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História Encontros - O inimigo avança.


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente!
Prometi ontem que ia postar mais cedo e aqui estou! (Taraaammmm! Risos....)
Esse capítulo foi ótimo pra escrever, quando comecei só parei quando terminei... Ele fluiu fácil da minha mente pro computador.
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 72 - O inimigo avança.


 

NARRADORA

Enquanto a luta entre Angus e Ellie transcorria na Arena, Yamcha observava parcialmente escondido.

A força e o poder de Ellie eram fascinantes, suas técnicas e determinação... Tudo nela lhe encantava e lamentou ter cedido à luxúria naquele dia e perdido a chance de possuir uma mulher como aquela... Ele tinha certeza que poderia controlá-la, além do mais, percebeu que toda a mudança na personalidade dela se deu quando o irmão morreu. Aquele foi o estopim. Angus foi um tolo por ter confessado a ela o que tinha feito...

Seus aliados se aproximavam sorrateiros, já tinha recebido o sinal de que eles começaram a invasão. A morte de Angus tirou um importante ativo dos Lanza da jogada, mas ainda olhava aqueles lobos gigantes com preocupação.

Tinham lhe assegurado que, caso eles existissem e aparecessem, havia como neutralizá-los. O silêncio sepulcral na Arena determinou o fim do Executor, mas também era o princípio da grande peça que ele ajudara a orquestrar.

Mas Yamcha subestimava Ellie e seus aliados. Ele não fazia ideia que Trunks o havia identificado para o pai e que Vegeta estava preparado para uma traição.

Entretanto, as forças deles seriam suficientes?

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RADITZ

Ver Ellie se levantar após vingar a morte do irmão, praticamente ilesa, me encheu de felicidade e orgulho por minha fêmea.

Ela andava devagar em direção ao camarote em que estávamos, com os olhos fixos no pai. Vi meu “sogro” suspirar e apoiar o cotovelo no braço da cadeira, observando e avaliando a filha.

Quando ela pulou para o camarote percebi as mudanças físicas dela com mais detalhes: ela mexia a cauda agitada de um lado para outro e me deu vontade de acariciar aquela novidade em seu corpo; suas orelhas mexiam inquietas, como se captassem infinitos sons que nos escapassem; seu nariz também não parava, reconhecendo tudo à volta dela. Ela sorriu quando se aproximou de mim e vi que seus caninos estavam pontudos e afiados.

- Oi companheiro. – ela se aproximou de mim e me abraçou. Eu passei o braço em volta de seus ombros e a puxei para mim, sentindo o cheiro de seus cabelos; rosnei quando percebi outro cheiro que não era o meu na pele dela, ela levantou a cabeça um pouco constrangida. – Desculpe, não consegui evitar que ele me beijasse.

Enrolei minha cauda em sua cintura e a beijei com ardor. Ellie enlaçou minha nuca e também devolveu o beijo com paixão. Ouvi o rosnar de Vegeta, novamente desaprovando minhas demonstrações vulgares, mas o inferno congelaria antes que eu permitisse o cheiro daquele puto desgraçado em minha fêmea...

Ellie se separou de mim e sorriu um pouco corada, mas depois ficou séria e se virou para o pai.

- Onde vamos conversar sobre minha mãe biológica? – ela foi direta ao ponto e o pai apenas a olhou friamente.

- Não sei do que está falando. Nunca traí minha esposa e você é filha dela. – ele fala com desdém, mas para sua surpresa e a minha, devo confessar, ela rosna ferozmente e avança sobre o pai, apoiando as mão nos braços da cadeira que ele ocupava e encarando-o de perto.

- Não minta para mim. Não tente me enganar sobre isso. – ela adverte o pai mostrando as presas. – Tenho sangue sayajin e um exame genético comprovou que sou irmã de Lars apenas pela linhagem paterna. Assim, quem foi minha mãe? Exijo saber e você me dirá! – ele olha novamente para ela, avaliando e parece que não vai falar nada.

Sinto a raiva de Ellie através do vínculo, mas era perceptível a qualquer um, sua cauda está agitadíssima e ela rosna.

- Baby, se retalhar seu velho não vai ter as respostas que quer. – falo baixo e segurando seu braço, ela ainda encara o pai, mas sinto que ela está tentando se controlar. – Acho melhor desfazer essa transformação. – eu sugiro, mas de repente ela vira o rosto como se buscasse algo e percebo que Doro e Argêntia reagem da mesma forma.

- Estamos sob ataque! – ela fala para o pai, que a olha sem acreditar.

- Está inventando histórias... – ele fala, mas é interrompido por Argêntia.

- Ouça sua cria, Alfa! Ela fala a verdade. Retire e salve os que não podem lutar, agora! – ela ordena e por alguns segundos vejo o pai de Ellie desconfiar das palavras da loba, mas depois desse tempo ele apenas acena e dá uma ordem silenciosa aos irmãos que se movem rapidamente para obedecer.

Antes de sair o pai de Angus se aproxima dela e me coloco ao seu lado, o que não passou despercebido a ele:

- Não precisa se preocupar sayajin. Não tocarei em minha sobrinha, a luta foi justa e o mais forte venceu. – ele falou para mim, mas quando se virou para Ellie senti o cheiro do luto que vinha dele. – Ele a amava verdadeiramente, com toda sua obsessão e seu sadismo, mas a amava e teria pedido sua mão em casamento a Frank se eu não o tivesse impedido. – ele suspirou e olhou o corpo do filho na Arena. – Disse que não queria nosso sangue misturado com o de uma mulher tão fraca e que preferia mata-lo a permitir que isso acontecesse... – vejo a dor dele e, de certa forma, imagino o que vai falar. – Indiretamente foi o que acabei fazendo e lamento isso. – ele se retira e não espera que minha fêmea fale mais nada, ela apenas abana a cabeça.

- Venha Raddie. Precisamos organizar as defesas. – ela fala com convicção e Karl se coloca ao lado dela.

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KARL

Ellie venceu Angus! Ela o matou e tirou aquele peso de seus ombros...

Saber que ele foi o responsável pela morte de Lars me enfureceu, como com tio Frank, mas eu sabia que a vingança era dela e ninguém podia tentar lhe tirar isso.

Quando ela se aproximou do camarote me virei para Kakaroto, mas ele estava focado em outra coisa... Melhor dizendo em outra pessoa: Yamcha.

- O que acontece Kakaroto? Por que presta tanta atenção em Yamcha? – pergunto desconfiado, mas começo a me perguntar o motivo de Yamcha não estar ali, afinal ele era o Herdeiro escolhido pelo Conselho, apesar do desafio de Angus, era do seu interesse que ele estivesse ali. Então, porque estava longe e se escondendo?

Ellie e os lobos se agitaram e disseram que estávamos sob ataque. Eu observo a tensão de Kakaroto, ele sabe de algo que não sabemos e Vegeta também.

Merda! Eles vão ter que explicar isso depois. Agora precisamos organizar a retirada dos membros da família que não lutam e colocar nossas defesas.

Maldito lugar que parece uma ratoeira!

Me coloco ao lado de minha Alfa, Raditz está do outro lado e meu pai e tio Hank já foram tomar algumas providências.

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ELLIE

Senti o cheiro de pólvora e o barulho de tiros e explosões. Ainda estão distantes, mas logo estarão aqui. Preciso proteger a alcateia!

- Ellie. Precisamos saber quantos atacantes são e o tipo de armamento. – Karl fala e eu apenas o olho acenando para ele, imediatamente ele lança seus pequenos espiões de ki; vejo tio Gus começar a encaminhar os mais velhos e os mais novos às nossas saídas secretas, enquanto tio Hank começa a organizar os aptos ao combate. Percebo que Kakaroto não tirou os olhos de Yamcha e Vegeta está silencioso, embora tenha colocado seu scouter e estivesse logo atrás de nós.

Apenas troco olhares com ele e percebo que ele sabe de algo.

- Raddie e Karl, coloquem os scouters. Kakaroto também. – falo para Kakaroto, que apenas acena. – Vegeta, escolha a frequência que usaremos. – ele me olha rosnando um pouco, mas eu não me faço de rogada. – Este é meu território Vegeta, aqui, eu e Karl conhecemos o terreno, escolha a frequência e nos diga rapidamente, não quero correr o risco de perder nenhum de vocês. – ele muda um pouco a postura e fala a frequência que todos usaremos.

- Pai. – chamo meu pai que se vira para mim, nossa conversa não acabou, mas terá que ser adiada. – Pegue sua esposa e saia daqui, mande tio Gus fazer a mesma coisa. Tio Hank, pelo visto vai ficar, mas vocês devem ser protegidos. – ele apenas bufa e me olha.

- Não sairei daqui menina. Sou o Alfa e vou ficar para defender o território e duvido que seus tios vão fazer diferente. – é a resposta que ele me dá antes de se dirigir ao tio Hank dar algumas ordens e pegar uma arma.

- Merda! – ouço Karl xingar e me viro para ele.

- Fale. – ele me olha e respira fundo.

- Tomaram a saída principal. As forças colocadas ali foram dizimadas. Estão avançando e pela forma como estão fazendo, rápido e evitando as armadilhas, alguém nos traiu. – eu rosno com aquilo e percebo um leve sinal de Raddie e Vegeta, o que me faz arquear a sobrancelha.

- Sobrinha. – tio Gus se aproxima de mim e está muito preocupado. – Não vamos conseguir evacuar todos, as saídas de emergência foram bloqueadas.

- Fomos traídos. – falo para ele, mas minha maior preocupação são com os que são indefesos. Argêntia vem em nosso auxílio.

- Existem algumas passagens, muito antigas, podem estar liberadas ou não, mas ainda são uma alternativa que o traidor não conheça. – Doro se aproximou e olhou para Karl, estavam conversando e Karl liberou seus espiões.

- Tio Gus, pegue essas pessoas e as traga para o fundo da caverna, alguns dos mais velhos devem ser soldados ou ter familiaridade com armas de fogo. Arme-os. Eles protegerão os outros quando soubermos das passagens. Defenderemos a retirada deles, mas fale para tio Hank separar alguns soldados de sua confiança, precisarão de adultos aptos para defender e organizar a fuga. – ele apenas me olha e acena, indo falar com os irmãos.

Me viro para o meu próprio grupo e os observo calmamente. Raddie, Kakaroto e Vegeta são forças temíveis a serem consideradas, embora esteja cansada também ainda posso combater e Karl ainda não gastou energia. Me viro para Doro:

- Você e Karl podem fazer a fusão? – pergunto direta.

- Ele ainda não se acostumou com minha presença em sua mente. Mesmo que possamos conseguir não durará muito tempo. – ele fala sério.

- Podemos lutar separados. – Karl propõe. – Tenho certeza que dois lobos gigantes darão um baita susto nos caras.

- Estou com uma sensação ruim. – falo para Karl e ele me olha mais desconfiado.

- Igual a do corredor no palácio? – eu confirmo com um aceno e ele me olha pensativo. – O que quer fazer? – ele pergunta finalmente.

- Sinto que devemos proteger Doro e Argêntia. – falo pra ele, que apenas concorda comigo.

- O que quer dizer criança? – Argêntia está irritada e Doro também não parece satisfeito.

- Vocês vão voltar para nossas consciências agora. Não haverá discussões sobre isso. – falo ríspida. – Sinto que existe a possibilidade deles saberem sobre vocês. Não quero arriscar nada.

- Acha que podemos ser capturados ou feridos? – Doro fala devagar, pesando minha resposta.

- Doro, é uma sensação muito ruim. Minha intuição está me mandando proteger vocês. – eu olho diretamente para ele enquanto respondo e depois me viro para Argêntia, tocando sua testa na minha. – Não quero arriscar que seja feita prisioneira de novo. – falo num sussurro. – Me deixe te proteger, como me protegeu contra o Drim.

Argêntia me olha por longos momentos. Ela quer lutar, mas meu pedido mexeu com ela.

- Não desfaça essa transformação até estar segura. Está equilibrada e não gasta energia mantê-la. – ela me aconselha. – E se precisar de mim te darei minha força. – ela me dá uma lambida e abraço seu pescoço. – Vamos irmão, voltemos aos nossos hospedeiros.

Eles somem e as palavras de Argêntia me fazem lembrar do corpo de Angus na Arena. Olho naquela direção e vejo que ainda está lá; pego dois soldados que passam perto de mim.

- Vocês dois, vão pegar o corpo do Executor e levem para aquele local. – aponto um local bem distante, onde o corpo de Angus não vai atrapalhar a batalha, mas também não será profanado.

- Desculpe, mas temos ordens que temos que cumprir agora e... – não permito que o soldado termine de falar. O pego pelo colarinho e rosno ferozmente.

- Vai executar minha ordem agora! – falo um pouco mais alto do que deveria e atraio atenção. – Ele pode ter sido um desgraçado, mas era um Lanza e o Executor. Não permitirei que seu corpo seja profanado. Vão! – ele se olham e partem para me obedecer, acompanho com meu olhar e sinto que Raddie está insatisfeito.

- Quer me falar alguma coisa companheiro? – me viro para ele, que está com cara de poucos amigos.

- Por que se importar com aquele filho da puta? – ele rosna e eu me aproximo dele.

- Além dos motivos que dei aos soldados, ele era um hospedeiro como eu e Karl. Não quero que seu corpo seja capturado e usado como objeto de estudo para descobrirem alguma fraqueza nossa. – Raddie me olha por um tempo, mas continua incomodado. – Também conta o fato que ele terá um enterro, não tirarei isso de meu tio. – me viro para terminar a conversa, mas sinto Raddie me puxar pelo braço.

- Isso não pode ser visto como uma fraqueza? – ele me olha sério.

- Raddie. – suspiro e toco seu rosto, me dou conta de que ainda tenho minhas mãos sujas de sangue... Sangue de Angus. – Eu o venci em batalha, mas isso não significa que deva desrespeitá-lo como guerreiro. Se estou forte agora, em parte foi porque eu queria derrota-lo com todas as minhas forças. Eu o venci e o matei. O ciclo se fechou. Não me rebaixarei a permitir que os abutres comam seu corpo porque o odeio, isso só alimentaria fofocas e boatos; manterei a tradição dos desafiantes derrotados: seus corpos são entregues à família. Fim de discussão. – nesse momento vejo os soldados passarem e levarem o corpo de Angus ao local que mandei e cobri-lo com um lençol. Foi quando percebi que tio Hank acompanhou tudo, ele acenou para mim e pude ver seus olhos marejados, mas logo ele apenas balançou a cabeça e não havia mais lágrimas ali.

- Ganhou o respeito de tio Hank. – Karl falou pra mim, mas olhando para Raddie e depois fala direto para ele. – Raditz, temos costumes diferentes, mas, quando se trata de um inimigo de nosso sangue, como era o caso de Angus, depois de eliminados, lhes damos o respeito dos mortos. A atitude de Ellie não será vista com maus olhos ou como fraqueza, na verdade, ela será respeitada por isso, principalmente, por conta da acusação dele ter matado Lars. Quanto aos inimigos do clã... – vejo o sorriso feroz de Karl e balanço a cabeça sorrindo para ele. – Lembra do Juramento? Aquela palavras não surgiram à toa...

Raddie parece pensar e digerir o que Karl falou, foi quando reparei que Kakaroto sumiu.

- Onde está Kakaroto? – pergunto a Vegeta.

- Foi fazer algo pra mim. – ele responde lacônico e o olho feio, mas não tenho tempo para investigar mais. Os espiões de Karl voltaram e ele já sabe para onde dirigir as pessoas que serão evacuadas.

- Vai falar com seu pai Karl. Meu pai não vai dar atenção a nada do que falo. – mando Karl falar com tio Gus e me volto para a Arena.

- Precisamos afunilar isso. – falo para Vegeta que olha para as entradas disponíveis.

- Faremos isso com as mais próximas de nós. Deixaremos as mais distantes para eles. – ele concorda com meu plano e começamos a destruir a rocha para bloquear as entradas mais próximas de nós.

- Raddie. Comande aqueles soldados para fazerem uma barricada. – aponto um grupo de soldados e ele acena. Ouço sua voz poderosa e não deixo de sorrir, está em seu modo instrutor e dá até pena dos soldados.

- Tio Hank! – grito para ele, enquanto explodo uma passagem. – Precisamos de atiradores aqui em cima. – mostro onde quero que os atiradores sejam posicionados. Ele não fala nada e volto para o meu trabalho. Assim que termino percebo que ele mandou atiradores se posicionarem onde mandei.

- Agora vamos esperar. – falo para Vegeta. – Eles pensam que nos encurralaram, mas vamos mostrar do que os Lanza são feitos.

- Tomou boas medidas preventivas e defensivas. Só resta aguardar. – Vegeta fala devagar, mas me lembro de algo e flutuo até Karl.

- Precisamos de um plano de retirada. – falo para ele baixinho. – Verificou todas as saídas?

- Sim Ellie, acho que já entendi. Falarei com meu pai. Deixaremos uma para nosso uso caso tudo dê errado por aqui. – ele estava saindo, mas antes volta pra mim e me abraça. – Lars teria ficado orgulhoso, talvez não concordasse com a morte de Angus, mas ficaria satisfeito com o tratamento respeitoso que deu ao corpo; já eu concordo totalmente com o que fez: ele tinha que morrer ou você não teria paz. Agora vá lavar as mãos, tem um banheiro ali nos fundos. – ele apontou o local e fui pra lá, enquanto ele falava com tio Gus.

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NARRADORA

Enquanto os Lanza se preparavam para defender a retirada de seus membros mais vulneráveis, o inimigo avança sem muita resistência por seus domínios.

As tropas eram comandadas por um homem enorme: cabelos brancos e curtos, barba cerrada, toda sua aparência lhe dava a impressão de velhice, mas os movimentos vigorosos e a voz firme desmentia isso.

- Avancem. Acabem com qualquer Lanza que encontrarem pelo caminho. Não faremos prisioneiros. – ele declarava com os olhos faiscando de ódio.

Os olhos daquele homem eram um caso a parte... Se os olhos são a janela da alma, então, os olhos daquele homem refletiam uma alma negra e cheia de ódio e rancor. Ele vestia um uniforme totalmente negro, mas em suas costas um corvo dentro de um círculo branco se destacava.

- Comandante! – ele ouviu um mensageiro chama-lo. Ele acompanhava Yamcha que vinha se apresentar com um relatório.

- Senhor. – Yamcha se aproximou e esperou que o homem lhe autorizasse a falar.

- Faça o relatório. – ele falou com calma. Precisava descobrir quantos Lanza ainda estavam na Arena; suas saídas estavam bloqueadas graças aos esquemas vazados por Yamcha.

Trazer o rapaz para sua causa tinha sido sua ideia e ainda não se arrependia disso, embora o fracasso no Império Sayajin, com a perda da base e dos androides tenha sido um contratempo irritante, aquela foi a única vez que ele falhou.

- Senhor, os lobos apareceram. – o Comandante se agitou com isso, mas esperou que ele continuasse. – Os Lanza estão na Arena e a Herdeira do Clã, Ellie Lanza, derrotou o Executor. Angus Lanza está morto. – ele fez um pausa, esperando por perguntas, que não tardaram a vir.

- Como assim a menina Lanza matou o primo? Ele não deveria ser o mais forte do clã? – o Comandante estava confuso com aquela informação.

- Ela era a mais fraca do clã, mas, aparentemente, sua estadia no Império Sayajin a fortaleceu com técnicas e poder. – Yamcha continuou. – Não apenas isso, ela trouxe três sayajins consigo para enfrentar o Conselho: o companheiro, que é um guerreiro de Elite e instrutor de tropas; o irmão deste, que é braço direito do rei sayajin... – Yamcha faz uma pausa, tomando fôlego para revelar a última parte e fazendo o Comandante arquear a sobrancelha para aquele mistério – E o próprio rei Vegeta!

- O rei sayajin? Aqui?! – a surpresa no rosto do Comandante era nítida. O companheiro da menina Lanza não era uma surpresa, mas a presença do irmão dele e do rei mudavam seus planos drasticamente; era preciso contornar esse obstáculo, embora, também pudesse acelerar seus planos para tomar o Império Sayajin. Destronar o rei Vegeta não seria fácil em seu território, mas ali, longe de suas tropas, talvez fosse mais possível, entretanto tinha que ser muito cauteloso, caso contrário perderia todas as suas forças somente para aqueles três.

- Senhor. – Yamcha continua depois de uma pausa. – A Arena está localizada mais ao fundo, à direita. – ele se dirige para os esquemas que havia feito e mostra o local. – As entradas e saídas estão aqui, nesses pontos, é possível encurralá-los, a partir destes locais. Vamos perder homens, não existe jeito quanto a isso, mas podemos tentar imobilizar os sayajins com tranquilizantes em doses elevadas, nossas armas não podem feri-los mortalmente a tempo de impedir inúmeras baixas, entretanto podemos agir com astúcia. Outra coisa: Ellie e Karl Lanza não podem ser feridos se deseja se apropriar daqueles lobos.

- Por que fala isso? – o Comandante pergunta curioso.

- Pelo que percebi os dois são uma espécie de hospedeiros para os lobos. Não sei explicar com certeza como funciona, apenas entendi que os lobos vivem dentro deles. Assim, se quiser os lobos, deve captura-los vivos. Aconselho usar tranquilizantes neles também. – Yamcha fala com seriedade para o Comandante, que pesa e analisa as informações que ele lhe deu.

- Vou seguir seus conselhos rapaz. Prepararemos tranquilizantes com doses pesadas para os sayajins e outros para pegar os dois Lanza. – ele se vira para o mensageiro e dá a seguinte ordem. – Ellie Lanza e Karl Lanza não podem ser feridos ou mortos, devem ser capturados vivos e se algo acontecer com qualquer um deles é melhor o responsável se matar para não cair nas minhas mãos.

O mensageiro corre para passar a ordem e, nesse momento, uma mulher se aproxima insinuante de Yamcha, que apenas a olha desdenhoso. Ela sorri maliciosa e se vira para o Comandante que está observando tudo:

- Ainda não desistiu de tentar levar Yamcha para sua cama Marron? – ele pergunta com um quê de curiosidade.

- Ainda não, mas penso que logo conseguirei. – ela afirmou com um sorriso confiante, o que causou o desagrado de Yamcha, mas ele não falou nada, tentando ignorar a mulher. – Entretanto vim falar sobre os Lobos. – ela ficou séria de repente e falou com autoridade. – Posso capturar os hospedeiros, mas devem me dar cobertura. Me colocarei em uma posição vantajosa e atirarei os dardos, não errarei os alvos. Me responsabilizo, pois os tiros exigirão muita precisão e não quero nenhum outro responsável por isso.

- Acredita que pode dar conta dos dois? – o Comandante fala com frieza.

- Sim senhor. – a moça responde prontamente, confiante nas suas habilidades de sniper.

Depois de um tempo analisando a situação ele se volta para Yamcha:

- Você dará cobertura a Marrom. Leve-a para um local favorável e a proteja para que ela possa dar os tiros. – Yamcha estava desgostoso da sua tarefa, mas ordens eram ordens. Ele faria o que havia sido solicitado dele.

- Sim, senhor. – foi o que ele se limitou a responder.

Ele se volta para Marrom e a leva até o esquema da Arena e aponta os locais que ele acreditava serem mais favoráveis ao que ela se propunha, eles discutem os prós e contras de cada um e se decidem por um local específico.

Entretanto, o que ninguém havia se dado conta foi de um sayajin ouvindo toda a conversa. Quando ele percebeu que mais nada seria dito que pudesse usar naquele momento usou seu teletransporte e foi falar com seu rei.

 


Notas Finais


Minha gente linda, atenção porque a partir de agora são os Lanza contra um inimigo que eles ainda não sabem quem são.
Agora a Ellie vai ter que mostrar que pode comandar as forças dos Lanza.
Vamos torcer pra ela conseguir!
Beijos.


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