História Encontrando o amor por acaso. - Seis meses .

SEIS MESES DEPOIS....

- Nossa! Só faltam dois meses. Falou Rosalya abrindo a porta da loja para Eater.

-Quero tanto conhecer minha princesa. Falou Eater com lágrimas nos olhos.

- Tome o lenço.

- Obrigada Rosa.

- Nathaniel ligou?

-Sim ele liga uma vez por semana.

- Mas não vem visita-las. Afirmou Rosa num tom triste.

- Eu não quero que ele venha.

- Mas amiga...

-Vamos mudar de assunto.

Eater tinha acabado de atender uma cliente quando a primeira dor veio. Com um gemido abafado, apoiou-se na borda de uma mesa. O medo que a assolou foi pior que a pontada aguda no abdome.

- O que houve?- Perguntou Rosalya saindo de trás do balcão.

-Acho que o bebê está vindo!-sussurrou Eater, pálida. -Mas ainda é muito cedo.

- Respire e sente aqui. Disse Rosalya em pânico.

Porém as dores continuaram e as duas decidiram que Eater deveria ir para um hospital. Lá ela insistiu que Rosalya voltasse á loja, porque sabia que ela precisava supervisionar a nova coleção. O medico deu um remédio a Eater num esforço de deter as contrações.

Deitada em uma cama no corredor, ela orou  e lutou para controlar o pânico. Estava grávida de uma garotinha de apenas sete meses e sabia que corria risco do bebê nascer antes da hora. Eater pensou no motivo para aquilo está acontecendo, mas não achava uma razão. Não tinha trabalhado muito com Rosalya, procurava comer bem, dormia cedo, ia ao medico regulamente e tinha parado de brigar com Nathaniel pelo telefone.

- Eater.

Quando reconheceu o timbre profundo da voz inesquecível, quase entrou em choque. Virou a cabeça no travesseiro, os olhos verdes perplexos. Nathaniel estava em pé. Fitando- a com os olhos sérios.

- Você está bem? Perguntou ele serio

-Não-Murmurou ela chorando. A presença dele era demais para ela.

Ele pegou a mão dela e com um lenço secou a testa dela.

- Vá embora.

- Não posso deixar você sozinha. Não me peça para fazer isso novamente.

- Como você me descobriu aqui?

- Rosalya me ligou.

-Ah.

- Tenho uma ambulância no ar a caminho e uma obstetra esperando para assumir a tarefa. Por favor, deixe-me ajuda.

Ela fez que sim com a cabeça.

-Pensei que ia brigar comigo.

- Eu quero salvar meu bebê.

Tudo aconteceu rapidamente. Atendida por paramédicos, ela foi colocada na ambulância do avião. No que pareceu um curto espaço de tempo, ela foi transportada para o conforto opulento de um hospital particular na Tijuca.

- Eu gostaria de ficar. Falou Nathaniel meio nervoso.

-Nos temos uma menina- sussurrou ela.

Ele arqueou as sobrancelhas e a olhou antes de absorver a noticia. De repente, um sorriso totalmente inesperado se formou na boca esculpida dele.

- Eu perguntava antes, mas você nunca falava.

- É que eu queria fazer você pagar.

- Por isso não falava nada da minha filha?

-Eu falava sim. Rebateu ela

-Dizia que estava tudo bem e desligava o telefone.

Ela riu achando aquela atitude infantil agora.

-É verdade.

- Sem falar que você me ameaçou. Disse que iria sumir caso eu me aproximasse de vocês.

- Você mereceu tudo isso.

-Eu senti sua falta Eater e eu quero muito essa menininha que vai nascer. Falou ele indo para a janela.

Eater  fechou os olhos e fingiu que não ouviu. Os médicos a levaram para a sala de exames. Quando o procedimento do ultrassom começou, ela percebeu que não precisava se preocupar em expor a barriga inchada, porque a fascinação de Nathaniel estava reservada para a imagem na tela. Uma visão do rosto do bebê o fez exclamar alguma coisa alegre em um idioma desconhecido e pegar a mão de Eater.

- Linda-ele falou finalmente em português.