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História Encontrando-se - Agora vai....


Escrita por: Nanda2611

Notas do Autor


Desculpa não estar postando, eu quis fazer algo melhor e fui escrevendo ao poucos. Está tudo uma correria aqui, então, desculpem-me de verdade! Aproveitem!

Capítulo 7 - Agora vai....


Fanfic / Fanfiction Encontrando-se - Agora vai....

Mônica acordou de ressaca, meu deus, o que era aquilo? Levantou, meio cambaleando, pôs as mãos na cabeça, olhou ao redor, viu que estava em casa e lembrou-se de ter dormido nos braços de Victória, porque um segundo antes de adormecer, ela, em meio mente conturbada pelo álcool, tinha reconhecido aquela pessoa que a abrigava nos braços.

Percebeu que estava cheirando a mofo, lembrou-se de ter tomado chuva, no colo de Victória. Pisou o pé no corredor e...:

_MÔNICA ANTUNES SANCHES, VOCÊ SAI E QUANDO CHEGA, DEIXA UM RASTRO MOLHADO PELA CASA TODA E NÃO TEM NEM A CORAGEM DE LEVANTAR CEDO PARA TENTAR ESCONDER DE MIM! – A mãe de Mônica está no início do corredor, joga no rosto da menina um pano seco e deixa encostado na parede ao seu lado um rodo. – BOA SORTE LIMPANDO TUDO ISSO E APROVEITA E LAVA O BANHEIRO TAMBÉM PORQUE EU SEI QUE VOCÊ VAI IR VOMITAR, PELA SUA CARA DE RESSACA! BOM PROVEITO!- E saiu pisando fundo.

Mônica começou a rir. Sim, ela começou a rir. Não era a primeira, nem seria a última vez que a sua mãe daria a louca desse jeito. A menina pegou o pano, pôs no rodo, pegou e jogou o desinfetante no corredor todo e passou pano no corredor inteiro, assim como no seu quarto. Foi ao banheiro e subitamente veio a ânsia de vomito e vomitou, fazer o que?

A mãe de Mônica era o tipo de mãe que permitia que a filha fizesse certas coisas fingindo que não sabia de nada, mas ela sabia, de tudo. Até do que Mônica nunca lembrava, a mãe sabia.

                A loira levantou, escovou os dentes para tirar aquele gosto amargo, pegou o sabão para lavar o banheiro e fez o serviço rapidamente. Trancou a porta, despiu-se e foi para baixo do chuveiro. E começou a pensar... E percebeu que gostava verdadeiramente de Victória, a menina que cuidou e tomou-a nos braços... E se deu conta de que tinha que ficar com ela que tinha trazido ela para casa, em meio à chuva... E percebeu que seria difícil, muito difícil ficar junto de alguém do mesmo sexo, em uma família religiosa e cheia de preconceitos inúteis... E chorou, chorou, chorou muito, por que aquilo estava acontecendo com ela? Como conseguiria seguir em frente sem Victória, sem nem ao menos tentar, sem nem ao menos se esforçar... E lembrou que nada é impossível, apenas é improvável, lera isso em um livro sobre dragões... E fechou o chuveiro determinada a ir atrás de Victoria.

                Saiu, vestiu-se com calças rasgadas, blusa preta quase transparente e foi tomar café.

                _Bom dia, PRINCESA DO MAR!

                “Como minha mãe é um amor!”

                Mônica deu um sorriso e disse:

                _Bom dia, Rainha do Mar!               

                _Espero que tenha lavado o banheiro direito porque esse mês não tem Claudia não viu?

                Mônica assentiu, mas o coração pesou.  Claudia era a empregada da casa que servia de babá quando a menina era mais nova, ela cuidou, deu banho, leu histórias e penteou cada fio de cabelo loiro da cabeça da garota, porém com a falta de dinheiro causada pelo tratamento do câncer da avó de Mônica, as idas de Claudia a casa eram cada vez mais espaçadas. Esse mês, nada de Claudia. Claudia disse uma vez a Mônica que não importaria sua opção sexual, se ela fosse feliz, a senhora estaria feliz também. Será que a mãe dela pensava o mesmo?

                _Então, mãe, o que a senhora acha sobre bissexualidade?- “Ok, isso foi meio de surpresa”.

                A mãe arregalou os olhos.

                “Ok, isso foi muito de ‘supetão”.

                A mãe começou a rir...

“O QUE É ISSO?”- Mônica começou a se desesperar e não sabia o porquê, sendo que a mãe dela gargalhava.

_Mônica, não me interessa se você beija um homem, uma mulher, um transexual, seja lá o que for, eu vou continuar te amando, eu só peço que você me conte, sua boba, eu quero que confie em mim!

Sabe quando a vida passa pelos seus olhos, você vê a luz no fim do túnel e de repente, ele desaparece e vem o alivio? Foi exatamente assim que Mônica se sentiu.

_Mãe, EuEstouGostandoDeUmaMeninaEEuBeijeiElaMasEuNãoLembravaAtéVerUmaGravaçãoDaFestaOntemOQUEEUFAÇO?- Mônica nunca tinha falado uma frase tão grande, tão rápido e seu coração nunca fiou tão leve depois de uma confissão.

_Filha, você vai fazer o seguinte, mas preste atenção que não é nada simples... –Mônica até inclinou um pouco pra frente para entender e ouvir melhor e então... –Mônica, VOCÊ VAI CHAMÁ-LA PRA SAIR, É TÃO DIFICIL ASSIM?

“Minha mãe, sempre tão inteligente! Como eu não pensei nisso?”

_Valeu, mãe! Mas, preciso de dinheiro!- A mãe dela fez aquela cara de “Jura?”, mesmo assim abriu a carteira de deu quanto a menina precisava- Obrigada, mamis!

_Da próxima vez, lembra que eu não sou banco!

A menina deu um beijo na bochecha da mãe, o alivio dominando seu corpo e foi correndo pegar o celular, pegou o número de Victoria com Alice e ligou:

_Alô?

_Alô, sou eu, a Mônica, a Victoria que está falando?

_Hum, sim, sou eu- a voz do outro lado da linha tremia e agora, Mônica sentia as borboletas no estômago.

_Eu queria te chamar para sair, para nos conhecermos e conversarmos, tudo bem?

_Pode ser, amore! – A menina se tornou tão doce de uma resposta para outra que Mônica entendeu que na verdade Victoria esperava uma bronca pela casa molhada, pela cama molhada e cheiro de mofo, mas a garota jamais reclamaria de sua heroína.

_Ás oito na praça tudo bem?

                _Claro!

                _Combinado então, até daqui a pouco, tchau!

                _Tchau!- E a menina desligou.

                Mônica olhou o celular e sorriu. Ela transbordava felicidade. Gargalhou alto, não conseguiu se segurar.

                _Menina, ela gosta mesmo de você porque com essa paquera de meia tigela sua, nem eu saia contigo!- Era a mãe de Mônica na porta do quarto, rindo.

                Mônica riu mais ainda e jogou uma almofada no rosto de sua mãe. Estava feliz demais para se importar com a piada que sua mãe fez. Iria encontrar Victoria. Seria uma noite incrível, como todas aquelas, que Victoria cuidou dela mesmo sem a menina saber/lembrar.

O dia passou e chegou a hora de Mônica se arrumar. Tomou banho, passou maquiagem, mas sem batom algum e pôs de novo as calças rasgadas e um blusão preto e branco, o antigo alargador de 1mm, tênis preto e pulseira de couro. Despediu-se da mãe e saiu...

Pisou no açaí e não vendo Victória já sentiu o estômago revirar. As borboletas estavam agitadas em sua barriga e ela só pensava que a menina não viria. “Não deveria ter chamado, deveria ter ficado em casa que é meu lugar!”.

De repente entrou pela porta, um antigo ficante de Mônica, Rafael, ele era bonito, alto e ele e a garota sempre ficavam, quando dava certo, pelo menos. Ele passou pela garota, cumprimentou-a e foi fazer o pedido. Mônica estava tão inquieta que apesar de retribuir o aceno, foi para fora do estabelecimento, esperar pela outra garota.

Foi então que o menino saiu...

_Eae, Mô? Tudo bem?

_Han, é claro melhor impossível- A menina olhava para todos os lados da rua, imaginando onde será que Victoria estava.

_Sabe, Mô, faz muito tempo, mas eu queria te dar uma coisa que eu tenho saudade de quando éramos mais próximos.

A menina olhou para ele intrigada, saindo de seu transe e depois, vendo que não sabia, realmente, sobre o que ele falava, perguntou, inocentemente:

_O que?

_Isso!- O menino puxou-a pela cintura e começou a beijá-la.

A menina paralisou, sentindo aquele beijo, mas nem se quisesse conseguiria retribuir tão repentina foi à ação. E estavam lá, ele beijando-a e ela com os olhos arregalados, sentindo o beijo que já conhecia de Rafael.

O menino deve ter percebido que foi muito direto ao ponto e soltou-a. Repentinamente, algo caiu no chão, na rua, em um baque muito forte e os dois olharam para o lugar de onde viera o barulho. Era um buquê de rosas.

Era um buquê de rosas e Victoria correndo, indo embora... Mônica fez o mais sensato como sempre, foi até a rua, pegou o buquê, sentou na calçada e chorou.

Era um buquê de roas, Victoria correndo e Mônica, sentada ali, chorando.

“Por que tudo tem sempre que dar errado?”


Notas Finais


Obrigada por lerem e prometo postar mais capítulos o mais rápido possível! É legal enganar vocês as vezes KKKKK desculpem-me!


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