História Encontros - Ida ao palácio (parte 1)

 

NARRADORA

Ellie e Karl se entenderam – mas não antes dele levar uma surra digna do grande idiota que ele é.

O relacionamento de Raditz e Ellie está evoluindo e a confiança está se estabelecendo entre eles.

Alguns dias se passaram e as coisas caíram numa rotina: Ellie treinava os garotos junto com Karl – todos evoluindo muito mais rápido, principalmente depois que Gohan instalou a nova sala de treinos. Agora era possível que pudessem treinar sem que espiões descobrissem seus verdadeiros poderes.

Vegeta e Bardock continuavam a investigação de como Seripa e Sari esconderam o fato que podiam se tornar super-sayajins, enquanto o rei dos Sayajins seguia com sua rotina de treinos com Kakaroto.

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ELLIE

É de manhã e Raddie está se arrumando pra trabalhar. Já tomamos nosso banho e vesti algo pra ficar a vontade em casa.

- Raddie! – chamo meu companheiro. Quero lhe falar algo e não sei como ele vai reagir, pois eu não me exponho muito ao vínculo; é claro que sinto ecos de suas emoções, mas sei como as minhas próprias emoções podem ser violentas, então, sempre tento bloquear ou minimizar a intensidade com que chegam a Raddie, pois não sei se ele poderia lidar com elas.

- Sim baby. Sentiu minha falta? – ele me pergunta malicioso só pra me ver corar.

- Sempre, seu presunçoso, mas será que você poderia me emprestar seu scouter? – peço a ele.

- Por que? – ele pergunta curioso.

- Quero conversar com Vegeta e Kakaroto, como sei que vocês sempre estão com esse aparelho é mais fácil assim. – explico a ele.

- E o que quer falar com eles? – ele me encara desconfiado.

- Quero que os dois me treinem. – respondo de uma vez.

- Como é?! De jeito nenhum! Aqueles dois são loucos! Se pedir pra te treinarem você vai acabar em uma Medicinal Machine por dias. – sabia que ele ia ser contra, mas tento lhe explicar meus motivos.

- Raddie, você NUNCA vai conseguir me treinar, por mais que seja forte, pois comigo é muito mole. Sei que está pegando pesado com Karl e vejo a evolução dele a cada treino, mas você não vai fazer a mesma coisa comigo. Já os rapazes não vão ter os mesmos escrúpulos...

- Exatamente! Eles não vão aliviar e acabarão te machucando muito. Eu não vou deixar. – ele cruzou os braços na frente do peito. E lá estava a “pose de instrutor”...

- Eu podia ter feito isso escondida, mas quis te dizer e explicar meus motivos. Você pode pelo menos me escutar? – perguntei tentando controlar minha impaciência.

- E qual o objetivo de treinar com eles? – agora ele estava em alerta máximo e eu suspirei pra poder arranjar coragem e falar tudo.

- Pra poder ficar mais forte e garantir, que quando lutar com Angus, vou vencer.

Espero a explosão dele. Mas ele apenas me olha, paralisado e sem fala.

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RADITZ

Como assim? Lutar com aquele desgraçado que a maltratou e torturou?

- Ellie! Que história é essa? – pergunto, tentando manter a calma.

Ela suspira e massageia a testa como se afastasse uma dor de cabeça.

- O que Karl te contou sobre os costumes dos Lanza? – ela me pergunta.

Percebo que perdi uma grande oportunidade de encontrar uma forma de impedi-la de fazer essa besteira.

- Quase nada. – sou obrigado a reconhecer.

Ela suspira e começa a falar.

- Quando existe uma disputa pela liderança do clã, geralmente ocorre uma luta, muito similar às que vocês sayajins fazem. O vencedor é o que ficar de pé: o adversário pode estar muito ferido ou morto, o que importa é que reste apenas um de pé. Existe a possibilidade de escolher campeões...

Nesse ponto ela para e percebo que está avaliando o que pode me contar.

- Continue. Não pare agora. – exijo dela, que me olha insatisfeita. Ela detesta quando falo com ela nesse tom de instrutor militar.

- Pode ser possível apontar campeões, mas em algumas situações muito específicas: se o futuro líder ou o desafiante forem muito novos pra lutar e se quem desafia é considerado um traidor, então o líder atual não precisa “sujar as mãos”. Pra isso ele tem o Executor.

- E no caso do desafiante ser mulher? Ela não pode indicar seu companheiro como campeão? – pergunto e ela me olha desgostosa.

- Só se eu estivesse grávida, pois em caso de sua vitória eu estaria carregando o Herdeiro do clã. Em qualquer outra situação tenho que lutar com minhas próprias mãos, pois tenho que provar a força que alego ter para liderar o clã. – eu olho desconfiado e ela se irrita comigo.

- Quer saber?! Se não confia em mim e que estou te dizendo a verdade vai lá conversar com Karl. Pergunte dele. – e sai de perto irritada, eu não devia duvidar dela, mas não consigo evitar achar que ela está manipulando essa informação a seu favor.

Vou conversar com Karl.

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KARL

Estou no meu quarto, tomando banho, quando escuto meu celular tocar e, ao olhar a tela, vejo que é o meu coroa. Finalmente!

- Fala!

- Isso são modos de tratar seu pai, rapaz? – ele fala frio do outro lado e eu rolo os olhos pra essa frescura dele.

- Então, conseguiu marcar a reunião do conselho? Ellie está me pressionando. – minto um pouco, pois Ellie é muito paciente pra determinadas jogadas e não custa nada dar uma ideia errada sobre sua estratégia, afinal, nunca se sabe quem pode estar escutando...

- Ela está tão ansiosa assim para se juntar ao irmão? – ele responde e fico em alerta. Ele vai jogar uma bomba.

- Por que diz isso? Fala logo.

Nessa hora Raditz chega pra falar comigo e mando que se aproxime, pois sei que sua audição apurada vai permitir que ele escute tudo.

- Consegui a reunião do conselho para daqui a dois meses, na sede do clã. Mas Ellie e você foram considerados traidores, por isso, se pisarem naquele lugar terão que enfrentar Angus. Yamcha não vai lutar. – pelo tom de voz percebo que o coroa não está nada satisfeito com o rumo dos acontecimentos, mas Ellie já esperava por isso e havia me avisado. Raditz está alerta e peço que ele não fale nada, somente ouça; ele sinaliza que entendeu e fica escutando a conversa.

- Entendo. Existe ordem de caça ou apenas se aparecermos na reunião do conselho? – pergunto ao coroa.

- Não existe ordem de caça. Angus não tem permissão para segui-los aí, no Império Sayajin, mas se vierem à reunião Ellie terá que enfrenta-lo. – ele responde.

- Sei. Vou falar com ela, mas é quase certo que vai querer ir até o conselho.

- Rapaz, não tenho amor pela fraqueza de minha sobrinha, mas apreciava o irmão dela e por isso vou perguntar: existe alguma possibilidade do marido sayajin dela tê-la engravidado e que ele possa substitui-la na luta? – vejo Raditz fechar a cara e balançar a cabeça negando. – Não sei responder essa pergunta com certeza agora, mas acho que não.

- Então, se ela te escuta, a aconselhe a não vir. Se ela lutar com Angus sabe que ele pode fazer o quiser com ela enquanto estiverem na arena. O que quiser você me entendeu? – o coroa está enojado. Algo aconteceu e preciso acessar minha rede para saber.

- Entendi perfeitamente, mas não acho que ela vá recuar. Mesmo com essa possibilidade. Apenas me diga quando encontrou Angus e conseguiu marcar a reunião do conselho. – com essas informações vou poder preencher as lacunas que ele não pode me dizer.

- Ontem. Há cerca de 18 horas atrás. – ele me informa e já sei como agir para proteger os interesses de Ellie. Olho pra Raditz que está acompanhado a conversa com o semblante carregado. – Por que não ligou antes coroa? – pergunto a ele, que demora o que parece uma eternidade para responder.

- Por que precisava sair de lá e estar em um lugar seguro para fazer essa ligação, sabe que esse tipo de coisa leva certo tempo. – ele estava contrariado por ter que se esconder e proteger. As coisas estavam indo mal... – Isso não está me cheirando bem, rapaz. Fale pra sua prima não vir. Preciso desligar. – ele estava terminando de falar quando algo me impeliu a tentar protege-lo.

- Espere! Se sentir que está em perigo venha para cá, para o Império Sayajin, temos recursos aqui. – falo antes que ele possa desligar e existe outra pausa antes da resposta dele.

- Parece que você não é tão indiferente à minha morte. Vou pensar na proposta. Adeus. – e desligou antes que eu pudesse lhe dar uma resposta. Coroa desgraçado!

Olho para Raditz e falo com ele:

- Temos a data da reunião do Conselho, mas fomos considerados traidores, o que significa que teremos que lutar contra Angus e não com Yamcha, além disso Ellie terá que lutar, você não poderá substitui-la, terá que ser ela.

- Ela tentou me explicar isso ainda agora e eu não quis ouvi-la, na verdade não acreditei nela. Por isso vim conversar com você, pra entender como funcionava essa coisa de desafio pela liderança.

Escuto o que ele falou sem acreditar. Explodo com ele:

- Raditz, seu grande idiota! Apesar de estar acasalado com minha prima há pouco tempo, a essa altura do campeonato, já deveria saber que certas coisas não pode fazer com Ellie. Uma delas é duvidar do que ela diz pra você: se ela não quiser que você saiba de uma coisa ela não vai te contar, mas se ela se abrir pra você não duvide das palavras dela, otário! – eu não acredito que depois de todo o trabalho pra conquistar a confiança dela esse idiota pisa na bola desse jeito.

Ele me olha contrariado e responde:

- Como você esperava que eu reagisse? Ela me disse que teria que lutar contra esse maldito Angus e que a única possibilidade que eu a substituísse era se ela estivesse grávida! O que eu poderia pensar? Que ela estava inventando uma desculpa pra lutar contra o desgraçado! – ele fala nervoso e eu fico olhando sem acreditar no que ele falou.

- Escute aqui, cretino, Ellie não te enganaria sobre isso, pois ela se comprometeu a não ter mais segredos com você! Então engole a porra do seu orgulho, vai atrás dela e pede perdão pela merda que fez! – como Raditz pode ser tão idiota com Ellie?

Kami-sama me livre de me apaixonar se for pra ficar idiota como ele!

- Não vou pedir desculpas por nada. Ela me conhece o suficiente pra saber que não vou fazer isso. Quanto a ir atrás dela... – ele para de falar na hora e percebo que ficou nervoso com algo.

Ellie! Busco o ki dela e não o encontro na casa e nem na propriedade.

Onde ela se meteu?

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ELLIE

Raddie pode ser um grande cretino quando quer! Vou conversar com Kakaroto e Vegeta pessoalmente. Se Raddie não quer me escutar sei que eles vão, além do mais aproveito pra conversar com Bulma e me distrair um pouco.

Escolho um vestido verde de alças, com cintura marcada, e saia evasê, calço sandálias de salto baixo, pois ainda pretendo andar um pouco hoje. Pego uma bolsa combinando e vou avisar Gine que estou saindo.

- Gine! Vou sair. Estou indo até o palácio e depois vou dar uma volta no shopping que tem lá perto, quer alguma coisa? – pergunto a ela, que está lendo alguma receita nova.

- Não querida. Raditz não vai com você? – ela pergunta curiosa e eu bufo em resposta.

- Não. Vou falar com Kakaroto e Vegeta, ele não está convidado a participar da conversa. Acho que vou ligar pra Chichi e combinar de almoçar com ela lá no shopping. Por que não se arruma e vai comigo? – pergunto sorrindo pra ela.

- Oh não, querida, hoje não, mas vá lá se divertir com Chichi. Faz tempo que vocês não saem juntas e isso vai fazer bem às duas. – ela responde devolvendo o sorriso.

- Está bem, mas ainda vou te arrastar dessa cozinha. Faz tempo que não saímos todas juntas. – me aproximo e lhe dou um beijo carinhoso. – Vou estar com o aerocarro, pois não quero chegar descabelada no palácio; também vou ligar pra Chichi. Até logo.

- Até logo. Se divirtam. – Do lado de fora aciono o aerocarro e programo o piloto automático na direção do palácio, ordeno ao computador que ligue pra Chichi, enquanto termino de me arrumar.

- Chichi, é a Ellie. Vamos almoçar juntas hoje, no shopping perto do palácio?

- Claro Ellie, mas vamos ter que levar o Goten. – ela me diz, como se fosse um sacrifício ficar perto do pequeno furacão. – Você sabe...

- Deixe de formalismo Chichi! Nem parece que sou eu que está te chamando e também não é sacrifício ter o Goten por perto. Francamente, assim você até me ofende!

- Desculpe, mas é que tanta coisa mudou na sua vida e também nunca mais conseguimos conversar, só nós duas, que pensei... – ela estava falando insegura e, antes que pudesse falar algo muito tolo, a corto.

- Pois pensou errado! É minha amiga e te adoro, também sinto falta de conversar contigo e a tarde de hoje vai ser ótima para isso. Só nós e o Goten. Sem companheiros.

- O Raditz fez o que? – ela pergunta no ato e eu sorrio, ela ainda me conhece muito bem.

- Discutimos, mas não foi nada sério, entretanto, pelo menos por hora, não quero vê-lo. Quando chegar em casa converso com ele. Agora estou indo ao palácio conversar com o Kakaroto, acho que vou pregar uma peça em Raddie – como nos velhos tempos – e você sabe que seu marido é o meu melhor parceiro nessas horas.

- Sei sim. Estou até com pena do Raditz. – ela me responde brincalhona. – Está combinado, vou pegar o Goten na escola e depois vamos almoçar os três. Te ligo assim que estiver com Goten.

- ok. Até mais tarde.

Durante toda a nossa conversa o aerocarro se aproximava do destino programado e logo vi a estrutura do palácio sayajin. Pedi autorização para pousar e me identifiquei, assim como o motivo de minha visita; logo recebi autorização para entrar no hangar.

Assim que saí do aerocarro, vi Kakaroto andar em minha direção, ele falava no scouter.

- Sim, ela está aqui comigo. Acabou de chegar. Está certo, vou falar com ela. Não, não é necessário. Já disse que estou com ela. Vou desligar.

- O que foi que aconteceu? – pergunto curiosa. Antes de responder Kakaroto me dá um grande abraço e um sorriso maior ainda.

- Então Ellie, dessa vez você pode me dizer o que o idiota do meu irmão mais velho aprontou? – ele pergunta ansioso. Parece uma criança esperando pra abrir um presente inesperado.

- Por que pergunta? – faço suspense só pra me divertir e ele não se faz de rogado, entrando no jogo.

- Era com ele que eu estava conversando e ele estava ansioso, muito ansioso, pra saber se você já tinha chegado aqui... E, sabe, a voz dele tinha um tom muito familiar de quem tinha aprontado alguma e estava com medo de represálias... – quando Kakaroto faz essa cara sei que vamos nos divertir muito.

- Bem. Ele fez burrada comigo mais cedo, então saí sem avisar a ELE, mas contei pra Gine E pra Chichi, com quem vou almoçar mais tarde. Mas acho que podemos pensar em algo pra dar uma lição nele. O que acha? Como nos velhos tempos? – pergunto com uma ponta de agitação.

- Rá! Isso vai ser divertido! Como nos velhos tempos! Agora, cara cunhada, poderia me acompanhar até a ilustre presença do rei Vegeta? Ele solicitou que fosse até ele assim que chegasse. – ele me dá o braço e estamos andando pelo hangar e entrando em um corredor que vai das docas até o palácio.

O local é um labirinto e se você não souber onde está indo simplesmente se perde. Em termos de estratégia defensiva é uma ótima opção, mas para a logística de transporte e comunicação é um verdadeiro pesadelo.

Os corredores estão bem movimentados e percebo que a maioria dos sayajins que passam por nós me observam – alguns discretamente e outros nem tanto – o que faz Kakaroto fechar a cara frequentemente e também acelerar o passo. Ainda bem que estou de sandálias baixas...

- O rei Vegeta solicitando alguma coisa? A rainha Bulma estava com ele? – faço uma brincadeira inofensiva e Kakaroto apenas sorri, pois, o corredor é um tanto movimentado ali.

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KAKAROTO

Esses manés não tem amor à vida?

Até entendo a curiosidade deles por Ellie, afinal ela derrotou duas guerreiras sayajins de Elite; mas não é só curiosidade que sinto.

Se Raditz ou o nosso pai perceber o cheiro de desejo que alguns deles estão exalando quando ela passa teremos alguns guerreiros a menos. Ela está encantadora com essa roupa, mas arrumou as laterais de seus cabelos para trás, deixando a marca do meu irmão bem visível...

Fico imaginando o que eles pensam... Será que acham que tem alguma chance com ela?

Coitados... Não sabem de nada. É capaz de minha “irmãzinha” mata-los só pelo atrevimento.

Estamos chegando à ala privada da família real rapidamente, pois praticamente a arrastei até aqui para evitar qualquer problema com algum atrevido.

Começo a conversar com ela, respondendo sua brincadeira. Estamos quase chegando ao escritório de Vegeta, quando nos aproximamos vi Broly sair de uma porta e vir em nossa direção. Não gosto do olhar que ele está lançando a Ellie.

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ELLIE

Ele está me guiando pelos inúmeros corredores até que chegamos a uma ala do palácio que parecia mais privada; olhando para os lados e vendo que tudo está vazio podemos voltar a conversar normalmente.

- Respondendo sua pergunta: Sim, ele realmente solicitou sua presença. Normalmente ele ordenaria, mas com você ele é mais delicado – ele me olha de canto – assim como com Bulma em alguns sentidos. Acho que ele sabe que com nenhuma das duas vai conseguir nada agindo como um brutamontes sem educação.

- Ainda bem que ele tem algum senso de juízo na mente dele. Você sabe que não reajo muito bem a ordens e mandatos sem sentido. – continuo conversando com Kakaroto e penso em Raddie. Ele estava se excedendo, principalmente depois que eu já tinha cedido no nosso relacionamento.

- Hmm, começo a perceber o que meu grande irmão está fazendo... – sorrio para ele. Não sei como podem achar que Kakaroto é um idiota.

- Sim, é por aí mesmo.

É quando reparo que um sayajin sai de uma porta e se dirige a nós.

- Olá Kakaroto. Não vai me apresentar sua acompanhante? – ele me lança um olhar malicioso, mas finjo que não vi. Meu olfato está muito mais apurado agora e já consigo perceber muitas nuances nos cheiros das pessoas, ele exala desejo por mim, mas tem mais coisa que ainda não identifiquei.

- Ela não é minha acompanhante. É minha cunhada, não vê a marca do meu irmão nela? – Kakaroto não está gostando disso, mas aperto levemente seu braço, que ainda estou segurando, torcendo para que ele entenda e se segure. Algo me alertou para esse sayajin.

- Ah, então é a humana que derrotou Seripa e Sari e ainda mostrou uma transformação inédita? – ele sorri e para quem visse de longe ele pareceria gentil, mas fui criada com os Lanza, sei muito bem que é possível esconder um punhal em um ramalhete de rosas.

- Sou eu. – respondo singelamente e colocando meu sorriso mais doce no rosto. – Mas quem é você? – inclino um pouco minha cabeça, transmitindo estar curiosa por ele.

- Meu nome é Broly. Não estava no baile então perdi sua luta. Me disseram que foi incrível! É um prazer conhece-la. – ele estende a mão em um cumprimento humano.

É a chance que eu queria. “Ela” havia me ensinado muitas coisas em nossos treinos, mas agora eu poria em prática algo interessante, entretanto era preciso ter algum contato físico, mesmo que leve, com o alvo.

- Sou Ellie e, como Kakaroto, disse sou companheira de Raditz. – me apresento e, ao mesmo tempo, o “infecto” com um pouco do meu ki. Agora vou poder saber a exata localização dele enquanto eu quiser e, também, o seu exato nível de poder.

- Mesmo?! Que pena! Uma moça tão interessante e foi fisgada por um idiota. – ele sorri, mas seu olhar é desagradável.

- Ele pode ser desagradável para você, mas garanto que comigo ele pode ser muito, muito agradável. – e enquanto falo jogo meu cabelo pra trás e mostro não somente a marca de Raddie como o chupão que sei que está em meu pescoço um pouco acima. – Afinal, como você disse, sou uma mulher interessante e não me atrairia por alguém comum e entediante. – digo olhando pra ele.

- Bem... São visões diferentes. Tenho que ir agora. – ele fala de cara fechada. – Adeus.

- Adeus. – nos despedimos dele e ele saiu.

Esperei que ele se afastasse antes de continuar a caminhar com Kakaroto.

- Ellie, o que foi aquilo? – Kakaroto estava um pouco surpreso com minha atitude.

- Não confio nele. Tem alguma coisa errada com aquele sayajin, mas não sei o que é. – respondo pra Kakaroto que agora está olhando fixamente na direção que Broly tomou. – Fique atento a ele, além do mais não gostei como me olhou e falou de Raddie; ele achou que eu não ia reagir? Então é um idiota. Venha vamos encontrar Vegeta.