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História Encontros - Envenenamento


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi genteeee!
Demorei mas cheguei...
Altas emoções nesse capítulo!
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 60 - Envenenamento


ELLIE

Chegamos em casa e fui atrás de Gine, ela estava na cozinha.

- Gine, posso falar com você? – me dirijo a ela e me sento próxima a ela.

- Claro querida. O que foi? – ela larga o que está fazendo e vem se sentar comigo.

- Aconteceram algumas coisas hoje e acho que talvez não seria bom eu e Karl continuarmos aqui. – começo a falar e Karl se aproxima.

Ela me olha assustada: O que aconteceu?

- Venha Karl. Estou contando a Gine sobre o que houve no palácio. – o chamo e ele se senta próximo de nós.

- Eu perdi a cabeça com algumas coisas que Vegeta disse e o ameacei, ele também não se fez de rogado e devolveu na mesma moeda. Não chegamos às vias de fato, mas o clima ficou muito tenso. – fiz um resumo rápido pra ela.

- Bardock ficou ao lado de Vegeta não foi? – ela logo entende o que aconteceu para eu estar pensando em ir embora.

- Kakaroto também. Não sei se nossa permanência aqui será boa pra vocês e tenho que falar com Raddie também, entretanto queria te deixar prevenida caso decidíssemos ir embora. Não quero que pense que estou com raiva; eu entendo perfeitamente a posição dos dois, mas não quero causar problemas. – explico a ela.

- Querida, não quero que vá! Vou conversar com Bardock e Kakaroto... – ela começa, mas Karl entra na conversa.

- Gine, Ellie está certa. Vegeta se sente muito incomodado com algumas atitudes de Ellie; Bardock é seu conselheiro e Kakaroto seu braço direito. Ele foi agressivo inclusive com Raditz, vai ser bom que nos afastemos um pouco. – ele explica delicado.

Gine está se segurando pra não chorar e eu a abraço; me ajoelho ao lado dela e coloco a cabeça em seu colo, ela começa a passar as mãos em meus cabelos – como desejei receber esse carinho quando era criança :

- Gine, te amo. Amo fazer parte dessa família, mas acho que todos precisamos de um tempo. Tudo tem acontecido em uma velocidade impressionante, mal temos tempo de respirar e algo acontece. – suspiro – Eu, Karl e Raddie precisamos acertar nossas ações para que eu possa ter a força necessária e enfrentar meus inimigos. Não posso fazer isso se continuar entrando em conflito com Vegeta e brigando com Raddie por causa de minha impulsividade.

- Eu sei menina, entendo tudo isso. Mas não quer dizer que eu goste. – ela fala um pouco chorosa. – Se quiserem sair mesmo temos uma casinha longe daqui, no Sul, faz tempo que não vamos lá. É um local isolado, pode ser muito bom pra treinar.

- Obrigada Gine. – agradeço a ela e lhe dou um beijo no rosto. – Você precisa de ajuda com o almoço? – pergunto querendo ajudar, mas ela faz um sinal balançando a mão.

- Não querida, já está tudo quase pronto. Só apareça com o Karl na hora da refeição.

- Tudo bem. Vamos estar no escritório de Bardock, precisamos conversar e qualquer coisa é só chamar. – falo pra ela.

Todas essas coisas estão cobrando seu preço hoje e me sinto cansada, com um princípio de dor de cabeça.

- Vamos Karl. – ele se levanta e me acompanha.

Quando chegamos ao escritório nos sentamos nas poltronas na frente da lareira e Karl cria a redoma de ki.

- E agora Ellie? Como faremos? Acho que pode ser uma boa ideia se afastar e dar tempo pra todos se acalmarem, mas tem que pensar a posição de Raditz. Ele é instrutor e gosta do que faz, também tem o respeito dos recrutas, além do mais, não me parece que vá se contentar em ser sustentado por você... – Karl aponta todos os problemas. Sem dó.

- Criança, abra sua mente. Quero participar da conversa. – Argêntia fala comigo e faço como ela pediu.

Logo ela surge e não demora muito Doro também. Eles se acomodam entre nós e começamos a conversar.

- Sobre Raddie preciso conversar longamente com ele, mas sim, ele não vai aceitar ser sustentado por mim. Não interessa a ele que eu seja rica, mas jamais se submeterá a isso. Seu orgulho não deixaria. Lembro agora do que Bulma falou que eu poderia ser um alvo não só pelo meu sangue, mas também pela posição de Raddie. Talvez Vegeta esteja se sentindo ameaçado também... – falo a todos.

- É uma possibilidade plausível, mas espero que depois do que falou hoje ele volte a pensar racionalmente. – Karl comenta. – E sobre a reunião do conselho? Falta um mês pra acontecer e não temos uma estratégia montada. – ele aponta preocupado.

- Depois que Raddie se feriu e quase o perdi pensei em desistir de contestar a decisão do conselho. – falo pra Karl que apenas acena, sei que ele entende. – Mas Raddie conversou comigo e mudei de opinião. Tenho que enfrentar o conselho, os rumos que a família está tomando não me agradam. Estamos esquecendo quem somos, o que fomos e com isso desonramos a memória de nossos antepassados.

- Fiz muito serviço sujo. Não questionei ou deixei de fazer, mas algumas coisas me incomodaram. Você estava certa quando disse que não concordava com isso e por isso me uni a você. Se Yamcha for confirmado na liderança da família, ele será apenas uma marionete. Será nosso tio e Angus que tomarão as decisões. – ele fala de suas desconfianças e eu também tenho medo, pois se Angus chegar a liderar o clã, ainda que manipulando Yamcha, pode ser terrível.

- Criança, tens minha força e meu apoio. Eu e Doro somos os Lobos Lanza, somente nossa presença já lhe garante apoio de parte do conselho.

- Eu sei Argêntia, entretanto, não podemos ir contra as leis do clã, devemos usar a tradição a nosso favor. Se for à reunião do conselho, lutarei com Angus e não desejo sua interferência. Devo lutar com toda a minha força e provar que sou capaz de vencer. – recebo um olhar de desaprovação dela.

- Irmã, a pequena está correta e sabe disso, se a ajudar dirão que ela não tem força própria. Diga-me menina quão forte és? – quando Doro indaga isso e Karl também fica curioso.

- Não tenho certeza. Nunca cheguei ao meu limite máximo e depois que absorvi parte do poder de Broly, não sei em que nível estou e ainda tem essa força dentro de mim, que tenho medo de usar. – passo a mão em meu peito enquanto falo isso. – É muito selvagem e perigosa, não sei se conseguiria controlar...

- Então estás me dizendo que somente sabe que é forte e que tem consciência que pode ser mais forte, também está ampliando e desenvolvendo seu poder. – ele aponta.

- Sim Doro, está correto. Pensei em treinar com Kakaroto e Vegeta, mas agora não sei mais. Acho que devo treinar somente com Karl agora. Se tiver que atingir meu poder máximo penso que, a essa altura dos acontecimentos, somente você e Raddie devem saber qual o meu limite. Vegeta não confiará que eu não usarei esse poder contra ele.

- Mesmo assim, criança, ainda não fico feliz com a tua decisão. – Argêntia estava contrariada comigo.

Minha dor de cabeça estava aumentando, mas precisávamos resolver logo essas coisas, então empurrei a dor para o fundo de minha mente e continuei conversando.

- Desculpe por isso Argêntia, mas ela já está tomada. – falo com decisão.

Ouço uma risada profunda e vejo o olhar de Doro sobre mim:

- Pequena, é uma Alfa realmente. Irmã, não a perturbe mais. Além do mais precisamos treinar estes dois e melhorar suas habilidades; garoto, gostei de sua atitude diante do rei sayajin e já sei que controla a neve e o gelo, mas o que mais pode fazer? – Doro vira pra Karl que faz uma cara irritada.

- Não me chame de garoto! Já me basta o meu coroa, não preciso de outro! – Doro apenas o olha zombeteiro e escondo um sorriso atrás da mão – Descobri que posso fazer isso – ele concentra ki na mão e o transforma em uma espada da qual caem flocos de neve, é muito bonito.

- Muito bom garoto. – Doro recebe um olhar atravessado de Karl e se vira pra mim. – E você pequena?

- Eu só fiz isso uma vez, quando estava fazendo a fusão com Argêntia, mas o resultado foi esse. – eu me lembro do processo e tento reproduzir, não foi difícil, logo estendo meu ki e formo garras.

- Ora essa! Por isso não esperava, garras de ki, são boas para combate corpo a corpo bem próximo. Pensei que teria um arco ou uma lança... Parece que tenho que aprender um pouco mais sobre ti. Mas quais serão teus elementos, pequena? – ele se aproxima e senta à minha frente. – Teremos que fazer um pequeno teste, mas não hoje, me parece cansada.

Eu sorrio pra ele: Realmente, me sinto cansada e tenho uma pequena dor de cabeça. Falei pra Karl que pensava em descansar, mas nossa conversa não podia esperar.

- Antes de sair para descansar Ellie quero te dizer algo que Broly falou. Quando eu cortei o ataque de ki dele com essa espada ele disse que você fez a mesma coisa em sua luta com a sayajin; você usou essas garras? – Karl pergunta.

- Sim. Seripa e a irmã me atacaram com um ataque conjunto, mas fui capaz de rasga-lo com essas garras. Por que? – pergunto a Karl.

- Ele falou algo sobre ser característica de nossa linhagem. O que pensam que ele quis dizer?

- Não sei Karl, mas poderíamos pesquisar e Argêntia e Doro poderiam esclarecer mais coisas... Mas realmente me sinto cansada... – sinto um enorme peso, como se meu corpo pesasse várias toneladas. – Quero me deitar e ... – tudo fica escuro.

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KARL

Depois da conversa com Gine vamos ao escritório trocar ideias e conversar sobre todos os rumos possíveis, mas de repente Ellie se sentiu mal!

- Ellie! – corri até ela, mas Doro a amparou, pois estava bem à sua frente. Ele segurou o peso dela e a colocou de volta na poltrona.

Eu toquei nela e vi que estava com febre alta!

- GINE! – gritei, mas esqueci da minha redoma e a desfiz antes de gritar de novo. – GINE! ME AJUDE!

Peguei Ellie no colo, ela está inconsciente e não consigo que me responda, mesmo a sacudindo.

Gine chegou e deu de cara com os dois lobos e Ellie desmaiada no meu colo. Primeiro ela estacou, mas depois seguiu seu instinto materno e correu pra Ellie:

- O que aconteceu?

- Não sei. Ela disse que se sentia cansada e que estava com dor de cabeça, depois desmaiou e quando fui pegá-la ela estava com febre. – contei rápido.

- Vamos leva-la pra o quarto. Vou lhe dar um banho frio. – ela corre para o quarto de Ellie e Raditz, liga o chuveiro, Argêntia a segue de perto.

- Karl. – ela me fala – Vou voltar para a consciência de Ellie. Ela precisa de mim.

- Certo. – a vejo desaparecer enquanto Doro permanece comigo e Ellie.

- Saia Karl. Eu cuido de Ellie. – Gine está em seu “modo mãe” e não aceita contestação.

Eu saí junto com Doro e fiquei do lado de fora esperando.

- O que será que houve? – eu pensava em voz alta. – Não me lembro de Ellie doente em nenhum momento de sua vida!

- É estranho, mas vamos ver se o tratamento que aquela fêmea mais velha lhe dá a faz melhorar. – Doro opina.

Não demora nem cinco minutos e Gine aparece pálida na porta.

- Karl – diz com urgência na voz – Ligue para Raditz. Diga que nos encontre no Hospital Central. Depois venha me ajudar com Ellie, precisamos voar rápido.

Não a questiono ainda, mas sei que deve ser grave. Faço o que diz, mas tento o vínculo telepático que agora tenho com Raditz:

- RADITZ! Está me escutando? – tento.

- Karl? O que faz na minha mente otário? – ele responde, sem acreditar que o vínculo é real.

- Me encontre no Hospital Central. Estou indo pra lá com Gine. – informo.

- O que aconteceu com minha mãe? – ele pergunta assustado.

- Nada. O problema é com Ellie, não sei o que é, só nos encontre lá. – falo rápido.

- Karl, já vesti uma roupa em Ellie. Rápido. – Gine me chama.

- Karl? Cadê você? Me fala como Ellie está. – sinto o seu nervosismo através do vínculo, mas não posso mentir.

- Ela está mal Raditz. Nos encontre lá. – termino o contato e olho pra Doro que acena e desaparece. Gine olha espantada, mas depois se volta para Ellie.

- Vamos! A temperatura está aumentando e ela está tendo tremores. – Gine corre pra fora e a acompanho.

Voamos o mais rápido possível e chegamos no Hospital Central. Gine abre caminho e se impõe:

- Preciso de uma internação. Rápido! É a companheira de meu filho. Ela está com dor de cabeça, cansaço, febre alta, tremores involuntários e manchas negras no corpo que tem a aparência de teias de aranha.

- O que disse Gine? – pergunto temeroso.

- Sobre o que Karl? – ela está impaciente e vejo enfermeiros chegarem para tirarem Ellei de mim, mas a seguro firme.

- Sobre as manchas. Fale Gine... melhor, me mostre. – ela estranha, mas mostra uma grande mancha na barriga de Ellie. Deve ter pelo menos um palmo e é estriada, negra, lembra uma teia de aranha e tem uma aparência maligna...

- Veneno Drim! – exclamo e ninguém me entende. – A coloquem no soro e a mantenham hidratada! Façam um exame de sangue e contem a quantidade de hemácias e leucócitos. Ela foi envenenada! Vou tentar providenciar o antídoto. – falo rápido e entrego Ellie aos médicos. – Façam o que falei e não tentem medicá-la, só vai piorar se fizerem isso.

Nesse momento Raditz chega com um olhar assustado no rosto e vê Ellie desacordada na maca. Ele anda até ela e segura sua mão, mas ela nem se mexe, parece morta.

- Mãe! O que aconteceu com Ellie? O que minha companheira tem? – ele pergunta pra mãe e depois aos médicos.

- Ela foi envenenada. Já disse o que os médicos podem fazer para retardar o efeito, mas se eu não conseguir o antídoto Ellie não vai resistir. – falo rápido e vejo a face de Raditz se contorcer de ódio.

- Sabe quem fez isso? – sua voz é mais um rosnado.

- Ainda não, mas preciso do Kakaroto. Chame ele aqui, vamos ter que viajar rápido. Mantenha o foco. – seguro o braço dele e lhe dou uma sacudida. Ele apenas acena e fala no scouter.

Ellie é levada para um quarto isolado e Gine a acompanha. Espero Kakaroto chegar, ele não demora a aparecer e trás junto Bardock e Vegeta.

- Me atualizem. O que houve com Ellie? – Vegeta pergunta autoritário.

Eu olho para sua expressão arrogante, mas também vejo algo em seus olhos, assim como nos de Bardock, respiro e começo a explicar a todos:

- Ellie foi envenenada, o veneno é muito raro e o antídoto mais ainda, ele age rápido. Então não tem muito tempo que aconteceu. Sei quem tem o antídoto e posso pegar, mas precisamos do teletransporte. – falo baixo.

- Eu conheço a pessoa que tem o antídoto? – Kakaroto pergunta. – Se eu não conhecer a pessoa não tenho como seguir o ki e teletransportar...

- Não. É meu coroa... – explico passando a mão nos cabelos.

- Entre em contato e o mande para algum lugar que eu já tenha ido. Ellie ainda tem o apartamento na capital? – ele oferece uma solução, mas eu balanço a cabeça.

- Ela se livrou dele assim que se mudou pra cá. Ela não tem mais nenhuma propriedade, somente dinheiro. Ela capitalizou tudo. Além do mais o velho está escondido, estão ameaçando ele por nos ajudar a marcar a reunião do conselho... – Pense Karl!

- Ligue pra ele e mande que se desloque para o Império Sayajin. Dentro de nossas fronteiras será mais fácil para Kakaroto se deslocar. – Vegeta ordena ríspido.

- Ellie pode não aguentar tanto tempo... – sussurro meu medo.

- Ela vai aguentar. – Raditz rosna. – Acasalei com uma guerreira Karl! Uma que enfrenta mais demônios a mais tempo do que você possa imaginar. Ela vai lutar e vai aguentar.

- Ok, Alfa. Vá ficar com sua fêmea, vou ficar aqui e entrar em contato com meu coroa. – enquanto vejo Raditz caminhar em direção ao quarto de Ellie, pego o celular e começo a fazer ligações.

- Bardock! – Vegeta se manifesta. – Prepare a remoção de Ellie para o palácio, não a quero aqui. Está muito exposta, no laboratório de Bulma poderemos restringir o acesso a ela; quando descobrirem que ela está aguentando vão tentar de novo. – Bardock apenas acena e vai até a recepção fazer os preparativos do transporte.

Ficamos apenas eu, Kakaroto e Vegeta. Já tentei vários telefones do velho, mas ele não atende, então tento a única pessoa além de minha mãe que deve saber onde ele está:

- Quero falar com o coroa Marco. Encontre-o com urgência, não posso esperar e não posso brincar com ele. Estou estabelecendo nível Alfa Red. – falo com o secretário do coroa. Ele deve saber onde ele está e o ouço ofegar quando ouve o código que lhe dei.

- Alfa Red? Mas o sr. Frank está bem... – ele começa a falar, mas eu o corto.

- É de Ellie que falo. Agora chega de papo! Localize-o e mande entrar em contato. Estou esperando. – desligo e torço pro coroa não demorar a responder.

- Que veneno é esse que usaram em Ellie? – Kakaroto pergunta.

- Veneno Drim. Feito a partir de uma planta e o veneno de uma aranha muito rara. É rápido e eficaz, dependendo da pessoa mata em minutos, mas se a vítima for forte leva algumas horas. Esse é o tempo que Ellie tem. – falo pra eles.

- Bulma pode sintetizar o antídoto. – Vegeta fala confiante, mas eu apenas balanço a cabeça.

- Ela poderia se tivesse tempo. Essa é a palavra chave: tempo. – Olho impaciente para o celular esperando uma ligação que está demorando a chegar, ainda tem que pensar que o coroa tem que pegar o antídoto em algum lugar e se deslocar pra cá... Tsc.

- Como poderíamos ganhar tempo? O veneno está no sangue... – Kakaroto falava alto – E se filtrássemos o sangue dela? – ele fala e eu o olho sem acreditar. Ele está certo!

- Pode dar certo... O veneno já está nos órgãos, mas podemos filtrar o sangue e diminuir a quantidade, dando tempo pra Ellie. – pondero a sugestão de Kakaroto.

- Vou falar com Bulma. Ela pode preparar o laboratório com uma máquina que faça isso. – Vegeta toca seu scouter e começa a falar com alguém, acho que é Gohan.

- Já estão preparando o laboratório. – ele fala depois de alguns minutos.

- Ellie está sendo preparada para o transporte. Gine vai com ela, Raditz vai voar conosco. – Bardock explica resumidamente. O olho com atenção e percebo pequenos detalhes que mostram o quanto está tenso. Ele não vai falar nada, mas está tão abalado quanto todos ali.

- Agora vamos tratar de outro assunto: como, quando e quem envenenou Ellie. – Vegeta vai direto ao ponto.

- O veneno é rápido. Leva cerca de uma ou duas horas para se espalhar e depois mais alguns minutos para começar a fazer efeito. – explico começando a fazer cálculos sobre o tempo.

- Mas nesse tempo ela estava no escritório ou então tinha acabado de sair dele. – Kakaroto fala outra vez e me lembro.

- O jardineiro! – todos me olham sem entender. – Encontramos e esbarramos em dois homens, eles não estavam na área privada, mas estavam muito perto e Ellie ficou desconfiada, depois achou que era paranoia... Ela disse que teve um pressentimento! Preciso ver Ellie, quero confirmar.

- Apenas quando chegarmos no palácio. Vamos aproveitar e ver as fitas de segurança. Quero ver os rostos desses insetos. – Vegeta fala com algo sombrio no olhar. Esses caras não vão ter uma morte fácil...

O médico chama Bardock e comunica que Ellie já vai ser transferida. Raditz aparece no corredor e se dirige a nós.

- Vamos, não quero deixar Ellie e minha mãe sozinhas. Embora eu tenha pena de quem tentar algo contra Ellie agora, mamãe está “daquele jeito”, rosnando pra qualquer médico ou enfermeira que chega perto delas. O ki dela está bem agressivo também. – ele fala, tentando fazer humor da situação, mas sei o quanto deve estar preocupado.

- Seu irmão teve uma ideia... – não termino de falar. Meu coroa está ligando.

- Alô coroa. Onde está? – não deixo nem que ele fale, já vou ao que interessa e todos os sayajins estão ouvindo a conversa.

- Olha como fala rapaz. Que história é essa de Alfa Red? – ele pergunta me enrolando.

- Escute bem coroa e não me interrompa. Ellie foi envenenada com Drim, preciso do antídoto e você precisa trazer até aqui no Império Sayajin. Ela está sendo transferida agora para um lugar mais seguro. – disparo rápido enquanto andamos atrás de Raditz.

- Drim? Não estou perto do antídoto, vai demorar duas horas pra chegar até ele, fora o tempo da viagem até aí. Ela não vai aguentar. – ele fala sério e frio.

- Escute aqui coroa, você vai pegar a porra do antídoto e mover seu rabo até aqui! Não vai enrolar e não vai falar nada, vai obedecer – rosno alto agora – Minha Alfa vai estar viva e esperando esse antídoto e, a menos que queira enfrentar a fúria de um monte de sayajins, vai ser rápido! – termino em um rosnado e espero que ele fale.

- Quando chegar, vamos ter uma conversinha sobre como deve se dirigir ao seu pai, rapaz! Quando estiver nas fronteiras do Império Sayajin te ligo novamente. Mas já aviso que vou demorar pelo menos seis horas para chegar. – ele fala mais frio e com arrogância.

- Só venha! Ela vai estar viva. – e desligo o telefone.

- Escutaram? – pergunto aos machos ao meu redor e eles acenam. – Seis horas... – suspiro. Sei que normalmente uma vítima de Drim, mesmo uma forte, só aguenta quatro horas.

- Como você disse Karl, ela vai estar viva. – Raditz fala.

Escoltamos a nave que transporta Ellie até o palácio.

.................................................

RADITZ

Os recrutas estão muito moles! Estou pegando muito leve com eles e sei que é porque eu tenho pensado mais em Ellie do que no trabalho, então, resolvo dar um treinamento ao estilo Raditz. Quero ver se Vegeta vai falar algo sobre preferências...

Estou no meio do treinamento quando ouço um grito na minha cabeça. Karl? O que Karl está fazendo na minha cabeça?

Como assim Hospital Central? Mas o que está acontecendo porra?!

Ellie! Ellie envenenada? Vou esquartejar os desgraçados responsáveis por isso! Mas antes tenho que ajudar minha fêmea da maneira que puder.

Minha mãe está andando de um lado para outro como uma fera protegendo a cria, ela está rosnando e agressiva com qualquer estranho que chega perto de Ellie. Tudo tem que passar pelo olfato dela... A observo de perto, pois ela pode matar qualquer um nesse estado.

O médico vem falar comigo. O velho está providenciando a remoção de Ellie para o palácio. Vegeta exigiu. Desgraçado orgulhoso! Não fala nada depois daquele show no escritório e vem dando ordens e se impondo, entretanto, para proteger Ellie o palácio é a melhor solução.

Finalmente o pai de Karl liga, mas vai levar seis horas para chegar com o antídoto. Seis horas em que a vida de minha fêmea vai estar no fio da espada.

Ellie é forte. Ela vai aguentar. Tenho que acreditar nela como acreditou em mim, que voltaria pra ela. Ela vai voltar pra mim.

.....................................................

NARRADORA

Um homem corria apressado para entregar a notícia ao seu superior. Ele sabia que podia morrer por dar aquela notícia, entretanto, era necessário que aquele homem soubesse o que se passava.

Ao chegar à porta do escritório, bate para se fazer anunciar e escuta a voz do outro lado, autoritária:

- Entre!

O mensageiro obedece imediatamente, mas espera a ordem:

- Fale. – diz o superior, satisfeito que os homens obedecem à hierarquia que ele impôs à força de exemplos drásticos.

- Senhor, Ellie Lanza ainda está viva. O espião no palácio viu uma movimentação estranha e descobriu que ela estava no Hospital Central e agora está sendo tratada no laboratório da rainha sayajin. A vigilância está sendo feita pelos machos da família e somente a sogra e a rainha tem autorização para entrar em contato com ela. – o mensageiro termina de dar a notícia e espera a fúria do homem à sua frente.

Ele se move lentamente em sua direção, mas o mensageiro não recua, ele sabia o que poderia acontecer ao dar a notícia:

- Tem certeza sobre essas informações? – o homem pergunta o olhando de toda a sua altura.

- Sim senhor! O espião procurou se informar minuciosamente antes de mandar a mensagem. – o mensageiro confirma.

- Avise aos outros que não quero ser interrompido pela próxima meia hora, sob pretexto algum, tudo poderá esperar. Dispensado! – o superior volta as costas para o mensageiro, que sai rapidamente para executar a ordem, entre aliviado e espantado por ainda estar vivo.

Quando se viu sozinho o homem foi sentar-se em sua escrivaninha, apoiando os braços sobre a mesa e pensando, planejando seu próximo passo.

A sobrevivência da Lanza era uma surpresa, pois ele sabia da potência do veneno. Somente o fato dela estar resistindo até agora demonstrava que não era alguém a ser menosprezada como seus associados sempre afirmavam.

Não. Aquela mulher era um problema e deveria ser eliminada. Se o veneno não fizesse o serviço ele teria que arrumar outro jeito de acabar com a vida dela.

Mas também deveria saber o que a família real queria tanto com ela e o primo. Isso o estava incomodando, mas o espião não tinha notícias sobre esse motivo.

Tinha menos de um mês para fazer os preparativos e ainda não tinha eliminado esses obstáculos. Precisava agilizar alguns planos.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Beijos.


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