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História Encantando o inimigo - HIATO - Capítulo 10


Escrita por: Myssih

Notas do Autor


AVISO LEGAL:
Harry Potter e os personagens pertencem a JK. Rowling, a história a seguir é de completa e total autoria minha! Eu posto essa história em cinco sites, e em todos o meu pseudônimo é o mesmo!
PLÁGO É CRIME!!

Hey moçada!!!
Sinto muito pela demora, mas dessa vez foi por um motivo real, apareceu um job pra fazer, e eu precisava me concentar T.T
Mas tenho certeza que esse capítulo vai satisfazer vocês, eu percebi que tava faltando dialogos, então investi bastante neles, acho que ficou bem legal. Me digam o que vocês acham ok! Além disso ele ficou um pouco maior do que eu costumo escrever, o que me deixou bem feliz kkk
Esse cap ainda não foi betado pelo mozão (caso você não saiba, é o boyfriend que beta minhas história), então vale a pena voltar depois pra reler, porque ele sempre da uma melhorada!

Boa leitura lindões!!

Capítulo 10 - Capítulo 10


Voldemort não precisava pedir silêncio quando queria falar. Ninguém ousava abrir a boca em sua presença, a não se que ele próprio tivesse incitado uma conversa. E era exatamente assim que a mesa de jantar se encontrava no momento, silenciosa.

- Senhores… - Pousou a mão sobre a mão de Draco que estava em cima da mesa, sem lhe lançar nenhum olhar. - Não acho necessário dizer que o que houve na mansão nessas últimas semanas deve ser mantida em segredo pelo bem da missão de Malfoy.  

Draco se contorceu na cadeira, sentindo tremor que assolava seu corpo sempre que o outro o tocava, ameaçar começar, mas Voldemort tirou sua mão antes que acontecesse, puxou para baixo da mesa assim que se viu livre da mão gélida do outro.

- Mestre qual será a missão de Draco? - disse Pettigrew.

- Não é da sua conta! Aliás não é da conta de nenhum de vocês, assim como não é da conta de seus filhos...

Pode ver alguns que estavam a mesa abaixarem o olhar, era claro que já haviam contado para seus filhos. Seu desejo era fugir para qualquer outro lugar, de preferência um que nunca tivesse ouvido falar de Voldemort. Mas isso não era opção para ele, seu único refúgio era Hogwarts, mesmo não sendo para onde gostaria de ir. Depois que seu pai havia voltado da missão o Lorde passou a chamar-lo com mais frequência. Olhou para cima, aquele maldito não se satisfazia apenas em acabar consigo, ele queria destruir sua família, viu alguns rostos se voltarem para ele, pelo visto o Lorde havia voltado a falar.

- Irei me afastar por alguns dias a fim de resolver alguns problemas pessoalmente. Espero que ninguém aproveite a oportunidade e mude de lado. Seria terrível… para vocês. - Terminou com um sorriso maldoso.

Como sempre, os Malfoys eram os últimos a se retirarem, Lucius fazia questão de acompanhar Draco até seu quarto todas as noites. Nos dias em que era chamado ao escritório para satisfazer as perversões do Lorde das Trevas, o garoto dormia no quarto dos pais, sob a supervisão dos três companheiros.

Lucius ainda se lembrava do choro estridente de Draco quando ele acordou depois que Lucius descobriu o que vinha acontecendo na mansão. O choro ecoava em sua mente sempre que olhava para Voldemort.

- Draco querido vai dormir bem sozinho?

- Mãe… Você me pergunta isso todas as noites e todas as noites eu digo que sim. Ele nunca viria até aqui - Sorriu tristemente -  É mais fácil me fazer ir até ele…

- Meu Dragão… - Disse o abraçando, Narcisa se tornará muito afetiva quando se tratava de Draco, e ela era única que o garoto permitia ter tanto contato físico. Abraços já não eram comuns na família Malfoy, e depois do que aconteceu, Draco se afastou inconscientemente dos outros dois homens da família, e é claro que ambos entenderam.

- Não se entupa de poção sono novamente Draco… - Severus passou a mão nos fios loiros, sentindo o garoto retesar levemente. - Se precisar dormir é só me chamar.

- Eu estou bem tio Sev… Vocês ouviram, ele vai sumir por uns tempos e se eu tiver sorte, vou estar em Hogwarts antes que ele volte.

- Sua carta já chegou filho?

- Ainda não pai… Mas o Tio Sev disse que chegaria ainda essa semana. - Draco se soltou dos braços de Narcisa, a empurrando levemente em direção ao seu tio. - Agora vocês três vão para o quarto, aposto que nem curtiram nenhum momento juntos desde que papai voltou.

- Draco! - Narcisa ficou levemente ruborizada, não pelo que foi dito, mas por quem dissera. Lucius puxou Narcisa e Severus pela mão em direção a porta.

- Vamos deixar nosso Dragão descansar. Quem sabe amanhã, sem a presença daquela cobra na mansão, nós quatro não tomamos um chá juntos no jardim.

- Eu não sei s…

- Draco, apenas descanse hoje, amanhã vemos se você quer se juntar a nós. Boa noite.

- Boa noite.

Deitou  na cama assim que seus pais sairam. Draco cresceu sabendo da relação dos três, eles nunca tiveram nenhuma intenção de esconder isso dele, e para ele Severus sempre foi um pai, assim como Lucius. Um sorriso saiu de seus lábios, algo muito raro no rosto do jovem Malfoy. A relação dos três era o mais próximo de felicidade que Draco já chegou perto. Eles eram completos juntos, os três, e por mais lindo que achasse o relacionamento deles, não sabia se conseguiria ter todo esse desprendimento caso se apaixonasse.

Caso se apaixonasse… Isso ainda era possível para ele? Teria coragem de deixar outra pessoa tocá-lo, confiaria em alguém ao ponto de se entregar a ela? Talvez isso tivesse se tornado impossível, só de pensar em alguém que não fosse seus pais o tocando, por mais inocente que fosse o toque, sentia seu corpo tremer e o coração falhar.

Não queria pensar nisso agora, não tinha sequer certeza se continuaria vivo por muito tempo.

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No dia seguinte logo pela manhã a carta de Hogwarts dizendo o que Draco deveria comprar para utilizar aquele ano finalmente chegou. E para o azar do garoto foi durante o café da manhã, não teria como esconder de seus pais e continuar em seu quarto.

- É de Hogwarts Draco? - Perguntou Lucius sem levantar os olhos do jornal.

- Sim pai…

- Ótimo! Iremos ao final da semana. -  Com a saída do Lorde, Lucius havia retomado seu lugar a mesa, na cabeceira.

Severus iria voltar no dia seguinte para escola, precisa se organizar para o começo do ano letivo, seria o último dia dos quatro juntos, pensando nisso Draco resolveu se esforçar e passar o dia com eles. Seria mais fácil com Voldemort longe dali, até mesmo o ar da mansão havia ficado mais leve.

- Malfoy não pense você que só porque o Lorde saiu você pode botar suas asinhas para fora!

- Bela! - Exasperou Narcisa.

- Ele é uma desonra para nós Cissa. Tenho certeza que trairá o Lorde na primeira oportunidade. - Lançou um olhar de desdém a Draco. - Ainda mais agora que ele brincou como bem queria com seu dragãozinho.

- Não ouse falar do meu filho Bellatriz! - Narcisa se levantou, porém manteve a voz baixa e fria. - Não se esqueça que você ainda está dentro da minha casa e essa é a minha família. Mais uma palavra e eu esqueço somos irmãs.

- Cissa… - Bellatriz perdeu a compostura por alguns segundos, mas logo se recuperou. Ver sua própria irmãzinha a ameaçar daquela forma, não sabia se sentia orgulho ou se irritava. - Pois trate de cuidar melhor dela então.

Olhou para seu menino, que estava encolhido na cadeira, e seu prato totalmente intocável. Não podia sequer culpar o garoto por não comer, ela mesma não tinha estômago para dividir as refeições com aqueles vermes a mesa. Sua mansão havia se tornando um muquifo, duvidada que o Cabeça de Javali fosse tão mal frequentado.

- Lucius eu adoraria dar uma volta no jardim. - Pousou a mão no ombro de seu filho, ele já sabia que não haveria um convite a si, sua mãe não aceitaria um não de qualquer forma. - Nos acompanha Severus?

- Adoraria Narcisa.

- Não vai me convidar irmanzinha?

- Sua companhia seria um desprazer minha cara Bellatriz…- Disse Severus com um sorriso de escárnio nos lábios.

- Mestiço imundo, como se atreve a falar dessa forma comigo!

- Bella… Quatro é número mais que suficiente para um passeio, quem sabe uma outra hora.

Narcisa saiu da sala de jantar em direção ao jardim, sendo acompanhada pelos três homens, deixando sua irmã completamente enfurecida para trás. Já estava cansando ter que bancar a boa irmãzinha, amava Bella, mas se a obsessão que Lucius tinha com o Lorde a assustava, o que Bellatriz sente é doentio, e tinha certeza que era capaz de matá-la se assim o Voldemort quisesse. Não que isso a magoasse, ela também seria capaz de matar sua irmã se a ousasse fazer algo contra sua família.

Lucius e Severus olhavam encantados para a mulher que andava na frente, Narcisa nunca foi do tipo que mostrava suas garras, muito menos por sua irmã, o que sempre foi uma briga entre o trio. Os homens não aceitavam que uma mulher tão imponente quanto ela, abaixasse a cabeça para a louca da irmã, mas sempre respeitaram sua decisão de não confrontar a outra. Vê-la fazer isso por Draco, só demonstrava o quão furiosa ela estava, e quanto amava seu menino, e Draco também percebeu isso.

Olhou para os três adultos que estavam mais à frente. Era por eles que Draco continuava em pé, pelo apoio que vinham dando a ele, por nunca terem lançado um olhar de pena ou terem o julgado pelo o que aconteceu. Ele podia ignorar os outros, podia fingir não ouvir o que diziam, ou como o olhavam, mas se seus pais fizessem isso, talvez sua mente já tivesse colapsado. Se aproximou mais do dois homens.

- Tio Sev você deveria provocar Bellatriz.

- Ela mereceu, e não é como se um pouco de veneno fosse me matar. - Olhou para Lucius que os observava. - Me surpreende você não ter dito nada Luc.

- As únicas palavras que eu teria dito seria um Avada. - Um sorriso perverso brotou em seu rosto. - Não que ela não merecesse, mas achei melhor não iniciar um causo antes da hora.

- Antes da hora? - Draco olhou incerto, já havia percebido que seus pais estavam tramando alguma coisa.

Lucius olhou para seu filho, ele era tão parecido consigo quando era mais novo, queria que Marcos tivesse o conhecido… Mas agora Draco tinha profunda olheiras, a pele estava muito mais pálida que o costume, era possível ver as manchas fugindo pelas mangas e gola da camisa. O garoto não tinha mais a vaidade, nem mesmo o ar prepotente de antes. Seu menino estava definhando e eles tinham que fazer alguma coisa pra parar isso, antes que fosse tarde demais.

- Você vai saber na hora certa filho.

- Pai. - Andou alguns passos mais rápido parando na frente do outro. - Eu já disse que não quero e nem preciso que vocês se v- - Abaixou o tom de voz. - façam qualquer coisa. Eu posso lidar com isso.

- Draco…

- Meninos? - Narcisa estava próxima porta os olhando preocupada. - Algum problema.

- Nenhum Cissa. - Severus caminhou até a mulher segurando-a pela cintura. - Vamos pedir para um elfo trazer um chá?

Lucius passou por Draco deixando a conversa para outro momento, nada no mundo o faria voltar na decisão que tomara. Voldemort iria pagar pelo que tinha feito, e faria isso a qualquer custo. Os outros dois concordavam com ele, eles sabiam muito bem que não é qualquer que arranja briga com o Lorde das Trevas e sai vivo para contar, e estavam preparados para isso.

Já no Jardim voltou a observar sua família. Se ao menos ele nunca houvesse se envolvido com Voldemort.

O que Severus mais gostava em sua família era como podiam estar em completo silêncio e seria o melhor momento do dia, uma coruja de igreja chegou, pousando próximo a si. Colocou o livro sobre a mesa, dando uma uva a coruja que saiu logo em seguida.

- Está tudo bem Sev? - Sua família o encarava.

- Sim Cissa, Dumbledore pediu que eu fosse o mais rápido possível para a escola. Nada que vocês devam se preocupar.

- Esperamos você para ida em ao Beco?

- Adoraria Luc, mas não sei se posso dar certeza no momento.

- Então é um adeus temporário… - Severus se encaminhou até Narcisa, odiava a ideia de deixar os dois ali na Mansão, Draco ao menos estaria seguro junto de si em Hogwarts. Beijou os lábios da mulher, depositando logo em seguida um beijo em sua testa.

- Será por pouco tempo meu amor. -  A despedidas deles sempre foi algo triste, apesar de não demonstrarem, mas certas coisas não precisam ser ditas quando se vive ao lado de alguém por mais de dez anos. Foi até Lucius, que o puxou de lado para sentar em seu colo. Encostou sua testa na dele. - Toma cuidado senhor Malfoy. Não quero te perder.

Draco observava a cena com um sorriso no rosto. Eram raras as ocasiões onde seus pais demonstravam tanto carinho. Severus saiu do colo de Lucius indo até Draco.

- Dragão eu o vej- Draco o surpreendeu o abraçando repentinamente, da família o garoto sempre fora o mais carinhoso, sempre abraçando a todo momento, claro que nunca quando haviam outras pessoas por perto, mas ele já não fazia isso, desde o incidente… Sentiu o tremor no corpo do garoto ir diminuindo aos poucos, rodeou os braços atrás dele o apertando. - Vai ficar tudo bem Dragão.

- Eu sei pai. - Severus o abraçou mais forte, mesmo sabendo que Draco o considerava um pai, desde que ele havia entrado em Hogwarts ele já não o chamava assim.

- Vou ir me arrumar. Amanhã eu aviso se poderei me encontrar com vocês.

Durante o resto do dia os três Malfoys passaram a tarde no jardim, conversando, lendo ou apenas em silêncio.

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Draco se olhava no espelho. Estava bem vestido, a cor havia voltado a sua pele, nada exagerado, já que era naturalmente pálido, e as manchas pelo seu corpo estavam começando a sumir. Aquela manhã havia tomado cinco banhos. O que já era um avanço, já que em um dia era capaz de tomar mais de nove banhos e ainda se sentir sujo, como se sentia agora. Mas não tinha tempo para outro banho, seus pais o estavam esperando no saguão para poderem comprar seus materiais. Saiu de dentro do banheiro observando seu quarto, era incrível que mesmo com tudo o que aconteceu aquele lugar continuava sendo seu porto seguro. Só esperava que essa guerra acabasse logo, quem sabe assim poderia encontrar a paz que precisava.

- Menino Malfoy. - Um elfo entrava acanhado lentamente pela porta.

- Sim.

- Seus pais pediram para vir o chamar, a carruagem já está pronta.

- Diga já estou descendo.

- Sim senhor Menino Malfoy.

Andou pelos corredores que um dia foram seu parque de diversão, e agora não passavam de espectadores cruéis de sua vida. Merlin sabe quantas vezes passara por aqueles corredores nu e sangrando.

O dia de voltar para Hogwarts estava finalmente chegando, ele ainda não havia pensado em como se aproximaria de Potter, sem falar dos dois guarda costas do garoto de ouro. Seria impossível chegar perto dele sem aqueles dois por perto. Ele poderia dizer que depois de conhecer pessoalmente o Lorde das Trevas resolveu mudar de lado. Não seria uma mentira não é, ele conheceu bem mais que pessoalmente o Lorde e definitivamente mudaria de lado se pudesse. Uma risada escapou por seu lábios, talvez mudar pessoalmente para intimamente seria o correto. Talvez o Santo Potter se apiedasse dele. Fudido ele já estava, o que poderia ser pior.

Quando deu por si já estava no saguão, seus pais o esperavam na porta, se fosse em outro momento, eles já estariam dentro da carruagem, mas havia alguns comensais andando por ali, e Lucius se negava a deixar Draco sozinho por muito tempo, e mesmo que seu prestígio entre eles tenha decaído, ninguém se atrevia a enfrentá-lo diretamente. Entraram na carruagem em silêncio e assim continuaram por toda viagem até chegar no Beco Diagonal.

O Beco se encontrava tumultuado como sempre era nessa época. Draco olhava para as crianças correndo de um lado para o outro, aquilo tudo era tão distante para si, quase como se tivesse sido em outra vida.

- Tio Sev vira nos encontrar pai?

- Infelizmente não. Disse que estava ocupado com algumas poções que a enfermeira pediu para o estoque da escola.

- Ah…

Narcisa comece as compras com Draco, preciso resolver alguns problemas, e volto a me encontrar com vocês no almoço.

- Claro Lucius. - Se voltou para Draco que ainda olhava para o lugar onde o pai havia acabado de aparatar. - Vamos querido.

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Lucius se encontrava em frente a gárgula esperando que essa terminasse de abrir lhe dando passagem. Subiu as escadas lentamente, o cheiro de coisa doce artificial incomodava seu nariz, mas não demonstrou isso em sua expressão. Chegou ao topo da escada dando de cara para uma sala bagunçada e cheia de livros.

- Lucius, a que devo a surpresa?

- Dumbledore. - Caminhou para próximo da mesa, o homem se encontrava sentado atrás dessa, parecia estar assinando alguns documentos. - Espero não estar atrapalhando. E acredito que Snape já havia informado que eu viria.

- Sim sim… Entretanto, não me disse que assunto gostaria de tratar. - Indicou a cadeira. - Queira se sentar por gentileza.

- Eu vou ser direto. Você já deve saber que eu sou um comensal da morte.

- Creio que já tinha conhecimento deste fato senhor Malfoy. - Se recostou na cadeira. - Mas admito que me surpreende o senhor dizer isso abertamente a um dos inimigos de seu mestre.

- Eu quero que você proteja Draco, nem que tenha que dar sua vida pela dele.

Dumbledore olhou para o homem em pé a sua frente o analisando. Algo de muito grave havia acontecido, Lucius era um homem esperto e nunca abriria o jogo com ele desta forma por trivialidades. Nunca havia admitido fazer parte dos comensais, não por livre espontânea vontade ao menos. E agora ele estava ali na sua frente pedindo proteção a seu filho. Era minimamente suspeito. Protegeria o garoto Malfoy se fosse necessário, entretanto verificaria quais eram as reais intenções do outro.

- Pois bem… Mas acredito que saiba que isso não será de graça.

- Em troca da proteção de Draco, eu me tornarei seu espião.

- Acho que seja compreensível para o senhor, que eu não acredite apenas em suas palavras.

- Estou disposto a fazer o voto perpétuo. Sua proteção pela minha espionagem.

Lucius havia tomado aquela decisão desde o início, observou Voldemort o encarar com um sorriso no rosto enquanto  estuprava seu filho, foi naquele exato momento que Lucius arquitetou a queda dele. E aquele era apenas o primeiro passo em sua vingança. Dumbledore o encarava a o que parecia horas em completo silêncio, a situação por si só era exaustiva, mas o silêncio do outro redobrava isso. Mas se manteve em pé sem fraquejar.

- Concordo com seus termos. - Em um estalo de dedos um elfo apareceu ao lado de Lucius. - Dobby poderia nos fazer a gentileza de chamar o professor Snape para nós.

- Sim senhor senhor Dumbledore. - disse sumindo logo em seguida. Foi impossível mara Lucius refrear o franzir de lábios ao ver o velho elfo ali.

- Por qual motivo Snape seria necessário aqui? Pensei que estava claro que se tratava de um assunto pessoal.

- Eu entendo Lucius, mas Severus pode ser de grande ajuda. Ele tem sido meu espião, assim como você será agora, por anos.

O brilho de espanto ao ouvir suas palavras não passou despercebido para Dumbledore, porém ele não sabia que era pelos motivos errados.

- Você melhor do que ele, não terá de agir como um espião duplo. O que não significa que não será perigoso e difícil. Tendo consciência disso, irá continuar assim mesmo?

A mente de Lucius estava em completa confusão, sabia que Severus era espião, mas em nenhum momento soube que ele também espionava para o outro lado.  O outro vinha mentindo para ele por anos. A raiva de ser traído daquela forma estava o consumindo, escondeu as mãos atrás das costas apertando-as. Não poderia demonstrar fraqueza na frente do inimigo. O pensamento foi logo corrigido em sua mente. O outro já não era mais seu inimigo, agora eram aliados.

- Me chamou Dumbledore? Lucius… Não imaginei que estava aqui.

- Snape. - Cumprimentou o outro secamente.

- Tenho boas novas. Lucius resolveu se juntar a nossa causa.

- Hun… - Por essa ele definitivamente não esperava, olhou de canto para o marido.

- Ele se prontificou em ser um espião para ordem.

- Não, me reportarei apenas a você Dumbledore.

- Ah sim sim… Me desculpe. Como você também é um espião-

- Dumbledore! Perdeu totalmente o juizo.

- De forma alguma. Não faria isso se não tivesse absoluta certeza que ele não iria contar a ninguém.

- E como pode ter tanta certeza? - Severus havia perdido completamente a compostura, Lucius havia descoberto da pior forma possível, vinha tentando contar para eles, mas não havia encontrado uma oportunidade. Se não fosse o bastante lidar com a situação de Draco, agora isso…

- Ele prôpos um voto perpétuo.

- Um o que? - Severus andou rapidamente até Lucius o segurando pelos ombros. - Lucius você não pode estar falando sério! Isso é completamente loucura, você não pode fazer um voto perpétuo.

- Eu posso… - Tirou as mãos do outro de seu ombro com força. - E eu vou.

- Luc - Sussurrou. - Por favor…

- Depois conversamos Snape. Agora se possível gostaria de agilizar e voltar para minha família.

Lucius sabia que o que havia acabado de dizer era cruel, Severus também fazia parte de sua família, mas o outro passou a se ver como uma peça a mais desde que Draco nascera, e em seus momentos mais frágeis confessava que tinha medo de ser deixado de lado. Mas estava magoado, se sentia traído, e queria que o outro sentisse a mesma dor que estava sentindo. Severus abaixou o rosto se afastando do outro, coisa que não passou despercebido por Albus.

- Claro! Mas antes… - Se levantou dando a volta. - Poderia me contar o que o motivou a essa mudança de lado? Tenho a impressão que não passou a ter consideração pelos trouxas e nascidos trouxas. - Disse sorrindo, enquanto os dois homens na sala tensionarem a pergunta.

- Voldemort cometeu um grave erro para com a minha família, e vou fazer o que for necessário para fazê-lo pagar. Mesmo que signifique me aliar a você.

- Entendo… - Estendeu a mão para o outro sendo prontamente atendido. - Severus, pode fazer as honras?

Olhou uma última vez para Lucius antes de pronunciar o encantamento que mudaria a vida deles dali para frente.


Notas Finais


eeeeaaaaaaaiiiiii??
O que acharam seus lindos??
Bom, pra quem não lembra, ou não conhece, o voto perpétuo é um acordo feito entre bruxos, e caso um não cumpra sua parte, é punido com a morte. Narcisa faz esse voto com o Severus no 6º livro, pra proteger o Draco <3
Eu já comecei a escrever o próximo cap, então acredito que vai sar logo logo!


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