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História Encantando o inimigo - HIATO - Capítulo 12


Escrita por: Myssih

Notas do Autor


Nota MEGA importante no final!

Boa leitura!

Capítulo 12 - Capítulo 12


Respirou fundo antes de bater na porta do escritório, seu coração estava extremamente acelerado. Aquele lugar era como um santuário para si. Sempre que seu pai o chamava ali  seus olhos brilhavam, mesmo que já tivesse ido àquele lugar diversas vezes. Mas agora quem o convidava a entrar na sala era o Lorde das Trevas. Sentia-se culpado por pensar dessa maneira, mas o sentimento que tinha com a situação era de que o Lorde Voldemort estava maculando seu espaço sagrado.

Ouviu a voz de dentro da sala o convidar a entrar e esqueceu de respirar por alguns instantes, ajeitou a roupa e respirou fundo uma última vezes ante de entrar na sala de cabeça baixa, caminhou em passos lentos até as poltronas a frente da mesa sem se atrever a lançar um olhar se quer ao lugar.

- M’lorde. - cumprimentou. - Avisaram-me que o senhor ordenou me chamar.

- Draco… - Voldemort se deleitava ao sentir o medo exalando do rapaz. - Sente-se.

Sentou-se em uma das poltronas. Se fosse em outro momento, estaria analisando as gigantescas prateleiras, mas no momento só conseguia olhar para linha em sua calça em um tom mais claro do que o resto, era fascinante… Engoliu seco.

- Então amanhã é o grande retorno a Hogwarts…

- Sim senhor.

- Ótimo. Gostaria de repassar com você alguns detalhes da sua missão.

Missão? Procurou pelas memórias sobre o que o Lorde das Trevas estava falando, sua mente estava um tanto confusa, talvez porque tivesse acordado a pouco tempo.

- Claro M’Lorde. - Voldemort analisou a postura do garoto. Apesar de demonstrar medo pela sua presença, havia algo diferente, e ele não gostava nem um pouco disso.

- Espero que não tenha se esquecido de sua missão... sobre Potter.

- Não M’Lorde! De forma alguma… Eu sei exatamente o que fazer. - Voldemort sorriu maliciosamente com a resposta do mais novo. Havia dedicado boa parte do seu tempo precioso para ensinar direitinho, nas últimas semanas, como Draco deveria realizar sua missão.

- Pois bem… Me explique! - Disse com um sorriso malicioso, que passou despercebido pelo garoto por estar ainda de cabeça baixa.

- Certo… - Draco engoliu seco e limpou a garganta, as lembranças sobre a missão eram um tanto vagas. - Eu preciso trazer Potter vivo para o Lorde.

- E como você vai fazer isso? - Malfoy respirou fundo.

- Vou seduzir… - Sentiu um desconforto grande ao pensar na idéia, não podia imaginar nada mais asqueroso do que ter que seduzir o Santo  Potter, mas sentia que esse não era o único problema. - Eu vou seduzir Harry Potter e trazê-lo para o Lorde das Trevas.

Voldemort analisou o comportamento do garoto sentado à sua frente, ele tinha a mesma postura da primeira vez que o chamou na sala, talvez o tempo distante de si tenha feito ele se esquecer dos momentos prazerosos que passaram junto. Antes que o Voldemort pudesse falar alguma coisa, a porta foi aberta por um comensal da morte. Ao ver onde havia acabado de entrar o rapaz ficou completamente em choque. Draco olhava a cena como divertimento, com certeza alguém iria ser punido ali.

- Draco… - Voldemort disse sem tirar os olhos do comensal, havia mais coisas que queria perguntar para ele, a forma como Draco agiu o deixou intrigado, mas se ao mesmo tempo que sabia que o que o comensal tinha para dizer era importante, afinal ninguém se atreveria a entrar em sua presença daquele modo se não o fosse, não pode deixar de se irritar com a interrupção. - Pode se retirar.

Malfoy não precisou ouvir duas vezes antes de se levantar e sair o mais rápido possível do escritório. Sinceramente, ele não queria estar na pele daquele rapaz.

Sentiu seu coração se acalmar conforme andava pelos corredores. Para sua sorte a partir do dia seguinte passaria um bom tempo longe da mansão, e se pudesse depender de si, não voltaria nem mesmo nos feriados, mas não se atreveria a ficar se ver seus pais, ao menos Severus podia ver na escola, acabou sorrindo, mas fechou a cara assim que percebeu que estava fazendo, não conseguia impedir de sentir um calor no peito ao se lembrar da primeira vez que soube que Severus seria seu professor, ainda lembrava de como Lucius havia ficado com ciúmes, dos dois, saber que teria um de seus pais consigo em um lugar, que apesar de já conhecido, estaria cheio de estranhos, era bom demais.

Apesar do medo de conhecer estava muito ansioso em ter novos amigos. Sempre teve vontade, em completo segredo, de ter um irmãozinho, alguém para correr com ele por aquela mansão enorme, as vezes era solitário, mas seus pais sempre fizeram questão de chamar seus amigos. Suspirou, se ao menos pudesse voltar para aquela época, onde sua única preocupação era se o garoto que sobreviveu seria seu amigo.

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Narcisa andava de uma lado para o outro no quarto, Lucius estava deitado na cama, ainda se recuperando da recente tortura do Lorde das Trevas, enquanto Severus acariciava seus cabelos.

- Vai acabar furando o carpete desse jeito Cissa.

- Lucius! - Narcisa foi até a cama, pegou uma toalha da mesa ao lado da cama secando o suor em sua testa.

Os dois olharam para Lucius, que estava dormindo até aquele momento. Se sentou com dificuldade na cama, ainda sentia dores por todo corpo, apesar da poção que Severus havia lhe dado. Não se arrependia do que havia feito, seu filho não tinha a menor condição de se encontrar com aquele monstro, preferia que ele não tivesse se quer que olhar na cara do bruxo das trevas, mas como não era opcional, que ao menos tivesse adiado o encontro.

- Lucius, não se levante! - Severus o puxou para baixo. - A poção ainda está trabalhando, você precisa descansar.

- Como eu vou descansar, quando nosso dragão está com aquele verme e sabe se lá o que vai fazer com o garoto?

- Ele não deveria ter voltado só semana que vem? - Narcisa se sentou na cama próximo aos homens, pegou um pano que estava sobre a mesa ao lado da cama e enxugou o suor no rosto do marido, ele estava mais pálido que o normal, deveria ainda estar sentindo os efeitos das consecutivas cruciações. - Só espero que o fizemos não tenha piorado tudo.

- Então deu certo? - Lucius perguntou olhando para Severus.

- Sim… - Severus fechou os olhos, as imagens ainda eram nítidas em sua mente, a ideia de que Draco pudesse estar revivendo tudo naquele momento como se fosse a primeira vez o causava náuseas, mas não havia nada que eles pudessem fazer, além de implorar a Merlin que o garoto estivesse bem.

Os três ficaram em silêncio com seus próprios pensamentos sobre o assunto,  Narcisa se deitou na cama junto com os homens, e os três permaneceram deitados juntos se abraçando. A vida deles havia virado de ponta cabeça, estavam completamente de mãos atadas. Se assustaram ao ouvir batidas na porta. Narcisa saíra correndo da cama indo abrir a porta, haviam combinado uma maneira específica de bater na porta, para identificarem quem estava por trás dela, e pelo o que ouviram, era Draco. A respiração de todos sumiu enquanto o garoto entrava no quarto, mas logo soltaram aliviados ao perceber que o mesmo estava bem, mesmo que ele não houvesse dito nada, mas sabiam bem a que situação Voldemort deixava Draco após o estuprar.

- Tio Sev! O que está fazendo aqui? Não deveria estar em Hogwarts? - Disse Draco surpreso ao ver o padrinho deitado na cama com seu pai.

- Esqueci alguns materiais na sala de poções da mansão, então voltei para buscar.

- Poderia ter me pedido, afinal de contas, estarei chegando amanhã na escola.

- E perderia a oportunidade de ver minha família?

- Se fosse em outra ocasião, sorrisos singelos estariam estampados nos rostos dos adultos presentes, mas estes sabiam que o que Severus tinha dito, até poderia ser verdade, mas infelizmente naquele momento não era.

- Como foi seu encontro com  o Lorde? -  Narcisa fez a pergunta que todos queria ouvir, mas ninguém tivera coragem de perguntar, até o momento.

- Foi… Estranha. - Sentou-se em uma das poltronas. - Tanto quanto foi a primeira.

- Ele fez ou disse algo? - Perguntou Lucius, voltando a sentar-se, sem ser impedido por Severus dessa vez.

- Bom, ele só perguntou se eu me lembrava da missão. Acho que ele ia dizer mais algumas coisas, mas um comensal qualquer acabou invadindo a sala. - Pegou um dos biscoitos em cima da mesa central, estava tranquilo apesar do encontro mais cedo, não percebia a tensão no ar que exalava de seus pais. - Até que deu um pouco de dó, a maneira como o Lorde olhou para ele foi de dar medo.

Os três encaravam o garoto falar, era como se os últimos meses não tivessem acontecido. Draco agia como se não tivesse sido torturado incessantemente, nas mãos de um pervertido. Se ao menos eles pudessem conservar seu dragão daquela forma. Draco ficou mais algumas horas no quarto dos pais, antes de Severus anunciar que estaría voltando para Hogwarts, ele deveria estar na escola, antes que as crianças chegassem. Draco aproveitou a deixa e foi para seu quarto, queria descansar bem antes da longa viagem que faria no dia seguinte. Suspirou enquanto fechava a porta de seu quarto. A partir de amanhã ele teria uma missão a ser realizada.

 

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Lucius e Narcisa ficavam um de cada lado de Draco, de forma que ninguém esbarrasse nele sem querer, apesar de saber que o garoto não se lembrava de nada, a memória do corpo era diferente da memória da mente, era tudo muito recente ainda, e eles preferiam tomar cuidado. Não houve nenhum ano em que seus pais não tivesse o acompanhado até a estação para que tomasse o trem. Muitos pais só acompanhavam seus filhos no primeiro ano, no máximo o segundo. Parou e se voltou para seus pais, não sentia-se bem em saber que enquanto ele estava indo para longe, seus pais iriam ter que ficar naquela mansão infestada de comensais da morte.

- Draco. Você sabe que nós no orgulhamos de você, não é? - Apesar das palavras calorosas, tanto Lucius quanto o resto da família, mantinham a face sem expressão, como era de costume dos Malfoys.

- Eu vou dar mais orgulho ainda este ano. - Disse um ar determinado, que não agradou em nada seus pais. Eles sabiam que ele estava falando sobre a missão.

- Oh… Dragão. -  Narcisa não resistiu a dar um último abraço em seu filho, antes deste entrar no vagão. Ela entendia que o melhor para Draco no momento era ficar o mais longe possível da mansão, mas não mudava o fato de que sentiria falta de seu menino.

Não muito longe da onde os Malfoys estavam se despedindo se encontrava a família Weasley,estavam terminando de colocar as malas dentro do trem e prontos para entrar no vagão quando Ron se deparou com a cena no mínimo esquisita que se passava ao lado deles.

- Então eles sabem o que é um abraço… Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos não acreditaria. - Disse enquanto subia no vagão.

Harry ficou parado encarando a cena. Tinha que concordar com Ron, a verdade é que nunca tinha pensado no assunto, mas sabia que mesmo que tivesse pensado, não achava que os Malfoys se amavam pra valer. Quer dizer, eles não pareciam do tipo que podiam amar… Os olhos de Harry se entristeceram. Pelo visto ele estava errado, até mesmo pessoas más como o Malfoy tinha pais que o amavam, ou pelo menos uma mãe, já que Lucius Malfoy parecia enojado da cena. Não pode deixar de ver como Malfoy estava tenso nos braços de sua mãe, apesar de estar a abraçando de volta, provavelmente ele não estava acostumado com esses acessos de afetividade. Quando estes se separaram pode ver que o rosto do garoto estava levemente corado e tinha um sorriso envergonhado nos lábios, o que o deixou completamente chocado.

- Harry você não vai entrar?  - Perguntou Hermione de dentro do vagão.

Harry desviou o olhar para ver quem havia o chamado, e em seguida voltou a olhar para família de Draco, mas estes já haviam voltado para postura fria e superior que sempre ostentavam, parecia que o momento que havia presenciado nunca existiu… Ele deve ter imaginado coisas.

- Vou sim!  - Harry entrou no vagão e seguiu Hermione até o vagão onde ficariam.

Draco entrou no trem, a atitude da sua mãe foi extremamente inesperada, ela nunca havia feito algo do tipo, não que ele ficasse irritado ou qualquer coisa do tipo, na verdade ficou até feliz demais, ao ponto de sorrir daquele jeito, na frente de todos. Procurou por um vagão vazio que pudesse entrar, passou pelo vagão onde o trio de ouro estava, ver Potter pessoalmente fez seu coração disparar. Saiu andando o mais rápido possível e entrou na primeira cabine vazia que encontrou, a ideia de que teria que se tornar amiguinho de Harry Potter o enjoava, conhecendo o garoto de ouro, ele provavelmente seria que socializar com o traidor de sangue e a sangue ruim.

Ele soltou um suspiro longo ao sentar no banco, sentiu seu corpo relaxar, era a primeira vez desde que voldemort chegou na Mansão que sentia seus músculos relaxarem, era como se estivesse tenso durante as férias inteiras… Ele não iria pensar sobre o plano para seduzir o Harry agora, Ele tinha certeza que aquele ano seria uma dor de cabeça   


Notas Finais


Well... Well... Samuel... Quanto tempo meus chuchus, sentiram minha falta?
Bom, faz tipo uma década que eu não apareço por aqui. Sinceramente eu não tenho nem palavras para descrever como eu sinto muito por essa demora.
Eu pessoalmente odeio dar desculpas, mas eu acho que o minimo que eu posso fazer é explicar o porque da demora. No final de abril eu terminei a faculdade, e com o passar do tempo eu fui ficando cada vez mais depressiva, sem vontade fazer nada, e isso inclui Encantando, me doia muito saber que eu não estava fazendo algo que eu amava, que é escrever. Eu perdi a conta de quantas vezes eu fiquei encarando o computador tentanto escrever esse capítulo, mas não saia nada. Cheguei até a pensar em postar só quando tivesse com a história completa, mas quando eu finalmente consegui terminar esse capítulo eu precisava postar, eu não estou escrevendo essa história porque quero reviews, likes, etc.., mas todos nós sabemos como essas coisas ajudam né kkk
Bom sintam a vontadde para me xingar pela demora, eu mereço. Não vou prometer que vou postar rápido, porque eu se quer tenho outros capítulos escritos, mas vou me esforçar para que isso aconteça.
Muito obrigada por ler, espero que continue me acompanhando.


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