Nathaniel chegou à casa de Eater ás sete em ponto. A moça apareceu na porta, com um vestido preto simples, sapatilhas vermelhas, bolsa de mão no mesmo tom das sapatilhas e cabelos preso.
-Boa noite sr Taj.
-Boa noite. Respondeu ele a conduzindo para a limusine.
-Obrigada pelo convite. Mas não precisa me levar para jantar. Não há necessidade de fazer mais nada, além de devolver meu emprego.
Nathaniel relaxou seu corpo sólido, encostando-se indolentemente na porta do carro e olhou para ela.
- Não me lembro da última vez que uma mulher recusou-se a jantar comigo de forma tão eloquente.
Perdida ainda na fala de Nathaniel, ela nem notou que já estava sentada no carro. Eater cruzou as pernas e as mãos, e começou a pensar em como poderia abrandar sua recusa, para que ele não sentisse ofendido e ficasse achando que ela nutria ainda sentimentos negativos pela demissão injusta. Entre tanto, ela tinha de reconhecer que a ideia de jantar com o loiro era excitante.
- Vamos a um pequeno bistrô francês que costumo frequentar. Eu conheço há muito tempo.
- Ah, é E como foi? Ela perguntou
- Como foi o que?
-Que conheceu o bistrô?
-Eu ajudei Henri muito tempo atrás, financiando o restaurante que ele queria abrir.
- Sabia que você tinha um lado sensível! Eater exclamou impulsivamente, sorrindo para ele.
Santo Deus, Nathaniel pensou, aquela mulher precisava de proteção contra a boa índole!
-Foi um acordo de negócio sensato – Nathaniel corrigiu, não gostando muito da ideia dela – Para desfazer o mito, ganhei dinheiro com o negócio.
- Admita você tem um lado sensível Taj .
-Na verdade não penso muito nisso. Bem, chegamos.
Eater olhou ao redor e viu que o pequeno bistrô era na verdade um restaurante chique, o tipo de lugar que atraía gente estilosa que ficava bebendo vinho branco e olhando para todo mundo.
-Não posso entra aí.
- Por que não? – Nathaniel perguntou, com um traço de irritação. Ele estava começando a imaginar que tipo de culpa era aquela que o impelira a levar aquela biruta insegura para jantar.
- Olhe para mim! Meu vestido é muito esfarrapado, para esse lugar – A moça exclamou em pânico.
Ele olhou.
- Ninguém vai dar a mínima para você - Aquilo era o máximo que ele podia dizer sem ter de mentir.
- Todo mundo vai olhar. Olhe aquele pessoal que está lá dentro. -Dava para ver as pessoas dentro do restaurante, todas muito bem vestidas e á vontade naquela atmosfera de auto – adulação. Pareciam todos dizerem – Somos lindos, graças a Deus.
Após estacionar, o motorista de Nathaniel saiu para abrir a porta de Eater.
Ao lado de Nathaniel, ela se sentia ainda mais sem jeito. Ela olhou para ele, dizendo “não” com os olhos, mas ele apenas sacudiu a cabeça, impaciente.
- Você se preocupa demais com sua aparência.
- Para você é fácil falar. Você foi abençoado com toda esta beleza.
- Você sempre fala o que lhe dá na telha? – O loiro, perguntou um pouco chocado com o que ela falou.
Eater ignorou. Estava ocupada demais com suas incertezas. Ele podia até não ter reparado em nada, mas ela reparou. Todos os rostos se viraram em direção a ela. Então Eater abaixou os olhos para o piso de madeira.
- Nossa mesa é aquela ali. Murmurou Nathaniel abaixando – se para falar com ela- Quer que eu a conduza ou está preparada para levantar os olhos e caminhar sozinha ?
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