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História Encontros - O baile (parte 2)


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente, tudo bem?
Estou empolgadíssima...
O negócio vai começar a esquentar nesse baile. Rs...
Espero que gostem . Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 21 - O baile (parte 2)


ELLIE

Chegamos no palácio, pois o baile seria realizado nos jardins. Tudo estava adorável, além de um farto banquete, havia várias mesas espalhadas estrategicamente pelo gramado, a iluminação, embora fosse necessária, não acabava com o clima de mistério. Estávamos a família toda em uma fila pra cumprimentar o rei e sua rainha.

Havia uma pista de dança e, mais a frente e longe das mesas, algo que lembrava muito uma arena de luta.

Quando vi aquilo olhei interrogativamente pra Raditz, que não disse nada e só cerrou o maxilar, então me virei pra Kakaroto que estava ao nosso lado:

- Kakaroto, aquilo é uma arena de combate? – ele me olhou e a Raditz, que resmungou alguma coisa e deu de ombros, como se deixasse ele responder minha pergunta. Aquela conversa silenciosa entre os dois estava estranha.

- Sim. Como pode haver algum tipo de desavença ou luta, o Vegeta preferiu instalar uma arena do que mandar consertar o jardim depois... Ele falou alguma coisa em ser mais barato e divertido assim...

- Então eles estão prevendo lutas? – insisti e senti Raditz tenso do meu lado.

- Claro que sim! Tantos machos e fêmeas juntos, com bebida e comida e ainda disputando companheiros? É claro que vai haver luta! – ele falava animado e Chichi revirava os olhos.

- Deixe disso Kakaroto! E hoje você não vai lutar com ninguém, pois quero me acabar de dançar ouviu? – ela o intimou fazendo cara feia, pois se lembrava quando casou com ele e teve alguns problemas com umas fêmeas. Ele sorriu na direção dela – um sorriso bem sacana por sinal – e respondeu:

- Claro que não! Hoje só vai lutar quem quiser um parceiro e eu não preciso procurar ninguém porque eu tenho a mulher mais bonita da festa. E vou aproveitar cada minuto da noite com ela... Cada minuto... – ele falou olhando pra Chichi de alto a baixo, admirando a beleza da esposa e lhe lançando olhares que a fizeram corar e a deixaram sem palavras.

Eu sorri do acanhamento da Chichi, ela era muito ciumenta e controladora, mas era tudo bobagem pois o Kakaroto só tinha olhos pra ela desde que a viu.

E finalmente chegamos até o rei e sua mulher. Ambos estavam muito bem.

Embora o rei Vegeta não fosse alto havia nele um ar de autoridade e poder que era palpável. Ele usava uma armadura sayajin com o símbolo da família real e uma capa azul royal; sua esposa, a rainha Bulma, usava um vestido azul turquesa – que combinava perfeitamente com seus olhos e cabelos – estilo sereia com um decote de ombro a ombro, cujo tecido tinha sido bordado com tantas pedrinhas que ela parecia estar vestindo pequenas estrelas, apesar da sensualidade do corte ela estava inegavelmente elegante. O jovem príncipe herdeiro não estava a vista.

Bardock, por ser o chefe da família começou as apresentações e se inclinou respeitosamente e disse:

- Majestades, é uma enorme honra estar na presença de ambos. Claro que se lembram de minha companheira Gine – momento em que ela fez uma graciosa reverência e os brindou com um lindo sorriso – e não preciso apresentar minhas crias. – ele estava claramente querendo que eu fosse ignorada, o que me deixou curiosa. O que será que aquele velhaco sabia que eu não? Pois eu sabia perfeitamente que Bardock não fazia nada sem razão.

- Sim, eu conheço a todos... Menos a fêmea que acompanha Raditz, por que não diz logo quem ela é? – questionou o rei, levantando a sobrancelha.

Percebi que Bardock não ia falar nada e então me adiantei; fiz uma reverência e me apresentei:

- Majestades, é uma honra conhece-los. Sou Ellie Lanza e estou hospedada na casa de Bardock e Gine, pois somos amigos há muito tempo...

- Lanza? É a irmã mais nova de Lars Lanza? – ele indagou me surpreendendo.

- Sim, majestade, sou eu. – não entendendo onde ele queria chegar e como podia conhecer meu irmão e a mim.

- Hunf! Você e seu irmão sempre deram canseira nos meus conselheiros nas negociações que fizemos. Chegava até a ser divertido vê-los debatendo e discutindo, parecia uma verdadeira batalha, mas de palavras e valores, e seu irmão era um excelente guerreiro nesse quesito; muito embora Bardock sempre tenha me dito que você conseguia ser ainda mais impiedosa e esperta do que ele. – ele disse me olhando longamente com aqueles olhos frios, me analisando e observando o impacto que suas palavras tinham em mim. Eu percebi que algo se desenrolava ali, pois todos os que estavam próximos e ouviram as palavras do rei pararam pra observar.

Ele estava me testando... Mas porque? Mas se ele queria jogar, que mal faria? Pus minha melhor máscara social e tornei a me inclinar diante do rei.

- Majestade, suas palavras sobre meu irmão me orgulham muito. Lars realmente era um excelente negociador, mas acho que Bardock exagerou quando se referiu a mim...

- Hunf! Será? – o rei continuava a me analisar e eu não desviei meus olhos dos dele, o encarando de frente. Se ele queria me intimidar ia ver que não era tão fácil assim. Foi quando a rainha Bulma interferiu.

- Ora Vegeta, deixe disso. Ellie é um prazer tê-la em nosso baile e ainda mais acompanhando Raditz. É uma agradável surpresa. – ela disse agradável, mas não tão discreta que não desse pra perceber que ela estava curiosa e que estava sondando pra arrancar alguma informação.

- Obrigada rainha Bulma. Para mim é um enorme prazer conhece-la; sempre a admirei muito.

- Ora, verdade? – ela falou semicerrando os olhos e pensando onde aquilo ia dar, dava pra ver as engrenagens do cérebro dela funcionando.

- Claro que sim, como não admirar uma mulher tão inteligente, um verdadeiro gênio e ainda por cima responsável por me possibilitar ter minha liberdade. – disse séria a ela. Ela só me olhou sem entender, mas o marido parecia que sabia onde eu queria chegar, pois deu um leve sorriso.

- Liberdade? Desculpe, mas não a entendo... – Bulma estava confusa com as palavras daquela moça.

- Sim. Se não tivesse se envolvido com o rei, o mais provável é que eu e toda a população da Terra fôssemos mortos ou escravizados pelos sayajins, ao alterar os planos do rei Vegeta, lhe mostrando as vantagens de uma aliança, você me deu a chance de crescer. – lhe disse com sinceridade. Ela me olhava um pouco emocionada, acho que não esperava aquilo, mas eu não tinha terminado.

- É por isso que a admiro, mas também ao rei Vegeta que soube ver as vantagens a longo prazo desse acordo e impôs sua vontade. Sempre que penso sobre o assunto me vem uma ideia que seria extremamente vantajosa para ambas as partes. Gostaria de fazer uma aliança com a família Lanza?

O rei me olhava curioso, enquanto me analisava, ele olhou para Bardock, que balançou a cabeça sinalizando que não sabia o que eu pretendia. Depois se voltou para Raditz e lhe perguntou:

- Sabe o que tua acompanhante pretende? – e voltou a me analisar com aqueles olhos ameaçadores. Engraçado como eu não sentia medo dele, sentia o enorme poder que ele manejava, sabia que podia me destruir ali sem pestanejar, mas não tinha medo.

- Não. Não sei o que se passa nessa cabecinha, ela é um poço de surpresas. Quando eu acho que a entendi ela me dá a volta e sei que não aprendi nada sobre ela. – me olhava enquanto dizia isso e eu apenas lhe sorri.

- Muito bem humana, conseguiu meu interesse, de que se trata essa aliança? – disse cruzando os braços e separando as pernas. Será que era uma pose padrão para sayajins?

- Será uma aliança em que posso colocar na mesa os recursos da família Lanza a seu favor. Mas sei que aqui não é a hora e nem o momento. Posso pedir a Bardock que marque uma reunião consigo? – propus.

- Hunf! Pode ser. Depois veremos o que pode oferecer. – ele falou. Parecia um pouco decepcionado, mas não me importei muito. A aliança que eu ofereceria não devia ser discutida onde muitos ouvidos poderiam se interessar.

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RADITZ

Mas o que ela queria com essa história de uma aliança entre a família dela e a casa real? Não tinha muita coisa que ela poderia colocar na mesa e que interessasse Vegeta...

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ELLIE

Estávamos saindo quando Goten pergunta alto:

- Sr. Vegeta, onde está o Trunks? Eu quero apresentar a minha tia Ellie a ele.

Antes que Vegeta pudesse responder ouço um ofego logo atrás de nós. Quando olho curiosa, vejo uma Sari surpresa acompanhada de uma furiosa Seripa, que me olhava como se fosse arrancar meus olhos.

- O Trunks está por aí. Se você procurar com certeza vai encontra-lo. – ele respondeu dispensando a todos.

Ocupamos uma mesa um pouco mais distante, mas próxima da mesa do banquete para alegria de Kakaroto. Ele já estava se dirigindo pra lá quando uma Chichi enfezada fala:

- Ah não. Negativo. Vamos dançar. – e o puxa pelo cotovelo, praticamente o arrastando para a pista de dança.

- Mas Chichi... – ele começou a reclamar, mas recebeu um olhar feio da mulher e se calou.

Eu ri e sinalizei que ia pegar algumas coisas pra ele; ele sorriu e se deixou levar pela mulher.

- Tia Ellie, posso ir procurar o Trunks? – Goten pediu.

- Pode sim querido. Eu vou lá na mesa do banquete buscar alguma coisa pra “enganar a fome” do seu pai e depois volto pra cá. Assim que você encontra-lo traga-o pra me apresentar a ele. – respondi bagunçando seus cabelos. Ele soltou uma gargalhada e correu em busca do amigo.

- Eu pensei que íamos dançar também. – me disse Raditz. Eu apenas levantei a sobrancelha desconfiada daquela mudança.

- Por enquanto não estou com vontade. Vou buscar a comida e você bem que podia ir buscar as bebidas. – disse e fui me afastando dele, mas antes que eu fosse muito longe ele pegou meu braço e sussurrou no meu ouvido:

- Não vá muito longe. Seripa está por aí e eu não quero que aconteça nada.

Eu rolei os olhos e disse: Só vai acontecer alguma coisa se ela procurar, pois da minha parte não quero nenhuma confusão e você sabe. – e fui em busca da bendita comida.

Foram necessárias umas duas viagens pra trazer tudo, mas quando voltei encontrei Goten falando animado com um garotinho que devia ser pouca coisa mais velho que ele. O menino tinha cabelos lavanda e olhos azuis, só podia ser o príncipe Trunks.

- Já voltou Goten? Esse é o amigo que queria me apresentar?

- Sim, tia Ellie! Esse é o Trunks. Eu tava falando pra ele como os nossos treinos são legais e como seria bom se você aceitasse treinar ele. – o garotinho falava com carinha de filhote; o pilantrinha sabia que eu não resistia.

- Claro que ia ser bom! Mas antes ele teria que pedir permissão ao pai. Só depois posso treiná-lo. – eu expliquei.

- Ebaaa! Vamos lá Goten! Vamos aproveitar que o papai e a mamãe estão distraídos e vão concordar com qualquer coisa que eu pedir! – e saíram correndo como dois pequenos furacões, me deixando sozinha e pensando onde exatamente eu tinha me metido...

A festa estava bem animada e era divertido ver todos descontraídos, apenas eu e Raditz ainda não havíamos dançado por que eu não estava no clima pra isso.

Ele estava conversando animado com alguns machos, falavam algo sobre jogos e apostas. Machos! Nesse ponto parecia que não importava a espécie eram todos iguais.

Fui até a mesa de doces e vi a tentação em forma física: Morangos, banhados em chocolate, colocados em delicadas taças sobre um berço de creme! Ai meu Kami! Era tentação demais! Peguei três taças – para mim, Chichi e Gine – e estava indo para nossa mesa quando ouço Goten gritar:

- Tia Ellie! Tia Ellie!

Me viro bem na hora em que ele tropeça em ninguém menos que Seripa. A mulher nem se mexe, mas Goten cai no chão. Eu vou direto até eles e escuto a mulher falar:

- Você não olha por onde anda não, mesticinho?! Onde está a sua mãe que não te deu educação?

- Ela me deu educação sim! Desculpe senhorita foi sem querer. – Goten fala sem jeito, pois sabia que não deveria correr entre os adultos; mas fiquei irritada com a forma como Seripa falou com ele. Por isso o chamei:

- Goten! Vai buscar sua mãe! Diz a ela que eu encontrei uma sobremesa maravilhosa e que peguei pra ela, mas tem que vir logo se não derrete. – o mandei pra longe em busca dos pais.

- Tudo bem. Desculpe de novo senhorita. – ele disse antes de sair.

- Peço desculpas pelo menino. Ele vai ser advertido e não vai mais acontecer. Tenha uma boa festa senhorita. – disse bem séria pra ela, mas falando como se não a soubesse quem era.

- Hunf! Acho bom mesmo, inseto! – ela disse saindo. Eu a observei, dei de ombros e fui até a nossa mesa. Chegando lá Chichi e Gine já estavam lá e começamos a nos deliciar com aquele doce divino.

Começou a tocar uma música muito bonita e vi que muitos casais estavam indo pra pista, nessa hora Raditz me olhou da roda em que estava e veio na minha direção.

- Vem Ellie, essa eu faço questão de dançar com você. – ele disse me puxando pra pista.

- Mas Raditz, não sei dançar e...

- Sem reclamação! Eu te conduzo, agora vamos.

Eu sorri achando graça do seu jeito mandão e o acompanhei.

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RADITZ

Finalmente consegui tirar Ellie daquela mesa! Ela circulava, conversava, mas não queria dançar de jeito nenhum. Mas quando ouvi AQUELA música vi que era o momento perfeito pra isso.

Nos posicionamos na pista e começamos a dançar, depois de um tempo perguntei:

- Então teimosa, está sendo tão ruim assim? – ela riu e olhou em volta; foi quando reparou que só havia casais vinculados na pista.

- Raddie, por que só tem casais vinculados na pista?

- Por que essa música só é tocada em cerimônias de vinculação. Quando um casal se vincula ou pretende se vincular essa música é tocada na cerimônia. – eu expliquei olhando atentamente suas reações. Primeiro veio a surpresa, a confusão, depois algo muito rápido que não consegui identificar o que era e finalmente um olhar feroz, mas que não era dirigido exatamente a mim. A girei e vi quem estava nos fuzilando com o olhar: Seripa.

Ok! Confesso sabia o que podia acontecer, mas já estava de saco cheio da perseguição daquela fêmea.

- Hmm. Seripa ainda está olhando como se quisesse arrancar minha cabeça? – Ellie perguntou.

- Sim. Ela não tira os olhos de nós. Dá pra perceber que ela está fervendo de raiva.

Ellie riu com uma satisfação feroz no rosto. Porra! Ela estava feliz em humilhar Seripa... aquilo era tão parecido com o modo sayajin que me perguntei pela enésima vez se ela não tinha sangue sayajin correndo nas veias.

Voltei toda minha atenção a ela depois disso: Então Ellie, está gostando de dançar comigo? Não está chateada porque te tirei pra dançar essa música sem te falar o que significava?

Ela me olhou de um jeito bem sedutor, merda se ela continuasse com isso eu ia ficar de pau duro ali mesmo.

- Sim Raddie, estou gostando de dançar com você e não fiquei com raiva de estar dançando essa música com você.

Depois de um tempo a música parou e envolvi a cintura de Ellie com minha cauda. Já estávamos saindo da pista quando Seripa veio furiosa em nossa direção:

- Largue esse inseto agora mesmo Raditz! – ela berrou no meio da pista e todos pararam pra olhar.

Ellie sorriu, provocadora:

- Eu não vejo um inseto. Mas vejo um casal que está causando inveja em uma cobra!

- Seu verme! Afaste-se do meu macho agora mesmo! – eu quis interferir nessa hora.

- Seripa! Chega...

- Isso Seripa! Chega! E não fale assim com o MEU macho. Afinal, sou eu que carrego o cheiro dele e não você. – Ellie me interrompeu e eu não pude falar mais nada.

O velho e minha mãe observavam de perto, Kakaroto estava sorrindo e Chichi olhava com ódio para Seripa, até Goten e Gohan estavam assistindo comendo doces... Ninguém ia me ajudar a acabar com aquele barraco.

- Não pode reivindica-lo! Não carrega a marca dele! Não houve vinculação! – Seripa gritava.

- AINDA não... Mas estou muito mais perto do que você esteve algum dia! – Ellie desdenhava de Seripa. Aquela situação estava fugindo de controle! Eu comecei a puxar Ellie da pista e aí Seripa abriu aquela maldita boca:

- Maldita! Não acredito que você vai me trocar por um reles inseto humano, Raditz! Eu sou uma sayajin de Elite! Qual o problema com os machos dessa família? Sentem atração pela fraqueza a começar do pai! – ela disparou.


Notas Finais


Então... O barraco começou...
A Ellie até que estava tranquilinha, só curtindo a festa, mas... sabe como é...
Espero que tenham gostado. Beijos.


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