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História Encontros - Os lobos Lanza


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi genteee!
Voltei pra vocês com mais um capítulo produzido com muito empenho.
Esse me deu tanto trabalho quanto o anterior.
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 58 - Os lobos Lanza


RADITZ

Quando a cerimônia começou acompanhei Ellie porque era o que esperava de mim. Mas ouvir Karl falar tão sério aquelas palavras mexeu com algo dentro de mim, estou concentrado, mas ainda assim olho para o meu velho.

Ele é uma espécie de guardião das tradições sayajins, como Karl falou existir algo parecido entre os Lanza, me dou conta da importância das tradições para aquele clã que minha fêmea quer comandar.

Então finalmente percebo o que Ellie quer, está em seu próprio juramento: “Que nossos antepassados nos escutem agora e uivem em júbilo, pois nós faremos os lobos Lanza correrem livres e honrados novamente e nossos inimigos temerão a nossa passagem”. Ela acredita que a honra de seu clã foi manchada e quer restabelecê-la.

Então faço meu próprio juramento. O fiz porque quis, mas também porque queria garantir a Ellie e a Karl que os apoiava.

Quando Ellie começa a marcar Karl ouço a fera branca. Ela falou com todos nós! Sinto Ellie concordar com a ordem da fera e assentir para Karl fazer o mesmo.

Nossos kis se elevam tanto que formamos um turbilhão de energia, sinto meu braço esquerdo formigar, mas estou centrado em Ellie. Através de nosso vínculo sinto que ela está preocupada em se manter concentrada, ela tem medo de machucar Karl.

É quando escuto em alto e bom som uma voz muito conhecida: “Ouçam todos nesta sala, testemunhas que são de um renascimento: Hoje os Lobos Lanza retornam. Com nossas presas e garras destroçaremos nossos inimigos e honraremos os amigos e aliados. Juntos lutamos, caçamos e matamos”.

Repito as mesmas palavras que Karl e Ellie: Juntos lutamos, caçamos e matamos.

Ouvimos dois uivos na sala e o turbilhão de energia começa a se desfazer.

CARALHO! MAS QUE PORRA É ESSA?!

Na nossa frente, no meio do escritório do Vegeta, estão duas feras brancas! A que eu conheço e que dizia que Ellie era hospedeira dela e outro... Sim, é um macho. É quase idêntico à fera de Ellie, a diferença ficava por conta do tamanho – pois ele é muito maior – e as marcas – que na fêmea são prateadas e no macho são douradas.

A fêmea fala com Ellie: Vem criança. Quero te apresentar meu irmão que dormia em teu primo.

Mas que merda está acontecendo aqui?

Ellie começa a se mexer em meu colo. Ela quer ir até a fêmea. Eu agarro sua cintura e minha cauda aperta sua panturrilha. Ela me olha:

- Raddie? – ela quer saber por que não permito que saia de meu colo. Foi o instinto de proteção que falou mais alto na presença de duas feras poderosas.

- Força do hábito Ellie. – e a solto. Ela pula do meu colo e corre para abraçar a fêmea – elas estão conversando – mas a acompanho e me coloco entre ela e o macho.

Ele me olha zombeteiro, num gesto muito parecido com Karl.

- Então estava na consciência de Karl... – antes que ele pudesse responder isso, Karl abre a boca.

- ALGUÉM PODE ME EXPLICAR QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – ora essa não era comum ver o Karl desse jeito. Primeiro sem palavras e depois totalmente histérico.

Ellie vira pra ele com um sorriso enorme e fala devagar:

- Calminha Karl. Não fique estressado. Sente aqui – ela dá umas batidinhas no chão ao lado dela e na frente da fera com marcas douradas. – Acho que todos queremos ouvir isso.

Foi quando me toquei dos outros na sala. Vegeta olhava tudo aquilo meio incrédulo, Nappa e meu velho estavam ao lado dele, prontos a defendê-lo se fosse preciso, já Kakaroto tinha se aproximado e sentado perto de Ellie.

- Hei, irmão senta aí. Acho que essa história vai ser das boas. – ele fala com um sorriso enorme. Tinha que ser o Kakaroto...

Rolo os olhos, mas me sento atrás de Ellie e a coloco entre minhas pernas, minha cauda vai para a cintura dela, ela se apoia em mim.

Karl finalmente obedece Ellie e se senta próximo ao grande macho branco.

- Olá Karl. – a voz do macho é poderosa e grave. – Você é um garoto interessante.

- Garoto?! – Karl está indignado, mas leva um tapa na cabeça. Ellie o acertou em cheio.

- Calado. Escute, pergunte e aprenda. – Ellie faz Karl abrir os olhos surpresos.

- Como você sabe isso Ellie? – mas ela levanta um dedo exigindo silêncio.

Isso está muito divertido.

.............................................

ELLIE

Quando ela falou comigo, Raddie e Karl não imaginava que isso aconteceria!

Karl também tem uma fera!

Ela me chamou e me remexi no colo de Raddie. Queria correr para abraça-la! Mas Raddie me prendeu com seu braço e cauda. Fiquei surpresa.

- Raddie? – não sabia o que havia feito ele reagir daquela maneira.

- Força do hábito Ellie. – e me solta. Pelo vínculo eu o agradeço por isso.

Corro para ela e a abraço. Sinto seu longo pelo branco, seu cheiro – ela cheira a floresta e vento – e lhe sussurro:

- Você está aqui? Mesmo? Está bem?

 - Sim para todas as perguntas, minha criança. Teu macho ainda reage a nós. Te disse que o instinto de proteção dele era imenso. Eu acho isso muito bom. Vê como se coloca entre você e meu irmão?

- Ainda estamos tentando acertar as arestas. – falo pra ela.

- Os dois são fortes, mas se conversarem vão se acertar. – ela me aconselha.

Ouço Raddie começar a conversar com o irmão da minha fera. Mas Karl saiu do torpor que aquela aparição lhe causou:

- ALGUÉM PODE ME EXPLICAR QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – ele está bem nervoso.

Lhe sorrio e peço que se sente ao meu lado, mas quem faz isso prontamente é Kakaroto.

Ele chama Raddie, que apesar de fazer pouco caso, sinto que está tão curioso quanto nós – e isso inclui os sayajins atrás de nós – para saber o que aconteceu ainda agora.

Meu macho se senta atrás de mim, me colocando entre as suas pernas e envolvendo minha cintura com sua cauda. Me apoio nele e, finalmente, Karl se aproxima.

O irmão de minha fera tem manchas douradas e sua voz é poderosa. Ele cumprimenta Karl.

- Olá Karl. Você é um garoto interessante. – claro que Karl fica indignado.

- Garoto?! – mas lhe dou um tapa na cabeça. Quero ouvir a história deles. Então lembro algo a Karl.

- Calado. Escute, pergunte e aprenda. – Karl me olha surpreso, não era pra ninguém além do ramo dele saber disso.

- Como você sabe isso Ellie? – eu levanto um dedo exigindo silêncio.

- Agora vamos ouvir Karl. Depois vem as explicações.

Minha fera começa a contar a história:

Para os que estão aqui vamos contar nossa história: a história dos Lobos Lanza.

Há incontáveis gerações humanas havia um portal entre o nosso mundo e o dos humanos. Nessa época eu era muito imprudente e jovem, sempre escapava de minha alcateia para explorar este mundo. Fiz conhecidos e amigos entre os humanos, logo histórias começaram a ser contadas sobre mim e minha força.

Estas histórias atraíram atenção de pessoas que não desejavam minha amizade, mas meu poder. Pensavam que podiam me impor suas vontades e me fazer obedecer; eles esperaram e estudaram meus hábitos e daqueles que eu chamava de amigos.

Depois que se achavam preparados, atacaram meus amigos. Eu pressenti a ameaça e, sem me importar com os riscos, corri para ajuda-los; mas nossos inimigos estavam preparados para mim e me aprisionaram à base da força dos números e de magia negra.

Vi meus amigos serem massacrados na minha frente e não pude fazer nada... Por mais que rosnasse e tentasse me libertar, as malditas correntes que me prendiam não se romperam.

Assim fui feita prisioneira.

Ela se virou para o irmão, que continuou a história:

Eu sabia para onde minha irmã escapava quando sumia. A rastreei uma vez, mas vi que aqueles com quem tinha contato eram confiáveis. Além do mais sabia bem a força dela, então simplesmente deixei que fizesse o que quisesse.

Quando seus amigos humanos foram atacados, ela apenas me avisou que iria até eles. Não esperou ou ouviu meus alertas, seguiu sua honra, mas sem usar a inteligência que lhe era tão característica.

Ela não voltava, eu não a sentia, por mais que procurasse seu espírito. Conversei com nossos anciãos e eles foram irredutíveis: o outro lado era perigoso e não deveríamos ir até lá. Minha irmã havia desrespeitado as regras e deveria pagar por isso.

Não aceitei, não me conformei. Me rebelei. Sempre existiu e existirá a lealdade à alcateia, mas a lealdade à minha irmã, ao meu sangue, falou mais alto.

Atravessei o portal e vi quando se fechou, me prendendo aqui, assim como minha irmã.

A busquei onde sabia que seus amigos viviam. Ao chegar encontrei um verdadeiro massacre. Por mais que procurasse não encontrava sobreviventes e não encontrava rastros de minha irmã, o que quer que houvesse acontecido foi encoberto por magia. Eu sentia seu poder, mas não conseguia definir o rastro.

Foi quando eu ouvi. Um pequeno gemido, quase inaudível. Era um pequenino, um filhote, o único sobrevivente.

Estava encoberto pelo corpo de seus familiares, que morreram tentando lutar e proteger a cria. Fui até ele e o ajudei. Ele me abraçou e chorou, pois pensava que eu era minha irmã que havia se libertado.

Quando se deu conta de seu engano lhe expliquei quem era e o que procurava. Vi assombro e fantasmas naqueles olhos, mas também vi surgir força e coragem.

“Eles a levaram. Acorrentada indignamente, como uma fera qualquer!”

Ele havia visto o estandarte dos captores de minha irmã e tinha visto vagamente a direção que haviam tomado. Eu queria seguir imediatamente, mas não poderia deixar aquele filhote abandonado à própria sorte. Nem minha honra e nem minha consciência permitiam. Mandei que subisse em minhas costas e lhe disse o que faria; seus olhos ganharam um brilho selvagem que muito me agradou, pois não era o brilho da loucura, mas da ânsia pela caçada.

A busca não foi fácil e nem rápida. Vários anos se passaram, o filhote virou um rapaz e ainda não havíamos encontrado o paradeiro de minha irmã.

Ele voltou a grande cabeça para sua irmã:

Nesse tempo fui aprisionada em um calabouço, acorrentada e torturada. Queriam os segredos de minha força, de meus poderes. Percebia que ficava cada vez mais fraca. Pensava que se devia às torturas, mas, na verdade, meu corpo não se adaptava ao seu mundo.

Não sabia quanto tempo havia passado naquele inferno, mas houve uma menina, quase uma criança, que teve seu coração tocado por minha desgraça. Era apenas uma serva, mas conseguia trazer um pouco de luz para as trevas em que eu havia sido jogada.

Evitava demonstrar o que sentia, pois temia que a usassem, que abusassem dela... Mas a menina era esperta. Ela havia ouvido histórias e ela mesma tinha algumas habilidades que escondia dos outros. Não tinha a força para nos libertar, mas conseguia diminuir minhas dores e sempre estava atenta, alerta a qualquer chance.

Um dia a chance chegou.

O macho continuou:

Estávamos em uma região montanhosa, de difícil acesso, mas de onde vinham rumores de uma grande fera aprisionada e que urrava todos os dias. Eu e o rapaz fomos investigar. Encontramos a menina catando lenha, quando me viu seus olhos se abriram em espanto, mas correu para mim e me abraçou: “Eles a torturam todos os dias! Tem que ser rápidos ou ela morrerá!”. Ela me disse.

Ela nos contou a disposição do local, da quantidade de soldados, sua força... Tudo. Me impressionei com a minúcia daquelas informações e percebi que há muito tempo planejava uma forma de libertar minha irmã. Quando o momento chegou e, ajudados por ela, eu e o rapaz – que a essa altura já tinha se tornado um guerreiro capaz – invadimos a prisão de minha irmã.

Ver minha irmã, meu sangue, submetida a tamanhas atrocidades e indignidades ferveu meu sangue. Meu lado selvagem e bestial despertou, meu companheiro de batalhas também foi afetado e juntos destroçamos aquele lugar. Rasgamos, mordemos e desmembramos. Juntos. A menina que havia nos ajudado foi protegida por minha irmã, pois houve o risco dela se tornar uma vítima de minha fúria.

Quando todos estavam mortos e a prisão de minha irmã queimava nos afastamos e começamos a cuidar dela para tentar restabelecer sua saúde. Embora os ferimentos físicos tivessem sido curados pela menina, a força de minha irmã não voltava.

Começamos a procurar a resposta disso, pois eu não era afetado, minha força não decaía e, ao contrário, só aumentava. Principalmente quando lutava junto com o rapaz.

Com o tempo a menina virou moça e chamou a atenção do rapaz. Eles acasalaram para alegria de minha irmã e isso lhe deu um pouco de força. Quando os filhotes vieram, minha irmã ficava visivelmente melhor com eles por perto e comecei a pensar se a solução de nosso problema não estaria ali.

Agora era a fêmea que falava:

Eu precisava de uma hospedeira. Alguém que me abrigasse dentro de si. Mas não podia ser qualquer pessoa, deveria haver compatibilidade.

Procuramos por muitas gerações. A menina, que havia sido minha luz, e o rapaz, que tão valente e corajoso foi caçar ao lado de meu irmão, se juntaram a seus ancestrais; mas seus descendentes permaneceram e aumentaram em número. Havia aqueles que se espalharam buscando aventuras e aqueles que permaneceram conosco.

Ensinamos muitas coisas a eles e nunca nos arrependemos da confiança que depositamos neles. Nossa alcateia havia me abandonado e ao meu irmão, mas ali, com os descendentes da menina e do rapaz criamos uma nova alcateia.

Eles se batizaram com a junção dos nomes de seus ancestrais: Lanai e Zan. Minha menina e seu rapaz.

Eles tomaram o lobo como seu símbolo, pois queriam sempre lembrar nossa força, honra e lealdade.

Mas eu ficava fraca, definhava para desespero de meu irmão. Então quando havia perdido as esperanças uma moça apareceu.

Ela sorriu pra mim, ao modo dos lobos, pois já havia contado a mim e a Raddie a história da hospedeira, mas continuou:

Era uma moça valente e forte, herdeira de seu clã, uma guerreira. Mas não era aceita como tal, pois era jovem, solteira e fêmea. Ela era compatível. Conversamos e debatemos. Ela queria minha força, eu queria sobreviver. Combinamos que ela e suas descendentes seriam minhas hospedeiras e que eu não interferiria em seu livre arbítrio, em troca ela teria minha força e meu poder.

Eu e ela nos unimos. Meu corpo e consciência se transferiram para a mente dela e passamos a dividir o mesmo corpo.

Ela conseguiu o que desejava: a liderança de seu clã. Mas agora eu estava longe de meu irmão.

O macho tomou a palavra:

Eu estava feliz, pois, minha irmã vivia, entretanto estávamos separados, talvez para sempre e me entristeci.

O filho mais novo do então chefe Lanza me era muito próximo, nele eu via o espírito indomável e caçador de seu antepassado e descobri que ele era compatível comigo. Busquei seu pai e lhe falei do que se passava em minha mente e coração; lhe disse que permaneceria adormecido, apenas observando e que não interferiria com os desejos do rapaz. Assim como minha irmã eu viveria na consciência de seus descendentes.

O chefe chamou o filho e lhe explicou o que eu pedia. Ele aceitou, apesar da pouca idade, e assim me uni a ele.

A hospedeira de minha irmã acasalou e teve sua própria descendência, assim como o meu. Mas o destino não quis que minha irmã e eu permanecêssemos separados.

Depois de algumas gerações, uma descendente da hospedeira original de minha irmã casou com um descendente de meu hospedeiro. Assim pudemos nos encontrar de novo, embora houvesse desencontros – umas vezes ela dormia, em outras era eu – houve momentos como esse.

E por eles agradecemos profundamente a vocês, nossos hospedeiros.

Nesse momento, para minha surpresa e de Karl, os dois irmãos se inclinaram em nossa direção. Era estranho ver dois indivíduos tão orgulhosos inclinando a cabeça.

Não resisti e os abracei, para desespero de Raddie, que me acompanhou em meu impulso, pois sua cauda ainda estava enrolada em minha cintura.

Ouvi uma risada masculina e um par de olhos âmbar me observando carinhosos e brincalhões:

- Dá muito trabalho ao teu macho, pequena. Ele se desespera com essas tuas ações impulsivas, pois deseja a todo custo proteger o tesouro dele.

Eu lhe sorri e a Raddie, que estava furioso me apertando a cintura com a cauda, ajoelhado atrás de mim:

- Ele está se acostumando.

Ouvi um grunhido atrás de mim e sabia que Raddie reclamaria comigo depois.

- Ellie, você sabia disso tudo? – Karl me perguntava sério.

- De tudo não. Alguém me escondeu uma parte da história. – falo olhando acusadora para a minha fera. – Mas eu sabia da existência dela. Sempre conversamos em minha mente.

- Não te aborreças com minha criança, rapaz. Apenas imagina se ela te falasse ou a qualquer um que uma fera habitava em sua mente. O que fariam com ela? – ela me protege do olhar acusatório de Karl, que logo fica emburrado e se vira para o grande macho a poucos centímetros de seu rosto.

- Você nunca falou comigo. Por que?

- Por que você não escutaria, garoto. É muito confiante e inteligente, mas também era fútil e imaturo. Você pensaria que tinha enlouquecido. – Karl não tinha argumentos contra isso.

- Vocês estão livres? Quero dizer não precisam mais de hospedeiros? – perguntei a eles.

- Não, pequena. Ainda precisamos de vocês, mas agora podemos permanecer por um tempo fora de suas mentes. – o macho me respondeu.

- Como conseguiram fazer isso? Como conseguiram se manifestar? – era Karl que os olhava.

- Foi preciso uma combinação de fatores, garoto. Primeiro, vocês que são nossos hospedeiros deviam estar juntos; segundo, uma grande quantidade de ki deve ser empregada; terceiro, vocês deveriam estar harmonizados, não somente em ki, mas também em mente e coração. Confia plenamente em tua Alfa e ela em ti, isso por si só já foi combustível para ajudar nossa manifestação. – o macho explicou a Karl.

- Vocês tem nomes? – Kakaroto saiu de seu silêncio para fazer uma pergunta que eu nunca tinha formulado.

- Me chamo Doro, sayajin, e minha irmã, Argêntia. – o macho, Doro, fala.

Me abraço novamente à Argêntia e lhe falo ao ouvido: Desculpe por nunca perguntar teu nome.

Ela apenas pisca o olho pra mim: Sem problema criança, nosso relacionamento foi muito turbulento até recentemente.

- Vocês estão aqui para ajudar em alguma coisa ou somente para contar histórias? – Vegeta rosna para os irmãos Lobos. Sei que ele sentiu seu poder e isso está incomodando seu oozaru.

Toco o ombro de Raddie, que dá um suspiro exasperado, mas me deixa levantar. Vou até Vegeta e me coloco em sua frente – apesar dele ser menor que os outros sayajins ainda tinha que levantar a cabeça para falar com ele:

- Não seja grosseiro com eles, Rei dos Sayajins. Eles são nossos amigos e seus aliados. Você presenciou o juramento, você já viu minha força quando eu e Argêntia fizemos a fusão; ao menos respeite a força deles. E quanto a você, oozaru, mantenha suas presas e rosnados para seus inimigos, caso contrário terei prazer em lhe mostrar uma ou duas coisinhas. – nessa hora Raddie engasgou e ficou ao meu lado, enquanto Karl correu e ficou do outro, me protegendo da fúria de Vegeta. Mas eu estava concentrada apenas nele e na fera que me observava através de seus olhos, não recuaria sob o peso de seu olhar, ao contrário, avancei.

Raddie agarrou meu braço e Karl se colocou totalmente em minha frente.

- Afastem-se vermes. Isso é entre eu e minha prima. – Vegeta exigiu firme.

Toquei as costas de Karl e o empurrei de leve para o lado, mas ele não cedeu; nem Raddie largou meu braço.

Rosnei para os dois, que não se impressionaram em nada com isso, me irritei e rosnei com mais vontade:

- Saiam os dois da minha frente!

- Não! – foi a resposta que eu recebi dos dois.

- Saiam ou eu mesma os faço se ajoelhar para Vegeta chutar seus traseiros. – ameacei, mas eles apenas me ignoraram.

- Hahaha! Parece que afrouxou demais a corda prima. Está com uma pequena rebelião em suas mãos. – eu fiquei vermelha com a vergonha que passava, então Doro e Argêntia se aproximaram e jogaram Raddie e Karl para longe de mim.

- Obedeçam sua Alfa! Isso não são modos na presença de outros! – Argêntia ralhava com os dois e se aproximou de mim, enquanto Doro os segurava com seu grande corpo.

Aproveitei o espaço criado por eles e encarei Vegeta de frente:

- Escute aqui Vegeta: a forma como lido com meu Beta e meu companheiro não é da sua conta! – eu cruzei os braços na frente dos meus seios e comecei a bater o pé. – Só te interessa saber que eles são confiáveis.

- Detesto quando fala assim comigo, sem nenhum respeito. – ele rosnou.

- E eu detesto que não confie em mim, mesmo eu já te dando provas que sou confiável! Você acha que eu teria feito a cerimônia do juramento aqui se eu não confiasse em você? – eu estava ainda mais irritada com ele.

- Não confio em praticamente ninguém e ser meu sangue não te torna automaticamente confiável. Nem você deveria confiar plenamente em mim. Nunca se sabe quem eu posso resolver usar ou descartar pra te enfraquecer. – em algum canto da minha mente eu sei que ele quer me passar algum tipo de lição da realeza, mas eu só via a ameaça.

- Se tornar a ameaçar qualquer pessoa ligada a mim eu te esmago Vegeta. Não vai ser bonito e não vai ser fácil, mas te humilharei de forma incontestável. – falei baixa e perigosamente, me aproximando e rosnando em seu rosto.

- Me esmagar é? Esta é uma ameaça interessante. Me pergunto se teria a força para realizar isso. – ele estava sério e frio, do alto da sua arrogância real.

- Você, mais do que ninguém, deveria saber que determinados botões não podem ser apertados sem que aja uma reação. Você vai aguentar a reação se apertar os meus botões? – eu lhe dirijo o meu olhar mais gelado e ameaçador, cheio de promessas sombrias.

Ele levanta a mão até o meu rosto - Raddie rosna e tenta se aproximar, mas é impedido por Doro, embora Argêntia observasse Vegeta de perto - e segura meu queixo avaliando o que via dentro de meus olhos. Depois de um tempo ele se dá por satisfeito e tira a mão.

- É tão minha irmã quanto era de Lars. – ele murmura para mim, sem quebrar o contato visual. – Tem realmente o fogo da guerra correndo em suas veias, o mesmo fogo que corre em minhas veias e nas de Trunks.

Ele se afasta e eu também. No momento chegamos a um acordo.

Raddie se aproxima e de mim e me agarra, apertando meus braços e me olhando furioso. Sinto tudo pelo vínculo.

- Em casa conversaremos seriamente Ellie. – eu enfrento seu olhar.

- Com certeza. – falo erguendo meu queixo desafiadora.

 


Notas Finais


Ok, Ok. Algumas explicações:

1 - Como criei mais uma fera cansei de chamá-los de "fera" e resolvi dar um nome a eles:

Doro = é italiano e significa "dourado". É uma referência à cor das marcas dele.

Argêntia = vem do italiano também, mas o original é "argento" e significa "prateado". Também é uma referência à cor das marcas dela.

2 - Vou passar mais tempo pra postar. Estou em uma crise de escritor e estou demorando mais tempo pra escrever.

3 - Se quiserem opinar sabem que sou toda ouvidos.

Beijos. Amo vocês.


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