- Bem, são seis da manhã e depois do café a senhora pode ir embora. Falou o medico anotando algo.
- Obrigada doutor.
- Alguém vem busca-la?
Eater fez que não com a cabeça.
Quando voltava para casa, Eater não pode deixar de notar todas as mulheres grávidas á volta. Apesar do pânico interno, disse a si mesma que lidaria com sua gravidez não planejada. Mas como mãe solteira, necessitaria de ajuda financeira... Ajuda financeira dele.
Assim que pôs o pé dentro de casa o telefone tocou.
- Por qual razão? Falou Nathaniel com uma voz seca.
- Por qual razão o que homem?
- Saiu do hospital levando meu filho sem me consultar.
- Em primeiro lugar, eu sou uma mulher livre e em segundo não sabemos o sexo do bebê ainda. Falou ela com raiva.
- Não faça nada sem me avisar antes.
- Nathaniel, você ficou doido? Avisar? Meu bem, você perdeu esse direito comigo.
- Escute Eater brinque comigo e eu tomo meu filho de você.
O medo de perder o bebê falou mais forte que a raiva de Eater por Nathaniel.
- Olha eu ligo para você daqui a duas semanas.
- Eater... Eater. Falou ele suspirando.
- Prometo.
- Esperarei então.
Já passava das dez da noite quando Rosalya ligou para Eater.
- Ai Rosa, por qual motivo você ligou para ele?
- Boa noite para você também Eater.
- Você não tinha o direito.
- Por favor, amiga ele tem que ajudar você. Não acho justo você passa por isso sozinha.
- Eu ia voltar para casa dos meus pais e além do mais tenho dinheiro suficiente para segurar as pontas no momento.
- Eu sei que o Nathaniel lhe pagava bem, mas você ainda vai precisar de ajuda.
- Eu sei porém queria contar sobre o bebê mais para frente.
- Se você ia contar uma hora, então não teve problema eu adiantar o assunto.
-Ai Rosalya...
- Mas mudando de assunto, você quer trabalhar aqui comigo?
-E a Cristini e a Paula?
- Elas trabalham de tarde.
- Você vai passar abrir a loja de manhã?
- Sim e preciso de alguém de confiança.
- Nesse caso é claro que eu aceito.
Na manhã seguinte quando chegou à loja, uma revista de fofoca estava sobre a mesa, aberta numa página em que mostrava Nathaniel saindo de uma boate da Lapa acompanhado de uma atriz famosa. Uma loira, linda, Carli Jaison, era apontada como a última paixão dele, dizia a reportagem. Com um nó na garganta, Eater pegou a revista e jogou no lixo.
Na hora do lanche, ela contou tudo para Rosalya.
-Ele não vai tirar o bebê de você.
- Estou apavorada.
- É choque. Ele fez você passar vários momentos chatos, sem mencionar o que ele fez quando achou que você roubou o relógio.
- Talvez seja isso.
QUATRO DIAS DEPOIS...
Ela estava terminando de atendendo uma cliente quando Nathaniel entrou. Assim que o viu, á excitação estava lá, instantânea e poderosa, ela correu para o fundo da loja e se demorou lá.
- Eater, Nathaniel pediu para leva-la agora.
- E você não xingou ele ?Perguntou a Rosalya de modo incrédulo.
- Não. Agora quero que vocês fiquem juntos.
- Você tem que ficar do meu lado.
- Então por esse motivo e pelo bebê apoio sua volta com o loiro.
-Eu não quero falar com ele.
- Você precisa falar com ele uma hora amiga.
Eater supôs que aquilo era verdade. Mas isso significava reprimir o desejo constante por ele. Deveria estabelecer uma conexão estabilizada com o pai do seu filho. Convencida disso, ela pegou a bolsa e o casaco e foi encontra-lo.
Elegante em um terno preto e gravata dourada, ele estava parado perto da caixa registradora, olhando ao redor. Um segurança estava na porta e outro na calçada.
Com olhos profundos e alertas, Nathaniel a estudou. Emagreceu muito, pálida, com cabelo loiro preso num rabo de cavalo e olhos verdes hostis, parecia uma adolescente. Entre tanto nenhuma destas coisas diminuíam sua beleza estonteante.
- Era para você esperar meu telefonema-reclamou ela quando entrou na limusine.
- Esse não é o meu estilo- respondeu ele preguiçosamente. –Você precisa pegar o seu passaporte... Viajaremos para Paris hoje.
- Paris? É uma brincadeira?
- Não
- Mas é tão longe.
- Você precisa relaxar e lá é um ótimo lugar.
- Sempre quis ir lá. Falou ela sorrindo.
- É você me contou uma noite. Disse ele sorrindo de volta.
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