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História Encontros - Treinando com Kakaroto


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente!
Desculpa não ter postado ontem, mas a internet estava um lixo.
Pra compensar vou postar dois capítulos hoje.
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 65 - Treinando com Kakaroto


 

NARRADORA

Raditz estava furioso! Tinha sido enganado e isso poderia ter causado a morte da sua companheira...

Depois que Kakaroto e Vegeta o acalmaram decidiram que os dois iriam junto com Ellie, Raditz e Karl até a reunião do Conselho Lanza; também acharam melhor Ellie não saber de nada.

Diriam a ela que estavam indo como aliados e não como reforços contra uma traição.

Raditz também falou sobre a ideia de Kakaroto e Vegeta treinarem Ellie. Continuava não gostando da ideia, mas agora, mais que nunca, precisava ter a certeza de que Ellie poderia ganhar de Angus.

Kakaroto ficou muito animado. Já não era de hoje que queria se testar com Ellie; já Vegeta estava incomodado – ele nunca admitiria para os outros, mas tinha receio de descobrir que Ellie era mais forte que ele, já bastava o Kakaroto. Felizmente o idiota do seu amigo nunca foi de contar vantagem por aí, pra ele bastava provoca-lo durante os treinos, o que já era irritante o suficiente.

Raditz saiu da reunião e foi direto para o quarto onde se hospedava com Ellie. Ao chegar na porta deu de cara com seu velho e Nappa.

..............................

RADITZ

- As coisas estão tranquilas velho? – fui direto ao ponto.

- Sim, moleque. Ninguém veio até aqui e sua mãe falou que ela mesma vai preparar as refeições de Ellie. Ela e Chichi foram lá em casa buscar roupas para todos, devem estar voltando. – Bardock falava sério e vigilante.

- Vegeta vai chamar vocês dois pra conversar, mas antes temos que tirar o Gohan do laboratório pra ele fazer a guarda da porta. Vou mandar o Karl ficar aqui com vocês. – recebo um olhar intrigado dos dois, mas entro no quarto para conversar com minha fêmea. Ela deve ter sentido nosso ki e foi uma surpresa ela não ter invadido a reunião.

Assim que entro dou de cara com Karl e Doro alertas, eles relaxam quando me veem. Olho para a cama e Ellie está dormindo, parece que ainda está cansada.

- Os moleques estão bem? – Karl pergunta baixinho.

- Sim. Só receberam uma semana de castigo. Mas, em compensação, os dois vão passar mais tempo com os pais. – Karl dá um pequeno sorriso, mas depois olha desconfiado para Ellie.

- Ela está aborrecida comigo. – ele diz com um suspiro – Porque não a levei até a reunião. Ellie, às vezes, não tem muita noção do que não pode fazer; acho que tem que explicar isso a ela Raditz... Também ainda está fraca. Adormeceu logo depois que vocês chegaram, foi como se não tivesse forças para ficar acordada. – Karl fala preocupado.

Me aproximo da cama para observar Ellie com mais calma. Está pálida e olheiras marcam seu rosto, parece que ficou vários dias doente.

- O que o veneno pode ter feito a ela a longo prazo? – pergunto preocupado, pois sei que ela já estaria restabelecida se fosse algo mais comum.

- Não tenho como saber. Não existe nada registrado. – Karl suspira e olha para Doro procurando alguma resposta.

- Veneno Drim é poderoso. – ouço Doro responder. – Entretanto, a pequena tem do seu lado o DNA sayajin, que a torna mais resistente, e a presença da minha irmã, o que aumenta a sua força. Ela é a única que durou tanto tempo desde que o veneno foi criado, vamos ter que observar e aguardar. Mas, tenho a impressão de que essa pequena teimosa resistiria ao Drim mesmo sem minha irmã – o grande lobo se aproxima de Ellie e cheira sua mão, depois se afasta e dá um enorme sorriso de lobo – Nunca pensei que encontraria alguém com o mesmo espírito forte e corajoso de Zan, mas o sangue dele corre forte nessa pequena.

- Pensei que o espírito de Zan só aparecesse em homens. – Karl fala devagar.

Doro dá uma pequena gargalhada:

- Garoto! Tem muito o que aprender... – Karl fica irritado com a forma como Doro o chama, mas eu quero que ele explique essa história de espírito.

- Escute aqui! Já lhe disse pra não me chamar de garoto! Não sou um garoto, sou um homem feito! – Karl estava irritado.

- Garoto. Você sempre será um garoto pra mim, mesmo quando já for um velho! Faz ideia de quantos anos eu tenho?! – Doro fala irritado com Karl, que está prestes a responder quando eu interfiro.

- Calados! Vão acordar Ellie! – e nós três olhamos em direção a cama, mas para nossa surpresa ela estava dormindo pesado e nem tinha se mexido.

- Essa aí tem um sono pesado... – disse Karl sem acreditar muito no que via.

- O que eu quero é que você explique melhor essa história que estava falando sobre espírito. – falei pra Doro cruzando meus braços e esperando que ele continuasse.

- Zan enfrentou muitos desafios ao longo da sua vida, mas foram os fantasmas da infância que mais o fortaleceram. Ver a família e os amigos serem massacrados, a destruição de seu lar, testemunhar a captura de minha irmã e se sentir impotente... Eram pesos que ele carregava e que poderiam ter destruído um homem mais fraco, mas Zan os usou para ser mais forte, mais concentrado, mais determinado. – Doro explicava.

- Como Ellie com seus próprios fantasmas de infância... – comentei com o lobo.

- Correto. O espírito não é masculino ou feminino, ele apenas é. Às vezes acontece de sentir mais afinidade com determinado gênero, como é o caso de Zan, mas, também pode acontecer dele sentir mais afinidade, um chamado, por um tipo de vida, um tipo de obstáculo a ser superado, que o tornará mais forte. Não estou dizendo que Zan retornou na pequena. – ele explica antes que Karl pergunte algo. – Estou dizendo que ela tem as mesmas características que tornaram Zan o que ele foi. Ela é uma caçadora e ela ama a caçada. Tenha isso em mente sayajin: não acasalou apenas com uma Alfa, mas com uma que não se satisfaz somente em observar e arquitetar, ela vai para frente, comanda pessoalmente a caça e o primeiro e último golpes – os mais perigosos – sempre serão dela.  – Doro fala para mim e olho para minha fêmea.

- Pode ter razão, mas ela não estará sozinha nessa caçada. – me aproximo de Ellie e toco seus cabelos, então me dou conta de que Karl e Doro ainda estão aqui e Karl está com um sorriso irritante no rosto. Fico corado.

- Fora os dois! Vão render meu velho e Nappa! – mando com raiva.

- Calma, calma! Já estamos saindo... Raddie! – Karl fala irônico e por um segundo eu penso que ele não tem amor a vida e disparo um pequeno tiro de ki na cara dele.

- Fora! – estou prestes a pular em cima dele quando ouço a voz de Ellie.

- Raddie? – ela está sonolenta e me volto em direção a ela.

- Vá atender a pequena, sayajin. Eu tiro o garoto daqui. – disse Doro puxando Karl que somente ria debochado.

Ele ia me pagar esse riso na próxima vez que treinarmos. Mas agora preciso conversar com Ellie.

- Oi baby, estou aqui. – digo me deitando ao lado dela e a aconchegando em meus braços.

- Os meninos estão bem? – ela levanta o rosto para mim e eu acaricio sua face.

- Sim, baby. Eles ficaram de castigo por uma semana por terem desobedecido aos pais, mas também passarão mais tempo com eles. Acabou acontecendo o que você queria. – dou um meio sorriso pra ela, que me sorri de volta.

- Vou sentir falta de treinar eles, mas acho que já podem dar trabalho aos pais a ponto de surpreendê-los muito. – Ellie está contente, mas tem algo no olhar dela... Pelo vínculo sinto que também está triste.

- O que está te deixando triste? – a viro na cama e me coloco por cima dela e pergunto a olhando atentamente.

- Ainda vai demorar pra poder termos nossos filhotes... – ela está brincando com minha armadura e não está me olhando, estranho aquele acanhamento de Ellie.

- Tem mais alguma coisa que quer me contar? – insisto com ela.

- Acho que o espírito de Lars me visitou... – sua voz treme e ela está evitando me olhar. – Houve um momento, depois de não sei quanto tempo, acho que logo depois que recebi o antídoto... Eu estava tão cansada Raddie... Tão cansada que quase desisti... – ela então me olhou receosa e lambeu os lábios. Eu segurei a respiração e esperei que continuasse. – Ele pediu que escolhesse entre ele e você. – lágrimas escorrem dos olhos de minha fêmea, mas não a interrompo e deixo que continue – Eu escolhi você e não me arrependo, mas doeu. – ela está muito chorosa agora e eu apenas afundo meu rosto em seu pescoço, beijando devagar a minha marca.

Começo a acariciar sua perna com minha cauda e sinto que ela está suspirando. Ellie sempre fica excitada muito rápido, ela já me disse que meu cheiro é um afrodisíaco potente para ela, o que me deixa muito orgulhoso.

- Minha Ellie, não sabe o quanto eu fico contente com sua escolha. – digo enquanto faço uma trilha de beijos de seu pescoço até o queixo. – Não se preocupe... Te encherei de filhotes. Nossa casa terá que ser enorme para tantas crianças. – a faço sorrir com isso e enxugo suas lágrimas.

- Promete? – ela pergunta risonha. – Quero muitos filhos para amar, cuidar, educar e treinar. – depois acrescenta com um sorriso maroto – E você vai me ajudar nisso... Lembra?

- Claro que lembro. – digo a beijando levemente nos lábios, ela está fraca e sonolenta, tenho que me conter, pois a vejo bocejando e lutando pra se manter acordada. – Não se preocupe, vou ser um pai muito presente. – sorrio pra ela, que me abraça com as pernas, me provocando.

- Se tivermos meninas não quero que as sufoque sendo superprotetor. – ela toca meu rosto e respiro fundo com o que ela quer que eu prometa.

- Não posso prometer isso, baby. Está em nosso DNA, não é algo que os machos sayajins consigam controlar... Somos superprotetores com qualquer fêmea ligada a nós: mãe, irmã, filha, companheira... – tento explicar a ela, que franze o cenho pra isso, enquanto encobre outro bocejo.

- Então aquela conversa que tiveram antes acontece em qualquer família sayajin? – ela perguntou curiosa agora.

- De certa forma sim. Embora fêmeas sayajins tenham liberdade para fazer o que quiserem a partir da maioridade, sempre são vigiadas pelos familiares machos e qualquer candidato a parceiro passa por um incrível julgamento dentro da família. Não é nada formal, apenas se quer saber se os pretendentes terão condições de proteger e manter a fêmea e qualquer cria que possam gerar. – ela está muito curiosa e isso a está mantendo acordada.

- Quer dizer que se Lars, Karl ou Vegeta quisessem poderiam ter tornado a sua vida um inferno se tivéssemos sido criados como sayajins? – ela pergunta travessa e me divirto com essa possibilidade.

- Sim e eles estariam no direito deles. – dou outro beijinho nela que continua sorrindo, agarrada a mim. – Agora vai descansar. Dentro de alguns dias vai começar a treinar com Kakaroto e precisa estar bem, pois o louco do meu irmão caçula está impaciente pra lutar com você. – ela me dá um sorriso radiante e me puxa para um longo beijo. Quando me larga suspira e fala:

- Assim que estiver melhor vou te recompensar por isso. Vamos ter uma noite muito boa. – ela diz maliciosa.

- Vou cobrar essa promessa, mas agora descanse. – volto a me ajeitar na cama e a abraço. Ellie dorme quase instantaneamente.

...................................

NARRADORA

Ellie precisou de quase uma semana para se recuperar totalmente do veneno. Nesse tempo permaneceram no palácio e sempre era vigiada por pessoas de confiança, além de Gine preparar ela mesma a comida deles todos.

Ela não queria arriscar que ninguém fosse envenenado...

Enquanto Ellie se recuperava, Raditz retomou sua rotina como instrutor, pegando pesado com os recrutas. Tinha atrasado muito o treinamento de algumas turmas e agora queria compensar... Para desespero dos recrutas envolvidos.

Karl ainda se adaptava à convivência com Doro, embora tivesse começado a perceber pequenas alterações interessantes em si, como os sentidos mais aguçados, nada parecido com os sayajins, mas melhor que os sentidos humanos normais. Um dia, estava tão entediado que foi procurar o pai para treinar. Precisava afiar algumas habilidades que não conseguiria no treino normal com Raditz ou Kakaroto, além do mais estava estranhando não ter retorno de nenhum de seus contatos... A essa altura algum deles já deveriam ter retornado com alguma notícia... Mas nada! Aquilo o estava deixando muito incomodado...

................................

KARL

Levo meu coroa para a arena de treino do palácio. Chegando lá encontramos Ellie, sentada um pouco afastada, acompanhando o treino de Kakaroto, Goten, Vegeta e Trunks; os pais resolveram treinar em duplas naquele dia e Ellie estava empolgada assistindo.

Me aproximo junto com o coroa e ele também observa interessado a luta que está acontecendo.

- Sobrinha. – ele a cumprimenta como sempre e isso me faz rolar os olhos, quase nunca a chama pelo nome, apenas pelo parentesco. Chega a ser irritante, mas Ellie sempre revida da forma dela, começo a perceber isso e lembrar de pequenos gestos que, percebo agora, eram de rebelião à situação em que se encontrava dentro da família.

- Tio Gus! – meu coroa cerra a mandíbula e eu sorrio com isso, ele se irrita profundamente com esse apelido que ela lhe deu ainda quando não sabia falar direito – Que surpresa vê-lo longe da tia Carol e do Marco!

- Sua tia e Marco saíram para fazer compras. – ele informa com um leve suspiro. Minha mãe ia gastar rios de dinheiro!

- Tia Carol é um perigo em um shopping com Marco. – Ellie fala sorrindo – Como ela o convenceu a permitir isso? – ela estava curiosa, pois em geral o meu coroa era um avarento.

- Ela tem seus meios, sobrinha... – a mensagem implícita fez Ellie abrir a boca surpresa e ficar corada, para o agrado do meu coroa... Caralho! Isso foi embaraçoso pra mim também...

- Ainda continua não querendo me dizer a lista de compradores de Drim nos últimos doze meses? – ela pergunta de supetão, mudando de assunto rapidamente.

- Continuo. – foi só o que respondeu e Ellie fez um bico emburrada como uma criança. Estranho aquele tipo que ela está fazendo para o meu coroa... Ela deveria estar mostrando que é forte e capaz.

- Devia deixar de bancar o difícil tio Gus! – ela fala de braços cruzados e fazendo pose de menina mimada. – Vai acabar me dizendo o que quero saber... Vai descobrir que consigo o que quero, não importa quanto tempo leve pra isso. – nesse momento ela dá um sorriso feroz e meu coroa a observa com atenção.

Hmm... Que tipo de jogo Ellie está fazendo com o meu coroa?

- Está mesmo diferente do que me lembro. – o coroa fala colocando a mão no queixo e a analisando, ela apenas sorri de novo e fica balançando as pernas na mureta, como uma criança levada.

- Talvez... – ela fala pensativa – Ou apenas esteja mostrando a você como sempre fui e escondi de todos... – ela o olha de lado com um sorriso irônico nos lábios. Isso deixou meu coroa com a pulga atrás da orelha...

Acho que estou começando a entender o que Ellie quer... Atiçar a curiosidade do coroa para que se ele não fique ao seu lado, mas ainda permaneça neutro e sem preconceitos em relação a ela.

- Mas o que vieram fazer aqui? – ela muda de assunto novamente.

- Chamei o coroa pra treinar. – respondo pra ela, que dá um sorriso enorme, mas seus olhos brilham por outro motivo que não é felicidade. Curiosidade.

- Vou liberar a arena pra vocês. – e dizendo isso dá um enorme e agudo assovio, que interrompe o treino dos sayajins.

- Ellie! Quer nos deixar surdos? – Kakaroto pergunta colocando as mãos nos ouvidos.

- Não. Quero que deem uma folga. – ela responde sorrindo. – Podem liberar a arena para tio Gus e Karl treinarem? – ela pergunta aos sayajins que não estão muito felizes, mas os filhotes começam a flutuar à minha volta tagarelando.

- Karl, Karl! Vai mostrar algum daqueles truques? – era Goten que perguntava animado. – Aqueles que você falou que só o pessoal da sua família sabia fazer?

- Isso mesmo! Sempre nos deixou curiosos e nunca mostrou nada. Acho que era só conversa. – Trunks me provocava, mas o problema não era isso...

Ao meu lado e me olhando como se eu fosse criança de novo prestes a levar uma sova estava meu coroa.

- Andou se gabando de novo? Já não ensinei que não deve ficar falando do que pode fazer por aí? – ele estava sério e eu imaginei que ia me dar um cascudo ali mesmo.

- Parece que tem um inseto encrencado... – Vegeta e seu estilo carinhoso sempre colocando os outros pra cima!

- Não meta seu nariz real na conversa, Vegeta. – respondi rápido, mas antes que ele pudesse responder à altura recebi aquele cascudo que o olhar do coroa prometia.

- Aiii! Tá louco coroa?! – falo segurando o galo que se formou na minha cabeça depois desse cascudo.

- Respeite o rei. – ele diz somente isso e anda até a arena. – Vamos rapaz, está esperando um convite? – ele chama e eu fico me sentindo um menino da idade de Goten e Trunks.

- Merda! – olho a cara de satisfação do Vegeta, que está com aquele sorriso de canto irritante na cara.

- Ebaaa! – Goten continua flutuando perto de mim. – Vamos ver uma luta de verdade entre você e seu pai Karl? – o garoto estava empolgado e depois de dar uma olhada na cara do meu coroa eu suspiro fundo e aceno.

- É Goten... Vai ser uma luta de verdade. – e ando até a arena onde o coroa já está me esperando.

..........................................

ELLIE

Nunca vi tio Gus lutar e isso pode ser muito interessante. Pelo menos posso ter uma ideia da força dele, além do mais ele pode pressionar Karl de forma diferente em uma batalha, o que também é interessante.

Karl caminha para a arena enquanto Vegeta e Kakaroto e os meninos vem se sentar perto de mim.

- Ellie, seu tio é forte? – Kakaroto pergunta curioso.

- Não sei. Nunca o vi lutando, não podia participar e nem observar os treinos. Era fraca demais. – eu respondo fazendo uma careta.

- Fraca? – Goten pergunta sem acreditar e depois olha para Karl e o pai, que estão parados de frente para o outro esperando que algum deles faça o primeiro movimento.

- Quando Ellie era criança era como Tarble, moleque. – Vegeta explica e o menino faz cara que entendeu, mas eu fiquei olhando sem entender.

- Quem é Tarble? – pergunto pra qualquer um deles e Trunks me responde.

- Meu tio. É o irmão mais novo do papai, mas ele está viajando há muito tempo, eu não o conheço. – o menino explica, mas antes que eu possa falar mais alguma coisa Karl avança sobre o pai.

Tio Gus esquiva e tenta acertar um soco nas costelas de Karl, mas ele apara o golpe com o antebraço e dispara uma bola de energia contra o peito do meu tio, que se afasta e esquiva rápido, rebatendo a bola disparada.

Então tio Gus voa em direção a Karl com uma sequência muito rápida de socos e chutes, mas Karl se esquiva ou desvia de todos sem fazer esforço; tio Gus percebe e voa mais para o alto, quer ficar em uma posição melhor, e dispara uma série de pequenas lâminas, tão rápido que parece que é uma chuva.

Karl se esquiva e explode a maioria das lâminas e dispara em direção ao pai o que pareciam ser shurikens de energia, mas eles se dividiam em duas a cada giro, o que aumentou a área de alcance das shurikens. Tio Gus começou a se mover muito rápido para desviar das shurikens, entretanto algumas conseguem atingi-lo, explodindo e jogando-o na parede da arena.

Karl não vacilou ou esperou, avançou e começou a socar o pai, que cruzou os braços na frente do corpo para defender os golpes, mas Karl não dá trégua e tio Gus cai de joelhos. Karl dá um último soco e o pai dele cai no chão desmaiado.

Percebo que Karl está espantado com o que fez, ele olha a mão que deu o último soco como se não acreditasse, então se agacha e joga o pai sobre os ombros, flutuando com ele para fora da arena.

- Foi rápido. – Kakaroto comenta e parecia que ia falar mais alguma coisa, porém o semblante pasmo de Karl o cala.

Eu entendo Karl. Apesar de nunca ter visto tio Gus lutar sei que ele é forte e Karl nunca o venceu em uma luta.

- Traz ele aqui Karl. – mando que ele coloque tio Gus no banco próximo à mureta em que eu estava sentada. Karl coloca o pai com cuidado e eu me ajoelho do lado dele, colocando a mão em sua testa.

- Não é melhor levar ele para uma Medicinal Machine tia Ellie? – Goten fala preocupado, pois o estado que Karl deixou o pai é delicado.

- Não vai ser preciso Goten. Eu cuido dele. – e comecei a curá-lo com meu ki. Karl estava calado do meu lado, muito sério e de braços cruzados, observando o pai.

- Está fazendo com ele o que fez conosco na montanha. – Vegeta percebe e observa com atenção, tentando aprender como faço para curar.

- Sim, mas não sei dizer como faço isso. – explico para ele – É mais como uma intuição, meu ki é guiado para onde ele é necessário e cura, acelerando o processo normal do corpo.

De repente sinto a presença de Doro, ele está observando atentamente o que estou fazendo com tio Gus e me dá um olhar diferente junto com um sorriso de lobo, depois desaparece, antes que tio Gus abra os olhos e nos veja sobre ele.

- Sobrinha? O que aconteceu? – ele pergunta ainda deitado e sentindo minha mão em sua testa, que retiro assim como meu ki.

- Te venci coroa. – Karl fala sem orgulho. – Você lutou com todas as suas forças ou maneirou? – essa era a dúvida de Karl... Compreensível, mas tio Gus o olhou diferente por um longo momento antes de responder.

- Está mais poderoso rapaz. Lutei para valer, mas acho que a idade chega para todos... – ele fala balançando a cabeça. – Achei que ia acordar numa cama de hospital com sua mãe sobre mim, chorando e gritando porque me machuquei... – ele me olha diferente, me analisando e desvio o olhar apenas me levantando e indo até Kakaroto.

- Vamos treinar? Acho que posso começar a fazer algum esforço... – falo pra ele.

- Claro. Vou começar pegando leve com você Ellie. – ele brinca e sorri.

- Ok, Ok. – digo abanando a mão e caminhando até a arena.

Nos colocamos em frente um do outro, Kakaroto em sua posição costumeira de espera e eu colocando minha perna esquerda para trás e a direita para frente, posicionando meus braços, direito à frente e esquerdo atrás junto ao meu corpo.

Ele observou a posição em que me coloquei e sorriu, depois imitou e ficamos nos observando por alguns momentos e avançamos ao mesmo tempo. Os dois chutando e aparando os golpes com os braços. Nos afastamos e começamos a trocar golpes.

Novamente tenho que avaliar bem a distância, Kakaroto é mais alto que eu e passar a sua defesa não é fácil, mas eu consigo lhe acertar um direto no rosto, ele parece que nem sente e volta a me atacar.

Ele me acerta com um chute, que me faz voar longe, mas giro no ar e controlo minha trajetória para voar acima dele. Kakaroto está sorrindo de leve e eleva seu ki se transformando em super-sayajin, ele voa rapidamente em minha direção e o espero calma.

Assim que ele chega perto o suficiente também elevo rapidamente meu ki e o ataco com uma bola de energia, que ele rebate prontamente, eu sorrio pra ele e faço um gesto com a mão, a bola de energia que lancei nele se divide em cinco e começam a persegui-lo.

- Essa é a técnica da Seripa! – Kakaroto fala pra mim, enquanto tenta se desviar das pequenas esferas e dos meus chutes.

- Era uma técnica muito interessante, então resolvi aperfeiçoá-la. – depois de dizer isso crio mais duas bolas de energia e as solto, dividindo-as em mais cinco partes e partindo em perseguição a Kakaroto.

Ele está sorrindo enquanto tenta eliminar as bolas de energia que o perseguem, mas eu não ia deixar tão fácil pra ele.

....................

KARL

- Que técnica é aquela? Parece que as esferas estão perseguindo o Kakaroto... – comento com o meu coroa, que acena concordando.

- E estão verme. Ellie venceu a dona daquela técnica quando conquistou o direito de ser companheira de Raditz, mas parece que esta é diferente da original, além de ter mais esferas elas parecem que também defendem Ellie dos ataques de Kakaroto. – Vegeta observa com atenção aquela luta.

Ellie usou essa técnica somente agora, mas parece que não está muito empenhada na luta, então olho pro meu coroa ali do meu lado. Ele também não desprega os olhos da luta entre Ellie e Kakaroto. É por causa da presença dele que Ellie está se contendo. Mas será que o Kakaroto percebe isso?

.................................

ELLIE

Não quero que tio Gus veja tudo o que eu posso fazer... Ele tem que continuar me subestimando.

Estou dando algum combate para Kakaroto, nada que o faça suar muito, mas a minha variação da técnica de Seripa o surpreendeu e está sendo um bom treino de controle para minha mente.

Kakaroto se aproxima rápido e quando vou acertá-lo com um gancho ele some da minha frente. Se teletransportou! Mas para onde?

De repente sinto o impacto nas minhas costas e acerto o chão da arena com força.

Cuspo sangue, estou cheia de escoriações e me levanto com dificuldade da cratera aberta no chão. Kakaroto pousa mais à frente e desfaz a transformação dele. Ele está me olhando sem jeito, coçando a nuca.

- Parece que te peguei de jeito Ellie. – ele fala sem graça. – Vem vou te ajudar... – ele está vindo na minha direção dando o treino por encerrado, mas estou furiosa comigo mesma por ter me deixado pegar pelo teletransporte. Me faltou reação.

- Não precisa! – falo irritada com ele e saio mancando na direção dos outros. Não posso me curar na frente do tio Gus, então vou me arrastar até uma Medicinal Machine e fazer as coisas do jeito normal.

Quando chego perto deles vejo tio Gus balançando a cabeça pra mim. Seu olhar de decepção com meu desempenho é claro.

- Não vai vencer Angus desse jeito. E ele não vai ser gentil como o irmão de Raditz, ele aproveitaria sua queda para continuar te surrando. – eu apenas o olho pesando as palavras dele, mas sem rebater, pois pelo menos o meu intento eu consegui: ele ainda pensa que sou fraca.

- Vou continuar treinando depois. – respondo a ele. – Agora vou para uma Medicinal Machine.

- Determinação não gera força onde não existe sobrinha. – ele fala friamente pela última vez e sai.

Pelo menos Karl ficou de boca fechada e esperou que o pai saísse.

- Ellie! O Raditz vai ter um troço! – ele falava agitado e desgostoso. – Como é que você deixou o Kakaroto te acertar daquele jeito?

- Calado Karl! – me curo quase imediatamente agora que tio Gus saiu e não pode ver o que posso fazer.

- Vamos voltar pro treino Kakaroto. – falo irritada. – Fim do aquecimento.

Kakaroto balança a cabeça e sorri de novo.

- Já entendi. Desculpa por ser meio lerdo. – ele finalmente percebeu que eu estava me contendo pela presença do tio Gus.

- Pelo menos ele continua pensando que sou fraca, se estiver espionando vai dizer o que viu. Mudei minha atitude, mas minha força continua pequena. – falo pra ele que acena e volta pra arena seguido por mim.

- Vamos treinar. – dizemos ao mesmo tempo e começamos a trocar golpes.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Vamos para o próximo.


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