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História Encontro - Capítulo Único


Escrita por: Felipe_42

Notas do Autor


Uma fic curtinha, até porque eu prometi se algo acontecesse eu postava e... aconteceu.

HAHAHA. Enjoy it.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Diário de Ryuuji, ÔNIBUS,

QUINTA-FEIRA, 01/09/2009, antes das 22h.

Dois meses. É com essa contagem de tempo que começa este relato. Já se passaram dois meses desde a última vez que te vi. Lembra? Aquela noite cheia de palavras e sentimentos adversos em confronto.

Apesar de não ter dado certo, eu amo aquela noite. Foi nela que eu pude ser eu mesmo e lhe dizer o que eu pensava com toda a veracidade da minha alma. Não me importo tanto com os resultados e com o fato de que você continuou insistindo que não queria mais me ver. Seria difícil, mas seria pior me arrepender de não ter feito nada, mesmo que tenha sido algo banal e simples.

Sabe, “Foi simples, mas foi de coração”.

Desde então, dois meses se passaram. Dias vazios, dias normais, dias divertidos, dias perturbados (como aqueles e-mails, admito que confusos), mas nenhum dia como era antes, quando tinha você para adentrar a noite com diversas conversas. De toda forma, o tempo passou. O relógio sempre mudou suas horas e suas engrenagens, mesmo agora, continuam rodando.

Durante este tempo eu lhe procurava em cada esquina. Quase lhe avistava com o canto dos olhos e em cada janela de ônibus me perguntava se era ou não você, sempre querendo apenas deslumbrar seu rosto e sem pensar no que faria a seguir. Não pretendia e nem podia correr atrás de você, então queria apenas um presente do destino.

E ele veio.                                                                                                   

Naquele dia, quando havia me esquecido de você por alguns instantes, eu congelei por sete segundos. Foram sete segundos em que eu estive no meio do universo, parado entre as estrelas, apenas realizando que o acaso havia acontecido.

“Resiliência”. Essa é uma boa palavra que tive que tirar do fundo da minha mente para então me mover normalmente. Não podia me sentar ao seu lado, mesmo que aquele banco estivesse tão convidativo.

Por quê? Dado a forma como você se irritou antes, seria ruim não é verdade?

E bem, dado a calma que você expressava enquanto escutava seus novos fones de ouvidos, eu não podia acabar com aquilo, certo?

Sentei-me atrás. Foi o melhor que pude fazer. Vê-la assim de trás de certa forma sempre foi como eu imaginei nosso futuro. Por mais que desejasse e em certo ponto ansiasse por tê-la em meus braços e beija-la, sempre soube que esse dia chegaria: O dia em que estaríamos novamente num ônibus, sentados tão próximos e agindo como desconhecidos.

Foi então que sentado, olhando para seus cabelos e o que era possível de seu reflexo no espelho que notei: As lágrimas não queriam surgir em mim por mais que a situação demandasse. O sorriso era mais forte, e então descobri que existe paixão a milionésima vista.

Como isso é possível? Foi assim que tudo acabou, comigo me afogando em minha paixão e para me salvar puxando-a junto. Foi querendo forçar você a sentir o que eu sentia, sem notar o desespero que vinha com este sentimento. Claro, isto e uma série de outros fatores.

Existem mil e uma paixões rápidas de ônibus, pessoas interessantes com as quais você monta uma vida inteira em pensamento e simplesmente joga fora no momento em que um de vocês desce em seu ponto. Algo como uma pessoa pela qual você só quer ficar olhando, enquanto sorri e canta sozinho, sem pensar em futuro ou passado é algo novo para mim. Tudo o que eu queria era poder ficar ali eternamente, sentindo seu calor de longe ao som mental de Savage Garden.

"Ooh, I want you,

I don’t know if I need you, but

Ooh, I’d die to find out."

Até tentei decifrar seu olhar no opaco reflexo, tentando imaginar se você teria me notado e me ignorava ou se estava realmente perdida em pensamentos enquanto ouvia alguma boa música. Não me prendi muito a isso.

"O que você sentiria se soubesse de mim ali? E o que isso mudaria?", perguntas que não me fiz na hora e que após não valeram o menor esforço para pensar na resposta. Já não sou tão paranoico quanto antes.

Queria sim poder lhe dar “oi”. Queria sim perguntar como tinha passado esse tempo e donde estava vindo, o que mais além do casaco novo teria de novidade para me contar. Contado coisas que aconteceram comigo e de alguma forma termos ridos juntos enquanto nossos ombros se batiam novamente. E talvez, depois você resolvesse mandar uma mensagem.

Sei bem, isso é passado.

E por mais que tenha mantido a compostura, eu ainda tenho os mais fortes sentimentos por ti, a pessoa que foi tão importante para mim, a melhor das minhas amizades e que ainda comparece regularmente em meus sonhos.

Sei bem, tudo é passado.

Tendo me apaixonado novamente pela mesma pessoa que me recusou várias vezes e acreditando que você estava bem, desci do ônibus.

Sem fazer a menor ideia do que farei no meu futuro, enquanto a vida me cobra uma resposta e eu sem me importar muito, após dias que parecem dias da marmota, vê-la por alguns instantes foi o suficiente para me lembrar de que na vida não só existiam, mas ainda existem coisas pelas quais valem a pena viver, mesmo que não seja um mundo perfeito.

Os bons momentos se sobressaem aos maus.

Existe esperança. Sempre existe. Eu não sei o que é desistir e acredito no impossível, você sabe disso. Se não fiz nada foi por respeito a ti e porque eu acredito que neste momento seja melhor não fazer nada, deixar o tempo correr mesmo. Também, fiz-lhe algumas promessas e por hora estou a cumpri-las.

Se acabar por ler este relato (quem acabar por ler este relato), então, é apenas mais um devaneio de um jovem apaixonado que perdeu algo bom. Sem grandes profundidades, sem grande impacto para sua vida. Para mim, é um alivio, contar mais uma história do dia-a-dia, como qualquer pessoa.

E agora, estou com um pouco mais de vontade de viver, quer este sentimento um dia acabe ou quer ele dure por toda minha vida. Não importa, é o que eu quero ser. Não sinta pena, eu realmente me orgulho disso. E se puder apenas vê-la bem, já sei que serei feliz.

Decidi ser eu mesmo, quer a vida dê certo ou errado. Afinal, o único que pode acompanhar o tigre é o dragão.

Sorrindo, continuarei cantando.

"You never know what hit you

When I get to you.

(So can we find out?)"


Notas Finais


Sim, Ryuuji esteve assistindo Jojo.

Quem sabe mais o que aconteceu?

Haha, minhas fics são assim, eu escrevo e depois enquadro num tema. Espero que tenham gostado.

Abraços, >.<


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