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História Encontrando-se - Boné


Escrita por: Nanda2611

Notas do Autor


Introduzi algumas coisas diferentes nesse capítulo e pra falar a verdade, quando eu iniciei a história a ideia original era no meio dos capítulos criar situações que mexam com outras coisas (boas ou ruins), além da bissexualidade que é o foco principal. Aproveitem e eu peço desculpas por qualquer coisa!

Capítulo 2 - Boné


Monica tinha ficado louca. Ela correu, olhando de tempos em tempos para trás, passou por muita gente e quando já havia passado do portão da escola, ela esbarrou em Matheus, um antigo amigo. O que ele estava fazendo ali? Devia ter vindo para buscar seus materiais, já que tinha mudado de escola.

_Hey,hey, olha por onde anda, moça bonita! Aonde vai com tanta pressa?- E deu aquele sorriso charmoso de sempre

_Oi, Theus! Ah eu... – Monica olhava para os dois lados a cada minuto, completamente aflita- ...estava procurando por alguém para tomar açaí comigo essa noite. Topa?

_Claro, Mô! Será um prazer!

_Ótimo. E... - de repente, Victoria passou pelo portão da escola, parecia procurar por alguém e estava segurando algo. Ah, não. Era o boné de Monica-... Eu preciso ir! Te vejo às oito no açaí perto de casa, ok?

O menino assentiu com a cabeça e entrou para a escola, deixando a menina sozinha e foi, então, que Victória achou-a. Ela vinha em sua direção, boné em mãos para devolver e um sorriso que era deslumbrante, Mônica olhava para todos os lados, tentando achar um jeito de escapar da ameaça que estava do outro lado da rua e começava a atravessá-la. Eis que o destino resolveu ajudar-lhe. No segundo passo que a menina deu sob a rua, um carro passou e parou na frente de Monica. Sua mãe havia vindo buscá-la, graças aos deuses.

                _Mãe!- A menina gritou em surpresa, o sorriso de alivio já brotava no seu rosto. Ela subiu na camionete e foi com sua heroína para casa.

                Chegando em casa, fez sua rotina. Foi direto ao quarto, deixou a bolsa, almoçou, tomou banho, deitou no sofá e foi ver series para que se distraísse e não pensasse mais na maravilhosa, charmosa e linda Victoria.

                O relógio avisou q eram 7 horas da noite, a menina lembrou-se do compromisso e foi se arrumar. Colocou uma calça jeans e uma blusa de alças, alargador pequeno preto, sapatilha vermelha, pulseira de ouro que ganhara a muito tempo de sua avó, se maquiou, mas não passou batom porque tinha a esperança de beijar Matheus.

                O açaí estava vazio, o que era estranho, para uma noite calorenta de verão como esta. A escola maluca de Monica havia iniciado as aulas em plena sexta-feira de janeiro, então, era impressionante que aquele lugar estivesse vazio no inicio do final de semana. Mas havia um lugar ocupado, em uma mesinha no canto, sozinho, estava Matheus.

_Oi, amore!- o menino tinha um sorriso de orelha á orelha

_Oi, Theus! Já pediu?- E apontou, para o balcão.

_Não, mas então, sobre isso... Pensei em darmos uma volta e ao invés de ficarmos aqui, o que acha?- Ele pôs as mãos nos bolsos da frente da calça, tímido.

_Tudo bem!- E sorriu, mas no seu sorriso, começava a brotar uma leve preocupação.

                Ele pegou a mão dela e começou a guiá-la. Monica nunca reparara nisso, mas Matheus era alto, forte, bonito, ela queria-o cada vez mais. Atravessaram a rua, andaram um, dois, três, quatro quarteirões sem dizer uma palavra, ele parou à sombra de uma árvore e a puxou para si.  Mônica abraçou-o e então, beijou-o, apertando o corpo dela contra o dele, beijou-o sabendo que era ele quem ela queria, pôs sua mão dentro da camisa dele, em suas costas nuas. Ele a pôs contra o muro, pegou-a no colo, as pernas dela entrelaçadas na cintura dele, o menino beijava o pescoço dela enquanto ela arranhava suas costas em puro prazer.

                O menino pô-la no chão, colocou a mão em seu quadril e foi descendo... Continuou a beijá-la e começou a apertá-la, pôs a mão em seus peitos e depois começou a descê-la para a calça. Mônica já tinha feito muito disso, até mais, porém em um lugar público? Ela tinha perdido a dignidade que ainda lhe restava?

                _Não, Matheus!- A menina tentou se esgueirar e tirar a mão do menino do botão de sua calça, mas... Ele estava prensando ela contra o muro- Eu disse não, Matheus!- O menino havia aberto sua calça, ele tinha o triplo do tamanho dela.

                A menina começou a se debater em questionamento e o menino apenas segurou seus pulsos com uma mão enquanto preparava-se para abrir a sua calça com a outra. Monica se debatia sem parar, mas com as mãos “atadas” e as pernas sendo seguradas pelas, do menino, seus movimentos não estavam tendo efeito algum.

                O menino estava pronto para fazer o que queria e Monica chorando, pedindo que não o fizesse...

Ele estava quase...

Estava perto demais...

A garota mantinha olhos fechados e as lágrimas continuavam brotando...

De repente, houve um barulho e Monica não sentiu mais a pressão das pernas de Matheus, nem a mão dele segurando seus pulsos, ela abriu os olhos e o garoto estava jogado aos seus pés, com a boca sangrando, havia obviamente levado um soco muito forte. Ao lado dele, em pé estava, aparentemente um menino, com um moletom, apesar do calor, e um boné...Espera, Monica conhecia aquele boné, seu salvador estava com seu boné, mas este tinha ficado com Victoria por engano, será que ... Não, não, quem tinha salvado-a era um menino, não uma menina.

                _É melhor você correr, ele vai acordar daqui alguns minutos!-Era uma voz bem masculina, cujo dono, Monica agradeceu, obedeceu e por isso correu.

                A noite foi mal dormida, com certeza, os acontecimentos da ultima noite eram um filme, que se repetia e repetia nos sonhos de Mônica. Ao acordar, a rotina iniciou-se. Escovou dentes, cabelo, tomou banho, tomou café e... A campainha tocou. Seus pais tinham chave de casa e mesmo que não tivessem, sua mãe foi para o trabalho junto de seu pai. A menina ligou o interfone, ninguém respondeu, olhou a câmera da frente e havia algo no chão, mas ninguém estava ali. Foi até o portão, abriu-o e olhou para o que tinham deixado, ela, simplesmente, não conseguia acreditar. Era seu boné.


Notas Finais


Obrigada por lerem!


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