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História Encomenda Interestelar (Hiatus) - Meu planeta corrompido


Escrita por: kittviegirl

Notas do Autor


Hey meus amores senti saudade! estou de volta ainda que atrasada, me perdoem, existiram diversos problemas que acho melhor nem falar pra não encher o saco, então apenas desejo que tenham uma ótima leitura <3

Capítulo 3 - Meu planeta corrompido


 Foi assim; neste dia eu havia acordado incrivelmente cedo, custei a acreditar quando olhei no relógio do celular que horas marcavam, 6 am. Tentei me convencer de que na verdade eram seis da tarde, mas caso fossem marcariam 18 pm, ou talvez estivessem marcando a hora errada, porém quando olhei por entre o balançar fraco da cortina vi que estava claro. E o mais incrível ainda: eu acordara com uma enorme disposição. Não era todo dia que isso acontecia, não era mesmo, por isso quis fazer algo, qualquer coisa que eu ainda não tivera coragem de fazer. 

 

 Na verdade não havia muito o que fazer, eu já havia lido todos os meus livros sobe a estante, não gostava de ver tevê além do jornal da noite, e tinha meu violão que eu nunca aprendera de fato a tocar. Também podia desenhar algo na minha agenda de capa preta, mas eu pensava que quando fosse fazer isso deveria ter certeza, caso contrário poderia fazer qualquer coisa e acabar não gostando do resultado, arrancar as folhas o deixaria feio e fino. Sair não era uma opção uma vez que havia me afastado de todos. Tinha o TaeMin, mas nós éramos diferentes, de repente não sabia o que éramos e ele só aparecia quando queria.

 Foi então que dentro do meu guarda roupas encontrei um potinho antigo de anilina, na cor vermelha, uma das cores que eu mais gostava. Minha prima havia deixado comigo depois de fazer para nós umas daquelas nebulosas na garrafa, que pareciam como galáxias guardadas dentro de uma garrafinha, eu achava bem bonito ainda mais por se tratar com algo que remete ao céu, e a purpurina prateada eram as estrelas. Lembro que fiquei desiludido quando descobri como se fazia aquilo, era bem fácil e agora eu tinha uma vermelha efeitando a estante perto de alguns cds, minha prima ficara com a outra anilina, uma violeta igualmente bonita, ao qual ela usara pra sua nebulosa e pintar o cabelo depois. 

 

 Como eu já havia visto ela usar aquilo pra pintar o cabelo várias vezes, decidi que pintaria o meu com aquela vermelha que me dera, porém apesar de eu preparar tudo certinho como havia me lembrado, a tinta não pegou bem no meu cabelo. Porque eu não descolori, como eu tinha o cabelo naturalmente castanho bem claro pensei que poderia pegar, mas o resultado fora meio diferente, ele ficara sim avermelhado, só que mais como um reflexo, do tipo que fica mais evidente com a luz do sol e só então você nota bem a cor, enquanto fora da luz parece somente seu tom bem escuro. Ainda assim eu havia gostado, também não queria que ficasse inteiramente vermelho, caso contrário chamaria muita atenção, acho que algo semelhante á um palhaço já que a anilina possuia uma cor realmente muito viva, e só algumas graminhas rendiam pro cabelo inteiro. 

 

 Então o meu cabelo não ficara totalmente vermelho de fato, entretanto o meu banheiro sim, e como. Fiquei apavorado encarando minha pia, eu podia esfregar pra sempre que nunca sairia tudo, apesar de tê-la limpado logo em seguida que a sujei, ainda assim, ficara cheia de manchas vermelhas, havia me esquecido que esse tipo de tinta manchava tão permanentemente as coisas. Só que ainda tive esperanças que minha mãe não descobrisse, apesar de ela praticamente nunca entrar no meu quarto e viver ocupada com seu trabalho. Achava irônico o fato de uma assistente social não poder, por vezes, dar atenção ao próprio filho. Todavia eu já havia acostumado com sua falta, com a atenção bem reduzida desde que fui pequeno, ainda que me fosse ruim sempre pois lembro de ter sido uma criança bem apegada.

 

 Passei o resto do dia lidando com a culpa de que havia manchado toda a pia do banheiro, e também usado todo o creme dela, minha mãe, pra preparar a tinta de meu cabelo, já que creme compunha a maior parte da mistura. Aliás eu também não saberia qual seria sua reação ao ver meu cabelo numa cor diferente, eu nunca tinha pintado meu cabelo antes e nem lhe avisara de que iria o fazer.

 

 Depois fiquei pensando sobre o olhar de toda aquela gente chata do colégio, sobre o que diriam. Sim, eu me preocupava de certa forma, mentiria se dissesse o contrário, mas também não significava que iria me moldar por suas opiniões, estas que em grande parte não se assemelhavam á minha. 

 Me pergunto quando foi que mudei de fato. Antes eu gostaria de poder ''matar'' muitas pessoas, me ver livre delas seria suficiente, pensava que assim seria melhor. Depois eu só quis desaparecer. 

 

  Então quando foi que passei a me ver como o problema? 

 

 Quer dizer, deveria ser elas, as pessoas, uma vez que sua influência nos destrói, nos corrompe. 

 

 Talvez eu quissesse sumir por, talvez, ter acabado me deixar levar nisso, o que é inevitável. Ou talvez o desejo ruim de querer me livrar destas pessoas estivesse se voltando contra mim. Mas então nesse dia concluí que o problema era o mundo em si, e não as pessoas que a habitam, o sistema nos conrrompe, e muita gente talvez não entenda esse ponto, mas o mundo é realmente podre, em partes. Todos pagando por algum erro. Erro movido por alguma influência. 

 A influência. É realmente algo perigoso, algo que se deve manter cuidado ou te faz ruir. A sensação de estar bem ao seguir uma tendência é uma bela mentira. Mas a sensação de se sentir incluso, de ter algo e ser reconhecido, é algo que o ser humano não resiste.

 

 Então é: fazer ou morrer.

 

 Mas fazer ainda não te livra de morrer. Porque a morte é destino de todos. A única certeza desta vida.

 

 Portanto, não importa se você segue ou evita as influências, nada disso te protege nem te faz melhor. 

 

 

 Foi-se assim o dia, a noite caíra trazendo as estrelas que a tanto admirei, porém, desta vez um cansaço mental característico se apoderara de meu corpo, me fazendo optar por dormir mais cedo. Devo ter dormido apenas por algumas poucas horas, e em meio a esse tempo ainda pude sonhar. Nesse sonho eu subia os últimos degraus de uma escada que conhecia de meus sonhos anteriores, então era tudo escuro como sempre, só podia ver uma porta fechada bem em minha frente, cuja deixava escapar da soleira um feiche de luz, bem em minha frente, e a pouca luz vinda disso era exatamente o que me fazia enxergar os degraus que havia subido. Diante áquela porta, alcancei sua maçaneta fria e a girei, porém parecia que tive certo receio em abri-la, demorando para enfim empurrar e ver o que se escondia por detrás.

 

 Ao contrário do que pude imaginar, não havia outro quarto ou algo do tipo. Não era nada tão óbvio, claro. Detrás da porta que abri havia uma paisagem, como se eu estivesse entrando para um outro lugar por meio disto. O chão era de areia semelhante á um deserto, no céu as estrelas típicamente brilhavam em pontos, então eu caminhei atravessando a porta, olhei para frente à cerca de um metro e meio de distância pude ver que, apesar do breu escuro, havia um abismo, para os lados tudo que se podia ver eram areia e mais areia, aqui ou ali existiam montanhas feitas da mesma. Então eu por algum motivo olhei para trás e a porta ainda estava lá aberta para mim, mostrando somente os que seriam os primeiros degraus uma vez que decidisse voltar por ali. Quando retomei o olhar para frente percebi que agora havia a silhueta de alguém parado sobe a ponta deste abismo, porém não soube identificar quem, realmente estava escuro. A iluminação na verde era estranha, eu podia ver toda a areia sobe seus pés por exemplo, mas quando o olhava simplesmente era uma figura escura, como o chão que afundava detrás de si.

 

 

 De repente despertei de meu sonho, e havia um som entrando pelos meus ouvidos, o escuro que reconheci fora de minhas pálpebras, e fora mudando gradativamente, do preto até um bege que clareava para o tom mais claro de mesma cor, até que algumas frestas miúdas de luz entrassem por entre os cílios para que depois se abrissem de fato os olhos, trazendo assim a imagem costumeira de meu quarto. Acordei com um resmungo baixo, coçando os olhos um tanto, me remexi enquanto bocejava e em meio a este processo meus olhos repousaram sobe uma figura que me fitava da outra extremidade de meu quarto, sentado sobe o chão jazia Lee TaeMin a me observar, calado. 

 

— Que diabos!? Lee TaeMin, por que fica invadindo assim? quer me matar??? Droga! — Espantei-me de primeira ao vê-lo ali em meu quarto de alguma forma. Era esquisito acordar e encontrar alguém dentro do seu quarto te observando calado, sem uma explicação enquanto você dorme sem esse conhecimento, era estranho e assustador.

 Ao menos era ele, se fosse um desconhecido seria ainda mais assustador. Tive que respirar fundo um tanto para retomar a calma, meus batimentos tinham até mesmo se alterado com o susto, senti um desespero logo de cara mas consegui me recuperar.

 

— Perdoa-me Choi MinHo.— Pronunciou e remexeu-se de onde estava, apoiando o queixo sobe seus joelhos dobrados, as pernas encolhidas sobe o peito prórprio. Engoli em seco encarando áquelas íris de cervo que a tanto me seduziram; tão enigmáticas mas ainda assim com um brilho puro.

 

 Suspirei maneando em concordância com a cabeça mediante ao pedido de desculpas, TaeMin então sorriu-me satisfeito enquanto eu sentava sobe a superfície macia de minha cama, os lençoes numa bagunça tão confusa como meus pensamentos sobre o que estava acontecendo bem ali.

 

— Agora troque-se e vamos comigo.- Levantou-se de repente, pude perceber certa animação inquietante no modo como seu corpo se mexia, me senti lerdo de novo, TaeMin me causava isso por muitas vezes, talvez fosse seu mistério que me intrigasse.

 

— Onde vai me levar?

 

— Está com medo?

 

—  Deveria?

 

—  Então, qual o problema afinal? - Ergueu rápida e levemente a sobrancelha, enquanto caminhava com lentidão até a janela, me perguntava onde seu jogo o levaria. Com certeza não somente á minha janela como o fazia.

 

 Decidi não debater com ele, apenas ergui-me da cama rumando em direção ao guarda roupas, tirando de lá uma roupa que achei ser boa para seja lá onde TaeMin me meteria. Na verdade nem pensei muito sobre isso, e nem queria, tinha o fato de que eu estava indo só porque era ele quem estava me chamando, isso implicava sobre o que ele deveria estar se tornando pra mim então. Não devia ser pouca coisa. Aliás, confesso que fiquei contente por ele ter vindo, o queria por perto sempre. Só a ideia de deixar de vê-lo me desagradava, sentia até certo medo que ele sumisse, já era desgostoso suficiente ter de esperar para vê-lo somente á noite. Eu poderia vê-lo o tempo todo, e nunca me cansaria.

 Assim, fui em direção ao banheiro e lá fiz minha higiene, também me arrumei rapidamente após fechar a estreita porta, vesti-me usando de uma camisa inteiramente branca e livre de mangas, um jeans claro, e os tênis que calcei no quarto quando voltei, pois estavam ali pelo chão mesmo. Peguei minhas chaves e guardei no bolso da calça.

 

— Impressionante.— Murmurou TaeMin se aproximando bem detrás de mim, eu que estava diante ao espelho fitando o resultado daquela junção de peças no meu corpo, que eram as roupas escolhidas.

 

—  O quê? — Voltei-me á ele só então notando seus trajes; uma camisa azul lavado de punhos desaboatoados, com uma parte para dentro e outra fora da calça preta, esta que possuía um rasgo expondo todo seu joelho direito, apertadissíma pra variar, os coturnos completavam seu ar desleixado, porém, claramente limpo.

 

— ...Você.— Respondeu por fim, arrancando-me um riso soprado, sério, ele estava menos arrumado que eu e continuava sendo ainda incrivelmente bonito, eu via um nada fitando minha imagem ao lado da sua diante o espelho que nos refletia nítidamente.

 

— Com 'você' está querendo dizer sobre você mesmo, sim? — Supus uma vez que havia duas imagens no mesmo espelho, poderia então TaeMin estar falando consigo mesmo.

 

— Não seja assim...- Repreendeu me segurando pelos ombros como se me ajustasse ali, depois continuou: — Veja bem, não sou muita coisa, acredite. Agora, olhe pra nós.

 

— Nós combinamos (?) - Testei-o me virando para fitar sua face de tão perto, pele cálida como um anjo de exílio. Lábios que pareciam chamar para um ósculo. Tive de desviar o olhar para conseguir manter controle, era difícil tê-lo de tão perto.

 

— Nós dois?

 

— Sim, nós dois. 

 

 Assim obtive de TaeMin, pela primeira vez um olhar diferente dos que estava acostumado, um olhar transbordando ternura que quase derreteu-me por completo. Eu podia entender que ele precisava disso, de nós, e precisava que eu notasse também, todavia acredito que fui o primeiro a descobrir sobre o que nós dois poderiamos ser com essa coisa que nascia entre. 

 Seu sorriso pequeno parecia meio sem jeito, foi autómatico as reações que tive diante ao todo abobado TaeMin, a respiração logo pesando e o peito enchendo-se de ansiedade, pressão arterial decolando feito um foguete. Então, seus dedos alcançaram os meus semelhantes, tocando somente as pontas de forma gostosa, até que enfim juntei-a com a minha num entrelaçar tímido, pude ver o olhar dele abaixar pousando em nossas mãos recém juntas, seu sorriso parecia ainda mais iluminado agora. Depois ele me olhara novamente e, ah, o brilho interno tão contemplativo que me parecia como duas estrelas sobe o céu pronfundo que eram suas íris escuras.

 

— Vem.

 

 Puxou-me pela mão ainda entrelaçada à sua, e pulamos a janela juntos chegando a pequena área, depois, consequentemente ao jardim também pequeno. Nós iriamos pular o muro se dependesse de TaeMin, por sorte minhas chaves estavam no bolso como precavi, então saímos sem correr o risco de algum vizinho nos ver e pensar que éramos marginais.

 

 Porém, após percorremos até o fim da rua, TaeMin me pôs na mesma situação: Ter de pular uma cerca, todavia o pior era: A cerca de alguém. Esse alguém, se quer saber, era o senhor Nam, antigo morador do bairro como todos ali. O senhor Nam, basicamente, tinha cerca de cinquenta anos, morava sozinho uma vez que sua esposa falecera e seus filhos seguiam com suas vidas de adultos. O senhor Nam colecionava carros antigos e vivia disso. Então, ele pegava estes carros velhos e os concertava, depois de um tempo revendia, isso dava-lhe um bom lucro em vista do tanto de caras fanáticos por aí que querem uma preciosidade destas em boas condições na sua garagem como coleção. 

 

 Era fácil demais pular aquilo, na verdade eu deveria apenas erguer a perna um pouco e já estava lá, uma vez que fosse uma simples cerca de grama e baixa. Mas custei a querer o fazer, TaeMin tivera que me convencer um tanto para que eu fosse, fiquei do lado de fora enquanto ele já estava do lado de dentro; A pequena cerca, que ia até somente a cintura, nos dividia para cada um dos lados.

 

— Seus argumentos ainda não são bons o suficiente.— Respondi após ouvir tudo que ele tinha pra me convencer, em resposta ele bufou e passou a mão pelos cabelos, logo depois cruzando os braços impaciente e um tanto irritado. Apenas troquei o apoio de uma perna para outra enquanto fitava seu rosto meio escuro, isso pelo fato de que ele estava de costas para a luz externa da casa do senhor Nam.

 

— Escute Choi MinHo, eu sei muito bem que você passa todos os dias de sua vida monótona trancafiado dentro de seu quarto, sim eu sei bem disso, é por isso que você nunca têm coisas novas pra contar, inclusive.— Falou e me contive a revirar os olhos, não pude responder uma vez que fosse pura verdade, então apenas deixei com que continuasse sua nova tentativa. — Agora, me diga Choi MinHo seu chato, você prefere continuar assim? realmente? realmente??? — Não esperou que eu respondesse e continuou: — Ou... Prefere que, bem, imagine como se assim você conhecesse as estrelas.

 Suspirei bagunçando meus fios de cabelo da nuca, achava que ele estava certo mesmo. O que ele queria dizer, pelo que entendi, era apenas que eu aproveitasse enquanto pudesse, mesmo que me arrependesse, mas seria bom, a adolescência fora praticamente criada para errar, uma vez que fosse apenas uma preparação e aprendizagem para a vida adulta. Servia para conhecer a vida, e a vida é bonita como as estrelas, eu não podia negar, mesmo que tivesse momentos tristes. Mas olhar as estrelas ás vezes era triste também.

 

— Certo... Mas, não vamos causar nenhum dano ao senhor Nam, né?

 

— Não!

 

— Promete?

 

— Eu prometo, Choi MinHo, têm minha palavra.

 

 Assim finalmente concordei com um manear breve de cabeça, depois olhando um tanto para os lados como que checando, a rua estava deserta. Depois, pulei a cerquinha e logo estive bem de frente á TaeMin que sorria satisfeito por tê-lhe cedido, a seguir ele apontou para os fundos da casa e fez um gesto para que o seguisse, então foi oque fiz.

 

— TaeMin!! você não está pensando em...

 

— Pegar um dos carros do senhor Nam...? Nah, eu já fiz isso.— Respondeu-me usando um tom baixo de voz, assim como eu, e virando seu rosto para trás, estávamos abaixados passando por uma das janelas da residência em questão, apesar de todas as luzes dentro da casa estarem apagadas, aparentemente o senhor Nam dormia já que era uma suposta madrugada.

 

— Como assim? você realmente...? — Decidi entrar no assunto mediante á curiosidade que tive e do choque com tal informação.

 

— Longa história... mas para se resumir, eu o peguei para ir até uma festa num bairro distante, eu queria ficar até as três da madrugada, ou seja até o fim, mas sem um carro não seria possível voltar nesse horário, os ônibus só passam até meia noite, e voltam a rodar ás cinco da manhã, você sabe. E meus pais não deixam eu pegar o carro deles porque não tenho carteira, ainda mais pra se ir a um lugar como uma festa onde eu iria beber. 

 

— Sim, eu sei disso, os motoristas não trabalham de madrugada. Mas por que não pegou uma carona com alguém? e... o senhor Nam não descobriu nada? aliás, você dirigiu bêbado!? Oh, céus...— Deduzi com certa preocupação enquanto chegavámos no quintal do senhor Nam, parando de frente a sua piscina iluminada por luzes coloridas ao redor, e por dentro. 

 

 — Eu não bebi tanto assim! estava ciente disto... e enquanto á arranjar carona, eu costumava pegar carona com meus amigos do colégio, mas agora, depois de me mudar não dá mais, porque eu me mudei para longe, e todos eles moram por lá, perto do colégio sabe? também não da pra abusar da gasolina, está cara.

 

 

— Eu disse pra você começar estudar aqui, não disse? era mais fácil sair com o pessoal daqui ao invés disso tudo. — Insisti pela milésima vez vendo-o retirar os sapatos e erguer a barra de sua calça, para então se aproximar da beira da piscina, ao qual enfiou suas pernas dentro d'água. Aproximei-me de onde ele estava fitando seu rosto que encarava as águas limpas da piscina.

 

 

— Oh, eu realmente não vou estudar no seu colégio, me parece horrível; E meus amigos são insubstituíveis.

 

— Realmente é.

 

— Viu?! e se ainda quer saber, eu devolvi o carro do senhor Nam em perfeitas condições logo depois de voltar, então ele nem deve ter reparado nada, estava dormindo como agora... Lembro que foi nesse mesmo dia que fui á sua casa e dormimos juntos na grama.

 

— Oh, você se lembra!

 

— Eu disse que não havia bebido tanto assim... e a propósito, gostei do seu cabelo.—  Virou seu rosto, me analisando.

 

—  Oh, só reparou agora?

 

— Na verdade estava esperando o momento que me sentisse seguro para dizer.— Respondeu-me enquanto tirava sua blusa por algum motivo.

 

— Wow, este é seu momento seguro? após invadir a casa de alguém?

 

 Então TaeMin rira e jogara sua blusa em meu rosto, o que eu não esperava, assim ele realmente me acertou. Quando tirei a blusa dele de meu rosto pude deparar-me com a seguinte cena: Um Lee TaeMin trajando apenas uma cueca branca. Como ele estava de costas pra mim só pude ver suas pernas torneadas, e então sua bunda farta... as costas de pele aparentemente tão lisa, seus ombros... E ainda assim isso me foi muito, estava agora pensando que caso eu o visse de frente se não me faria passar mal. Confesso que não consegui desgrudar os olhos de todo seu mais que belo corpo até que ele entrasse na piscina, onde a àgua lhe cobria até o peito, este que só vi quando o mais novo se virou para mim.

 

— Não vai vir?

 

 Então era isso... ok, se eu fui até ali no mínimo deveria fazer o que ele tinha em mente de uma vez. Despi-me então, assim como ele o fizera anteriormente, primeiro os sapatos depois minha blusa, por último a calça jeans e notei que durante todo este processo TaeMin me encarava, e o clima entre nós pareceu mudar drásticamente, eu sequer conseguia respirar normalmente, estava constrangido com a tensão que pareceu surgir, só esperava que não fosse apenas coisa da minha cabeça. Mas eu podia afirmar, o olhar do mais novo pesava sobre mim, então tratei de entrar de uma vez na piscina tentando me esconder com ajuda da água, que ao contrário do que imaginei estava confortavelmente morna.

 

Tentei ignorar dando um mergulho, eu deveria falar algo pra tentar mudar esse clima, certo? só não sabia o quê. Poderia ser qualquer coisa, então assim que emergi realmente me esforcei, arrumando meu cabelo para trás num topete desordenado apenas para tomar tempo. Nós nos entre olhamos antes de eu começar a falar, ainda um tanto receoso.

 

— Primeiro você invade minha casa...- Iniciei vendo-o erguer um tanto as sobrancelhas, depois continuei: — Depois, agora invade a casa de outra pessoa, e então me diz que até mesmo já pegara seu carro escondido para ir numa festa. Ok, sei que me disse não ser nenhum ladrão, mas agora estou realmente me perguntando se isso não é mentira.

 

— Se eu fosse um ladrão não simplesmente invadiria sem levar nada. — Argumentou.

 

— Oh, levar um carro foi o que então?

 

— Yah! já disse que devolvi.

 

— E quem é que sabe se devolveu mesmo? Ladrões realmente mentem pra encubrir tudo, agora sei. — Maneei a cabeça confirmando minha própria fala enquanto brincava com a água, a esguichando com a mão e olhando TaeMin que estava no fundo da piscina com os braços para trás, apoiados na beirada de mármore e rindo baixinho da minha acusação, não podíamos fazer muito barulho, então continuamos falando baixo o tempo inteiro.

 

— Vamos, me diga logo que é um ladrão, talvez eu não te denuncie na polícia.— Insisti, agora TaeMin recolhera seus braços de volta para dentro da piscina, e passou a se aproximar lentamente de mim, a água tardando os movimentos, queria que tardasse também as batidas do meu coração que por algum motivo pareciam mais rápidas á medida que o mais novo se aproximava.

 

— Eu não sou um ladrão, Choi MinHo. Na verdade, talvez eu queira roubar algo de você... mas não acredite que seja material. — Respondeu assim que esteve bem em minha frente. 

 

— E o que é?

 

 Então ele sorriu pra mim de uma forma bem bonita, e aos poucos foi mergulhando até que eu não o visse mais. Porém, em seguida ele emergiu bem diante de mim que olhei-o de cima, nossos lábios estavam a centímetros um do outro, seus cabelos caiam numa cascata para trás, jaspeando certo brilho vindo da pouca luz na medida que a água escorria pelos fios, seus olhos de cervo me fitando com desejo, os lábios entre abertos tão convidativos, e eu fiquei tão atordoado de tê-lo próximo que nem sei quando foi que esta distância acabou de fato. Os lábios de TaeMin estavam sobe os meus agora, e parecia tão surreal, tão macio, era muito mais macio do que estive imaginando nos meus pensamentos mais secretos. Eu nem sabia que poderia desejar um homem desta forma. Lee TaeMin bagunçava meus pensamentos, me fazia fugir da rotina que havia críado pra me proteger, mudava tudo e incrivelmente tornava isso bom.

 Senti seus lábios se mexerem timidamente contra os meus, enquanto seus braços se entrelaçavam ao meu pescoço, assim entendi e cedi-lhe passagem para um ósculo. Sua língua molhada encontrou a minha, fora um choque instantanêo que percorrera todo meu corpo com o ato. Tentei manter a calma enquanto nossos lábios se encaixavam bem naquela sincronia, nossas línguas brincavam de forma fácil uma com a outra apesar da intensidade posta em cada um daqueles movimentos lentos, era um beijo sensual eu diria. Aproveitei para explorar sua cavidade pequena o quanto podia, não sabia se poderia ter uma oportunidade destas de novo, então abusei também de seus lábios que constantemente suguei e mordi, sendo feito o mesmo com os meus por TaeMin. Nesse instante os meus batimentos deveríam estar tão altos que talvez o mais novo escutasse-os, aquela ansiedade crescia novamente em meu peito, senti-me extasiado com o contato daqueles lábios tão agridoces impostos aos meus com tamanha necessidade. Eu me sentia imensamente desejado mediante ao modo ávido com o qual ele me beijava, e ser desejado por ele... isso sim deveria ser conhecer as estrelas, e todo o céu de tão bom que era.

 

 Então, desci minha mão até sua cintura apertando, acariciando a região e recebendo em troca um baixo arfar de TaeMin, este que se impulsionara um tanto para frente, e devido a próximidade nossos membros, sem querer ou não, se chocaram causando certa fricção ao qual mal pude acreditar, mas o momento parecia tão automático que apenas acontecia, então em resposta também arfei entre sua boca. Surpreendentemente, TaeMin colara de vez seu corpo ao meu e nossos membros passaram a se friccionar com uma constância que me atiçava, teríamos continuado com isso se as luzes da casa do senhor Nam não tivessem repentinamente se acendido. 

 

 Depois disso tudo foi muito rápido, nos afastamos abruptamente, saímos da piscina velozes como dois furacões e vestimos nossas roupas enquanto corríamos na rua, para bem longe de onde o senhor Nam gritava conosco.

 

 


Notas Finais


Vcs gostaram? opinem! preciso realmente saber se o desenvolvimento está saindo como o esperado, se tiver algo que incomode, qualquer coisa me informem, não tenham medo de o fazer <3

Eu arrumei a capa que estava inacabada, oq acharam? ah, e arrumei também a sinopse que estava horrível mas creio que eu ainda chegue a alterar novamente, ainda não me satisfaz :c

Enfim, espero que tenham gostado do capitulo dessa semana, qualquer coisa vão no meu twitter encher o saco (@nikeybum) ou nos comentários mesmo, eu aceito amizade de todo mundo no ss, o chat é ótimo tbm!

Então, até a próxima~ <3


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