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História Encontros - Almoço


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente, capítulo novo pra vocês.
Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 12 - Almoço


RADITZ

O tempo passava e nada do Kakaroto chegar com o Goten. Tudo o que dava pra eu ir resolvendo pelo scouter eu adiantava. Merda...

Estava distraído e não percebi a humana cochilar, só me dei conta quando ela, literalmente, caiu no meu colo. Ela estava em um sono tão pesado que simplesmente “arriou” em cima de mim.

Ela aconchegou a cabeça na minha coxa e eu ali, sem saber o que fazer...

Suspirei, mas não mexi nela, quem sabe aquelas olheiras horrorosas saiam do rosto dela?

Depois de um tempo deu pra ouvir a barulheira do Goten. Eles tinham chegado, até que enfim!

Dei uma sacudida na humana e a chamei.

- Hei! Acorda, é hora do almoço e tem visita pra você.

- hmm? Almoço? Visita? – ela disse meio sonolenta. Fazendo aquela cara manhosa eu comecei a entender porque minha mãe se apegou tanto a ela, era o típico momento “fofo” que ela adorava ver.

- É. Vamos, tenho que almoçar e sair pra trabalhar.

Ela não tinha se tocado que eu fiquei lá com ela, pelo menos eu ACHO que não tinha se tocado. Ela levantou e foi caminhando até a cozinha.

À medida que nos aproximávamos dava pra ouvir os berros de Goten procurando por ela.

- Ellie! Ellie! Cadê você?

Ela suspirou quando reconheceu aquela vozinha e deu um leve sorriso.

- Goten.

Ela parecia um pouco mais animada. Sabia que era uma boa ideia trazer o pestinha. Eles se adoravam.

Quando entramos em casa, Goten correu e pulou na humana, quase derrubando-a sobre mim.

- Hei pestinha! Cuidado aí. – ralhei com ele segurando os ombros da chata.

Ela fez uma careta de quem não tinha gostado do que falei, mas não tava nem aí pro que ela pensava.

- Não cumprimenta mais o seu tio não é? – já fui logo falando.

- Tio Raditz! Não sabia que o senhor tava em casa! Quando venho a essa hora o senhor tá no trabalho. – disse o pestinha me dando um sorrisão. Claro que eu nunca ia dizer claramente, mas eu adorava os moleques do meu irmão, eles foram uma das coisas boas que o safado tinha feito na vida.

- Trabalhei em casa hoje de manhã, mas de tarde tenho que ir lá na Academia, então não se anima não – disse dando um peteleco nos cabelos espetados – já que não vou ficar em casa fica vigiando a chata pra ela não fazer besteira.

Ele me deu outro sorriso e olhou direto pra garota que o estava segurando até aquele momento.

- Vou sim! Eu sempre vou ficar perto da Ellie!

Eu senti, mais do que eu vi, a garota teve um estremecimento, calafrio, sei lá que porra foi aquilo, mas não foi bom. Peguei o Goten dos braços dela dizendo:

- Vai lavar as mãos que a tua avó não gosta que você sente à mesa todo sujo e não demora que já vamos almoçar.

- Tá bom. – disse o moleque correndo pro banheiro.

- Ellie! Pensei que nunca ia voltar a te ver! – o Kakaroto me saiu com essa e foi abraçar a humana.

- Oi Kakaroto. Que bom te ver e o Goten. Como estão a Chichi e o Gohan? – ela perguntou por educação, pois ela não estava com uma cara de interesse.

- Eles estão bem, estão com saudades. A Chichi, principalmente, ela diz que quer sair pra fazer compras com você e gastar o dinheiro suado que eu ganho. – o idiota do meu irmão tentou aliviar o clima pesado que sentiu. Tenho que dar o braço a torcer.

Ela sorriu de leve e foi se sentar à mesa. Ela tava a cara do desânimo. Até o Kakaroto percebeu e me olhou como se perguntasse o que tinha dado nela; eu só olhei de volta e dei de ombros dando a entender que não sabia de nada.

Não demorou muito e o velho chegou. Ele sempre vinha almoçar em casa.

Todo mundo na mesa, comendo e o velho me solta a pergunta que estava na ponta da língua dele desde que me viu em casa:

- Você não foi trabalhar por quê? O Nappa estava atrás de ti. – ele me tascou um pergunta e já me dando crítica. Caralho! Eu realmente tenho que aprender como ele consegue fazer isso sem nem levantar a voz.

- Eu tinha um monte de trabalho atrasado e resolvi fazer em casa que aqui ninguém me perturba. E o que o Nappa queria afinal?

- Não sei, mas não devia ser sério se não te contatou pelo scouter. – e o velho voltou a comer satisfeito com a resposta.

Foi quando olhei pra humana, ela tinha disfarçado colocando comida no prato, mas tava só empurrando com o garfo. Não acreditei que ela achou que eu não ia perceber! Eu estava na frente dela! Assumi a minha “pose de instrutor” como minha mãe chama e fui curto e grosso.

- Come. – ela me olhou um pouco espantada, como se eu não fosse ver ela bem na minha frente enrolando pra comer... de novo.

- Come. – insisti mais forte, cruzando os braços na frente do peito e lhe dando uma encarada.

- Já comi. – ela tentou disfarçar, desviando os olhos e escondendo as mãos no colo.

- Conversa! Está só mexendo a comida no prato. Come. Já. – mandei olhando feio pra ela.

Ela me olhou com cara enfezada, mas começou a comer enquanto eu vigiava ela limpar o prato.

- Pronto, acabei. Satisfeito? – ela disse baixinho com azedume. Eu sorri daquilo, era um pouquinho da antiga personalidade dela que eu adorava incomodar, mas ela ainda não estava nem perto do “normal” dela, então apenas sorri de lado e respondi:

- Longe disso, baby, longe disso. – provoquei, pois ela não suportava quando eu usava esse apelido.

- Com licença. – disse saindo da mesa e me olhando feio. Não aguentei e dei uma gargalhada.

Foi aí que eu percebi que estava todo mundo parado olhando a gente. O Kakaroto tava de boca cheia me olhando como se tivesse crescido uma árvore na minha cabeça, o velho parecia que ia me arrancar o couro, o Goten estava com um copo parado no meio do caminho e a mãe... bem, a mãe estava me olhando de um jeito MUITO estranho e tinha um sorriso de canto, que parecia com o meu quando eu estava planejando alguma coisa...

Não gostei muito daquele sorriso, mas não parei pra pensar porque o mais seguro era sair correndo dali. Eu é que não ia aguentar uma bronca do velho aquela hora.

- Já vou indo. Tenho um monte de trabalho pra por em dia e vou chegar tarde. Goten depois de comer vai ficar com a chata.

O Goten só balançou a cabeça e eu saí rapidinho pra Academia.  

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ELLIE

Não percebi a chegada do Raditz, pra quem visse de longe eu estava olhando a paisagem, mas em minha mente estava dentro do poço dos meus sonhos.

Eu estava ali sentada no escuro, me perguntando se valia a pena sair daquele lugar escuro, quando Raditz me chamou de volta à realidade; demorei pra focar minha atenção nele.

Ele me olhou estranho e me entregou o lanche que a Gine tinha feito. Eu sorri com aquele gesto de carinho, mas não estava com a mínima vontade de comer; ia largar o lanche em qualquer lugar quando ouvi.

- Come. – olhei pra ele sem entender e me deparei com ele na “pose de instrutor”: braços cruzados na frente do peito, pernas um pouco separadas, rosto sério e um olhar mandão. Resolvi que era melhor empurrar a comida porque quando ele ficava daquele jeito, virava uma mula de tão teimoso.

Depois do Raditz me obrigar a comer, tivemos um pequeno “diálogo” e simplesmente desliguei do que acontecia ao meu redor. Afundei dentro de mim, quase como se estivesse meditando, e voltei pro poço onde minha mente estava.

Eu devo ter adormecido porque acordei com Raditz me chamando pra almoçar. Mas o que ele fazia ali? Ele não tinha que ter ido trabalhar? Ele foi andando ao meu lado falando mais alguma coisa, quando ouvi aquela vozinha que sempre me aquecia por dentro.

- Goten.

Ele pulou em cima de mim assim que me viu e quase caí por cima de Raditz, ele me segurou EXATAMENTE no mesmo lugar de antes e me machucou mais um pouco. Ele estava ralhando com Goten e fiz uma careta porque o garotinho tocou nos meus ombros – onde estava machucado.  

Eles estavam conversando quando o Raditz mandou o sobrinho ficar me vigiando, eu ia falar alguma coisa quando Goten responde:

- Vou sim! Eu sempre vou ficar perto da Ellie!

Eu tremi por dentro... Não queria que ele falasse aquilo... Que ele visse meu sofrimento...

Raditz tirou o sobrinho do meu colo e o mandou se lavar, foi quando o Kakaroto apareceu e me cumprimentou, perguntei pela Chichi e pelo Gohan e ele tentou fazer uma gracinha. Antes eu teria rido, agora nada.

Fui até a mesa e me sentei pra enfrentar essa refeição; com Goten ali não podia me enfurnar no quarto. Bardock chegou e todos sentaram pra comer.

Ele perguntou de Raditz porque não tinha ido trabalhar de manhã, ele falou alguma coisa que pra mim parecia uma desculpa, mas Bardock ficou satisfeito e ficou por isso mesmo.

Me servi e aproveitei que ninguém estava vendo pra brincar com a comida e dar um tempo pra sair da mesa. Foi quando ouvi:

- Come. – era Raditz me mandando comer de novo. Ele pensava que eu era uma sayajin, só pode, porque eu não estava com fome.

- Come. – ele insistiu na ordem me olhando feio.

- Já comi. – respondi querendo que ele me deixasse em paz.

- Conversa! Está só mexendo a comida no prato. Come. Já. – eu olhei pra ele com cara feia, mas ele estava ali me vigiando, me olhando como quem diz “come, se não te obrigo”. Eu não tinha medo de Raditz, nunca tive, mas ele tinha o dom de me deixar irritada. Resolvi comer pra ele largar do meu pé.

- Pronto, acabei. Satisfeito? – falei azeda.

Ele me jogou aquele olhar de quem está planejando aprontar e disse:

- Longe disso, baby, longe disso. – odeio quando ele me chama assim. Parece até que somos um casal e que esse é o apelido que ele me deu... até parece que ele ia olhar desse jeito pra mim...

Pedi licença e saí da mesa sendo seguida pela gargalhada dele.

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GINE

Eu observava a interação entre meu filho e Ellie, eles estavam fisicamente mais próximos, Raditz a tocava ocasionalmente, mas com muito mais frequência que antes.

Quando ele ordenou que ela almoçasse todos na mesa pararam. Ninguém acreditava no que ele estava fazendo... para os outros parecia apenas que ele estava implicando com ela, mas eu via além... ele reparou que ela não estava comendo, mas resolveu agir ao modo dele.

Não posso dizer que foi o melhor modo, mas ele conseguiu fazê-la comer. Quando ela terminou ele a provocou com aquela palavrinha que ela detestava... Pobre Ellie... eu já tinha percebido o motivo do apelido incomodá-la: era íntimo demais pra ela, como se ela e Raditz fossem um casal.

Quando ela saiu da mesa com a altivez e a dignidade de uma dama, lançando um olhar gelado ao tolo do meu filho, ele soltou uma gargalhada.

Para mim parecia a gargalhada de alguém que tinha vencido uma batalha, não a de quem estava humilhando um adversário.

Meu pobre menino... mal sabe que já começou a se importar com o que acontece a Ellie, de tal forma que interfere para que ela não enfraqueça mais.

Eu sorri com essa percepção, enquanto ele fugia do olhar furioso do pai. Mas o meu companheiro posso acalmar depois. Ele não vai atrapalhar os meus planos... vou permitir mais liberdade para aquele joguinho que os dois vem fazendo a algum tempo e também dar um jeito de colocar um pouco mais de tempero nele.


Notas Finais


É isso. Espero que tenham gostado.
Beijos.


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