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História Encontros - Demonstre seu afeto


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente, surpresa pra vocês: Capítulo duplo de presente para vocês!!
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 11 - Demonstre seu afeto


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ELLIE

Acordei com um pouco de fome e vi que Gine já havia passado no meu quarto e deixado o café. Suspirei.

Estava pensando no sonho enquanto beliscava o café. Realmente eu havia me perdido e agora estava no fundo do poço. Agora só me restavam duas escolhas: ficar lá ou subir.

De um lado estava perdida e desolada com a morte de meu irmão; do outro lembrava daquela sensação boa da pessoa que havia lhe acalmado o sono. Tinha me sentido amada.

Eu estava naquele ponto em que você encontra forças ou desiste de vez.

Eu olhava a paisagem que se descortinava através da minha janela. Era tão bonita, em qualquer outro momento penso que teria apreciado assistir o nascer e o pôr do sol naquele lugar. Ele me transmitia paz de espírito.

Resolvi caminhar, por mais desestimulada que estivesse, queria tentar sentir aquela paz.

Fiz minha higiene matinal, me vesti e peguei a bandeja pra levar até a cozinha. Não queria dar mais trabalho para Gine.

Quando cheguei na cozinha apenas Gine estava ali, o que significava que era tarde e Bardock e Radtiz já haviam ido trabalhar.

Pensar em Radtiz me perturbou um pouco, pois sabia que ele não deveria estar gostando dessa minha estadia na casa dos pais dele. Eu não entendia muito sua antipatia por mim, pois seu irmão Kakaroto já era casado com Chichi – uma humana – há quase 20 anos. Os dois tinham filhos  – Gohan e Goten – que Radtiz adorava, embora não demonstrasse muito por causa daquele orgulho sayajin.

Era certo que, embora tivesse um apartamento na cidade, a maior parte do tempo ele passava na casa dos pais, então ele devia estar ali também.

Kakaroto dizia que o irmão mais velho nunca ia deixar a casa dos pais por causa da comida da mãe deles. Isso era motivo de chacota dentro da família e irritava Radtiz, mas ele também nunca contradisse o irmão mais novo e nem se mudou definitivamente da casa dos pais.

Saí dos meus pensamentos quando Gine se aproximou de mim.

- O café estava bom? – ela perguntou com aquele sorriso gentil.

- hmm... Estava. – tentei disfarçar, pois nem sabia o que era que tinha na bandeja e mal havia comido.

Gine me olhou preocupada quando pegou a bandeja e sentiu o peso. Ela sabia que eu quase não havia comido.

- Vou andar no quintal Gine, talvez passear um pouco na orla da floresta. Preciso pensar. – disse fugindo do seu olhar.

- Faça isso querida, vou chamá-la quando for  a hora do almoço. – ela parecia mais satisfeita com minha vontade de sair.

Mal sabia ela que eu só não queria que ela ficasse indo de vez em quando no quarto ver se eu estava bem...

- Obrigada – disse e fui saindo sem me dar conta da montanha na qual eu esbarrei.

- Hei humana! Olha por onde anda! Fraquinha desse jeito é capaz de se machucar feio – Radtiz falou me segurando os ombros e apertando mais que o necessário para me estabilizar.

Aquilo ia ficar roxo. Esse sayajin ou não conhecia a força que tinha, ou não se importava, ou gostava de me machucar. Acho que era a última opção.

- Hm. Desculpe Radtiz. Vou prestar atenção, até logo Gine. – disse ao sair.

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RADTIZ

Merda! Eu tinha que esquecer aquelas merdas de relatórios no meu quarto. Agora tenho que baixar no scouter. Eu tenho que parar com essa mania de fazer meus relatórios no meu computador pessoal e só depois passar pro scouter. – reclamava comigo mesmo.

Entrei pela cozinha porque ia aproveitar e fazer um lanche, minha mãe sempre estava fazendo algo na cozinha. Foi quando senti o cheiro do bichinho de estimação da minha mãe.

Ela estava falando algo com minha mãe e ia saindo sem olhar por onde andava tropeçando em mim. Eu a segurei firme porque parecia que ela ia desabar no chão.

Chamei a atenção dela: - Hei humana! Olha por onde anda! Fraquinha desse jeito é capaz de se machucar feio.

Ela me olhou rapidamente e quando falou quase não ouvi:

- Hm. Desculpe Radtiz. Vou prestar atenção, até logo Gine.

Assim não tem graça, pensei comigo. E vi minha mãe me olhando séria.

- O que foi mãe? Eu apenas impedi que ela caísse... – já fui começando, mas ela apenas levantou a mão e perguntou:

- Esqueça. Por que voltou em casa?

- Deixei uns relatórios que eu vou precisar mais tarde e vim pegar. Será que a senhora podia preparar algo pra eu levar pra viagem? – perguntei esperançoso.

- Claro.

E eu já ia me virando pra ir pegar os malditos relatórios quando ela completou.

- Vou fazer pra Ellie também, aí quando você sair leva pra ela. – disse já fazendo os lanches.

Eu ia discutir com ela que eu estava atrasado, quando ela arrematou.

- Se não levar pra ela eu não faço o seu. – e esperou a minha resposta.

Eu rolei os olhos, sabia que tinha perdido essa rodada.

- OK! Faz o da humana que eu levo pra ela lá fora. – e fui na direção do meu quarto pegar o raio dos relatórios. Quando voltei os lanches já estavam prontos e só me cabia levar o do bichinho da minha mãe.

- Onde ela está? – perguntei pra poupar tempo.

- No quintal ou na orla da floresta. Vai ser fácil achar. Pega, leva isso pra ela e o seu é esse. – disse me entregando os lanches.

Saí pra entregar logo aquilo e encontrei a humana embaixo de uma árvore olhando a paisagem. Ela estava um pouco distante da casa, mas dava pra perceber que estava desligada de tudo ao redor. Andei meio cauteloso em direção a ela, torcendo pra não estar chorando porque eu não ia saber o que fazer.

- Hei humana! Olha, minha mãe mandou trazer isso pra você... – já ia largar o lanche no colo dela quando ela virou o rosto e eu percebi que ela estava me olhando, mas ainda não tinha me focado. Demorou um pouco pra ela voltar sabe-se de lá onde a mente dela estava.

- Radtiz? O que faz aqui? – perguntou confusa. Eu bufei pra ela e cruzei os braços.

- Minha mãe preparou um lanche pra você e me mandou trazer. É melhor comer. Ela não vai gostar de saber que não está comendo – já fui falando dando ordem, porque eu sabia que minha querida mãe ia me interrogar pra saber se o bichinho dela tinha comido.

Ela olhou o lanche e sorriu de leve. Ela não ia comer, tava na cara. Caralho! A mãe ia me matar.

- Come. – falei como se ela fosse uma das minhas recrutas.

Ela me olhou um tempo e depois pegou o lanche, era visível o esforço que ela fazia pra empurrar a comida. Mas eu só ia sair dali depois que ela comesse. Não queria minha mãe dando chilique por causa do bichinho de estimação.

- Em que estava pensando quando cheguei? – perguntei pra distrair ela da mastigação.

Ela me olhou um tempo, como se pesasse se ia responder ou não. E eu de saco cheio esperando ela terminar aquele lanchinho de nada.

- Pensava se valia a pena subir. – ela finalmente me responde e fico sem entender nada, pois a humana não me explicou nada.

-  hm... – bufei. Mas pelo menos vi que ela comeu tudo, devagar como uma lesma, mas comeu. Eu já ia saindo quando ouço ela me chamar.

- Radtiz? – ela parecia incerta e resolvi ver o que ela queria.

- Fala – disse com impaciência e fazendo pouco caso.

Ela demorou um pouco, mas quando abriu a boca eu quase caio no chão de tanta surpresa.

- Obrigada por me obrigar a comer. Se não tivesse feito isso eu teria deixado o lanche largado no chão. – ela disse confirmando o que eu havia pensado e me agradecendo por obriga-la a fazer alguma coisa. O mundo ia acabar...

Mas ela ainda não havia terminado.

- Devia demonstrar mais que se importa com sua mãe. Eu sei que você não vai dizer que a ama – seu orgulho sayajin nunca permitiria essa brecha na sua pose de durão – mas sua mãe é diferente dos outros sayajins e ela gostará se você demonstrar seu afeto por ela.

- Quem você pensa que é pra falar como eu devo tratar ou não a minha mãe? – eu já tinha começado a me estressar com aquela conversa. Mas ela nem se abalou, só completou.

- Nós nunca sabemos quando vai ser a última vez que falamos ou demonstramos que nos importamos com quem amamos. Você não deveria perder nenhuma oportunidade. – ela disse enquanto olhava muito séria nos meus olhos.

Eu fiquei sem palavras. PORRA! Tinha me esquecido o motivo pelo qual ela estava em nossa casa!

CARALHO! Se o velho souber ele me mata.

Enquanto eu estava me socando mentalmente ela apenas voltou a olhar a paisagem e se “desligou” da minha presença.

Aquela atitude dela estava me deixando desconcertado... pra dizer o mínimo. Eu fiquei ali parado, não sabia se ficava ou se ia, parecia... errado... deixar ela ali sozinha.

Então, sem entender porque raios eu estava fazendo isso, remarquei vários compromissos para outros horários, enquanto mandava uma mensagem pro Kakaroto trazer o pestinha do Goten pra casa dos nossos pais. O Goten adorava a humana e eu achei que ele podia ser uma boa distração pra ela.

Quando o imbecil do Kakaroto retornou a mensagem foi pra dizer que só poderiam ir depois da aula do Goten. Tinha esquecido da escola do pestinha e acabei me conformando. Não dava pra discutir sobre isso... A menos que eu quisesse morrer mais cedo pelas mãos da estressada da minha cunhada, não tinha como eu dizer pro meu irmãozinho fazer o filho "matar" aula.

Voltei a remarcar alguns compromissos menos importantes e me sentei perto da humana, ficando ali com ela.

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GINE

Quando Radtiz trombou com Ellie e foi rude como sempre fiquei decepcionada com ele, mas quando me pediu pra fazer um lanche para ele vi uma oportunidade.

Eu praticamente o forcei a levar um lanche para ela. Ele aceitou desgostoso, mas seria uma chance deles interagirem.

Eu acompanhei pela janela da cozinha quando ele levou o lanche até ela e, por sua linguagem corporal, vi que ele a estava tratando como normalmente fazia e algo murchou dentro de mim. Até perceber que Ellie estava comendo sob a pose de instrutor que meu filho assumia quando dava ordens.

- Ele a obrigou a comer! – pensei estarrecida e observei que ele continuava ali ao lado dela pra confirmar que ela realmente estava se alimentando.

Também percebi que Ellie disse algo que o deixou nervoso, mas que logo depois ele foi “desarmado”. Não sabia o que eles estavam conversando, pois estavam longe, mas para minha agradável surpresa Radtiz se sentou ao lado de Ellie para lhe fazer companhia.

Sorri satisfeita. Sim, havia uma chance daqueles dois darem certo e eu faria de tudo para aumentar essa chance.

 


Notas Finais


Capítulo um pouco longo... eu sei. Mas aconteceram algumas coisas importantes e que vão influenciar mais pra frente.
Espero que tenham gostado.
Beijos.


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