História Encontrando o amor por acaso. - Ela chegou

Lágrimas escorreram pelos olhos de Eater, que piscou para contê-las. Alguns testes foram feitos antes de levarem ela para outro quarto luxuoso. A obstetra a acalmou, dizendo que bebês com 34 ou 35 semanas  tinham uma alta taxa de sobrevivência. Mesmo assim não havia garantia da data do parto. Como ela ainda tinha risco de entrar em trabalho de parto a qualquer momento, o plano de tratamento era repouso, hidratação e permanecer no hospital.

A dependência que tanto evitava agora estava lhe sendo imposta. Fica deitada na cama no hospital não iria pagar as contas. Se o bebê nascesse prematuro e precisasse de cuidados especiais, ficaria dependente do dinheiro de Nathaniel.

-O que está pensando minha flor? Perguntou ele preguiçosamente.

- Eu achei que trabalharia até o final da gravidez.

- Não fique preocupada com dinheiro.

-Eu não quero ficar devendo nada á você.

-Tudo que eu tenho é de vocês duas.

-Ah pare com isso Nathaniel.

- Como posso lhe provar que, apesar dos meus defeitos, você pode confiar na minha palavra.

-Você não entendeu, confiei em você e você me traiu.

-Você tem que entender que certas coisas, são novas para mim também.

- Hm...

-Eu queria pedir mais uma coisa.

-Fala.

-Gostaria que você pensasse em se casar comigo. Falou ele meio ríspido

-Isso foi um pedido?

-Sim.

-Mas não quero resposta agora. Disse ele colocando a mão na boca dela.

  Ela tirou a mão dele da boca e falou

-Então darei a resposta mais tarde. Pode me dar água?

Tinha pedido água, pois uma tontura e uma secura na boca  veio do nada. Ela tentou não fazer uma careta quando uma sensação no abdome avisou que estava entrando em trabalho de parto.

- Sim. Disse aliviado por ela não ter começado uma briga.

- Nathaniel deixa água para lá e chame o medico! Gritou ela

Sem perder tempo ele agiu, foi chamar ajuda. Os eventos aconteceram rapidamente a partir dai. Ambos reagiram com medo quando o obstetra decidiu que uma cesariana seria mais segura. Eater estava com medo pela criança e Nathaniel  fez um enorme esforço para acalmá-la. Vestido em um avental verde, segurou-lhe a mão durante todo o processo enquanto murmurava palavras encorajadoras. Lágrimas brotaram nos olhos dele quando viu a filha nascer.

UM DIA DEPOIS...

- Que bom que acordou Azi.

-Cadê o meu bebê? Perguntou ela ainda sonolenta.

-Ela teve um probleminha e está na UTI.

- O que? Falou ela tentando levantar, mas a dor no corpo ainda era muito forte.

- Ela pegou uma pequena infecção.

-É muito grave?

- Os médicos falaram que com o tratamento adequado daqui a duas semanas ela melhora.

-Mas a UTI é para casos graves Nathaniel.

-Eles falaram, que hoje ela amanheceu bem melhor e se continuar assim ela poderá ir para unidade amarela de observação.

Eater abaixou a cabeça e chorou...

- Eu gostaria de chamar a nossa filha de  Lailá. Disse ele abraçando Eater

-Lailá Carolina... em homenagem a minha vó. Falou ela enxugando as lagrimas.

Com um império para comandar, Nathaniel não pudera ficar com tanta frequência, mas compartilhava cada dor com Eater. Foi através da  força dele, que ela começou acredita no comprometimento dele com elas. Nathaniel não aceitava resultados negativos e sempre incentivava Eate acreditar no melhor em relação à Lailá.

Eater visitou a filha todos os dias e sempre pensando na proposta de Nathaniel. Se considerasse a proposta em termos de bom-senso, aquilo resolveria suas necessidades financeiras e poderia ser mãe em tempo integral. Lailá tinha saído da UTI, mas o medico dissera que ela ainda ia precisar fazer tratamento. Claro que Nathaniel já pensara em tudo, porém Eate queria passar o tempo todo com a filha e se fosse trabalhar com Rosalya teria que deixar a menina com a babá na parte da manhã. Ela poderia aceitar a proposta do pai de sua filha e ser mãe em tempo integral. Pegando o celular ela discou.

- Oi Nathaniel.

-Aconteceu alguma coisa com a nossa filha?

- Não ela está estável.

- Então o que houve?

- Eu liguei para dizer que aceito me casar com você. Pronto ela tinha dito.

-É...serio isso? Perguntou ele gaguejando.

-Sim.

-Providenciarei tudo para quando Lailá sair do hospital.

-OK...mas você não quer saber o que me fez aceitar ?

-Na verdade, eu só quero você e a nossa filha.