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História Encontro - Capítulo Único


Escrita por: Bura

Notas do Autor


Eu deveria estar estudando, deveria estar avaliando os drabbles da NaLu Brasil, deveria estar fazendo o documento com as notas dos drabbles, deveria estar escrevendo “Vestida para casar” e “Reconquistando Lucy Heartfillia”, mas estou aqui humildemente trazendo essa one-shot Zervis que é baseada num conto meu feito para um projeto da escola.
Eu já estou a algum tempo querendo escrever algo do casal e acabou vindo hoje e quando a inspiração vem, você só escreve HAUAHAU
Bom, eu vou dedicar ela à Babi ― minha Rival― ou como vocês a conheciam no Spirit ~Zerefwaifu [ela excluiu a conta]. Espero que ela goste mesmo que a one seja fofinha e não tenha dor e sofrimento.
Eu dei uma revisava meio rápida e espero que não tenham muitos erros.
Boa leitura, meu povo <3

Capítulo 1 - Capítulo Único


“Já não me preocupo se eu não sei por que

Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê

E eu sei que você sabe, quase sem querer

Que eu vejo o mesmo que você”

― Quase sem querer, Legião Urbana.

 

Eu sempre fui um mero expectador na vida dela. Ela nunca me percebeu ali, mesmo que eu estivesse diariamente a protegendo de tudo e de todos, mesmo assim, Mavis nunca me viu ali.

Era um dia comum, uma típica quinta-feira urbana. Era só mais uma rotineira volta para casa após o trabalho e, como sempre, eu estava a protegendo. Fiquei a vigiando de longe conforme aquela lata de sardinha ambulante superlotava. Não houveram grandes dificuldades, só um ou outro solavanco ou desaceleração que poderiam fazer aquela loirinha quase ser esmagada pelo peso dos outros passageiros, mas nada que eu não conseguisse contornar. Ela sofria um pouco de desconforto naquele veículo, mas não havia muito o que eu fazer para aquele problema.

Numa das paradas, percebi quando ela respirou aliviada ao ver as portas se abrirem e o fluxo de pessoas sair correndo, porém, quase no mesmo instante, um outro grupo grande ocupou de forma desenfreada os espaços vagos deixados pelos outros. Movimenta daqui, mexe dali, vira para lá e foi numa dessas tentativas frustradas dela conseguir conforto no metrô lotado que eu observei a experiência mais fantástica da minha vida.

Ele e ela. Olho no olho. Verde no preto, preto no verde. Eu vi o mundo deles parar quando aqueles olhares se encontraram. Ele tinha cabelos negros como uma noite sem estrelas e parecia estar à margem de tudo e todos até que a viu, também era mais alto que ela ― não que isso fosse lá muito difícil ― já Mavis, era baixinha e tinha cabelos loiros, ela também ficou paralisada, presa ao olhar dele. Eu mesmo que estava só os observando fiquei atento só com a força que aquela interação parecia emanar.

Ele vestia uma calça jeans escura, um sobretudo preto por conta do frio que fazia lá fora e blusa branca por baixo. Ela estava com seu vestido favorito, com fundo branco e estampas florais e também uma meia-calça para a proteger de qualquer corrente brusca de ar e por cima daquilo tudo um sobretudo rosa que ia até os joelhos.

Ele parecia um inverno gelado e mórbido.

Ela parecia um verão quente que trazia as andorinhas para o continente.

Ele parecia um mago que vestia vestes negras, minto, ele parecia o próprio Mago Negro.

Ela parecia uma fada, desculpe me enganei novamente, ela poderia ser a Rainha delas.

Eles pareciam dois rios que haviam acabado de se encontrar e não queriam se separar jamais.

Ficaram assim alguns bons minutos se encarando; parecendo ver a alma um do outro, até que, um senhor esbarrou nela e a fez desviar o olhar, se soltando das correntes que os olhos dele pareciam desprender. Piscou duas vezes, sem entender, resetando a mente e se dando conta que havia passado tempo demais olhando para aquele desconhecido. Corou. O rosto ficou quente e perdeu toda a coragem de encará-lo de volta, mesmo querendo saber se ele ainda a olhava. Passou a observar seus pés que pareciam bem interessantes. Ele, por sua vez, a encarou, se perdeu com a beleza que os cabelos loiros dela pareciam emanar. Realmente, os cabelos de Mavis pareciam transmitir algum tipo de luz. Segundos depois o rosto dele se contorceu numa expressão engraçada e eu admito que riria (se eu pudesse) com aquela mudança. Ele limpou a garganta e respirou fundo contando nos dedos cada respiração que dava. Uma, duas, três vezes. Deu mais uma olhada para ela, que ainda encarava os pés, e se pronunciou:

― Olá. ― Ela se sobressaltou ao ouvir a voz grave dele e eu acho que vi uma coloração mais avermelhada aparecer novamente naquele rosto cor de marfim.

― O-oi. ― Respondeu baixinho.

Sempre soube que ela tímida, entretanto, isso não me impediu de estampar um sorriso vendo a interação deles.

― Tudo bem? ― Obviamente, ele não sabia começar uma conversa, mas até que não estava indo tão mal ― Me chamo Zeref e você?

Ela acenou com a cabeça, respondendo a primeira pergunta e, mais uma vez, falou baixinho, só que dessa vez levantando a cabeça para encará-lo.

― Mavis ― Ela sorriu ao encontrar os olhos dele novamente. Os olhos dele passavam confiança para ela, provavelmente, porque eu novamente vi todo o medo dela se dissipar. ― Meu nome é Mavis e é um prazer. ― Se pudesse, ela se curvaria, mas o transporte lotado não permitia. Um sorriso cortou o rosto dele também. Eu senti algo até então desconhecido por mim, uma sensação diferente. Uma sensação de dever cumprido. Me alegrei porque até então achei que só servia para ver e proteger os meus tutelados, mas com Mavis percebei que também servia para acompanhar e me alegrar por eles.

Mas essa história não é sobre a mim, é sobre eles. E, bom, se querem saber, eles continuaram a conversar depois de saíram daquele metrô. Conversaram naquele final de semana também. E conversaram por todo aquele mês. Saíram algumas vezes. Foram ao parque de diversões. Conversaram sobre filosofia e psicologia. Brincaram de pega-pega. Também foram à praia. Tudo naquele ano. Ah, continuaram a conversar por muitos, muitos e muitos outros dias, na verdade, eu acho que eles nunca pararam de conversar, de sair, de brincar.... e também de se olhar. Olhar no fundo dos olhos um do outro e sentir uma paz que o mundo parecia querer tirar.

Eu nunca vou saber como eles conseguiram ficar tão vidrados um no outro.  Nunca vou saber direito explicar o que eles sentem porque eu não sou Mavis e nem Zeref. Nunca vou sentir aquilo que eles sentiram. É uma compreensão acima do meu intelecto. As únicas coisas que eu sei sobre aquela noite foi que, naquele momento, ele já a conhecia melhor do que qualquer um conheceria, até mesmo eu, anjo da guarda de Mavis, e também que depois de tantos anos protegendo Mavis de todo o mal, eu não poderia ter ficado mais feliz do que saber que a primeira vez que eu vi um amor verdadeiro nascer foi com a minha protegida. Sorrio até hoje ao lembrar do dia em que vi duas almas gêmeas se encontrarem.

 


Notas Finais


[REVISADA E REPOSTADA EM 29/07/2020]
Não tenho muito o que falar sobre ela, mas espero que tenham gostado, principalmente os Zervis shippers dado o fato de que fanfic sobre o casal é bem escarça e a maior parte de qualidade bem baixa. Ah, espero que tenham gostado do meu narrador observador. Há muito tempo eu venho querendo treinar esse tipo de narração e acabou que finalmente eu consegui com essa one, além de que ficou perfeito com ela; caiu como uma luva.
Babi, espero que tenha gostado! Melhore logo desse olho e SE FIZER MAIS ESTRIPULIA EU APAGO ESSA FANFIC! Já vou avisando.
Bom, acho que é só isso.
Beijooos e até <3


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