ouvido antes algum lugar, mas não sabia onde nem quando, ele pensou-, deixou que ela relaxasse ainda mais seu corpo.

Não soube como e nem o motivo, mas em um instante se pegou tendo pensamentos sexuais, como quando um adolescente fica sozinho em casa e de repente bate aquela vontade de abrir um vídeo pornô e se tocar. A excitação crescia inexplicavelmente, a respiração ficava mais pesada à medida que a ereção se formava e, bem... ele estava sozinho.

Abriu os olhos e conferiu se realmente não havia ninguém mais ali, porém a mão já descia até o falo antes mesmo de concluir a checagem. Fechou a mão em torno do pênis apertando um pouco e deslizou para cima devagar suspirando com a sensação, depois voltou para a base iniciando uma masturbação lenta e tortuosa. A mão livre envolveu as bolas por alguns instantes, em seguida subiu pelo abdômen e parou sobre o peito jogando a cabeça para trás e gemendo quando apertou um mamilo entre os dedos.

Um pouco mais perto da margem do riacho algumas pedras formam pequenas quedas d'água e Taehyung se dirigiu para elas, sentou em uma e se encostou a outra atrás ficando meio deitado, então recomeçou de onde havia parado e nem atentou para o fato de que a melodia que vagava em sua cabeça havia cessado. Podia sentir a água passando pelo contorno do corpo, mas elas não o cobriam, assim pôde ver o pré-seminal escorrer pela fenda da glande.

O ritmo acelerava ao mesmo nível do prazer que se apoderava dele e a necessidade de alcançá-lo ao máximo superava o cansaço no braço que se movimentava cada vez mais rápido. As pernas se esticaram rígidas, os dedos dos pés dobram-se, a outra mão fechou-se em punho e Taehyung não conseguiu controlar o longo gemido arrastado e alto que irrompeu da garganta quando o orgasmo lhe atingiu fazendo todo o corpo estremecer.

§-§_§-§_§-§_§-§_§-§

O dia passou rápido para Adhara, ao contrário da noite que perdurou amargamente estendendo seu lamento. Já amanhecia quando ela, sem perceber, chegou ao desemboque de um rio e seguiu até chegar nele. Ao subir para a superfície notou o quanto aquele lugar era bonito e teve certeza de nunca tê-lo visitado antes, ela certamente teria voltado se o tivesse feito ou até mesmo nunca teria ido embora de lá.

Ficou tão vislumbrada com a paisagem que nem percebeu que já não pensava no que havia acontecido na noite passada nem tampouco se deu conta do tempo correndo - deve estar na metade da tarde pela posição do sol, ela pensou.

Adhara estava sentada em uma pedra como de costume e brincava com o cabelo, ora enrolando mechas nos dedos ora fazendo tranças, enquanto cantarolava baixinho apenas para si. Sua distração foi interrompida por um som grave, rouco e maravilhosamente agradável a seus ouvidos, parecia vir de algum lugar adiante, depois da curva que o rio fazia. Nem pensou duas vezes e logo saiu em direção ao som que já não escutava, mas que lhe intrigou e sabia que era para aquele lado e de fato havia alguém ali.

Logo ao dobrar a curva Adhara avistou o corpo nu de um belo homem sobre a cascata e pensou ser aquela a mais linda visão que já tivera. Não entendia bem o que ele fazia, mas julgou ser algo sexual pelas expressões que pairavam na face alheia além das sensações estranhas que sentia ao assistir tal cena. Só podia ser algo sexual, de alguma forma ela tinha certeza que realmente era isso mesmo não conhecendo o sexo dos homens que vivem na terra, talvez pela parte humana que havia em si.

A sereia se aproximou lentamente evitando qualquer movimento que pudesse denunciar sua presença e ficou quase inteiramente submersa exceto pelos olhos que observavam o rapaz com admiração. Adhara teve sua consciência e seu corpo paralisados diante daquele som de igual timbre ao que havia escutado antes, no entanto dessa vez mais alto, claro e também mais arrebatador. Não compreendia o que sentia, seu coração latejante parecia estar em brasa, se sentia presa ao homem a sua frente e pensou estar provando do próprio veneno e pagando o que fez sentir a tantos homens. Adhara o desejou para si ou, talvez, desejou ser dele.

§-§_§-§_§-§_§-§_§-§

Já estava ficando desconfortável para Taehyung em cima daquelas pedras, então decidiu que era hora de levantar para dar mais um mergulho antes de voltar para o centro da clareira, mas ao virar a cabeça se deparou com um par de olhos no meio do rio em sua direção e se assustou.

– EI!!! – gritou sem pensar com um sobressalto tentando cobrir a intimidade com as mãos e viu aqueles olhos se arregalarem. – QUEM É VOCÊ? ESTAVA ME ESPI... – a pessoa mergulhou rapidamente e ele podia jurar que viu algo parecendo uma cauda de um peixe gigante bater na água. – EI, ESPERA...

Taehyung voltou para o meio do rio em passos rápidos quando percebeu que seu pedido foi atendido e quando a pessoa se virou ele sentiu suas forças se dissiparem por um momento. Nunca fora de acreditar fielmente em lendas ou folclores, entretanto dessa vez não havia dúvidas de que estava frente a frente com uma sereia, mas só teve essa certeza após beliscar discretamente seu próprio braço.

Era de uma beleza extraordinária que beirava o irracional e o inacreditável, era impossível descrever os traços de seu rosto com precisão e mesmo se tentasse fazê-lo provavelmente quem ouvisse não conseguiria imaginar e visualizar perfeitamente. Os seios estavam cobertos pelos cabelos longos e negros como a noite – havia uma trança fina em um dos lados –, descendo pelo tronco, mais ou menos na altura onde deveria haver um umbigo, começava a aparecer as escamas da cauda que estava dentro d’água.

***

Adhara arregalou os olhos em surpresa e medo quando o homem notara sua presença e tentou ir embora, mas quando o ouviu gritando para que esperasse não conseguiu ter outra reação a não ser a de parar imediatamente e se assustou com isso, com o poder que ele teve sobre si. Virou-se ficando de frente para ele e contemplou cada detalhe seu: o cabelo castanho molhado, o rosto de traços másculos e ao mesmo tempo delicados, de olhar intenso e lábios corados e o torso de músculos firmes.

Em meio à agonia de não saber o que fazer e de não estar se sentindo no controle da situação, ela decidiu recorrer a sua melhor arma – a sua voz, o seu canto – para no mínimo distraí-lo e ir embora. Mas o resultado foi de longe o mais inesperado e misterioso.

***

Taehyung reconheceu aquela melodia, era a mesma que ouviu minutos atrás, porém a voz era milhões de vezes mais doce e embriagadora dessa vez. Sentia-se meio tonto, mas mesmo assim não conseguia quebrar a conexão que os olhos dos dois estabeleceram e, mais forte que a tontura, sentiu vontade de acompanhá-la na canção.

E assim fez como se não tivesse a escutado pela primeira vez há tão pouco tempo, como se a tivesse cantado durante a vida inteira. As duas vozes se chocaram no ar e se abraçaram, encaixaram-se perfeitamente como duas peças complementares de um quebra-cabeça.

O rapaz se lançou para frente ao ver a mulher vacilar e cair levantando água para todos os lados por causa do baque, agarrou-a pelos ombros e a ergueu. No seu rosto só havia pavor, estava absolutamente assustada e trêmula.

– O que foi? Você está bem? – ele perguntou preocupado esperando qualquer sinal que lhe respondesse, mas nada veio. – Aconteceu alguma coisa? Está se sentindo mal? Huh?

– P-pernas... – franziu a testa como se falasse algo estranho ou sem a mínima lógica... – Eu t-tenho p-pernas... Minha cauda sumiu!!! – a última frase soou em um tom meio desesperado. Agarrou nos braços do homem que lhe sustentava buscando mais algum apoio e ficou de pé com um pouco de dificuldade.

Taehyung baixou o olhar e comprovou o que ela dissera, as escamas que tinha visto não estavam mais lá o que o fez duvidar se realmente era verdade que as tinha visto, mas a reação dela não o deixou duvidar por mais tempo. Uma lágrima desceu pelo rosto da linda mulher e suas pernas fraquejaram novamente, ele a segurou.

 – Ahnn... Calma... – passou um braço dela por seus ombros e o próprio braço pela cintura dela. – Vem, eu te ajudo. Vamos sair da água.

Caminhou com ela sem pressa alguma e a ajudou a passar pelas pedras da margem. Ao chegar ao local onde a rede estava armada eles se separaram, ela parecia estar um pouco mais confiantes sobre os novos membros e ficou lá parada enquanto Taehyung pegava a toalha que tinha levado na mochila. Foi só ao se virar para ela que tomou consciência da nudez de ambos e não pôde evitar corar.

– Para que é isso? – ela perguntou enquanto recebia a toalha que lhe estava sendo oferecida.

– Para você se secar. Não pode ficar molhada para não adoecer. – voltou correndo até o riacho quando se lembrou de suas roupas e voltou no mesmo pique depois de recuperá-las. Separou a camisa e entregou também a ela. – Vista isso aqui.

– Como eu faço isso? – ela olhava para o tecido com uma expressão confusa que fez o Taehyung achá-la extremamente fofa. Após vestir a cueca e a bermuda ele vestiu a camisa nela.

– Qual o seu nome? - começou a desamarrar a rede das árvores e para depois enrolar.

– Adhara. – respondeu torcendo os cabelos com as mãos.

– Eu me chamo Taehyung, mas se achar difícil pode me chamar de TaeTae. – abriu seu sorriso meigo e quadrado e viu os lábios dela se curvarem um pouquinho no canto. – Então Adhara, vamos para casa?


Notas Finais


Se gostou me deixe saber, vou ficar muito feliz. ^^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...