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História Encontros - Ida ao palácio (parte 3)


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente! Hoje um presente pra vocês.
Vou postar três capítulos seguidos.
O aniversário é meu, mas o presente é todo para vocês.
Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 47 - Ida ao palácio (parte 3)


NARRADORA

Assim que Karl chegou ao palácio foi conduzido ao escritório de Vegeta. Chegando lá encontrou praticamente todos concentrados em alguma tarefa, nem Kakaroto escapou, pois Ellie lhe pedia várias coisas, entre anotações e instruções, praticamente o transformando em seu “secretário”; fato que não passou despercebido a Karl.

Ellie estava totalmente envolvida naquela atividade e Karl ainda tinha que falar sobre a reunião do Conselho.

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KARL

- O que aconteceu exatamente Ellie? – perguntei quando vi aquela quantidade de anotações que ela pedia que Kakaroto organizasse e digitasse no tablet que ele tinha a mão. Incrivelmente, ele estava fazendo perfeitamente bem tudo o que ela lhe instruía. Quem diria que Kakaroto pudesse fazer algo que não fosse treinar e lutar?

- O sr. Frank Lanza resolveu rescindir todos os contratos com o Império Sayajin e também entrou com um pedido de indenização por quebra de contrato. Aqui, lê o termo de rescisão contratual. – falou me mostrando o documento.

- Ellie, por que chamou Karl? Ainda não entendi. – Kakaroto perguntou.

- Foi Karl quem elaborou ou fez parte da equipe que elaborou os contratos mais recentes. Ele fazia parte da equipe de advocacia da empresa, o setor em si é comandado pelo pai dele. – ela explicou enquanto lia alguns contratos mais antigos.

- Fazia? – agora era Bardock quem falava.

- Quando fiquei ao lado de Ellie na reunião com Vegeta eu sabia que haveria algumas represálias. Uma delas era a perda de meu posto na empresa. – expliquei dando de ombros. Apesar de gostar dos desafios que uma boa disputa legal podia ter, odiava a parte mais tediosa, que, em minha opinião, era “bater o ponto” todo dia no mesmo horário. – Estou satisfeito com a minha vida no momento; a melhor coisa que fiz foi ficar ao lado dela. Estou me divertindo muito. – disse debochado e Ellie só me deu um sorriso de canto, sem levantar os olhos dos contratos que lia.

- Então você está defendendo os interesses dela no conselho da família? – me perguntou o cara grandão e careca, que supus ser Nappa, pela descrição que Ellie tinha feito em outro momento.

- Sim, pode-se dizer que sim. – respondi indiretamente.

- Nappa sabe que o conselho escolheu outro em meu lugar para liderar os negócios da empresa e que estou questionando essa decisão. – ela me situa e dá indicações da história que contou ao grandão. Me surpreendo com o fato dela esconder os fatos com parte da verdade, Ellie é muito inteligente e não entendo como não percebemos antes seu potencial. Balanço a cabeça espantando esses pensamentos, aproveito a deixa para falar sobre a reunião.

- Falando nisso. Meu pai ligou. – ela levanta a cabeça e espera que eu conte o que houve – Ele marcou a reunião do conselho para daqui a dois meses, mas deixou muito claro que vamos ter que bater de frente com Angus e não com Yamcha, também deu a entender que não teremos aliados no conselho.

- Quando ele conseguiu marcar a reunião? – ela perguntou analisando algo.

- Ontem, há cerca de... – consulto meu relógio – umas 20 horas. Por que?

- Veja a data da rescisão. – ela apontou e era de anteontem. Deve ter sido enviada antes da reunião que o meu coroa participou.

- A rescisão é um engodo, uma cortina de fumaça. Eles acham que vão nos prender aqui e evitar que nos preparemos para a reunião do conselho, além de tentar sabotar nosso relacionamento com a família real. – Ellie estava com um brilho no olhar que eu não conseguia identificar muito bem o que era. – Sabe Karl acho que você vai saber qual é a sensação de ver o seu inimigo te subestimar e depois ser aniquilado por aquele que considerava fraco. Verá que é bastante satisfatório. – ela me deu um sorriso diabólico.

- Detestava quando estava com esse brilho no olhar. Significava que eu ia perder ou ceder algo pra você, mas ainda não fazia nem ideia do que era. – Nappa comentou observando Ellie. – Ainda bem que já não vou ser o alvo dele. Não entendo como esse conselho não te respeita como líder, quando está focada é praticamente invencível. Mas nunca foi uma adversária desonrada. – ele terminou de falar e voltou a estudar os documentos que estavam formando uma pilha ao seu lado.

Eu apenas escutei a afirmação daquele sayajin, e Ellie respondeu vagamente:

- Os mais velhos nunca pensam que podemos crescer e mudar, sempre nos veem como crianças fracas e medrosas. – e voltou toda sua atenção aos documentos e anotações que já tinha feito.

Agora que sabia os termos da rescisão sabia o que procurar e como elaborar a contestação e também comecei a trabalhar freneticamente.

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NARRADORA

As horas passaram e todos continuavam a trabalhar. As refeições daquele dia foram servidas no escritório e todos estranhavam o comportamento de Ellie, o único ali que já a tinha visto assim era Karl, que sabia exatamente como agir.

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KARL

Enquanto todos descansavam ou relaxavam em algum momento ou outro, Ellie continuava incansável.

Quando a refeição foi servida, os sayajins abandonaram tudo o que estavam fazendo pra se servir, menos Ellie, que continuou trabalhando e fazendo anotações. Suspirei, sabia que ela ia ficar assim.

Esses eram os únicos momentos de nossa convivência anterior que ela me impressionava: era incansável quando tinha um objetivo, não se desconcentrava, não parava. Nessas horas o único que lhe impunha algum limite era Lars e sem ele aqui acho que isso seria minha responsabilidade.

Preparei o seu prato e peguei um copo de suco pra ela. Puxei minha cadeira para o lado dela e repeti o que tinha visto Lars fazer inúmeras vezes: toquei seu ombro e segurei o prato ao lado dela. Ela nem me olhou – assim como não olhava Lars – apenas pegou o garfo e começou a comer sem despregar os olhos dos documentos; quando precisava fazer uma anotação parava de comer e depois de satisfeita com o que tinha escrito voltava a comer; esse ritual podia acontecer bem devagar ou muito rápido, dependia do ritmo imposto por ela, quando ela terminou a refeição peguei o copo de suco e pus em sua mão, ela o bebeu em pequenos goles totalmente alheia a tudo.

Quando terminou tudo tirei o prato e o copo de perto dela e lhe fiz um carinho nos cabelos, como Lars fazia, indo em direção da comida a fim de preparar meu próprio prato. Ela não tirou os olhos do trabalho, mas murmurou: Obrigada Lars.

Parei e me voltei para ela, que continuava extremamente concentrada no que fazia. Ela não percebeu o que falou. Apenas balancei a cabeça rindo comigo mesmo, então era assim que ele se sentia quando a via mergulhada dessa forma no trabalho: um misto de orgulho e preocupação.

Foi só então que reparei todos os sayajins observando a cena que se passou.

- Ela sempre fica assim? Desligada de tudo? – Bardock perguntou preocupado.

- Sempre. Não adianta reclamar, esse é o jeito dela trabalhar. – falei enquanto me servia, estava faminto e mentalmente cansado, me sentei próximo de Kakaroto que devorava sua comida observando Ellie atentamente.

- O que fez com o prato e a bebida... Tem que ser assim toda vez? – ele perguntou curioso.

- Sim. Caso contrário ela esquece até de comer, daqui a pouco vamos ter que força-la a fazer uma pausa para cumprir com as outras necessidades de seu corpo. – vejo todos confusos por alguns momentos e quando a luz do entendimento chega em suas mentes ficam embaraçados. Dou um sorriso debochado, já tinha passado por isso diversas vezes junto com Lars, então já não me importava mais, mas era novidade para eles, então que lidassem com isso. – Quando fizermos isso ela vai ficar com um mau humor terrível, pois em sua mente atrapalhamos seu trabalho e a atrasamos, aconselho a só falar se ela se dirigir a vocês, caso contrário deixem-na em paz. A menos que não prezem por suas vidas, aí não me responsabilizo por nada.

- É assustador a quantidade de trabalho que ela sozinha já realizou. Não é à toa que era uma adversária terrível nas mesas de negociações. – agora é Nappa quem emite suas impressões.

- Tem razão. Até eu, que já estava acostumado, me surpreendia com isso. Sabe Nappa, pensando sobre o que você apontou mais cedo: o fato do conselho não respeitá-la. Eles nunca quiseram ver o trabalho dela, não digo que eles não soubessem do resultado final e quem tinha feito o que, me refiro ao processo. Nenhum dos coroas alguma vez viu o que vocês estão vendo, mas acho que se vissem, não se impressionariam, apenas por ser ela. – começo a comer, enquanto só se ouvia o barulho de mastigação.

- Ela te chamou de Lars. – Vegeta estava com sua típica pose de rei, sentado em sua poltrona como se estivesse em seu trono – o prato de comida apoiado em um joelho direito, a perna esquerda esticada, o cotovelo esquerdo no braço da poltrona e o queixo apoiado nessa mão, analisando Ellie atentamente.

- Sim, também me surpreendi. Às vezes acho que, quando está neste estado, sua mente se transporta para outro mundo – rio da minha brincadeira – além disso, sempre foi Lars que fazia todo esse ritual. Eu repeti tudo como ele fazia, acho que foi natural para ela repetir a mesma coisa. – falo dando de ombros.

- Mesmo assim. Não é saudável... – Bardock estava incomodado com tudo isso.

- Não importa o que você fizer ou falar, enquanto ela trabalhar vai continuar fazendo isso. Algumas vezes Lars tentou impedi-la de entrar nesse estado enquanto trabalhava, nas primeiras vezes ela entendeu a preocupação dele, mas dava pra perceber que ela se irritava mais e mais com isso. Quando ela explodiu com ele foi terrível, eu não estava lá naquele dia, mas o estado do escritório... Era tenebroso, parecia que um furacão tinha passado por ali destruindo tudo, e eu não estou falando de uma sala pequena como essa, estou falando de um escritório de um andar inteiro; me disseram que parecia que ela estava possuída por algum demônio. – Fico pensando sobre isso agora... Será que foi aí que Lars percebeu como Ellie podia ser perigosa? Essa história aconteceu muito antes de Ellie conhecer Yamcha, pouco tempo depois dela entrar para a empresa.

- Pai, acho que foi isso que ela quis dizer sobre não querer reclamações nem em pensamento. – Kakaroto falou e agora me lembrei da conversa do apartamento. Fiquei um tempo mastigando e pensando, resolvi testar minha teoria.

- Deixa eu adivinhar: ela disse que queria ficar aqui por perto, em algum lugar como um hotel, e vocês disseram que não. – chutei, mas pela cara que Bardock fez percebi que fiz um gol.

- Mais ou menos isso. – Kakaroto respondeu e eu olhei espantado pra eles.

- Ela realmente deve gostar de vocês. Ellie não é o tipo de mudar de pensamento porque as pessoas não gostam do que ela vai fazer, ela até escuta opiniões, mas as decisões sempre foram dela; principalmente depois do que aconteceu no dia do casamento dela e de Yamcha. Ela decidiu e arcou com todas as consequências da sua decisão. Mas talvez vocês não estejam agindo corretamente, deem mais espaço a ela, é preciso tempo para assimilar tudo o que ela está vivendo; não é fácil esquecer as experiências de uma vida inteira.

Bardock me olha calado. Ele está pensativo, como deixei Raditz.

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NARRADORA

Todos já estavam exaustos, mas Ellie continuava trabalhando...

Então Karl resolveu repetir a forma como Lars resolvia esse impasse.

Aos poucos começou a guardar as coisas perto dela, sem lhe dirigir a palavra, por último desligou uma luz próxima a ela; nesse momento ela levantou a cabeça e olhou em volta procurando...

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ELLIE

Comecei a perceber que alguém começou a guardar as coisas próximas a mim, esse sempre foi o nosso sinal de que já era hora de encerrar o trabalho naquele dia. Quando a luminária próxima a mim foi apagada eu levantei a cabeça e o procurei.

Mas foi Karl que vi ao meu lado. Depois de um momento me dei conta de que não era pra ele estar lá, como sempre esteve... Uma lágrima desceu pelo meu rosto para surpresa de Karl.

- Eu pensei... Eu achei... – não consegui terminar, pois tentava controlar minhas emoções, elas não fugiriam do controle na frente deles.

Foi só então que Karl entendeu o que eu quis dizer, ele se agachou ao lado da minha poltrona e limpou aquela lágrima solitária.

- Desculpe. Não pensei que estivesse tão imersa assim nesse seu mundo interior, não foi minha intenção. – ele estava triste.

- Não tem problema. Você fez o certo, caso contrário nunca sairia daqui até terminar esse trabalho ou cair de exaustão; está na hora de parar quando a sua mente começa a pregar peças em você. – o tranquilizo fazendo um carinho em seu rosto.

Ele faz rapidamente sua redoma de ki pra poder falar comigo sem que os sayajins escutem:

- Acho que deve conversar com Raditz sobre isso. – ele tentou me aconselhar, mas eu apenas balancei a cabeça.

– Não sei se ele entenderia... – respondo a ele.

- Você pode usar o vínculo. – ele sugeriu, tornei a balançar a cabeça.

– Tenho medo de afoga-lo, como sayajin acho que ele não está preparado para tudo o que tenho aqui. – digo colocando a mão sobre meu coração.

- Tem que falar com alguém. Não pode continuar assim. – eu suspiro e desvio o olhar, ele termina de falar, sabe que não vai conseguir mais nada, desfaz  a redoma e fala:

- Vamos. Temos que voltar antes que o Raditz tenha um surto. – ele estende a mão para me ajudar a levantar, como Lars fazia. Eu a seguro por um momento e aceito sua ajuda. Ignoro totalmente os sayajins.

- Se ele me encher a paciência hoje quem vai surtar sou eu. – dou um suspiro cansada.

É sempre assim quando estou trabalhando, enquanto permaneço concentrada não sinto cansaço físico ou mental, mas, quando acaba, tudo desaba de uma vez sobre os meus ombros.

Naquele momento, por um instante, havia me esquecido dos sayajins na sala e me dei conta que eles perceberam minha vulnerabilidade. Tsc. Ergo minha cabeça e aperto a mão de Karl antes de soltá-la e me dirigir à Bardock.

- Vamos pra casa. Quero descansar o máximo que puder, pois amanhã viremos mais cedo para continuar a trabalhar. – estou cansada e mal-humorada, também irritada com a atitude dele de mais cedo.

- Vegeta, poderia autorizar nossa passagem – minha e de Karl – sempre que estivermos aqui trabalhando? Sempre demora pedir autorização pra passar pela segurança e não quero perder nenhum minuto de trabalho; planejo diminuir ao máximo o tempo que dedicaremos a tudo isso, pois eu e Karl ainda temos que nos preparar para enfrentar o conselho dos Lanza. – minha irritação é visível e não fui muito educada em minha solicitação, mas ele concorda e nos dispensa.

- Até amanhã Nappa. Tchau Kakaroto. Espero ver os dois amanhã de manhã bem cedo. – me despeço deles com um aceno de mão e me dirijo à porta do escritório, quando estamos saindo sou derrubada por dois pequenos furacões que se jogaram em meus braços e caímos juntos no chão. Ainda bem que esse escritório tem um tapete bem felpudo e macio, mesmo assim doeu.

- ELLIE! – Trunks e Goten gritam juntos.

– Sentimos sua falta! Porque não disse que estava no palácio? A gente poderia ter vindo aqui mais cedo e... – era Trunks que falava rápido.

- Trunks! Isso são modos? Você também Goten! Não repararam que estão no chão por cima da mestra de vocês? – Vegeta repreende o filho e Goten por conta do que fizeram.

- Francamente Goten. Já não te ensinei a ser delicado com as fêmeas? Principalmente as humanas? Ellie está bem? – agora era Kakaroto quem repreendia o filho e me estendia a mão para me erguer.

Os dois pequenos ficaram cabisbaixos e vermelhos de vergonha, realmente não pensaram que me machucariam.

- Bem, vocês dois... – começo falando com eles. – Amanhã terão que dar 200 voltas na sala de treino com uma gravidade de 150 G – eles ficaram calados, mas a carinha deles já dizia não tinham gostado do castigo. – e sem reclamação! Assim da próxima vez vão pensar antes de pular em alguém sem aviso. – eles baixam a cabeça e acenam concordando. – Não vou poder treiná-los por alguns dias, pois Karl e eu estamos ajudando seus pais em um problema. Raddie poderia treiná-los... O que acham Vegeta e Kakaroto? Eles poderiam ficar com Raddie na Academia, assim ele os treinaria e chegariam tão cansados que só iam querer dormir, sem pular em ninguém. – completo.

- É uma boa ideia. Está decidido, enquanto estiver trabalhando no palácio esses dois moleques vão ficar sob a responsabilidade de Raditz e vou lhe dar instruções para não pegar leve com eles. – Vegeta determinou sério.

Os meninos olharam assustados e se viraram para Kakaroto, buscando uma fuga, mas ele apenas acenou para Vegeta e disse:

- Concordo com você. Vou falar com Chichi assim que chegarmos em casa e lhe dizer o que decidimos e o motivo; tenho certeza que ela vai concordar também.

Os pequenos deram pequenos gemidos, mas a um olhar dos pais se calaram.

- Boa noite a todos. Vamos pra casa porque estou exausta. – termino de vez com aquela história me dirigindo à porta acompanhada de Bardock e Karl.


Notas Finais


Vamos para o próximo?


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