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História Encontros - Ida ao palácio (parte 2)


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente!
Mais um capítulo pra vocês.
Depois do vacilo do Raditz, Ellie foi ao palácio e Vegeta quer falar com ela.
Qual será o motivo?
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 46 - Ida ao palácio (parte 2)


NARRADORA

Ellie e Kakaroto chegam ao escritório de Vegeta, que está acompanhado de Bardock e de Nappa.

O rei dos Sayajins está bem contrariado com alguma coisa e Nappa está com muitas pastas sobre a mesa, Bardock olha tudo aquilo com um cenho franzido.

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VEGETA

Inferno! Como aquele verme acha que vai conseguir se safar disso?

No momento estou com Nappa e Bardock analisando as cópias de contratos que temos, buscando as brechas, mas esse maldito trabalho é tedioso demais!

Ainda bem que Ellie veio ao palácio, assim não foi preciso convoca-la. Quando ela entra no escritório, acompanhada por Kakaroto, me sinto aliviado. Ela vai conseguir solucionar este problema ridículo.

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ELLIE

Vegeta me olha como se eu estivesse trazendo água depois que ele passou dias no deserto...

Fico com vontade de brincar com ele, mas Nappa está aqui, então, é melhor fazer meu papel de “súdita”.

- Majestade – faço uma pequena reverência e só me levanto depois que ele autoriza com um pequeno gesto – Vim imediatamente. – eu espero que ele me dirija a palavra.

- Ellie Lanza, mandei que viesse aqui porque sua família rescindiu todos os contratos com o Império Sayajin e está exigindo uma grande indenização por quebra de contrato. Estamos analisando todos estes contratos e buscando por brechas ou lacunas que possam nos fazer ganhar essa batalha judicial; como companheira de um sayajin de minha confiança posso supor que não vai se deixar levar pela lealdade familiar e que vai nos auxiliar.

Eu escutei tudo e fiquei pensando o que meu pai estava planejando ao fazer esse movimento.

- Minha lealdade está com meu companheiro e a família dele, portanto, com o Império Sayajin. Vou ajuda-los agora mesmo. – respondo formalmente a Vegeta, que solta um suspiro aliviado, e que me tira um pequeno sorriso. Parece que, como Raddie, ele detesta serviço burocrático, mas como rei dos sayajins não pode escapar dele.

- Nappa, como vai? – falo me dirigindo ao grande sayajin careca, que, junto com Bardock, era quem liderava todas as negociações comerciais do Império.

- Estaria melhor se seu pai não tivesse feito isso. – ele resmunga e recebe um olhar carrancudo de Bardock. Eu suspiro e resolvo ser direta com ele, pois passaríamos muitas horas juntos resolvendo esse problema. – Nappa, vou ser direta com você e, já me conhece a tempo suficiente para saber que falo sério, o sr. Frank Lanza é meu pai biológico, meu genitor como vocês costumam falar, e apenas isso; se for pra ter sentimentos de filha eu os tenho por Bardock e Gine, que há muito tempo considero e amo como meus pais. Dito isso não quero que duvide de meu empenho e interesse em ajuda-los. Fui clara? – pergunto a ele.

- Cristalina. É bom saber que temos o seu cérebro ao nosso lado agora, vai ser de muita ajuda nessa tarefa. – ele parece satisfeito com o meu pequeno discurso e apenas dou de ombros. Disse a verdade.

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BARDOCK

Ellie entrou acompanhada de Kakaroto e Vegeta expôs a situação, ela reagiu como eu esperava. Mas Nappa foi desagradável com ela – embora eu entenda sua preocupação e rabugice não gosto como falou com Ellie, mas antes que eu pudesse falar algo ela o coloca em seu lugar e reafirma sua ligação emocional comigo e minha fêmea.

Sou muito orgulhoso para demonstrar abertamente, mas também a amo como filha e fiquei muito satisfeito que Raditz finalmente a marcou ligando-a à nossa família.

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ELLIE

- Muito bem, de quais contratos estamos falando? – pergunto para me situar, já pensando em estratégias.

Nappa me olha com uma cara muuuuuito infeliz: Todos os contratos.

Eu o olho por cinco segundos, processando essa informação. Todos os contratos significa muito, poderia levar a empresa à falência caso perdessem, então fico pensando de novo o que o sr. Lanza realmente pretende...

- Cortina de fumaça. – murmuro sozinha.

- O que disse? – Nappa perguntou intrigado.

Eu o olho indecisa do quanto contar, mas existem algumas coisas que ele pode saber, já que se tornarão públicas.

- Estou em uma disputa interna por poder com o homem escolhido pelo conselho do clã Lanza para liderar os negócios da família. O rei Vegeta me apoia, você sabe como seria vantajoso para o Império. Esse movimento é uma cortina de fumaça para desviar minha atenção, mas tenho alguns trunfos na manga que ele desconhece. – sorrio maquiavelicamente.

- O sr. Lanza não faz a mínima ideia de com quem está lidando? Como é possível? Ninguém que lide com você por certo tempo a subestimaria. – Nappa olha um pouco incrédulo e confesso que me sinto adulada pela opinião que tem de mim.

- Obrigada Nappa, mas você sabe que as pessoas veem o que querem, mesmo que os fatos estejam na cara delas. Bem, antes de começarmos a trabalhar preciso decidir algumas coisas. Pode me emprestar um telefone? Não trouxe meu celular. – todos os homens da sala me olham incrédulos. – O que foi? – pergunto estranhando aqueles olhares.

- Desculpe Ellie, esqueci que você tinha se desligado da empresa e por isso deixou o telefone de lado. Estamos surpresos porque antes seria inconcebível para você andar sem, no mínimo, dois celulares. – Bardock explica os olhares surpresos que recebi e eu apenas sorrio acenando.

- Aqui. Use o da minha mesa. – Vegeta me indica o telefone ao lado de sua poltrona.

Começo ligando pra Chichi para me desculpar e explicar o motivo do meu furo com ela – ela foi bem compreensiva, mas fiquei com peso na consciência. Tenho que arrumar mais tempo pra ficar com minha amiga. – depois ligo pra casa.

- Gine? O Karl está em casa? Ele foi com Raddie para a Academia?! – estou mais que surpresa com essa informação – está certo, vou pedir pro Kakaroto entrar em contato com o Raddie. Gine você poderia me fazer o favor de separar umas roupas pra mim? Pode fazer uma mala com tudo o que eu possa precisar para uma estadia de... – fico pensando na quantidade de trabalho que teremos pela frente e decido – um mês. Uma estadia de um mês. Não, pra Raddie não, só pra mim. Eu sei. Vou ver se falo com ele logo. Obrigada. – todos estão me olhando, mas estou no meu piloto automático de tomada de decisões. Resolvendo problemas.

- Kakaroto, entre em contato com Raddie pelo scouter, por favor. – ele acena e enquanto abre a comunicação me viro pra Bardock.

- O Raddie tem um apartamento aqui na cidade né? Você tem a chave? Vou ficar nele enquanto resolvemos tudo, vai ficar cansativo ir e vir, principalmente porque vou ficar até tarde analisando tudo. – começo a falar, mas Bardock faz uma careta e nega.

- Não vou permitir que fique sozinha naquele apartamento Ellie. Não é seguro e estará longe de todos nós. Prefiro que vá e volte comigo. – ele argumenta calmamente.

- Bardock, você não sabe como fico quando estou analisando documentos. Lars dizia que eu entrava em uma realidade alternativa de tão desligada do mundo ao meu redor eu ficava, mas isso significa uma mente concentrada e, depois, totalmente cansada.

Ele balança a cabeça, ainda negando essa possibilidade.

- Não. Está fora de cogitação. Se ainda estivesse com Raditz eu me sentiria seguro, mas sozinha você não ficará. – eu estava ficando um pouco irritada com aquela atitude, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa Kakaroto me chama.

- Ellie, pegue. Raditz está na linha. – pego o scouter e o encaixo no rosto.

- Raddie, peça pro Karl vir ao palácio. Estamos com problemas envolvendo os contratos da empresa e preciso dele aqui para analisar tudo comigo, Nappa e seu pai.

- Ok baby, vou mandar ele pro palácio. Ele tem algumas coisas pra te contar também. – fico curiosa com o que pode ser, mas não convém falar disso numa linha insegura.

- Ah, Raddie. Manda também a chave do seu apartamento na cidade. Enquanto estiver trabalhando nisso não vou voltar pra casa...

- Como é? – Raddie perguntou sem acreditar muito no que eu dizia. – Vai ficar no apartamento?

- Esqueça o que Ellie falou moleque. – Bardock entrou na conversa. – Ela vai e volta comigo.

- Bardock! Já falei que vai ser muito cansativo e estressante. É mais fácil assim. – tento argumentar com os dois.

- Não. Vai ouvir o meu velho, se tem que ir aí no palácio todos os dias, é melhor desse jeito. Ou então fico com você no apartamento, mas sozinha você não fica.

Estranho tudo aquilo... Só são alguns dias e estão fazendo toda essa tempestade.

- Raddie, se você ficar comigo no apartamento eu não vou conseguir descansar. – tento argumentar com ele, ficando corada, pois sei que todos entenderam muito bem o motivo de eu não poder descansar.

- Já disse que sozinha você não fica! Isso é algum castigo pela discussão de hoje? – eu fico muda. Ele acha realmente que é isso? Que tipo de criatura imatura ele pensa que eu sou? Está certo que eu pretendia lhe pregar uma peça, mas seria brincadeira, não uma separação ou sei lá o que!

- Escute aqui seu sayajin arrogante! Isso já está me enervando! Hoje de manhã eu conversei com você e te expliquei tudo, mas você não quer me ouvir e está acontecendo exatamente a mesma coisa agora! Muito bem, se assim que VOCÊS querem eu cedo dessa vez, mas prestem bastante atenção os dois: vocês são os únicos culpados pelo que vai acontecer com vocês a partir de agora até terminarmos de analisar esses documentos. Agora manda o Karl pra cá imediatamente! – tiro o scouter com raiva do meu rosto terminando aquela discussão idiota e o devolvo para Kakaroto.

Depois me viro para Bardock que está apenas me observando agora.

- Muito bem, vocês ganharam essa, mas depois não quero ninguém reclamando, nem mesmo em pensamento, ouviu? – estou furiosa e chateada com o fato de Bardock ter se intrometido daquela forma. – Com licença Vegeta, tenho que ligar para Gine. – e é o que faço, explicando as mudanças de planos. Para minha surpresa ela disse que nem tinha cogitado fazer a bendita mala, eu apenas concordei monossilábica.

- Vamos começar a trabalhar. – e me afundo naqueles contratos junto com Nappa e Bardock.

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BARDOCK

Ellie ficou muito perturbada com minha intromissão, mas foi preciso.

Não me sentiria seguro em saber que ela estava sozinha naquele apartamento, além do mais não era bom que ela ficasse no mesmo lugar onde Raditz levava suas amantes. Principalmente por que ela tinha intenção de ficar por vários dias, jamais permitiria que isso acontecesse com uma filha minha... Biológica ou não.

Há muito tempo essa menina despertou os meus instintos paternos e isso significa o profundo instinto de proteção que vem com eles. Mas acho que ela não entendeu assim, fato que deve ser normal, pois, acredito que ela nunca foi protegida assim por seu pai biológico.

Esse maldito não percebeu o tesouro que tinha? Até Nappa, que não costuma elogiar ninguém, reconhece Ellie como uma adversária digna e esse homem nem sequer foi capaz disso quando se encontraram dias atrás.

Acho que vou ter que pedir para minha fêmea conversar com Ellie e fazê-la entender minhas intenções e meu modo de agir.

Ela nos chama para trabalhar e está evidentemente contrariada, mas ainda assim concentrada. Por mais aborrecida que esteja não vai permitir que isso a impeça de trabalhar.

Essa menina só me dá orgulho, assim como cada membro de meu clã, cada um a seu modo.

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KARL

Depois que Raditz descobriu onde Ellie estava e que tinha chegado em segurança ao palácio resolveu que ia trabalhar. Fiquei curioso em como seria e perguntei se podia acompanha-lo e ele concordou.

Avisamos Gine e fomos voando até a Academia Sayajin, pois era muito mais rápido assim, a Academia era um enorme complexo, com vários prédios e pequenas construções que Raditz disse serem campos de treinamento e salas de gravidade alterada.

Pelo que percebi Raditz chegou cedo, então, pegou seu scouter, conectando ao computador na sala dos instrutores carregando com informações.

- Venha Karl, vou ter uma turma daqui meia hora na sala de gravidade 5. É uma turma avançada, então pode ser que renda alguma diversão. – ele fala um pouco animado.

- Se você diz. – dou de ombros e o acompanho. Ele tinha que ir atrás de Ellie e acertar as coisas, mas ao invés disso ele resmungou algo em deixa-la esfriar a cabeça. Hunf! Um de nós não conhecia muito bem Ellie e, em minha nada humilde opinião, ele estava cavando um buraco enorme, mas não vou me meter.

Antes de sair de casa acionei minha rede e os alertei para as informações que procurava, agora era uma questão de esperar.

O treino até que estava indo bem, a turma era interessante e observei Raditz trabalhar. Ele era diferente quando estava instruindo alguém, normalmente ele era irônico e agressivo, mas com os recrutas ele se dava ao trabalho de apontar suas falhas para que eles pudessem corrigi-las; claro que quando não faziam isso imediatamente o gênio dele explodia bem na cara do infeliz, como vi acontecer algumas vezes durante a aula. Mas dava pra perceber o quanto os recrutas o respeitavam e queriam que ele ficasse satisfeito com eles.

Quando a aula tinha terminado e voltávamos para a sala dos instrutores ele recebeu uma transmissão de Kakaroto, ele estava entrando em contato a pedido de Ellie. Pelo que eu entendi da conversa Ellie queria que eu fosse até o palácio para ajuda-la com alguma coisa, depois ela falou mais alguma coisa que deixou ele nervoso – algo sobre ficar em um apartamento sozinha. Só deu pra entender que até o Bardock se meteu na história – e o idiota mencionou a discussão da manhã.

Não deu pra ouvir porque, apesar da minha boa audição, aquele aparelho ficava próximo do ouvido do dono, mas pela cara vi que o babaca tinha feito merda de novo.

- É pra ir pro palácio né? Avisa lá pra me deixarem entrar. Até. – estava me despedindo, quando ele me chamou de volta. Estava pensativo e vacilou um pouco antes de perguntar o que queria:

- Espera Karl. Antes de você ir me diz uma coisa: por que a Ellie não aceita que cuidemos dela?

Eu o olhei com atenção. Ele realmente queria entender – “Menos mal”.

- Raditz, acho que você ainda não compreendeu a complexidade da personalidade de Ellie e eu não estou dizendo que entendo, mas acho que posso ter um pouco mais de tato com ela por saber o que já passou antes e que, tenho certeza, você ainda não consegue imaginar em sua totalidade. Não é que Ellie não aceite ser cuidada, ela não sabe ser cuidada; mesmo com Lars, eu tinha a impressão que era ela que cuidava dele e não conseguia permitir que ele cuidasse dela. Por tudo que passou ela desenvolveu um feroz sentido de independência – em muitos momentos ela só podia contar consigo –, o que a faz tomar decisões sem consultar ninguém além dela mesma, e de controle, ela precisa sentir que está no controle de algo. Mas essa última parte você já sabia. Consegui explicar?

- Acho que entendi um pouco. Vou pensar nisso. Vai lá que vou avisar da sua chegada. – eu o deixei pensando sobre o que eu tinha falado.

Espero que ele encontre a melhor forma de lidar com Ellie, pois se continuar assim ele só vai conseguir afastá-la. Minha priminha não gostava que ficassem dando ordens ou tomando decisões por ela, já que sua vida tinha sido desse jeito por muitos anos, agora que tinha algum controle era difícil pra ela abrir mão disso.


Notas Finais


Então gente, espero que tenham gostado.
Beijos.


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