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História Encontros - Audiência e confronto


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente! Desculpem o pequeno atraso para postar, é que as responsabilidades do trabalho me tomaram algum tempo.
Por isso, fiz um capítulo bem maior... Sabe como é, eu precisava compensar a minha falta com vocês. Hehehe.
Devo dizer que esse capítulo tem uma trilha sonora: o álbum Stiff Upper Lip, do AC/DC. Obrigada banda que mora no meu coração, vocês me tiraram de um branco literário.
Sem mais delongas...
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 31 - Audiência e confronto


RADITZ

Acordei ao lado de Ellie em nosso quarto, ela também despertava. Eu tinha algumas perguntas para ela e sentei na cama, apoiado na cabeceira da cama, esperando que ela também se sentasse.

- Ellie, como funciona essa relação entre as duas? Você e a fera.

- Eu a tenho desde que me lembro – e hoje descobri que nasci com ela – mas quando era mais nova tinha muito medo da ferocidade dela; então eu meio que a tranquei dentro de mim... Só a confrontei novamente alguns anos atrás, quando comecei a treinar meu ki; e, devido aos treinos de meditação, eu criei aquele lago em que estávamos. Ela passou um tempo sem falar comigo, desconfiada que eu a trancasse de novo e me dirigiu a palavra de novo na primeira noite em que dormimos juntos... Aquela do restaurante. Desde então ela me treina todas as noites, nesses treinos o foco é o fortalecimento da minha mente e a expansão do meu ki. – Ellie falava comigo tranquilamente, contando o que eu queria saber.

- Alguém mais sabe da existência dela?

- Não. Nem Lars sabia. – ela respondeu.

- Por que não contou ao teu irmão? – fiquei curioso, pois sabia que Ellie não escondia nada do irmão.

- Ora Raddie! Você é um sayajin e tem o oozaru dentro de você, então, se você diz que ele está agitado ou com vontade de sair os outros ao seu redor estão acostumados com isso; mas eu sou uma humana, se eu dissesse que tinha uma fera vivendo dentro de mim o mínimo que Lars faria seria me levar a um psiquiatra... – ela fez uma careta como se aquilo fosse óbvio.

- Ok, está certa. Ela já tentou te influenciar alguma vez? Quero saber se ela já tentou tomar o controle do teu corpo, pois pelo que ela contou existe alguma chance. – indaguei sério.

- Ela nunca tentou nada, nem quando eu era criança, nem quando eu a tranquei. Ela ficou com muita raiva quando a soltei, estava magoada... E nem assim ela tentou nada... Realmente acho que ela respeita o trato.

- Hunf. Acho bom... Se ela tentar te dominar ou fizer algo que te deixe desconfortável quero saber. Outra coisa: ela tem acesso a tua memória ou a qualquer tipo de lembrança enquanto está acordada? – vi Ellie corar com essa pergunta, pois devia estar imaginando aquela fera nos assistindo enquanto fazíamos amor... Hunf, um belo de um filme pornô.

- Não totalmente... Ela me perguntou o que fazia deitada na sua cama na primeira noite que voltou a falar comigo, e também disse que tinha acompanhado minha luta com Seripa, mas em nenhum outro momento perguntou ou comentou nada sobre nós... Acho que ela respeita nossa intimidade e não fica espiando.

- Tudo bem então... – eu ainda pensava naquela experiência surreal que vivi junto com Ellie, mas algo me dizia que era similar ao vínculo sayajin.

- Raddie, quero conversar com você sobre o que pretendo propor a Vegeta. Tem várias coisas que eu preciso contar a você, sobre mim e sobre minha família; algumas coisas acho que Bardock sabe ou desconfia, mas tem outras que você vai saber por que é o meu companheiro. – ela estava bem séria enquanto dizia isso, então estava na cara que o negócio era sério. Apenas assenti e ouvi o que Ellie dizia.

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NARRADORA

O resto do tempo da “lua de mel” concedida por Vegeta passou e chegou o dia da audiência. Ellie pediu que fossem de aerocarro para poder ir arrumada e chegar apresentável e Raddie apenas concordou.

Ele estava digerindo ainda todas as informações que tinha recebido naqueles dias, desde a fera interna de Ellie e o que ela havia lhe contado sobre sua família.

Raditz rosnava toda vez que lembrava da parte sobre a família dela e Ellie apenas o observava de canto.

Logo chegaram no palácio e encontraram Bardock, Gine, Chichi, Kakaroto e Gohan, faltava apenas Goten, que estava na escola.

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ELLIE

Quando vi todos reunidos ali primeiro pensei que estavam lá para nos parabenizar pela união, já que não tinham tido tempo para isso.

- Tem alguma coisa errada. – Raddie disse.

- Por que diz isso Raddie? – perguntei e olhei minha família sayajin com mais cuidado.

Ele estava certo Bardock estava tenso e Gine não estava com o mesmo sorriso de sempre, Kakaroto e Chichi também estavam tensos. Somente Gohan mantinha a tranquilidade que lhe era característica.

- O que houve velho? – Raddie perguntou a Bardock.

- A notícia da luta de Ellie se espalhou, não só entre os sayajins, mas também chegou ao reino dos humanos. Seus pais estão aqui Ellie e não estão sozinhos. Dizer que eles não parecem felizes é eufemismo, eles estão furiosos com você e conosco, pois chegaram a uns dias e não lhes dei acesso a você. – Bardock relatava a situação atento a cada reação minha.

- Inferno! Essa variável não estava nos meus planos a curto prazo. Vou ter que alterar algumas coisas. – disse pensativa, enquanto Raddie chegava perto de mim e envolveu minha cintura com sua cauda em um movimento que já me era muito familiar.

- Precisa de algum tempo, baby? – ele perguntou sério, pois já sabia dos meus planos. Não lhe escondi nada como ele havia exigido na noite em que disse que o amava.

Antes que eu pudesse responder, Kakaroto chegou perto de Raddie, com o olhar fixado em um determinado ponto no ombro do irmão, que estava a mostra devido ao modelo de armadura que ele usava.

- Ei! Que cicatriz é essa? Parece uma mordida... uma mordida de uma boca pequena. – ele falava malicioso olhando para mim.

- Aff Kakaroto! Deixa de ser criança. Sim é uma mordida, sim fui eu que fiz e sim foi exatamente como você deve estar pensando... – eu disse querendo ficar séria e não conseguindo, pois fiquei feliz em ver que Raddie não se envergonhava daquela marca que lhe dei; além do mais nunca conseguia ficar muito séria perto do palhaço do Kakaroto.

- Ouu! Quer dizer que a minha cunhadinha tão comportada tem um lado selvagem na cama também. – ele estava cutucando onça com vara curta, pois falava isso querendo provocar o irmão.

- Você sabe que ela não é nada comportada, afinal já aprontaram muito comigo. Além do mais não tenho culpa que desperto os instintos selvagens da minha fêmea. – Raddie respondeu e deixou Kakaroto sem palavras, pois ele queria irritar um pouco o irmão. – Talvez Chichi precise conversar com Ellie... ou melhor: talvez eu precise te dar uma dica ou duas de como agradar uma mulher na cama... – nessa hora Kakaroto ficou realmente sem graça, olhando de Raddie para mim e depois para Chichi, que estava totalmente vermelha com toda aquela conversa.

- Raddie... Deixe de provocar seu irmão e Kakaroto deixe de bobagens, pare com as tolices que você está pensando agora mesmo! Chichi está muito feliz com você em todos os sentidos; ela apenas não é como eu. – cortei aquela conversa pela raiz, pois precisava de toda a concentração para aquela audiência com Vegeta.

- Eu devia dar uns socos em vocês seus moleques! Isso não é conversa para se ter aqui. Vamos, estamos atrasando Ellie. – disse Bardock, já caminhando.

- Espere Bardock – pedi a ele, que parou e se virou para mim – antes de ir quero avisá-los de algumas coisas, embora ache que você tem possa ter alguma ideia do que é, já que teve que lidar com os meus pais. A Ellie que vai entrar naquele salão não é a que vocês conhecem, somente Bardock viu como posso ser, então não estranhem nada e não questionem minha postura ou forma de falar; também saibam que não existe amor entre meus pais e eu, quanto a isso não tenho porque mentir, eles são estranhos para mim e eu sou para eles – baseado nisso quero que entendam que vou estar diante de adversários que vão tentar me negar o que quero, apenas para me contrariar; também quero que saibam que tudo que faço agora e mais a frente é para o nosso bem – vocês são minha família de verdade, são vocês que amo e vou fazer de tudo para protege-los. Entenderam?

Todos olhavam e escutavam atentamente, sentia a presença de Raddie ao meu lado e para o meu espanto foi Gohan quem falou:

- Entendemos, tia Ellie. Tive algum contato com a sua família humana e encontrei sentido para algumas coisas sobre você agora. Confiamos em você. – aquele rapaz me fez sentir orgulho de ser sua tia, eu sabia que ele sempre teve algumas dúvidas e questionamentos sobre mim, e com aquelas palavras ele admitiu isso e mais, que elas tinham sido sanadas.

- Bem, se é assim vamos. Não vou deixar o rei dos sayajins esperando. Não é de bom tom. – disse caminhando com meu companheiro e a família que tinha me adotado e que eu amava.

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RADITZ

Acompanho Ellie junto com minha família, a cada passo que dá percebo pequenas mudanças em sua postura e linguagem corporal, seu olhar se torna mais duro, frio e distante. Sorrio ao seu lado, minha Ellie é realmente um pequeno general assustador.

Chegamos ao salão de audiências de Vegeta e os guardas nos anunciam. Ouvimos a voz de Vegeta:

- Deixe que entrem.

Assim que entramos percebo que não estamos sozinhos.

Existe um casal sentado do lado esquerdo de Vegeta. O homem é bem alto e tem os cabelos claros, tem bastante presença e quando se volta para nos olhar percebo de quem Ellie herdou seus olhos.

Já a mulher tem cabelos escuros e o rosto fino, delicado como o de uma boneca. Não dá pra perceber totalmente como é seu corpo, mas a partir do que dá pra ver posso dizer que ela está conservada. Seus olhos são iguais aos de Lars.

Eles não estão sozinhos.

Dois caras estão em pé atrás deles: um tem os cabelos brancos de tão loiros e olhos azuis muito claros, ele é alto, magro, seu queixo é quadrado e tem um sorriso cínico; mas são seus olhos que chamam minha atenção: frios, analíticos, observadores. Cara perigoso... Hum, acho que gostaria de lutar com ele, se for um guerreiro; o outro cara é mais baixo, forte, com cabelos compridos e olhos negros, ele olha Ellie com curiosidade e algo de desafio, depois se volta para mim e desce o olhar para minha cauda enrolada na cintura de Ellie.

O velho senta à direita de Vegeta, com Ellie ao seu lado, fico atrás deles. Kakaroto e Gohan se posicionam atrás de Vegeta.

- Está atrasada. – Vegeta dispara para Ellie com um olhar duro. Ele está aborrecido, mas ainda não dá pra saber com o que ou quem.

- Peço desculpas majestade. Não quis vir voando, pois queria estar apresentável para encontrar com o senhor, uma pequena vaidade feminina que espero que perdoe. – ela diz agradável, mas distante.

- Hunf... Sei bem dessas pequenas vaidades femininas. Estava aqui tendo uma conversa preliminar com seus genitores. Aparentemente você os tem preocupado muito com seu comportamento distante... – Vegeta diz irônico. Já sei com quem ele está aborrecido.

Ellie se vira para os pais e os cumprimenta.

- Pai, mãe. Já faz algum tempo. Vejo que trouxeram o Karl, embora não entenda o que “ele” faz aqui. – e diz isso apontando o cara de cabelos escuros.

- Ora querida, se não se isolasse tanto de nós saberia que o Yamcha se casou com a Lunch. Agora ele é da família... Como sempre deveria ter sido, não é? – a mulher falou de maneira aparentemente gentil, mas dava pra perceber a provocação fria e o que ela quis dizer com isso?

- Casou? Hmm, interessante essa informação. Mas ainda assim não entendo sua presença aqui, a de Karl ainda vá lá – não esperava que ele ficasse entocado sabe-se lá onde com a chance de ver um de nossos famosos encontros familiares, ele sempre os achou divertidos – mas ele... Lunch não é tão importante assim para que o tivessem trazido. – Ellie sondava não muito sutilmente, mas percebia que ela não se alterou em nenhum momento, por mais que fosse provocada. Era como se ela estivesse jogando uma isca.

- Ora priminha, você sabe muito bem como gosto de ver seus reencontros com seus pais. E o Yamcha aqui veio pra poder te dar uma notícia bem importante pessoalmente. Entretanto, tenho a leve impressão que você também tem alguma notícia a dar. – me olhando e depois a Ellie, ainda com o sorriso cínico e com um olhar de quem espera ver um grande espetáculo.

Vegeta, que olhava aquela interação, resolveu interferir:

- Meu salão não é local para reuniões de família. Estamos aqui para discutir uma possível aliança entre o Império Sayajin e sua família, sr. Lanza, proposta por sua filha. – ele começa – Quero saber o que vocês teriam que pudesse interessar a nós, sayajins.

- Majestade, creio que sabe do grande trauma que nossa família passou com a morte de meu primogênito, Lars. É evidente que minha filha mais nova ainda sofre com isso, pois era muito ligada ao irmão, assim peço que a perdoe por qualquer coisa infundada que ela tenha dito. Somos construtores. Claro que se quiser podemos negociar agora alguns contratos para outras áreas... – ele estava desmerecendo a proposta de Ellie a Vegeta, que olhava para o velho da minha fêmea como quem não acredita muito no que ele está falando.

- Direito de primogenitura, pai. – Ellie corta o pai calmamente.

- O que disse? – ele pergunta como se não tivesse ouvido.

- O que escutou: direito de primogenitura. Na ilustre presença do rei Vegeta reclamo os meus direitos de primogenitura. – Ellie fala friamente indicando Vegeta.

- Não pode. Não é a primogênita, Lars era o meu primogênito. – ele rebate frio.

- Posso. Com a morte de Lars me tornei sua única filha e herdeira, portanto, reclamo meus direitos. – ela fala friamente, esperando o próximo movimento do velho dela.

- Você não tem nem as condições e nem a capacidade de reclamar estes direitos, menina tola, cale-se e retire-se. Quero conversar com o rei Vegeta, depois a lembrarei de seu lugar. – ele responde, achando que a discussão está encerrada e se virando para continuar a conversar com Vegeta. Rá, mal sabe o que o espera...

- Capacidade sempre tive, embora somente Lars a percebesse e, na época, não tivesse a confiança para exercê-la; quanto às condições – arcaicas por sinal e das quais me livrarei assim que assumir meu lugar – estou casada, de acordo com as tradições sayajins, e o casamento foi consumado, como manda a lei do nosso clã. – ela fala calmamente.

- Casada? – o cara de cabelos escuros engasga.

- Hahaha... Realmente isso está ficando muito interessante. – diz sorrindo o loiro.

- Calados os dois. – a mulher corta. – E onde está o seu marido, minha filha, e por que não nos chamou para o casamento? – ela começa a falar calmamente, mas seus olhos estão entrecerrados.

- Este é meu marido, Raditz. – diz se virando pra mim e ignorando solenemente a segunda pergunta.

- Olá. – digo cruzando os braços e lançando um olhar desafiante à mulher.

- Este rapaz é o seu marido? Ora querida, não me faça rir, quando foi que o conheceu e como o agarrou?  Está grávida por acaso? – ela falava sorrindo, enquanto insultava a própria filha. Eu fervia, mas mantive a calma como Ellie tinha me orientado.

Minha família olhava aquele diálogo impassível, mas sentia a tensão do meu velho e a raiva de Kakaroto.

- Raditz é minha cria mais velha. E eles se conhecem desde que Ellie começou a frequentar minha casa, já há vários anos. – disse o velho friamente olhando desdenhoso para a mãe de Ellie.

- E você é? – perguntou a mulher arqueando a sobrancelha e avaliando o velho.

- Bardock é o meu conselheiro mais confiável e suas crias são meus melhores parceiros de treinos. – foi a vez de Vegeta se meter na conversa. Ele estava curioso com a conversa que se desenrolava.

- E quanto à como ela o “agarrou” como a senhora diz... Ela o fez seguindo a tradição sayajin: uma fêmea questionou a união entre eles, pois o queria como parceiro de procriação, e elas batalharam. Ellie venceu. – o velho resumiu tudo sem dar muita informação.

- Ganhou de uma fêmea sayajin em combate? – agora era o velho dela que falava. Não acreditava no que afirmavam que Ellie tinha feito e, baseado na impressão que eu mesmo tinha dela antes, talvez eu ficasse ao lado dele. – Então, pelo menos em parte é verdade o que ouvimos... Entretanto, até que ponto? – agora ele avaliava Ellie com outros olhos.

Percebo que o loiro também faz isso, está curioso e a olha diferente.

- Depende do que ouviram... Sabe como são esses relatos, sempre exagerados. – ela falou displicentemente – E vocês ainda não me explicaram o que ele faz aqui. – ela voltou ao assunto do cara de cabelo escuro.

- Eu sou o herdeiro. – ele diz confiante e com um sorriso vitorioso.

- Mesmo? E como isso aconteceu? – ela se vira para o tal de Yamcha arqueando a sobrancelha, duvidando da afirmação do cara.

- Sua mãe já disse: casei com Lunch e seu pai e o conselho me escolheram como herdeiro. - ele estava muito cheio de si.

- Sei... Bem, levando em consideração que eu estou viva, acho que essa decisão foi um pouco apressada. Afinal, Lunch é a filha mais velha do seu irmão caçula, pai. Antes dela ainda tem o pai do Karl e o próprio aí atrás. O que achou disso Karl? – ela perguntou ao primo.

- Haha. Não me incomodei, não estou a fim de cumprir essas tradições familiares esquisitas. E eu pensei que você também não? – ele dirigiu à Ellie um olhar especulativo ao qual ela respondeu com um pequeno sorriso.

- As coisas mudam Karl, eu mudei. Exijo meus direitos de primogenitura; entendendo e aceitando todas as exigências que eles trazem. – ela afirmou tranquilamente.

- Não. – o velho dela foi categórico – A decisão já foi tomada, além do mais Yamcha e Lunch se casaram antes de você e como Karl falou, ele não está interessado.

- Então é assim que quer fazer? Confesso que já esperava isso, apenas pensei que pudesse me dar um jogo melhor... Está ficando velho pai. – ela afirma sorrindo levemente. Agora era ela que desdenhava o pai.

Vi o velho à minha frente olhá-la com fúria contida, mas antes que pudesse falar algo Ellie fala calmamente e me posto ao seu lado, como ela havia me dito o que fazer.

- Somos lobos. Em uma alcateia não é o sangue que decide o líder, mas a força e a capacidade de liderança. Há muito tempo não sou uma Ômega; sou uma Alfa e tenho um companheiro Alfa. Exijo meu direito de primogenitura pela lei do clã. – Ellie disse e me olhou dando o sinal que eu esperava.

- Apoio a reivindicação de minha fêmea e lutarei ao lado dela para conseguir o que é seu de direito. – falo diretamente ao velho de Ellie, desafiando-o a contrariar os desejos de minha fêmea.

- Meu clã também apoia a reivindicação de minha nora e lutaremos ao lado dela. – meu velho falou com um meio sorriso sarcástico. Ele deve ter detestado os pais da Ellie para fazer um movimento tão dramático.

- Também apoio a reivindicação de sua filha, sr. Lanza. – dessa vez foi Vegeta quem falou, para surpresa de todos, inclusive de Ellie, mas ela conseguiu disfarçar melhor.

- Impossível! O conselho já decidiu por Yamcha. Não há retorno nesse ponto, ele é o herdeiro. – o pai de Ellie tinha uma máscara de ódio no rosto e a mãe dela estava ainda mais fria, se fosse possível.

- Ele não tem sangue Lanza. Não pode ser o herdeiro; é o que a lei do clã dita e você deve se curvar à ela, pai. – Ellie afirma, jogando as leis e tradições de sua família na cara do velho dela.

- Não. Você não será a herdeira. Menina débil, não permitirei que alguém tão fraca suba à liderança de nossa família e a destrua! – ele se levantou e dando a conversa por encerrada estava se retirando junto com a mulher e o tal de Yamcha, mas o primo de Ellie ficou e se sentou na cadeira em frente à ela.

O pai de Ellie reparou nisso e perguntou por cima do ombro:

- Você não vem Karl?

- Não, caro tio, vou ficar e conversar mais um pouco com a minha priminha e a nova família dela. Podem ir sem mim. Dou um jeito de voltar pra casa depois, provavelmente, com Ellie e o companheiro dela. – diz o loiro jogando as pernas em cima da mesa de negociações e olhando descontraidamente para minha Ellie.

- Você vai apoia-la?! Não esperava isso de você! Sempre apoiou Lars porque ele era o mais forte e apto à liderança, assim como nunca escondeu seu desprezo pela fraqueza dessa inútil da minha filha mais nova! – A máscara daquele filho da puta tinha finalmente caído... O que será que o loiro era para que seu apoio pudesse dar força à Ellie?

- Como Ellie disse: as coisas mudam. – ele falou olhando o tio com um certo ar de deboche. – e além disso, nunca prometi apoiar o Yamcha, apenas não me coloquei contra o que queriam... – ele finalizou o discurso.

- Maldito! Vai se arrepender dessa decisão! – e eles saíram finalmente nos deixando sozinhos com o loiro.

- Agora priminha... Vamos conversar. – ele diz mudando totalmente sua postura. Desceu seus pés da mesa e se inclinou sobre ela, cruzando suas mãos na frente de seu rosto e está olhando Ellie seriamente, a avaliando.

- Tem razão Karl. Vamos conversar. – lhe diz Ellie o encarando com um sorriso desafiador nos lábios.


Notas Finais


Então gente é isso.
Quero dizer que provavelmente os capítulos vão crescer mais e que vou demorar um pouco mais pra postar, pois estou tendo umas exigências a mais no trabalho... Mas não se preocupem que eu vou continuar a história.
Beijos.


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