Ulquiorra Schiffer, 25 anos, um escritor reconhecido por suas obras best-sellers. Como sempre rodeado por muitas pessoas, entretanto sua personalidade extremamente fria e um tanto marrenta o fazia se afastar de pessoas interesseiras. Por esse motivo ele não tinha muitos relacionamentos íntimos, não que ele não estivesse com mulheres, uma vez outra ele estava com uma mulher, nada serio já que elas nunca superavam suas expectativas. Talvez por ser um escritor ele ainda desejava poder conhecer o tão famoso amor o qual as pessoas tanto falavam e pela qual ele mesmo escrevia. Isso se realmente existisse...
— Pelo visto não tenho como não ir nesta festa não é? – dizia ele com uma expressão de poucos amigos.
— Não! Você não tem escolha Schiffer! – de maneira autoritária falava uma mulher de estatura não muito alta, apesar de que o salto preto era bem alto.
— O Kurosaki já não vai está lá? Acho que vai ter autores demais nessa festa! – ele retirou os óculos de descanso e guardou numa caixinha azul.
— Ichigo não escreveu o Best saller Stars Explosion! – falava irritada a pequena mulher.
— Mulher eu não quero ir! Eu havia esquecido que o Kurosaki é um fracassado! – Ulquiorra dizia com uma tranquilidade assustadora.
— Meu nome é Rukia! Ulquiorra deixe de criancice! Você vai é ponto final! – ela suspirou cansada. – E Ichigo não é um fracassado. É um escritor incrível e faz sucesso assim como você. – retrucava enquanto procurava algo dentro da bolsa preta. – Tome!
— O que é isto? – ele pegou o envelope vermelho das mãos dela.
— É o endereço do salão de festas. Por favor, não se atrase, como sua assessora lhe aconselho a está lá no horário. – disse Rukia fechando a bolsa.
— Você poderia muito bem nem ligar, assim você ficaria até mais tempo com o seu namoradinho. – com certo desprezo ele falava.
— Ulquiorra seu sarcasmo não funciona comigo! Já sou vacinada contra raiva! – a morena sorriu e foi até a porta do modesto apartamento do Schiffer. – Quem sabe o seu amor não aparece por lá? Pense nisso, o amor aparece quando menos esperamos. – e assim ela se foi deixando o homem perdido em seus pensamentos.
— Talvez não seja uma má ideia ir nesta festa. – comentou olhando para o envelope com o endereço da festa. – Melhor eu ir me arrumar.
{...}
Em outro ponto da cidade, bem próximo a um badalado salão de festas estavam duas jovens mulheres numa fila para poderem entrar na festa. Uma delas está um tanto entediada por ter sido praticamente arrastada para aquele local...
— Tatsuki-chan você poderia ao menos fingir que está empolgada como eu? – uma bela ruiva dizia a amiga.
— Orihime sabe que não gosto de festas e você praticamente me obriga a vir numa! – reclamava emburrada a morena.
— Kurosaki-kun nos convidou! É uma festa importante. – tentava convencer a amiga que a festa seria boa, ela nem imaginava que esta festa seria inesquecível.
— Tudo bem Hime, vou tentar não ficar entediada. – ela sorria à amiga.
— Uhum! – a ruiva abraça a amiga. E pensa: “Sinto que hoje será especial.” – elas entram no salão. - Quanta gente! Tatsuki-chan olha! Aquele não é o Ishida-kun? – aponta Inoue.
— É sim! Vamos falar com ele? – diz a amiga já puxando a ruiva.
— Tatsuki-chan não acho uma boa ideia eu ir até ele. – Orihime comentou parando de andar – Vamos fazer o seguinte, você vai lá e eu vou até o bar pegar uma bebida. – ela se afasta da amiga indo até o bar.
{...}
Estava agitada a festa de lançamento de um dos livros do famoso escritor Kuchiki Byakuya e também naquela festa aconteceria uma homenagem a Ulquiorra Schiffer por ter ganhado o premio de melhor escritor do ano.
Apesar da homenagem Ulquiorra não estava nem um pouco empolgado com isso, não que não estivesse orgulhoso pelo seu talento, mas na sua concepção isso era desnecessário. Ele estava no bar do salão com um copo de vodka nas mãos.
— Que chatice! Por que esses humanos têm tantas frescuras? – reclamou tomando um gole da bebida.
— Você fala como se não fosse um humano. – comentou uma ruiva sorrindo que acabava de sentar-se num banco do mini bar.
— Se sou humano ou não isso não te interessa mulher. – naquele momento Ulquiorra observou a mulher e se surpreendeu ao ver a beleza dela. Ele ficou um tanto sem jeito por ter sido grosseiro com ela.
Lá estava eu novamente esta noite
Forçando a risada, fingindo sorrisos
Mesmo velho lugar, cansativo e solitário
Paredes de insinceridade
Olhos se deslocando e espaços vazios
Desapareceram quando eu vi seu rosto
Tudo o que posso dizer é que foi encantador conhecê-la
— Me desculpe! – com a voz doce e calma pediu a mulher. Ela voltou sua atenção ao barman e pediu uma bebida leve, mais especificamente, água com gás.
— Quem vem a um bar pedir água com gás? – Indagou em tom de desprezo Ulquiorra. Mas a verdade era que estava curioso em conhecê-la.
— O que peço ou deixo de pedir não interessa a você homem! – falava ela calmamente pegando sua água com gás e ingerindo um pouco.
Ele ficou um tanto surpreso, afinal nem uma mulher o tratara dessa forma, na maioria das vezes em que ele era frio elas continuavam ali fingido que nada havia acontecido e isso lhe irritava profundamente. Ele pensou: “Essa mulher é intrigante!” Ulquiorra pegou um dos guardanapos que estavam próximos a ele e do bolso tira uma caneta preta e começa a escrever algo naquele papel. Depois de escrever algumas poucas palavras ele arrastou o guardanapo para perto da ruiva.
— O que? – ela olhou curiosa para o bilhete e resolveu lê-lo. Eram palavras simples, mas a ruiva se viu tentada em conhecer aquele homem de olhos cor de esmeralda. Ela leu o bilhete mais uma vez. – “Me desculpe pela frieza, não sou muito bom em fazer amizades”. – a ruiva olhou discretamente para ele e deu um sorrisinho terno e depois foi até sua pequena bolsa e tirando uma caneta rosa de dentro desta e começou a escrever algo naquele mesmo guardanapo. E quando terminou fez a mesma coisa que ele, apenas aproximou o papel dele sem olhá-lo.
Ele olhou para o guardanapo e o pegou por fim lendo-o: “Não se preocupe com isso, você não parece ser nada mal ☺”. Ele balançou a cabeça e instantaneamente soltou um sorriso discreto. E voltou a escrever no guardanapo e passou novamente para ela.
Ela rapidamente pegou o papel: “E isso é bom?”. Ela respondeu e entregou o papel.
O moreno leu: “Acho que sim!”. Ele olhou para ela que estava com um copo nas mãos um tanto nervosa. Naquele momento tocava uma música lenta e um tanto romântica no salão. Ulquiorra escreveu no papel e entregou a ela.
A bela mulher leu e ficou surpresa com as palavras, ou melhor com o convite: “Quer dançar comigo?”. Ela olhou para ele que estava observando a pista de dança com os braços apoiados na bancada do bar. Ela escreveu e arrastou o bilhete até ele.
Ele rapidamente leu: “Não sei dançar, mas aceito o pedido. Ah não me responsabilizo se eu pisar muitas vezes no seu pé.”. Ele riu e olhou novamente para ela que agora olhava para ele um pouco corada. Ulquiorra estendeu uma das mãos a ela que timidamente aceito o convite. Eles caminharam até a pista de dança em silencio, a verdade é que eles tinham certo receio em começar uma conversa falada. A música era suave, a ruiva colocou os braços em volta do pescoço dele enquanto ele envolveu os braços na cintura dela. Eles trocavam olhares como se quisessem dizer: “Já nos conhecemos?”. Ele encostou a face a dela e sussurrou no ouvido da ruiva: - Você tem um perfume bom, mulher.
Inoue se arrepiou completamente com a atitude dele, a voz daquele homem era extasiante, seus olhos misteriosos e sua pele parecia fria, mas era quente e seu toque era sincero. – Não me chame de mulher, meu nome é Inoue Orihime.
— Orihime, um belo nome. – Ulquiorra a olhava nos olhos – O meu nome é... – ele foi interrompido por alguém que o chamava no palco provavelmente para a homenagem.
— Ulquiorra Schiffer? – Inoue perguntou.
— Sim. – ele respondeu a Inoue enquanto olhava para uma morena baixinha que o interrompia.
— Você é amigo do Kurosaki-kun?
— Não. – Ele ia dizer algo mais, mas sentiu algo, ou melhor, alguém segurando o seu braço direito.
— Schiffer! Namoricos depois sim? Venha! – disse Rukia puxando o moreno que mal conseguiu se despedir da ruiva.
— Ulquiorra... – sussurrou Inoue olhando o homem se distanciar.
A homenagem ocorreu naturalmente e Ulquiorra foi praticamente obrigado por sua assessora a fazer um pequeno discurso de agradecimento. – Agradeço a editora que publicou minha obra e a minha assessora que não parou um minuto se quer de me perturbar para eu terminar o livro. – dito isso os convidados riram e Ulquiorra procurava com o olhar em todos os cantos daquele salão tentando encontrar a ruiva, mas parecia que ela o havia deixado. – Enfim agradeço a todos pela homenagem. – ele se retirou educadamente do palco.
— Estou orgulhosa de você Ulquiorra. – comentou uma Rukia sorridente que estava de mãos dadas com um ruivo.
— Parece que o Ulquiorra cresceu Kia.
— Calado inseto! – olhou com desprezo para o ruivo.
— Não o trate assim Ulquiorra! – ralhou Rukia.
— Kurosaki você conhece uma mulher chamada Inoue Orihime? – perguntou ele tentando saber sobre a mulher.
— A Hime? Estudamos juntos no colegial e é uma amiga até hoje. Apesar de a Rukia ter ciúme dela. – essa ultima parte ele falou cochichando.
— Mas o que quer com ela? A propósito era com ela que você estava a dançar? – indagou Rukia.
— Hum! Eu vou para casa, estou cansado. E Kuchiki vê se me dá umas férias ok? – dito isso ele se afastou sem se despedir dos amigos.
— Ele está estranho. – disse Rukia.
— Deixa ele! Vamos dançar? – convidou Ichigo.
— Vamos sim!
{...}
Esta noite está vibrante, não a deixe pra lá
Estou perplexo, corando por todo o caminho até em casa
Vou passar a eternidade me perguntando se você sabia que
Eu estava encantado em conhecê-la também
— Mas que droga! Por que ela não sai da minha mente? – Ulquiorra estava em casa e agora tentava dormir, mas pensar naquela mulher estava lhe deixando louco, queria conhecê-la melhor, saber seus medos, seus desejos, queria poder ver todos os dias seu sorriso, sentir seu perfume todas as noites, queria tê-la para si.
Em suas obras literárias sempre havia um pouco de romance, entretanto ele nunca chegou a acreditar que o amor realmente existisse. Mas agora enquanto tentava a todo custo dormir pensava na hipótese de tal sentimento ser real. Ele rolou mais uma vez na cama e pensou: “Será que ela já ama alguém?”.
A pergunta persistente me manteve acordado
Duas da manhã, quem você ama?
Me pergunto até se eu estou bem acordado
Agora eu estou andando para lá e para cá
Desejando que você estivesse na minha porta
Eu abriria e você diria
"Ei, foi encantador conhecê-lo"
Ele levantou da cama rapidamente, não conseguia dormir, milhões de perguntas sobre aquela mulher invadiam sua mente, nunca em toda sua vida havia sentindo tanta vontade de conhecer uma mulher. – Acho melhor eu ir caminhar um pouco, talvez o orvalho da madrugada me faça esquece-la. – Ulquiorra vestiu uma calça de moletom, uma blusa preta de mangas compridas e por cima um casaco bem grosso cinza. Ele saiu de casa indo para um parque que não ficava muito longe de onde morava.
{...}
Inoue saiu da festa sem se despedir de Ulquiorra, ela não sabia bem porque havia feito isso já que realmente gostou de conhecer alguém como ele. Ela olhou para a tela do celular que indicava duas horas da manha.
— Duas da manha? – ela olhou para o céu, a lua ainda estava tão grande e brilhante que ela não sentia a menor vontade de voltar para casa. A ruiva estava num parque, onde havia alguns bancos de madeira. Mas ela estava num balanço contemplando o céu estrelado. – Será que um dia irei voltar a vê-lo?
— Falando sozinha? Isso não é um bom sinal de lucidez. – comentou um homem atrás de Inoue.
— O QUE? – o susto foi tão grande que ela acabou por cair do balanço.
— Me desculpe, não queria assustá-la. – ele estendeu a mão para ajudá-la ficar de pé.
— Ittai! – Orihime massageava uma das pernas que com a queda havia machucado. Ela finalmente olhou para o homem e se surpreendeu ao ver quem era – Ulquiorra!
— Acho que sim. Isso parece com umas historias que já fiz. – ele sentou num segundo balanço – O céu está bonito.
— É s-sim. – concordou ficando um pouco tímida com ele, mas estava feliz em vê-lo de novo – Ah parabéns pela homenagem. Não vi toda, mas ainda sim parabéns.
— Obrigado. – ele olhou para ela e naquele momento queria dizer tantas coisas a ela, mas tinha medo de dizê-las, mas numa coragem súbita palavras saiam de sua boca. – Nunca fui de acreditar em amor, paixão ou coisas do tipo. Mas essa noite quando te vi senti algo diferente dentro de mim, senti que você seria especial em minha vida. Eu não sei exatamente o que é amar ou o que é amor. Eu fiquei como um pobre escravo que acaba de ver sua libertada. Orihime – Ulquiorra pegou nas mãos dela, elas estavam frias e um pouco tremulas. Inoue continuava em pé, a verdade é que não esperava por tudo aquilo numa única noite. – Quero aprender com você o que é amar. Você aceita ser minha sensei? – eram poucas as vezes que Ulquiorra sorria, mas naquele momento ele sorria de forma carinhosa para ela.
— Meu Deus! – Orihime olhava atentamente para a face dele, podia ver sinceridade naquele olhar terno. – Eu fique encantada em conhecê-lo Ulquiorra. E por mais que isso tenha sido rápido demais – ela apertou suas mãos as dele. – Eu aceito ser sua sensei.
Ele sem perder tempo a puxou para o seu colo fazendo que eles ficassem bem próximos, suas faces estavam a centímetros de distancia. Mas quem inibiu a distancia foi Inoue que beijou carinhosamente o moreno. Era um beijo carinhoso, terno e sincero de ambas as partes. Ulquiorra intensificou o beijo pedindo permissão com sua língua que logo foi aceita pela ruiva. Ficaram assim alguns minutos até o ar lhes faltar. Eles estavam ofegantes, Ulquiorra encostou a face a dela e assim ficaram. Inoue estava corada e ele estava feliz por ter encontrado a pessoa certa. Talvez fosse cedo demais para afirmar algo do tipo, mas ele faria de tudo para que isso desse certo.
Eu nunca fui apaixonado por outra pessoa
Eu nunca tive alguém esperando por mim
Porque você a realização de todos os meus sonhos
E eu só queria que você soubesse
Hime, eu estava tão apaixonado por você!
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