História Encontrando o amor por acaso. - Um pouco de mim e um cadinho de você-Final de jantar .

-Muito engraçado-Murmurou Eater sentando-se à mesa.

-Aff! Ninguém está olhando você.

-Estavam olhando.

-Sua mãe não deveria ter deixado seus complexos chegarem a esse ponto. Ele pegou o cardápio e deu uma rápida olhada.

- Não foi culpa dela.

- Mas ela sabe que você é complexada com sua aparência?

- Acho que ela não sabe.

- Você tem irmão? –Contra sua vontade, ele estava ficando curioso sobre a família de Eater. Sem tirar os olhos dela, pediu uma garrafa de vinho e o prato do dia, e ela pediu a mesma coisa.

-Sim, tenho três irmãos e cinco irmãs.

- Nossa sua família é grande. Exclamou supresso.

-Sim. Minha grande família é composta de professoras, médicos e comerciantes.

- Legal.

-E a sua família Nathaniel?

-Não tenho pais e nem irmãos O loiro informou com um tom de voz proibitivo, como quem não deseja mais falar da sua vida pessoal.

- É muito triste não ter ninguém. Sinto muito por você.

- Eu tenho minha vó.

- Ah lembrei, você tem também sua namorada.

- Que namorada? Exclamou ele franzindo a testa.

- A loira do outro dia. Disse ela meio sem graça.

- Terminamos já faz duas semanas.

- Sinto muito. Falou ela olhando para a janela.

- Pare com esse sentimentalismo. Eu e Cláudia só tínhamos um mero relacionamento sexual.

-Aonde mora sua vovozinha. Perguntou a moça para disfarçar a supressa.

As mulheres não tinham o habito de ficar perguntando sobre a vida de Nathaniel. Na verdade, as mulheres sabiam quando recuar sem que ele precisasse falar algo.

Eater parecia não ter os instintos corretos avisando para mudar de assunto. Na verdade, ela estava olhando para ele com entusiasmo de um filhote de cão á espera de um carinho.

-Minha vó mora na África do Sul.

- E você é de lá?

- Não. Sou brasileiro.

-Entendi.

- Você faz muitas perguntas.

A comida chegou e foi posta em frente a eles. Nathaniel colocou mais vinho no copo dele, já que o dela ainda estava intocado.

- Hué! Tenho que perguntar. Como vou conhecer as pessoas a não se fazendo perguntas?

- Observando seus atos. Disse ele soltando um sorriso.

-Prefiro continuar perguntando. E então sua vó vem ter ver?

-Sim.

Nathaniel deveria ter pedido um vinho mais leve. Depois que começou a comer Eater tomou metade da garrafa de vinho.

-Bem, vou pedir a conta.

-Ok, mas amanhã posso voltar para a empresa? Perguntou ela um pouco tonta.

-Tenho uma proposta a lhe fazer.

-Hm... É mesmo. Falou ela sorrindo

- Minha governanta foi para Turquia ficar com os pais. Pensei se você não gostaria de ocupar a vaga. – Ele explicou o trabalho, e disse que ela poderia mora lá. Seu apartamento tinha uma ala separada e ele pouco parava em casa e o salario era mais do que ela ganhava atualmente.

- Bem, é claro que aceito-Disse ela, o fazendo sorrir.

- Garçom, a conta. Falou Nathaniel.

Eater levantou rapidamente e justamente foi naquele momento que o vinho começou a fazer efeito.

- Esse é o problema de um bom vinho – Nathaniel falou. – A gente bebe sem notar. –Ele foi até ela, que estava apoiada na mesa e passou a mão por sua cintura.

Aquele contato pareceu soltar uma onda de eletricidade no corpo dela , eliminando qualquer traço de razão que lhe restava , dando lugar a um sentimento estranho. Seria uma atração sexual ou uma vaga paixonite? Criada de uma noite com comida, vinho, conversa e um toque mínimo que nada representava para ele.

Ela não ouviu mais nada enquanto era conduzida para a porta do restaurante.