Os dias passaram rápidos. Eu estava nervosa por causa das provas finais que já fiz todas. Agora era só esperar o resultado que vai sair na sexta de manha, no sábado à noite a formatura e no domingo o show.
Hoje era quinta e eu estava em casa sem nada pra fazer, pois meus pais e meus irmãos estavam trabalhando. Resolvi ligar pra Carol e a chamarela pra ir ao cinema.
-oi amiguinha!
-oi vaca. O que devo a honra de sua ligação?
-to no tédio e quero assistir um filme. Vamos ao cinema?
-só vou porque também to no tédio.
-e o Matheus?
- foi com o pai dele na filial da empresa na cidade vizinha ver uns negócios.
- então se arruma que em dez minutos estou ai.
-ta amiguinha
-tchau vaca.
Desliguei o telefone e fui me arrumar e partir pra casa da Carol que não era tão longe da minha. Cheguei lá e comecei a buzinar na frente da casa dela.
-já vou sua apressada- disse ela descendo as escadas da casa e entrando no carro.
- eu sei que você me ama.
-e bom que saiba mesmo.
Fomos ao shopping e fomos direto a bilheteria comprar o ingresso do filme.
-qual quer ver?
-que tal terror?
-pode ser.
-invocação do mal?
-isso. Vamos.
Compramos os ingressos e seguimos para dentro da sala. Assistimos ao filme todo levanto alguns sustos em algumas partes. Esperamos a sala esvaziar, quando estava aparentemente vazia decidimos sair, a puta da Carol saiu na frente e nem me esperou. Quando eu estava saindo para o corredor uma coisinha brilha no chão e eu me abaixo pra pegar, era uma moeda de um real, quando levanto a cabeça do chão dou de cara com um cara de capuz, nossos rostos ficaram muito próximos e ambos tínhamos os olhares fixos no outro.
-des...desculpa.
-não foi nada. Eu que não vi você ai.
-tinha uma coisa brilhando no chão e eu me abaixei pra pegar.
-e o que era?
- uma moeda de um real.
-grande tesouro.
-é né- rimos.
-qual o seu nome?
-Luana e o seu?
-lu...- a hora que ele ia responder a Carol chegou gritando.
- ô Ana vamos logo. Não temos o dia todo e eu estou com fome- saiu me puxando sem me deixar ouvir a resposta do moço e nem me deixar despedir dele. Quando estávamos na porta da sala eu olho pra trás e ele ainda se mantinha lá parado olhando pra mim. Aceno e sorrio e ele faz o mesmo em troca e que sorriso meu deus me abana. Quando desperto de meus pensamentos já estou na fila do Burg King com a Carol, porque aquilo e o que essa menina mais come que tudo. Depois de pegarmos os lanches fomos ate uma mesa e sentamos e começamos a conversar enquanto nos comia.
-quem era o cara?
- não sei.
- como não sabe? Tava falando com ele.
-mais quando ele ia falar o nome você entrou gritando e me puxando.
-sorry. Entao quer dizer que vocês não se conhecem.
-não
-haa.
Terminamos de lanchar e fomos andar mais um pouco pelo shopping, compramos algumas roupas e voltamos para casa. Cheguei, guardei as roupas novas no closet, tomei um banho e fui pra cozinha. Preparei um lanche natural com um suco de uva também natural. Arrumei a cozinha e fui para meu quarto, apaguei as luzes e deitei mais não tirei por nenhum momento da cabeça aqueles olhos negros que me encantaram. Será que vou encontrar ele novamente? Ou será que verei uma vez na vida e acabou? A única coisa que eu sei que mexeu comigo. O menino dos olhos de jabuticaba.
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