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História Encantando o inimigo - HIATO - Capítulo 4


Escrita por: Myssih

Notas do Autor


AVISO LEGAL:
Harry Potter e os personagens pertencem a JK. Rowling, a história a seguir é de completa e total autoria minha! Eu posto essa história em cinco sites, e em todos o meu pseudônimo é o mesmo!
PLÁGO É CRIME!!

Eae bonitezas! Olha quem trouxe um novo cap antes de dar uma semana!! Da pra acreditar?? E o próximo já tá sendo escrito, então semana que vem provavelmente já estarei postando!

Boa leitura!! <3

Capítulo 4 - Capítulo 4


CAPÍTULO 04

Lucius apoiou as costas na parede. Nada daquilo fazia sentido, aquela missão era praticamente suicida e sem coerência. Soltou uma risada irônica, sinceramente, o Lorde poderia ter se esforçado um pouco mais para não deixar tão na cara que o queria longe. Longe dele, longe da mansão, longe do Draco...

Seria interessante se pudesse voltar ao passado e impedir um certo adolescente burro, de enfiar uma marca no braço que condenaria ele e a sua família a viver sob as ordens de um insano. Se bem que… O Lorde das trevas que conheceu, ou melhor, quando o conheceu ele ainda era Tom Riddle.

Um homem bonito e cativante, sabia levar qualquer um na lábia, bom ele ainda tinha lábia. Mas perdera completamente a beleza, e o cativo? Se considerar que ele tinha quase um dom de cativar o medo nas pessoas, então ele ainda era extremamente cativante.

Soltou uma risada sem graça. Fora tão fácil para a família Malfoy cair nas garras, ou melhor. nas presas do Lorde. Seu pai receou um pouco, mas não pensou uma segunda vez antes de entrar para o malévolo séquito de Tom Riddle. Enquanto ele... Lucius praticamente imploro para entrar, se Malfoys implorassem, é claro.

A chance de fortalecer o sangue puro dentro da sociedade bruxa e deixar todos os trouxas nojentos para o lado de fora, não desperdiçaria essa oportunidade. Ele entendia muito bem porque eles não deveriam se aproximar daquela raça imunda. Lucius pode sentir de perto o ódio que eles tinham por bruxos iguais a ele.

    Quando estava próximo de completar 10 anos, seu pai resolveu começar leva-lo para suas idas até um museu próximo da Mansão Malfoy. Seu pai era completamente aficionado pela arte trouxa, onde não era preciso que as coisas se movam para história ser contada. E Lucius concordava com ele sobre a beleza da imobilidade na arte trouxa. Mas ao contrário de seu pai, se impressionava com as obras de arte bruxas mais ainda, talvez porque ainda era uma criança e se impressionasse com qualquer coisa.

     Como sua mãe costumava dizer sempre que aprontava algo, uma criança Malfoy, ainda seria uma criança. Sentia falta dela, esse seria o primeiro aniversário que passaria sem ela. Sua mãe era uma mulher encantadora, forte e decidida. Assim como toda senhora Malfoy deveria ser, mas nem todas eram. Ela tinha um brilho nos olhos que contrastava com suas feições sempre rígidas, mas que mantinham a delicadeza. Esperava poder encontrar uma esposa parecida, esperava que sua mãe pudesse ajudá-lo a escolher a mulher certa...  Em uma das viagens, a Senhora Malfoy acabou por pegar varíola de dragão, uma doença incurável entre os bruxos. Ele mal pode ver a mãe nos últimos dias dela, lembrava de ter pensado em algo como se tornar um medibruxo e descobrir a cura para varíola, na época. Crianças Malfoys, ainda eram crianças.

     Seu pai como um grande apreciador da arte trouxa, criara um feitiço que fazia com que as telas trouxas se movimentassem, dessa forma ele conheceria muito mais profundamente e sem achismos de certos profissionais da área, sobre o que o artista estava pensando quando pintou aquela obra. Claro que Lucius aprendeu o feitiço na primeira oportunidade. E apesar de seu pai ter dito explicitamente que ele não deveria utilizar feitiço algum, quanto mais este, fora de casa, ele pegou a varinha de sua mãe e levou junto consigo em um dos passeios com seu pai.

     Enquanto seu pai ia para mais uma de suas intermináveis análises de um dos quadros daquele museu, ele resolveu dar uma volta. Podia até entende o fascínio que seu pai tinha com as obras, e concordava que eram espetaculares, mas porque ficar horas e horas olhando para uma obra parada, enquanto podia simplesmente lançar um feitiço e conversar com ela. Era mais prático e com certeza mais divertido.

     E era exatamente isso que iria fazer! Entrou em uma sala vazia, havia um quadro em cada parede, observou cada um decidindo com qual iria conversar dessa vez. Em uma das paredes havia uma pintura de uma mulher, com um vestido do século 16, observando, ao lado de fora de uma janela, um jardim imenso, que lembrava muito a vista que tinha do seu quarto para o jardim da mansão.

Olhou para os lados antes de retirar a varinha de dentro das vestes. Apesar de já saber fazer alguns feitiços, ainda não sabia fazer com excelência todos. Então não teria como lançar um feitiço para saber se tinha alguém por perto, teria que depender de sua atenção.

Apontou a varinha para o quadro, deu mais uma olhada em volta para garantir que estava realmente sozinho e pronunciou o feitiço.

- Arts viventem

A tinta da pintura aos poucos foi se tornando líquida, como se o pintor houvesse a acabado de dar sua última pincelada. A tinta se movia num ritmo calmo, como se fosse um rio que fluía sem fim. A mulher do quadro, que segundo a legenda abaixo do mesmo se chamava Gerda, piscou os olhos languidamente, saindo do seu estado letárgico.

Olhou em volta se deparando com o jovem Malfoy, que apesar de ostentar uma face neutra tinha os olho brilhantes como uma noite estrelada. Soltou um risinho baixo.

- Olá jovem Malfoy. Não sabia como viria hoje. - Olhou em volta. - está sozinho?

- Senhorita Gerda. - Fez uma mesura a ela. - Meu pai… Está analisando outra pintura hoje.

Ela se levantou da cadeira próxima a janela e caminhou para a borda do quadro, apoiando na moldura, quase como se fosse sair da mesma, olhou para o garoto. A primeira vez que o vira pode jurar de pé junto que não passava de uma criança mimada e sem graça. Mas bastou o pai se afastar um pouco e pode perceber a diferença. Lucius era uma criança encantadora, apesar de quase sempre manter a máscara de pequeno Abraxas Malfoy, tinha um brilho nos olhos e ouvia com tanta atenção tudo o que dizia, mesmo quando estava detalhando termos técnicos e chatos para Abraxas. Mas esse brilho tinha sumido um pouco desde a morte da senhora Malfoy.

- Então somos eu e você hoje… Que pena. - Deu uma piscada para Lucius, recebendo um riso discreto em resposta. - O que vai ser hoje? Histórias sobre visitantes ou histórias sobre como eu fui graciosamente pintada.

Adorava conversar com Gerda, sem dúvida ela era a pintura mais bonita e engraçada do museu, e sempre tinha paciência, até mesmo para contar histórias que já havia contado antes. Quando estava com ela, derrubava sua máscara de bom e comportado garoto e se deleitava com as palavras da jovem no quadro, se permitindo somente naqueles momentos ser a criança que era. Sem é claro, que seu pai soubesse.

- Pois bem, ele olhou para cima e… - Gerda parou abruptamente olhando para algum ponto atrás de si, com uma expressão que permeava entre surpresa e medo. - Lucius querido… Temos companhia. - Sussurrou.

O problema de se permitir ser criança, é que abaixava sua guarda, e perdia toda e qualquer noção. Deixar que qualquer pessoa que não fosse seu pai o vendo falar com um quadro que deveria estar imóvel, bruxo ou não, qualificava em uma dose gigantesca de sem noção.

Apertou os olhos bem forte. Talvez fosse só um pesadelo, e ele não tinha feito uma burrada tão grande quando deixar outra pessoa ver aquilo. Quando abriu os olhos viu Gerda o olhando com piedade, definitivamente, não era um sonho. Se virou lentamente para trás, sua cabeça estava a mil, pensando em formas diferentes de reverter a situação. Quando por fim deu a volta completa, se deparou com um garoto da sua altura o olhando com os olhos arregalados e o queixo caído.

Pela reação do outro, definitivamente ele não era bruxo. O que tornava tudo muito pior. Lucius teve um ensinamento de primeira durante sua infância, e isso incluía lições sobre como os trouxas perseguiram e forçaram os bruxos a se esconderem em bando. Ele sabia bem do que eles eram capazes, ou pelo menos achou que sabia.

- Ai… meu… Deus… - o garoto olhava de Lucius para o quadro, indo e voltando - O quadro… Ai meu deus! O QUADRO!

Lucius se lembrou de tirar o encanto do só naquele momento, não que fosse fazer grande diferença, o estrago já estava feito.

- Finite incantatem

Já podia ver a manchete do dia seguinte no Profeta Diário:

“Abraxas Malfoy condenado por assassinar Lucius Malfoy, seu filho, depois deste ter revelado o mundo bruxo para um garoto trouxa. Condenando todos nós!”

E ele se quer tiraria a razão de seu pai, se ao menos já soubesse obliviar… O garoto veio correndo e tropeçando para perto de si, fazendo Lucius dar passos​ para trás e cair de bunda no chão, nada digno de um Malfoy.

- O QUADRO! - olhou uma última vez para o quadro antes de se dar conta que o outro estava caído no chão. Estendeu a mão. - Eu te ajudo!

Lucius lançou um olhar, que ele acreditava ser mortal, mesmo na posição que estava. Levantou sem a ajuda do outro, olhou em volta, que ninguém mais tenha ouvido a histeria do garoto. Limpou sua roupa, mesmo que essa não estivesse suja. O garoto ficou observando Lucius se ajeitar, achando engraçado toda aquela pose pomposa em um garoto que provavelmente tinha sua idade. Quando lembrou o motivo de estar surtando até alguns segundos atrás se preparou para gritar de novo, mas antes que pudesse começar Lucius botou a mão em sua boca o impedindo de falar.

Apesar da pose altiva que Lucius portava naquele momento, estava enlouquecendo por dentro, pressionou os dedos na testa, como viu o pai fazer sempre que tinha algum problema a ser resolvido. Não sabia se ia ajudar, mas não custava tentar.

- Nnuuuhbbnhuhsh - O menino tentou inútilmente falar através dos dedos.

- Calado! Eu preciso pensar.

- Muuhgabduhbb - Olhava com deboche para o outro. O que estava prestes a fazer iria irritar aquele almofadinha, mas ele avisou!

- Eu disse calado!

Sentiu um frio na espinha no momento em que o outro botou a língua para fora e começou a lamber sua mão, se afastou tão rápido dele como se tivesse acabado de levar um cruciatus. Esfregou a mão repetidas vezes no casaco, olhando para o outro sem acreditar, tentando tirar qualquer resíduo de saliva que estivesse em sua mão. Seu professor estava certo, trouxas são horripilantes.


Notas Finais


Eaeee! Quem será esse garoto que só sabe gritar "O QUADRO"? Será que ele vai denunciar o Lucius?

Caso tem alguma coisa que vocês não tenham entendido, por favor me digam! Assim eu posso tentar melhorar e deixar as coisas mais simples. Os feitiços usados nesse capítulo:
- Arts Viventem é um feitiço criado por mim, o que ele faz está descrito no capítulo! :3
- Finite Incantatem é um feitiço utilizado para acabar com o efeito de outro feitiço.

Obrigada por ler!! <3


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