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História Encontro de Almas Gêmeas - Capítulo XXX - Passado Doloroso, Presente Perigoso


Escrita por: Rhyo-Sakazaki

Notas do Autor


Oieeee!!! Olha eu com um novo capitulo da nossa fic... Gostaria de pedir desculpas pela demora, mas é a correria do dia a dia... Dedico esse capítulo em especial para a nossa nova leitora, uma ex-gasparzinho. Seja bem-vinda Angeles123, espero que continue conosco até o desfecho da fic. E para a maylinsayuri22, que me conquistou com seus comentários fofos. Ainda dedico o capítulo para os amigos: Mara_Matsukaze, nyxnyx, ZETORNO, CassWNovak, Destiel_is_life, s2_Destiel_s2, priscilajp, MayPani, xXDarkMoonXx . E ainda torço e ainda espero que esses mesmo que não estejam mais comentando, estejam acompanhando: AliceHufflepuff, M24, DannyBeggins, SevenBlue, Aiki_Otsutsuki - Clan Wasahira (antiga Malena_Uchiha...kkk) e GregK. Nos vemos no final... Ou não já que acho que vou ter que me mar pro Tibet...
Abraços... e aproveitem...

Capítulo 30 - Capítulo XXX - Passado Doloroso, Presente Perigoso


Fanfic / Fanfiction Encontro de Almas Gêmeas - Capítulo XXX - Passado Doloroso, Presente Perigoso

Gadreel caminhava pelo parque da cidade lentamente, seus pensamentos focados nde seu curso de medicina. Mais alguns meses e ele estará apto para poder ajudar os menos favorecidos esquecidos por aquela sociedade, onde a maior predominância ainda era de alfas arrogantes, sedentos por poder e obediência cega a eles por parte das outras classes inferiores. 

Apesar da atual prefeita de Lawrence fazer o possível para ajudar os betas e os ômegas, a maioria dos vereadores eram alfas, educados no conceito arcaico de que o poder máximo seria por direito apenas deles e que os outros se conformassem e os obedecessem sem questionar.

O loiro nunca foi de política, por isso que resolveu se tornar enfermeiro e mais tarde médico, para poder ajudar mais ativamente aqueles que o sistema havia esquecido. Sistema esse que por causa de tanta burocracia, levou a vida de seu pai, apenas porque ele era um ômega.

A concepção de Gadreel foi resultado do seu pai ter sido estuprado por um alfa descontrolado, que invadiu a casa dos seus avós em um período de cio do seu pai. Assim como muitos ômegas, o pai do loiro quando sentia que seu cio estava próximo, se isolava, para tentar se proteger dos alfas sedentos por um “buraquinho novo e diferente”, como ele sempre ouvia alguém falar sobre os ômegas. Essa tática sempre havia funcionado, porém justamente naquele dia, os avós de Gadreel tinham saído para resolver alguns problemas e deixaram o filho sozinho. Seriam por poucas horas, mas essas poucas horas, foram o suficiente para a casa ser invadida e o filho deles ser brutalmente estuprado.

Quando o casal chegou em casa, ao sentirem o cheiro de outro alfa, que não fosse o do mais velho, se desesperaram. Deixaram tudo no carro e correram para dentro da casa, onde encontraram o filho desmaiado e com muito sangue entre suas pernas. Aparentemente a sua lubrificação natural não foi suficiente para dar a ele pelo menos o mínimo de conforto durante aquele ato vil.

Aflito, o pai pegou o filho em seus braços e partiu para o Hospital Geral de Lawrence, onde graças a um amigo que era médico, o rapaz fora logo atendido. Demorou várias horas até que tivessem a notícia que o filhote deles estava bem, porém só por preocupação, o médico pediu para deixá-lo lá até saberem se o ato havia se consumado em uma possível gravidez.

Durante a semana que o mais novo ficou internado, que era o tempo para a gravidez se manifestar, os mais velhos usaram de todos os recursos possíveis para descobrir quem foi o alfa maldito que tinha se aproveitado do seu filhote, de um inocente. Mas foi em vão, pois o salafrário conseguiu esconder bem os seus rastros e jamais fora encontrado.

Os avós de Gadreel se resignaram com o sumiço do criminoso e no final de uma semana, a notícia fatídica veio: o estuprador conseguiu deixar sua semente e ela estava crescendo no ventre do filhote. Quando o pai de Gadreel soube disso, ele foi categórico em manter aquela gravidez adiante. Porque apesar de ter sido fruto de um ato hediondo, o ser que crescia em seu ventre não tinha culpa daquilo.

Os mais velhos não só acolheram a vontade do filho, como também deram a maior força e apoio para o mais novo. Todos os dias ele acariciava a sua barriga e dizia o quanto o filhote seria amado, que não precisaria se preocupar com o mundo, pois ele seria um alfa, um homem forte, que não iria precisar se submeter a qualquer um como ele, pelo simples fato de ele apenas ser um ômega.

Logo o tempo passou e o dia do nascimento de Gadreel chegou. O pai dele estava tão emocionado e ansioso para segurar o seu filhote em seus braços. Apesar do parto ter sido difícil, correu tudo bem para pai e filhote. Segurar o filho nos braços foi a maior emoção tanto para o pai dele quanto para os seus avós. 

Enquanto crescia, Gadreel foi criado com todo amor e carinho por parte do pai e dos avós. Mas o pai dele sabia que um dia teria que contar a verdade sobre a sua concepção e esse dia não tardou a chegar. Quando o loiro tinha quatorze anos e era apenas ele e o pai, já que os avós haviam falecido há algum tempo atrás, seu pai lhe chamou para terem uma conversa muito séria. Durante a narrativa do seu pai, o mais novo se sentiu sujo, uma afronta a pessoa bondosa do seu pai, que lhe tinha dado de tudo e o mais importante, não lhe deixou faltar atenção, carinho e amor. E ele era um lembrete vivo e ambulante da maldade que infigiram ao seu pai.

Percebendo a angústia no cheiro do mais novo, o mais velho o pegou no colo, como se ainda fosse um filhote e tratou de afastar aqueles sentimentos de repulsa que o mais novo estava sentindo. Ele garantiu que o amava e que ele foi um presente que Deus havia mandado para ele, apesar das circunstâncias. E sentir a sinceridade que exalava no cheiro do pai, o acalmou e fez ter certeza que o pai era a pessoa mais maravilhosa do mundo. E naquele dia, Gadreel decidiu que ia se dedicar a ajudar aqueles que eram menosprezados pela sociedade, assim como acontecera a seu pai.

Porém, em seu décimo nono aniversário, Gadreel percebeu que o pai não estava bem e o levou sem demora ao hospital, onde o mais novo fazia o estágio do seu curso de enfermagem. Ele já havia percebido há algum tempo atrás que o pai não estava bem, mas o mais velho sempre sorrindo, dizia a ele que era apenas a idade. Mas naquele dia em particular, ao ver o pai tão abatido, o loiro não pensou duas vezes ao levá-lo para fazer alguns exames.

Apesar de trabalhar ali, o diretor havia sido trocado e o atual deixou ordens explícitas que a prioridade de atendimento era para os alfas, que o resto seria atendido depois deles. E para piorar, naquele mesmo dia, um acidente envolvendo um dos trens de passageiros que estavam chegando a Lawrence tinha acontecido. E para o azar dos pacientes betas e ômegas, grande parte dos acidentados foram levados para lá e a grande maioria eram alfas.

Durante muitas horas, Gadreel ficou ao lado do pai, sussurrando palavras de conforto e que tudo ia dar certo. Entretanto durante aquela madrugada, seu pai piorou de tal maneira, que fez o loiro conseguir ajuda com seus colegas de estágio. Por sorte, ele encontra Victor, um residente de medicina que participava do mesmo pacote de estagiários que ele e que também não concordavam com a atitude do diretor, entrando em seu turno naquele momento. Depois de despistarem alguns funcionários veteranos do hospital, visto que ainda não havia terminado o atendimento aos acidentados do trem, eles conseguiram colocar o pai de Gadreel em um dos quartos que quase não eram usados, em uma ala afastada do cerne do hospital.

Victor fez tudo o que pôde, porém a falta de atendimento imediato assim que o pai do amigo  chegou, fez a infecção que o mais velho tinha se espalhar e comprometer em uma rapidez incrível muitos de seus órgãos vitais. Gadreel chorava no leito do pai, dizendo que ainda precisava dele, porém o mais velho apenas sorriu e limpando as lágrimas do rosto do filho, sussurra um “eu te amo” e fecha os olhos, partindo desse mundo.

Victor teve trabalho para controlar a fúria e desespero do alfa, que queria ir até o diretor e acabar com a raça daquele preconceituoso com as próprias mãos. Mas ele conseguiu ir acalmando o mais novo e como Gadreel não estava em condições, Victor foi quem se preocupou com toda a papelada referente ao funeral do pai do amigo. E o moreno foi testemunha da promessa que o loiro fez na lápide do pai, que ele iria lutar por todos aqueles que sofrem nas mãos de alfas mal-intencionados como o diretor do hospital, que graças a denúncia em conjunto de Victor e Gabriel ao conselho de medicina de Lawrence somado a morte de vários betas do acidente de trem que ficaram sem atendimento como o pai de Gadreel por serem apenas “betas”, foi afastado do cargo e proibido de exercer qualquer atividade ligada a saúde pública.

Gadreel caminhava com essas lembranças em mente, suspirando de saudade pelo pai, seu companheiro e amigo, que nem percebeu quando um corpo se choca contra o seu. Se equilibrando rapidamente graças aos seus reflexos de alfa, ele consegue amparar o corpo que se chocou contra ele. E qual foi a sua surpresa ao reconhecer o cheiro que emanava do corpo em seus braços.

- Derek? - Gadreel pergunta.

- Tio... Ga... Ga-Gadreel... - O menor conseguiu balbuciar essas palavras, entre os fortes soluços que faziam seu corpo tremer.

- O que aconteceu, filhote? - O alfa abraça o garoto, tentando transmitir paz e proteção ao menor. - Por quê está tão aflito?

- Eles... eles os... levaram... - O menor diz.

- Eles quem, Derek? - O alfa pergunta, confuso.

- Três homens... - Antes de poder continuar, o menor é acometido por um soluço particularmente intenso. - Sequestraram meu pai Sam e meu tio Castiel!

- Como é? - Gadreel achou que não tinha ouvido direito. - O que aconteceu com Sam e Castiel, Derek?

- Três homens nos... nos... cercaram e... e... Sam me... obrigou a sair correndo... - O filhote falava em meio aos fortes soluços que sacudiam o seu corpo. - Eu... eu... corri e quando... quando... me virei para trás, eles... foram co-colocados em... uma espécie... de van... van preta.

- Fique calmo, Derek. - O enfermeiro diz, já sacando o seu celular. - Vou ligar para o seu pai e para o Dean e depois eu vou te levar até o escritório do seu pai.

- Tá... Obrigado...

- De nada, filhote.

Gadreel disca o número de Miguel, porém não obtendo resposta, tenta o celular de Dean, com o mesmo resultado. O loiro então toma a decisão de levar Derek logo até seu pai, pois os sequestradores ainda poderiam estar por perto e quererem ainda levar o garoto. Pegando o filhote pela mão, Gadreel corre com o mesmo até seu carro, para logo depois sair dirigindo com toda pressa possível até a sede da Corporação Novak.

--oooOooo--

Um pouco afastado dali do centro de Lawrence, na Fazenda Winchester, Dean estava ajudando Bobby a consertar o motor de um trator, quando uma dor excruciante o acometeu na marca de Castiel em seu pescoço. Levando suas mãos até o seu pescoço, o alfa loiro faz uma ligeira massagem achando que era mau jeito em seus músculos. Mas conforme ele massageava o local com carinho, um sentimento inexplicável, uma mescla de medo e terror começa a brotar em seu interior. O loiro achou estranho esses sentimentos negativos brotarem justo agora, pois o que ele estava sentindo era justamente o contrário, sentimentos bons e positivos, como felicidade e amor. 

Porém o loiro não teve muito tempo para pensar nesses sentimentos que o haviam invadido tão de repente, pois a força da dor que vinha latejante de sua marca somada a esses sentimentos ruins foram crescendo, chegando em uma intensidade tão forte, que o alfa não aguentou e perdeu os sentidos e caiu desmaiado no chão.

Ao ver o filho de coração daquele jeito, Bobby não perdeu tempo e foi logo ajudar o loiro. O beta colocou dois dedos no pescoço do rapaz e relaxou um pouco ao sentir a respiração do seu alfa. Saindo para fora do celeiro onde estavam, Bobby pede para um dos funcionários chamar Adam e Meg, voltando logo em seguida para junto do filho de coração.

Quando Adam e Meg chegaram, Bobby estava sentado no chão, com a cabeça do alfa loiro em seu colo, ainda desacordado. Ao ver o irmão daquele jeito, Adam bombardeia o velho Singer de perguntas, perguntas essas para as quais o beta não tinha as respostas.

Percebendo que o falatório do jovem Winchester estava causando mal-estar ao velho  e seria perigoso devido a idade avançada do Singer, resolveu interferir:

- Já chega Adam! - A enfermeira diz, assumindo seu tom profissional. - É óbvio que Bobby não sabe o que aconteceu, visto que Dean perdeu os sentidos e você ficar nesse falatório sem fim, poderá fazer mal agora ao Bobby.

O jovem Winchester se cala ante a verdade daquelas palavras e em um gesto de desculpas ao beta ele se afasta, dando espaço para Meg poder examinar Dean. Durante o exame clínico, Meg não conseguiu associar nada de anormal ao desmaio do seu alfa, mas ao ver a marca que Castiel havia deixado no loiro inchada, a enfermeira teve quase certeza do que se tratava, mas só quando o loiro acordasse é que eles saberiam com exatidão se a desconfiança da enfermeira estava certa.

Meg resolve ser drástica. Abrindo um vidro com um líquido de cor clara e cheiro extremamente forte, cheiro esse que todos ali presentes torceram o nariz, ela molha uma gaze nesse líquido e a aproxima do nariz de Dean. Ao sentir aquele odor forte adentrar em suas narinas, Dean rapidamente recupera a consciência, para o alívio de todos. 

- Mas que merda de cheiro é esse? - Esbraveja o loiro, olhando para todos ao seu redor. - Aliás... O que aconteceu?

  Bobby vendo a confusão do alfa, o ajuda a se levantar e toma a palavra:

- Eu é que te pergunto, Dean. - O beta fala. - Nós estávamos conversando sobre o motor do trator e de repente você perdeu os sentidos e desmaiou.

- Eu desmaiei? - O alfa pergunta, ainda visivelmente confuso e desorientado por causa do desmaio.

- Sim. - Confirma Bobby. - Você colocou suas mãos em seu pescoço e antes de desmaiar, você sussurrou o nome de Castiel...

Foi  como se um click ativasse na mente de Dean ao ouvir o nome do companheiro. Inconscientemente Dean leva sua mão até a marca do amado, que estava inchada e dolorida. Porém, ao passar os dedos naquela marca tão amada, Dean sente seu ser invadido por um medo indescritível, que parecia não vir dele e sim...

- Oh meu Deus! - O loiro grita, assustando a todos ali com ele.

- O que houve, Dean? - Adam pergunta, preocupado com o irmão.

- Eu... eu senti uma dor na minha marca, mas eu achei que era mau jeito por ter ficado tanto tempo com a cabeça abaixada. Aí então eu comecei a massagear o meu pescoço e quando eu cheguei no local dela, da minha marca, inexplicavelmente, eu senti uma mistura de medo e terror, porém pareciam que não vinham de mim. - O alfa-superior começa a explicar. - E eu achei estranho, pois eu justamente estou sentindo o contrário desses sentimentos agora. Parecia que não vinham de mim.

- E o que isso quer dizer Dean? - Adam pergunta, confuso

- Quer dizer que Castiel, meu companheiro está em perigo, Adam! - O loiro se levanta desesperado, com grossas lágrimas brotando das suas íris verdes. - Alguma coisa aconteceu com ele e o nosso elo está me avisando! Eu... Eu preciso encontrá-lo!

E dizendo isso, Dean sai correndo pela fazenda, seguido pelos demais que ainda estavam confusos, porém o cheiro de terror que emanava de seu líder teve o poder de despertar o senso de proteção para com seu líder e seu companheiro e por isso todos corriam atrás dele para poder ajudá-lo. 

O objetivo de Dean era chegar até seu carro e ir até o centro de Lawrence para procurar Castiel. E ele teria ido se Bobby, como sempre, não tivesse colocado um pouco de razão na cabeça esquentada de seu líder:

- Dean! Acalme-se! - O beta se dirigia ao seu líder, ofegante por ter corrido atrás do alfa.

- ME ACALMAR? BOBBY, VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO? O MEU COMPANHEIRO TÁ EM PERIGO, PRECISANDO DE MIM E VOCÊ QUER QUE EU ME ACALME? - O alfa falava, com descontrole e desespero em suas palavras.

- Primeiramente, abaixe esse tom comigo, Dean! - O beta foi enfático. - Você pode ser o líder, mas eu terminei de criar vocês três e ensinei a respeitarem para serem respeitados. E eu jamais admitirei que você erga a voz para mim e se você insistir em erguê-la, creio que chegou o fim da minha estadia nessa matilha!

Percebendo que tinha passado dos limites, Dean abaixa a cabeça em sinal de respeito ao pai de coração e murmura um pedido de desculpas.

- Me desculpe, Bobby. Mas é do meu companheiro que estamos falando...

- Eu sei, Dean. - O velho Singer solta um suspiro cansado antes de continuar. - Sei também que o elo de vocês está avisando que há algo de errado com ele, mas seja sensato. Você tem idéia de onde começar a procurar?

- Não... Quando percebi que o problema era com o Castiel, que os sentimentos que eu estava sentindo eram dele, tudo ao meu redor deixou de ter sentido, minha prioridade automaticamente se focou no meu companheiro.

- O que é bastante natural, Dean. - O beta continua. - A ligação de vocês é muito forte, ainda mais sendo almas-gêmeas. Seu instinto sempre colocará a sua outra metade em primeiro lugar. Mas vamos lá. Esfrie a cabeça e ligur primeiro para ele e confirme se está tudo bem.

Dean queria se estapear naquele momento, pois ele poderia ter feito isso primeiro e evitar aquele desconforto com seu pai de coração. Sacando o celular do bolso, ele disca o número de Castiel. O alfa já estava nervoso e quando o ninguém atendeu do outro lado da ligação e caiu na caixa postal, seu nervosismo passou a aumentar. Tremendo, ele disca para o apartamento dos irmãos, tendo o mesmo resultado.

Como último recurso, ele ia ligar para Miguel, quando o seu celular tocou e para sua surpresa era o mais velho dos Novaks.

Tendo um mal pressentimento, Dean atende a ligação:

- A-alô? Miguel? - O loiro atende, com a voz ligeiramente trêmula.

- Dean...  - O alfa-loiro se assustou com o desespero presente na voz do alfa Novak. - Aconteceu uma desgraça...

--oooOooo--

Aquele começo de semana estava sendo como todos os outros para Miguel. Logo de manhã, seu companheiro foi como de costume buscar Derek para a faculdade, onde o moreno conseguiu matar a saudade de sua alma-gêmea e seu filhote, que graças aos céus, estava se desenvolvendo bem. Apenas os hormônios de Sam que estavam meio descontrolados por causa da gestação, porém não era nada a mais do que a doutora Tran os havia alertado.

Enquanto Sam esperava Derek terminar de se arrumar, ele e Miguel namoravam um pouco no amplo sofá da sala, com carinhos e beijos urgentes, apesar de terem ficado juntos no dia anterior. Eles ainda estavam matando as saudades, quando Gabriel entrou na sala, já vestido, pois o loiro viciado em doces precisaria viajar para a cidade vizinha, Sioux Falls para inspecionar um projeto no qual a empresa deles estavam envolvidos.

Retirando um pirulito sabe-se-lá-daonde e colocando na boca, o alfa loiro se despede e sai do apartamento. Sam pergunta para o seu namorado de onde é que Gabriel tirava tanto doce e o moreno responde divertido que isso era um mistério até para ele. 

Sam ia retomar as carícias em seu amado, quando um pigarro de Derek, sinalizando que já estava pronto, foi ouvido pelos dois. Suspirando fundo, Sam dá um último selinho no biquinho fofo que o mais velho fez e acenou a Derek para poderem ir. O garoto se despede do pai com um abraço e um beijo na bochecha e segue o alfa-épsilon para fora do apartamento. Assim que os mais novos saíram, Miguel não precisou esperar muito, pois logo quem surge na sala é Castiel, já vestido e pronto para irem trabalhar. 

Ao chegarem na sede da empresa, cada um foi até seu assistente para saberem da agenda do dia e como se tivessem combinado, ambos suspiraram de desgosto ao saberem com quem eram as reuniões daquele dia, que ambos concordavam que seria longo.

Enfim, após algumas reuniões tediosas e maçantes, os dois irmãos saíram para comer alguma coisa, ali mesmo na cantina da empresa, visto que ainda teriam mais três reuniões, sendo essas as mais importantes e não ficaria de bom-tom se o presidente e o vice-presidente da Corporação se atrasasse. Após se alimentarem, eles partiram para o que Castiel batizou de “segundo round do tédio”, o que fez Miguel rir pela primeira vez naquele começo de tarde.

Algumas horas depois, finalmente duas das três reuniões mais importantes do dia, haviam sido terminadas com resultado positivo para os irmãos. A terceira, que aconteceria dentro de meia hora, já era a final, de uma série de reuniões que Miguel vinha tendo ao longo do mês e nessa, a presença de Castiel não era necessária, então o alfa moreno libera o irmão para ir embora mais cedo. O ômega então diz ao irmão que ia buscar Sam e Derek, que estavam na biblioteca no centro da cidade, não muito longe dali, terminando alguns trabalhos da faculdade.

Miguel assentiu e se despediu do irmão com um abraço e um beijo no topo dos cabelos negros do irmão. Ao ver a porta do elevador se fechar, levando consigo Castiel, Miguel ajeitou o nó da gravata e foi até a sala de reuniões, onde a próxima não tardaria a começar.

Já fazia algum tempo que a reunião havia começado e após esperar a apresentação das estatísticas de prós e contras do projeto em questão, Miguel toma a palavra. O alfa ainda estava falando aos acionsitas sobre o projeto, quando ele sente uma leve dor em seu pescoço, mais precisamente na marca que seu amado fez em seu corpo.

Passando a mão discretamente no local, Miguel acha que é apenas um leve incômodo devido ao stress do dia e continua a sua dissertação. Ao terminar, o alfa pergunta se alguém tem dúivdas e ao ver que ninguém tinha se manifestado, ele passa para a parte final, a votação. Enquanto todos votavam, ele massageava por cima do terno, a parte entre seu pescoço e seu ombro, porém sem sucesso, a dor parecia estar aumentando.

Mas felizmente, a votação logo cessou, com resultado positivo para a empresa e Miguel deu por encerrada aquela reunião. Enquanto os demais acionistas saíam e cumprimentavam o alfa, a dor foi nublando a mente de Miguel, que se esforçava para se manter atento. 

Entretanto quando o último acionista saiu e só tinha ele e Kevin, o assistente de Castiel na sala, o alfa não aguentou mais segurar a dor e cai de joelhos no chão. Kevin ficou assustado ao ver o seu líder ofegante e claramente com dor e se ajoelhando perto dele, tenta ajudá-lo. O alfa apenas acena que está tudo bem e que logo ele ficaria bem, mas subitamente, ele começa a sentir uma mistura de aflição, medo e terror brotando em seu interior.

O alfa moreno leva alguns minutos para entender o que era aquilo tudo que ele estava sentindo: a dor, a aflição, o pânico. Nada disso era dele, era de Sam. O elo entre eles o estava avisando que algo de muito ruim estava acontecendo ou para acontecer com seu companheiro. 

Reunindo todas as suas forças, o alfa consegue se levantar e pega seu celular em seu bolso e sem demora disca o número de Sam, não obtendo resposta. Já meio desesperado, Miguel ia discar o número de Derek, quando a porta da sala em que estava é aberta com força e seu filhote acompanhado de Gadreel surgir por ela. Miguel mal teve tempo de registrar o cheiro de medo e pânico que o filhote exalava, pois foi envolvido em um abraço apertado pelo filhote, que chorava e soluçava. 

O alfa apenas retribui o abraço do filhote, e enquanto afagava as costas do menor, ele olha interrogativamente para Gadreel, que fecha a porta e começa a contar para o alfa o quer tinha acontecido há poucos minutos atrás. A cada palavra do alfa loiro, Miguel ia ficando pálido, sentindo um desespero enorme tentar se apoderar de si. 

Percebendo o estado em que o moreno estava ficando, Gadreel gentilmente tira Derek dos braços do pai e abraça o filhote, dando espaço para Miguel respirar e digerir toda aquela informação ruim.

Não aguentando mais, Miguel rasga suas próprias roupas e solta um grito sombrio, carregado de dor pela perda de seu companheiro, liberando grossas lágrimas de desespero de seus olhos azuis. Sentimento esse que foi sentido pelos betas e pelos outros dois alfa além de Miguel presentes ali: Gadreel e Derek. O mais novo se encolhia nos braços do enfermeiro, se sentindo impotente por não poder ajudar o pai e Gadreel sentia o alfa dentro de si se conectar com a dor do alfa interior de Miguel, o deixando com um sentimento de revolta por alguém ter  tido a ousadia de mexer com a matilha dele.

Mas isso não ia ficar assim, pensou Miguel. Ele ia mover céus e terra para encontrar o seu companheiro e seu irmão. E quando ele descobrisse quem era o responsável, essa pessoa pagaria com a vida. Mas por ora, ele precisava avisar Dean. E como ainda estava com o celular em suas mãos, ele disca o número do loiro.

- A-alô? Miguel? - O loiro atende, com a voz ligeiramente trêmula.

Miguel se surpeende com o tom de voz quebrado de Dean, deduzindo que o loiro sentiu o mesmo que ele.

- Dean...  - Miguel respira fundo antes de continuar a falar. - Aconteceu uma desgraça...

--oooOooo--

Um pouco distante da cidade, dentro de uma van que corria a toda velocidade, dois rapazes encapuzados tentavam controlar o desespero que ameaçava tomar conta de deles, pois ambos haviam sido sequestrados, não se sabe por quem e por qual propósito. O mais alto dos dois, segurava as mãos do outro, que era menor que ele, tentando trasmitir paz e tranquilidade, falhando um pouco em seu intento, pois ele estava longe de sentir esses sentimentos.

Não sabiam por quanto tempo e nem para onde aquele veículo onde estavam os iria levar, mas Sam tinha o pressentimento que não seria para nada bom ou agradável. Mesmo por baixo do capuz que cobria o seu rosto, o maior podia sentir o cheiro das lágrimas de medo e aflição do ômega ao seu lado e mesmo com as mãos algemadas, tentava passar traquilidade através do toque entre as mãos de ambos. 

De repente, a veículo para e ele deduz que haviam chegado ao destino e os dois ficaram temerosos com o que os estava aguardando nesse “destino”. A porta do veículo foi aberta com força e logo eles foram tirados de dentro da van com certa violência e conduzidos a uma espécie de casa com escadaria, pois os homens que o seguravam os advertia com os degraus.

Sam tentou apurar seu olfato para tentar ter uma pista do local onde eles estavam, mas devido a confusão de seus sentidos por causa de seua gestação, ele só pôde deduzir que eles estavam em uma floresta, pois o cheiro de terra e das árvores eram muito fortes ali.

Eles foram conduzido para dentro da casa, onde suspiraram de alívio ao sentir o calor que estava lá dentro, em contraste com o frio que havia começado a fazer lá fora. Porém o alívio dos dois foi efêmero, pois logo eles foram arrastados novamente, agora para uma espécie de porão, pois os degraus agora eram inclinados para baixo.

Quando os mesmos acabaram, eles foram empurrados até uma parede, onde seus pulsos foram presos por grossas porém curtas correntes, que limitavam em muito os seus moviemntos. Sam logo percebeu que estavam sozinhos, pois o cheiro de seus captores logo se dissolveu no ar. O Winchester mais novo respira aliviado, alívio esse que dura pouco, pois logo sente o cheiro de  alguém estava entrando naquele local.

Ele sente Castiel se retesar ao seu lado e começar a exalar um cheiro que misturava surpresa, repulsa e medo. Como se ele reconhecesse o dono daquele cheiro. O desconhecido chegou perto de Sam e com violência arrancou o capuz que o impedia de enxergar. Por ter fciado muito tempo no escuro, a claridade do ambiente o cegou por alguns segundos. Mas ele começa a se recuperar bem a tempo de ver o desconhecido, um homem baixo, moreno e com sérios problemas de calvície , ir até Castiel e arrancar com a mesma violência o capuz que cobria o seu rosto. Do mesmo que Sam, a claridade o cegou também por um breve tempo. 

Sam viu o rosto de Castiel se contorcer de terror ao conseguir fixar o seu olhar no captor deles. E não foi com tanta supresa queando ele confirmou que Castiel conhecia o homem.

- Olá Castiel... - O desconhecido fala para o ômega.

- Fergus... - Foram as primeiras palavras do ômega desde o sequestro no parque. - Então é você que está por trás disso tudo... Mas por quê?

- Acho que você sabe a resposta, meu ômega... - O calvo falou, dando ênfase no “meu”. - Estou apenas reivindicando o que é meu por direito...

- Seu por direito? - Sam estava confuso. - O que você quer dizer com isso?

- Quero dizer, meu caro gigante, que essa delicinha aqui, o ômega Castiel, era pra ter sido meu desde o começo, mas o idiota do irmão dele me negou esse direito.

- Como assim, “negou o seu direito”? O Castiel já encontrou a alma-gêmea dele, e garanto que não é você.

- É eu fiquei sabendo que outro chegou na minha frente e estreou o meu ômega. - O calvo falava com irritação. - Até conseguiu colocar um filhote dentro dele... Mas você acha que eu me importo? Claro que não. Esse negócio de almas-gêmeas é a coisa mais piegas do mundo. Eu fui o primeiro a saber que Castiel era um ômega e por causa disso, ele teria que ter sido entregue a mim.

- Só porque você descobriu a hierarquia dele primeiro? - Sam estava em choque com a mente primitiva daquele homem, que ele reconheceu sendo um alfa. - Isso não é motivo suficiente para que ele fosse entregue a você! Ele é um ser-humano, caramba!

Antes de Fergus responder alguma coisa, é Castiel que se dirige a ele e com todo ódio que pôde imprimir em sua voz, ele retruca ao baixinho:

- Mas graças aos céus que meu irmão conseguiu me salvar de você. E por isso eu pude encontrar a verdadeira felicidade, o êxtase que só os predestinados têm. - O ômega fazia força para manter o tom de voz firme. - Você pode agora ter o meu corpo, mas jamais me terá por completo, pois eu apenas pertenço e epertencerei de corpo e alma, apenas ao meu companheiro, e que por nosso amor ser verdadeiro, fomos agraciados com um filhote que está em meu ventre e que você jamais irá colocar as mãos, nem que eu tenha que morrer o protegendo de você.

Crowley fica puto com as palavras de Castiel e resolve naquele momento mostrar quem manda.

- Olha só... Você ficou muito valente Castiel. - O tom de voz do calvo era perigosamente suave. - Posso não conseguir mexer com o seu filhote, mas nada vai me impedir de fazer isso então...

Castiel ficou sem entender mas se deseperou ao ver aquele alfa medíocre chegar perto de Sam e levantar a camisa dele. O calvo alisou a barriga do rapaz para logo em seguida dar três rápidos porém potentes socos no ventre do rapaz, que se contorceu de dor.

- Mas nesse filhote, que é do maldito do seu irmão eu faço questão de mexer. - O calvo diz olhando para Castiel, saboreando o desespero que emanava do ômega. - E se isso não foi o suficiente para ele perder o filhote, eu posso garantir que na próxina ele perca. A não ser que você resolva cooperar e se entregar a mim de livre e espontânea vontade.

Castiel olhou incrédulo para Crowley, que se dirigia até as escadas, mas antes de subir, ainda diz algumas palavras ao ômega:

- Vou dar um tempo para você pensar, Castiel. Afinal, você não tem nenhum lugar para ir agora, não é mesmo? - Dizendo isso, o calvo sobe as escadas gargalhando insanamente, se deleitando com a incredulidade que se estampou nas faces do ômega.

Castiel ainda estava boquiaberto com a atitude de Crowley, quando foi trazido à realidade por um gemido de Sam.

- Sam... Sam... Você está bem? - Castiel questiona o amigo e cunhado.

- Cas... eu... eu... acho que es-estou... sangrando... - O mais alto consegue dizer entre ofegos de dor.

Castiel olha do rosto contorcido de dor de Sam, para a parte traseira da calça de tecido fino que o maior usava. E foi com desepero que ele viu o tecido claro da calça aos poucos ser tingido pela cor vermelha... 

O inconfundível tom rubro do sangue...


Notas Finais


Espero que tenham gostado e comentem. Mandem o sarrafo pra cima de mim que eu aguento... kkkkk...
Abraços e um recadinho:
Dêem uma olhada nas minhas outras fics:
Supernatural - Destiel: https://spiritfanfics.com/fanfics/historia/fanfiction-supernatural-a-maior-forca-do-mundo--o-amor-4804283
Teen Wolf - Peterrish: https://spiritfanfics.com/fanfics/historia/fanfiction-teen-wolf-o-caminho-para-redencao-5820574
PS: juto que vou atualizar as outras acima... Só não me matem...


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