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História Encontros - Treinamento


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Esse capítulo está um pouco longo... ele tem muita informação.
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 5 - Treinamento


Quando dei por mim estava em cima da hora para ir ao restaurante, cheguei lá e Yamcha já estava me esperando, numa mesa discreta e longe da entrada.

O maitre me levou até lá.

- Oi amor – disse me inclinando e beijando seu rosto – como foi o seu dia?

- Difícil... – respondeu desanimado.

Percebi que realmente estava cansado, mas estava feliz porque não desistiu de me ver. Fizemos o pedido e ficamos conversando, ele estava distraído e distante. Eu queria conversar e falar empolgada sobre os treinos que iriam começar no dia seguinte, mas ele não estava no clima e não quis perturbá-lo.

Ao longo do jantar comecei a duvidar que foi uma boa ideia nos encontrarmos naquele dia, na saída ele foi na frente e abriu a porta para mim, caminhávamos lado a lado, mas ele não segurava na minha mão e mantinha uma distância que estranhei. As palavras de meu irmão martelavam em minha mente, eu mordia meus lábios ansiosa.

Quando chegamos no estacionamento, me virei para lhe perguntar o que havia de errado e ele me abraçou. Segurando minha cintura, seus lábios desceram até os meus, suspirando abri minha boca para a invasão de sua língua, iniciamos devagar nosso beijo nossas línguas se tocando, se acariciando; ele apertou minha cintura, subindo suas mãos para meus seios, circulando meus mamilos sobre minha roupa. Eu estava ofegante, agitada, me sentia quente... Meu corpo tremia de necessidade... queria mais... gemi em sua boca, minha calcinha estava molhada somente com aquele leve toque atrevido. Ele aprofundou o beijo me prensando contra meu carro, foi quando senti a maçaneta me machucando que lembrei onde estávamos e interrompi nosso beijo ofegante.

- Yamcha, aqui não! Estamos no estacionamento ... qualquer um pode nos ver... – lhe disse.

Ele levantou a cabeça e me olhou, não sorria e apenas disse.

- Tem razão. Perdi a cabeça e peço que me desculpe. – disse se afastando.

- Podemos ir à sua casa... – tentei incerta. Já estávamos juntos há um tempo, mas tirando cenas como essas não tivemos intimidades  maiores. Eu estava insegura, não queria que ele pensasse mal de mim, mas o queria.

- Estou cansado, não é uma boa ideia. – disse se afastando e passando a mão nos cabelos.

- Yamcha... você sabe que eu não sou virgem... posso ser inexperiente... mas... eu te quero... – minha voz ia diminuindo à medida que falava e terminou em um sussurro.

Ele me olhava, então me abraçou e me deu pequenos beijos ao longo do meu rosto.

- Eu sei querida, mas não é um bom momento pra mim... Estou cansado e estressado, quando fizermos amor quero que seja especial e inesquecível... como você. – e ele deu aquele sorriso lindo que eu amava.

Me sentia mais leve, especial, amada, valorizada, sorri pra ele e concordei.

- Está bem. Posso esperar por um momento melhor.

- Agora é melhor ir pra casa, já está tarde e você tem que dirigir um bom caminho. – disse abrindo a porta do me carro e esperando que eu entrasse.

- Está bem – disse sentando ao volante e colocando o cinto de segurança – você está certo.

Me despedi e dirigi até em casa. Ao chegar fui direto para o meu quarto, tinha um dia cheio no escritório e ia começar os novos treinos, estava me sentindo animada por tudo o que acontecia na minha vida.

No dia seguinte o escritório estava uma loucura, pois por causa do contrato com o Império Sayajin, havia muitos contratos secundários a fazer, principalmente de pessoal, e era o meu setor responsável por resolver essas situações; a logística do transporte e hospedagem das pessoas que supervisionariam as obras, a contratação de pessoas que moravam na região, encontrar um local adequado para nossa filial, o aluguel ou compra de máquinas... Tudo tornava a situação um pouco estressante, mas eu sempre lidei bem com esse tipo de pressão sem perder o foco e a calma, fui resolvendo, conversando, delegando, negociando e quando dei por mim estava na hora de sair.

Encerrei o expediente e mandei todos pra casa sem aceitar protestos. Roma não foi feita em um dia e com o Império Sayajin não seria diferente...

Liguei para meu irmão, que disse que me encontraria no dojo e segui para lá.

Cheguei um pouco antes dele, a tempo de me trocar e procurar o Mestre Kame, ao encontra-lo ele estava interessado DEMAIS em uma revista, que eu não quis nem pensar do que se tratava. Eu esperei um pouco e pigarreei para chamar sua atenção, não seu muito certo... Como eu disse ele estava concentrado DEMAIS... Tive que chama-lo.

- Mestre Kame. – e nada. Tentei de novo.

- Mestre Kame – disse um pouco mais alto. Nada de novo. Suspirei e vi que não tinha jeito.

- MESTRE KAMEEE! – chamei gritando. Foi quando saiu do transe.

- Hmm? O que foi? Por que está gritando Ellie? – disse fazendo cara de desentendido.

Suspirei, olhei para cima e pedi paciência à Kami-sama, respondendo.

- O senhor estava distraído, o chamei, mas não me deu atenção, não tive outra opção. – falei contrariada.

- Está bem, está bem. Mas onde está o seu irmão? – perguntou.

- Está atrasado, ficou preso no escritório, mas está chegando. – respondi mais calma.

- Hunf – resmungou. Bem já que você está aqui vamos começar logo, depois seu irmão corre atrás. Vamos lá fora.

Fomos ao pátio de trás do dojo, que dava para um lindo jardim e mais ao fundo uma pequena floresta. Ele se virou e falou:

- O treino básico de controle de ki começa com o controle do próprio ki. Todos temos ki e a capacidade de controla-lo com o treino adequado. Sua tarefa vai ser fazer com que seu ki diminua tanto que vai ser como se não existisse. Para isso deve se concentrar em sentir seu ki em todas as suas variações e ir diminuindo até que ele suma.  – ele explicou.

- Como se fosse um rádio que eu vou diminuindo o volume até silenciá-lo? – perguntei pra ver se tinha entendido bem.

- Exatamente! Sua comparação é perfeita. Pense dessa forma e tente agora. – ele me incentivou.

Eu fechei os olhos e controlei minha respiração, prestei atenção em mim, em meu mundo interno. Logo estava flutuando sobre meu lago límpido e calmo, que era como imaginava meu interior nesses momentos, comecei a sentir todos os aspectos do meu ki... não sabia exatamente como fazer e, com certeza não pensava naquela minha parte que eu trancava dentro de mim.

Aos poucos percebia meu ki como se fosse um prisma, com muitas facetas, que eu olhava e analisava. Percebia que esse exercício era uma forma de autoconhecimento. Foi quando a senti...

Eu a havia jogado e trancado no fundo do meu ser. Ela estava raivosa, ferida, magoada, meu outro eu...

Me senti ameaçada... ouvi sua voz.

- Por que? Por que? Sou parte de você... e além de me negar, me prendeu no escuro!!! – falava indignada e magoada.

Eu tremia, insegura... quis me explicar, mas eu sabia que não havia explicação...

- Eu tive medo de você... – sussurrei. – De sua força, mas também da sua violência... Você é muito agressiva, não me sinto segura em te deixar solta... – tentei.

- Isso não é justificativa! Por você eu me conteria! Você acha que sua vida é satisfatória? Pensa que não vi, que não senti? Sua dor, sua humilhação, seu orgulho ferido?  Tudo que senti junto com você... EU PODIA TER PROTEGIDO VOCÊ!!!!! – ela gritou e rosnou.

Espera... rosnado? Eu não entendia bem o que acontecia... estava profundamente dentro de mim mesma, meu lago estava agitado, minhas emoções estavam em um turbilhão...

- Desculpa... eu era... eu sou... tão insegura... me sentia ameaçada... pensei que ia... que ia me engolir – terminei quase sem voz.

Sentia que ela me entendia, meus medos, minhas inseguranças... essa parte de mim que sempre escondi e prendi... mas ela estava tão ferida com o tratamento que dei a ela... a mim mesma...

É estranho como minha mente, meu mundo se revolvia... Ela era eu, eu era ela... mas ainda assim... ainda assim era como se fosse outra pessoa que eu magoei profundamente...

- Eu sei que pode não me perdoar, é seu direito... Pode ser que nunca confie em mim ou que queira falar comigo novamente, mas também sabe que tenho pensado em você, que tenho tentado rever minhas ações com você – suspirei – mas também sabe que eu não consigo fazer ações grandiosas... não é meu estilo...

Eu a sentia longe, afastada...

- Vamos ver – ela disse naquela voz que parecia um rosnado – vamos ver. E se afastou...

Fiquei ali, sozinha, flutuando sobre meu lago, que não estava mais tão límpido e nem tão calmo, me perguntando o que tinha feito a mim mesma...


Notas Finais


Espero que tenham gostado...
Beijos.


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