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História Encantos Russos - A Condição


Escrita por: Rohanne_Arlert

Notas do Autor


Hello!

Desculpem a demora!

Espero que gostem! Boa leitura!

Capítulo 9 - A Condição


Fanfic / Fanfiction Encantos Russos - A Condição

A manhã estava fria, como de costume. Haviam duas semanas que estava ali. Duas semanas longe de sua amada Haruno’s. Duas semanas longe de seu pequeno apartamento. Duas semanas sem impor respeito a ninguém, ou, ao menos, revisar pela quinta vez todas as contas que precisava pagar.

Sakura sentia que deveria estar com saudades de casa, saudades de sua vida individualista e cheia de responsabilidades. Mas, a verdade é que se sentia completa no momento. Sasuke não era um homem romântico à moda antiga, muito menos um cavalheiro em todo o sentido da palavra; porém, a fazia se sentir diferente do que sentiu a vida inteira.

Neste momento, estavam terminando os preparativos da festa surpresa que ocorreria em 4 horas. O salão de festas da pousada estava completamente enfeitado, com fitas de cor lilás enfeitando entre as colunas que sustentavam o teto. De formato retangular, o salão tinha chão formado por uma madeira clara e bem envernizada. As paredes, de cor branca, contrastavam perfeitamente com os enfeites e as mesas cobertas por tecidos de cor também lilás. Em cada mesa, um pequeno botão de flor genérica de plástico. Por mais que tivesse avisado ao moreno sobre o ódio de sua mãe por flores falsas, ele não lhe dera ouvidos e comprou aquelas.

No meio da grande sala retangular, um tapete vermelho cortava o cômodo em dois, se iniciando na porta de entrada e indo até um palco baixo que fora ali montado. O plano era Mebuki e Kizashi entrarem por aquela porta e encontrarem todos os convidados em suas devidas mesas, enquanto um padre os esperaria no pequeno altar improvisado. Os convidados já estavam na cidade, escondidos em alguns quartos da Konoha e outros estavam chegando.

Ela e Sasuke não haviam se falado muito desde o inicio do dia, já que estavam muito ocupados. Seus pais estavam em um tour e só voltariam no horário previsto por Mebuki. Estava terminando de conferir as mesas quando sentiu seu pulso sendo puxado. Olhou em direção ao braço grande e branco ao qual pertencia a mão que lhe puxava e logo o reconheceu.

Ele a puxava sem falar nada. Se encaminhavam para a recepção através de um corredor com os muros cobertos de neve. Quando finalmente chegaram ao salão principal, Sasuke chamou o elevador, agora segurando sua mão. É claro que aquilo lhe causava certa vergonha. Eles não tinham um relacionamento de verdade, se conheciam há apenas duas semanas e pouco sabiam um do outro. Mas, não podia negar o quão agradável era sentir o calor daquela pele na sua.

Entraram no elevador pequeno de sempre e ela logo o sentiu abraçando-a, para em seguida sentir o moreno levantando seu corpo e o pressionando entre a parede e o corpo masculino. Ele beijou sua bochecha e logo depois se encaminhou para sua orelha, mordiscando o local. Ele parecia estar saciando uma vontade contida, já que Sakura já conseguia sentir a ereção dele em sua coxa.

Enquanto o sentia morder e lamber seu pescoço, observou a porta do elevador se abrir e, para sua surpresa, ou melhor, espanto, Naruto e Itachi estavam logo em frente. Viu o moreno mais velho dar um pequeno sorriso.

- Calma, irmãozinho! Ainda está de manhã!

Sasuke não pareceu muito abalado com as palavras do irmão, já que a depositou lentamente no chão, sem cortar o contato de seus corpos em momento algum. As bochechas de Sakura queimavam e as coisas não pareciam que iriam melhorar, já que o moreno mais novo segurou sua mão e a puxou para fora do elevador, sem dizer uma palavra para ela ou seu irmão e amigo.

Naruto e Itachi abriram caminho para que eles passassem e mais uma surpresa: Havia uma moça com eles: Hinata!

Sua querida prima, a mulher que a convenceu que pintar o cabelo de rosa seria uma boa ideia, que lhe avisou que o suposto “príncipe” do aniversário era um sapo, na verdade. Hinata com certeza era sua melhor amiga, juntamente com Ino. Não conseguia definir quem seria mais ou menos amiga, apenas sentia o mesmo carinho e confiança nas duas.

Mas, como sua prima foi parar ali, entre dois desconhecidos? E o mais importante, pelo menos para Sakura naquele momento, o que iria pensar vendo-a andando de mãos dadas com o russo após ter sido flagrada aos “amassos” com o mesmo.

Antes que pudesse cogitar no que falar ou agir, percebeu que se encontrava no quarto de Sasuke. Tinha que admitir, aquele homem era um furacão quando queria ser. Enquanto ela se mantinha em pé, com as costas na porta recém fechada, ele foi até sua cama e sentou-se.

Eles se olharam de forma intensa, como se pudessem ler os pensamentos um do outro. Sakura imaginava que estava com sua cara de assustada e corada, como sempre. Já o moreno parecia preocupado ou até mesmo triste. Será que havia chegado a hora de conversarem? Ou havia algo a mais que o incomodava de verdade?

- Minha pequena, precisamos conversar.

- Oh, sim! Os preparativos foram muito bem executados! Somos uma ótima dupla!

Ela falou sorrindo, tentando fingir que não percebera o tom de voz melancólico de seu amante. Eles sabiam que aquele dia chegaria. Sabiam que não haveria relacionamento real. Havia muito mais para dividi-los do que para junta-los. Afinal, nem se conheciam de verdade. Ela era uma mulher independente, segura de seus atos e muito bem resolvida com sua inexistência de vida amorosa em Ottawa. Não esperava que ele não pensasse o mesmo.

- Eu gosto de você. Pode lhe parecer precoce ou até mesmo infantil, mas é o que sinto. E, acredite, está sendo um sofrimento admitir isso e lhe falar.

As palavras dele lhe causaram uma mistura de sensações. Claro que não era a primeira vez que ouvia uma declaração, mas era a primeira proferida daquela forma. Ele era sempre sincero demais, direto demais. Talvez fosse um defeito para outras pessoas, mas Sakura sempre gostou de ser direta ao ponto e que fossem da mesma forma com ela.

- Sasuke, moramos há 15 horas de voo de distância. No dia que pegar este voo, esquecera que gosta de mim.

Ela sorriu novamente, tentando diminuir a tensão que se instalara enquanto ela pensava em uma resposta. Ele se levantou da cama e seguiu em sua direção. A rosada sentiu seu estômago encher das malditas borboletas que a atormentavam há duas semanas. Quanto mais próximo ela o sentia, seu corpo reagia aos seus passos com pequenos suspiros e sensações de frio no estômago.

Ele se aproximou o suficiente para prende-la entre seus dois braços, suspensos ao redor da cabeça dela e segurando na porta. Ele olhou para baixo, encontrando os olhos dela.

- Você pode fugir para qualquer quanto do mundo, mas eu continuarei atrás de você. Nem mil horas me farão esquecer seu corpo ­– desceu uma das mãos até a cintura dela e a outra para o seu rosto – ou de como você é perfeita.

E então, ela o sentiu encostar sua testa na dela, fechando os olhos. Ela o observou enquanto ele respirava lentamente, fazendo carinho em seu rosto e apertando sua cintura. Ele tinha a pele tão clara, as sobrancelhas extremamente negras, da mesma cor de seus cabelos arrepiados e seus longos cílios. Suas bochechas estavam levemente rosadas, o que a fez pensar que aquilo realmente estava sendo difícil para ele.

Nem mesmo em suas noites de luxúria chegou a vê-lo com o rosto corado. Ele era sempre decidido, sexy, dominador. Mas, naquele momento, ele demonstrava algo que a encantou talvez muito mais que seu corpo e virilidade.

- Sasuke, eu não posso te prometer um romance. Eu sou a geração “Não” - falou, fazendo aspas - da família Haruno. Você é o homem mais interessante, sexy e inteligente com quem já estive. Mas, você não me conhece. Não nos conhecemos!

- Geração “Não”?

Ele afastou sua testa da dela, mas continuou segurando seu rosto e cintura. Ela viu a confusão em seus olhos ônix. Aqueles olhos quase a fizeram tremer e pensar se valeria a pena contar a velha história que sempre contava quando dispensava alguém. A verdade é que ela mesma fazia sua suposta maldição.

- E-é, bom, minha família tem história de gerações que funcionaram ou não em romances. Meu avô morreu por falta de amor, meu pai vive seu eterno romance com a minha mãe e eu estou destinada a sofrer, como pode ver.

- Pois a minha família tem essa mesma baboseira. Supostamente, eu e Itachi somos a geração “sim”. Então, quebramos essa corrente agora mesmo.

Antes que ela respondesse, ele a beijou. Não foi um beijo lento ou romântico. Ela o sentiu pressionar seu corpo sobre o dela, enquanto a língua masculina invadia sua boca com certa pressa. Podia-se dizer que o beijo tornara-se selvagem, necessitado. Ela o sentiu descer a mão de sua cintura para seu bumbum e apertar com certa força.

Quando a mão de Sasuke que segurava o rosto de Sakura desceu para o seio da rosada, ouviram batidas na porta.

- Saaaaasuukeeee! Tem uma moça querendo ver sua futura noiva! Deixa pra transar depois!

A voz estridente de Naruto invadiu o quarto, enquanto ele continuava batendo na porta. Sakura, só então, lembrou novamente da prima. E, que vergonha sentiu ao imagina-la do lado de Naruto, enquanto o loiro gritava. Não que o que ele dissera fosse mentira, mas preferia contar pessoalmente para a prima em vez de Naruto espalhar aos quatro cantos do mundo com seus gritos.

Ela interrompeu o beijo, empurrando um pouco o moreno, mas mordendo seu lábio inferior e puxando delicadamente para finalizar. Ele a olhou com uma sobrancelha arqueada e com os olhos queimando em desejo. Ela conseguia sentir novamente a ereção dele, mas não poderia se entregar ao desejo naquele momento.

- Vamos nos conhecer melhor. A partir de hoje, você tem dois dias pessoalmente e outros vinte de longe. Me convença que vale a pena ficarmos juntos, não só pelo sexo.

- Acho que se dependesse de sexo, estaríamos casados.

Sakura achou graça de como ele conseguia falar tudo de forma tão séria enquanto Naruto gritava o nome deles do lado de fora, batendo cada vez mais forte na porta.

- Certo, certo – Sorriu - Então, aceita os vinte de dois dias para me conquistar?

- Aceito, mas com uma condição.

Naruto agora chutava a porta e gritava besteiras com conotação sexual. Sakura se afastou da porta meio assustada com a cena que o loiro maluco fazia.

- Qual condição? E, de onde você tirou este demônio loiro?

- Se em vinte e dois dias eu te conquistar, você morará comigo e abrirá uma filial da Haruno’s aqui. Enquanto ao Naruto, ele é um bom garoto quando não está em abstinência sexual.

Ela até riria da afirmação final de Sasuke e dos gemidos que Naruto fazia do lado de fora, se não fosse a condição do moreno. Mudar-se? Deixar sua amada Ottawa? Talvez não estivesse preparada para aquilo. Tinhas suas certezas, suas ambições, seus objetivos, e tudo estava em Ottawa.

Será que um hipotético amor iria mudar suas certezas? 


Notas Finais


Então, o próximo não demorará tanto!

Obrigada por lerem :)


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