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História Encontros - A retaliação dos Lanza


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi genteeeee!
Nesse capítulo, como diria Ellie, os lobos vão morder de volta! kkkkk
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 75 - A retaliação dos Lanza


 

NARRADORA

Raditz, Vegeta e Kakaroto estão detendo a maior parte dos soldados inimigos. Aqueles que passam pelos sayajins tem que enfrentar a artilharia Lanza e o moral dos defensores está elevado, pois não tem baixas e possuem uma líder que não fica apenas observando.

- Parece até como nos tempos em que os líderes eram jovens... Você se lembra, amigo? – um veterano prestes a se aposentar comenta sorrindo com seu colega de longa data.

- Aquela menina é uma máquina de matar! Dá orgulho de ser um Lanza só pelo privilégio de vê-la destroçar os inimigos. – seu colega responde animado.

- Ela lembra o pai quando era mais novo. O velho Frank sempre gostou de “botar a mão na massa”. – eles comentam entre um tiro e outro.

- Verdade. Mas a força dela é diferente da do pai... Sente o peito esquentar enquanto ela luta? – ele fala para o colega. – Pensei que estava tendo um troço, mas aí percebi que isso estava me animando a combater.

- Concordo. Ela é uma curandeira e você sabe o que as lendas dizem sobre o poder das curandeiras... Ela ainda não deve ter mostrado seu poder total ainda... – ele para de atirar ao perceber que Ellie está indo em direção à enfermaria improvisada.

- Será que está ferida? Está indo para a enfermaria... – o primeiro comenta, mas antes do colega responder algo veem que Argen, outro veterano, está organizando alguns grupos de soldados.

- Hei, Argen! – o seu amigo chama o companheiro de batalhas que logo vai até eles. – O que acontece?

- Nossa Alfa mandou que se preparem, ela disse que já está na hora de morder de volta. – Argen fala com um sorriso.

- Essa menina é ótima! – o primeiro veterano comenta, entrando na conversa. – Faz tempo que não me divertia tanto em um combate! É um orgulho pra qualquer Lanza!

- Estamos dentro do ataque principal. – o veterano que chamou Argen fala com convicção e é seguido por seu amigo. – Não vamos perder essa menina em ação por nada nesse mundo. Se for pra morrer hoje que seja ao lado dela!

- Direi a ela. Agora tenho que voltar para o lado dela. – Argen se despediu e procurou por Ellie. A localizou na enfermaria e quando chegou próximo de seus comandados viu que ela estava curando os poucos feridos que possuíam.

- Como ela está com o efeito dos dardos, Kenny? – ele perguntou ao veterano careca.

- Já se recuperou e ainda curou o braço do Benji. Agora está curando nossos feridos. – Kenny responde apontando o gêmeo em questão.

- Rapaz, você e seu irmão não podem sair da formação. – Argen repreende os gêmeos Benjamin e Leon. – Vão colocar a Alfa em desvantagem se fizerem isso.

- Foi mal Argen. – Leon responde meio envergonhado e depois com um sorriso sem jeito. – Ela nos deu um rosnado que me assustou.

- E a nossa armadilha, Moe? – ele pergunta do veterano de cabelo curto.

- Armada e funcional. Se algum desses caras tentar entrar por essas passagens bloqueadas vai ter uma surpresinha... – Moe responde com um sorriso.

Argen está satisfeito com o relatório dos seus comandados e agora observa Ellie curar e trocar algumas palavras com os feridos. Está orgulhoso dela e sabe que Lars também.

Seu jovem senhor sempre confiou plenamente no potencial da irmã, mas ela sempre parecia travada ou bloqueada. Quem poderia desconfiar que ela escondia tanto poder?

Quando se lembrava das viagens que fizeram juntos ao acompanhar seu senhor sempre achou estranho o distanciamento que ela parecia se impor, o único que tinha vontade de quebrar esse muro era o seu senhor e ela sempre o recebia com um sorriso luminoso... Sim, seu senhor foi a luz dessa menina por muito tempo, mas agora era o sayajin.

Ele e outros viram a interação da sua Alfa com o companheiro, havia uma ligação verdadeira entre os dois que o enchia de alegria por ela. De longe havia sentido a tristeza dela pela discussão com o pai... Quantos mais além dele teriam sentido também? Não saberia dizer... Talvez somente ele por ser muito próximo dela...

Ela o tirou dos seus devaneios e, com sua postura preocupada com os soldados e confusa pela admiração que inspirava, o fez lembrar da adolescente triste e isolada, sempre com a cara enfiada nos livros... Deu graças a Kami-sama que ela seguiu seus conselhos e leu aqueles livros de táticas de guerra... Não que esperasse que ela fosse usá-los em uma situação de combate real, mas ele sempre soube o quanto ela era impiedosa nas mesas de negociações, afinal esteve presente em várias como guarda-costas, e sabia que ela usava táticas de guerra para derrotar seus adversários e concorrentes...

- Argen, vamos avançar, mas nada em linha, seríamos alvos fáceis. Estabeleça contato de rádio com os líderes dos grupos. Um grupo apoia o outro, avanços constantes, ninguém sai na frente desenfreado. Nós seremos a ponta da lança, os outros vem atrás de nós, se espalhando aos poucos como um leque, cobrindo espaços. Vamos reconquistar nosso território. – ela determinou e Argen sorriu. Esta atitude de se atirar ao combate devia ser o sangue sayajin falando alto, mas também sua postura como Alfa: de liderar a caçada.

Ele foi falar com os líderes de grupos, deixando-a com seus comandados. Eles cuidariam dela por enquanto.

.....................................

ELLIE

Dei as ordens a Argen que as está repassando, agora preciso avisar meu sayajin.

- Raddie, vou liderar as tropas e iniciar nosso avanço. Vamos começar a retomar nosso território. Vocês aí em cima tomem cuidado a partir de agora com o que explodem. – falo pra ele pelo scouter.

- Ellie, vou descer e te acompanhar. – Kakaroto fala, mas fico pensando se é uma boa ideia.

- Não Kakaroto. Fique aí com os outros, preciso de alguém pra defender o território retomado. Vocês podem vir nos acompanhando na retaguarda. – converso com ele.

- Ellie aceite a ajuda de Kakaroto. – Vegeta rosna. – Eu e Raditz somos mais que capazes de realizar essa tarefa. – estou pensando sobre isso quando vejo uma mira laser sobre Vegeta, procuro desesperada o sniper, o acho antes dele efetuar o disparo e o elimino.

- Alguém tem que avisar nossos atiradores ali para darem cobertura aos sayajins. – falo para meus acompanhantes e um dos gêmeos prontamente faz o que eu mandei.

- Onde está Karl? – me dou conta de repente que não vejo nem Karl e nem Yamcha. Procuro pelo ki de Karl e me horrorizo com o que percebo... – Não estou sentindo o ki do Karl! – falo no scouter e Raddie se vira pra mim, me olhando, mas antes que faça alguma coisa, vejo o brilho da mira laser tarde demais.

O sniper conseguiu acertar Raddie no pescoço. Eu rosno e disparo uma bola de energia que elimina o sniper. Kakaroto está flutuando com Raddie em minha direção, pois ele já está sentindo os efeitos do tranquilizante.

- Merda! – grito para os atiradores sobre nós. – Mandei que dessem cobertura aos sayajins!

- Não os critique Ellie. Os desgraçados estão aproveitando a confusão toda e se escondendo entre os outros. – Kakaroto ameniza a situação, coloca Raddie sentado perto de mim e voa para ajudar Vegeta.

- Como está se sentindo Raddie? – pergunto enquanto empurro meu ki sobre ele, buscando o tranquilizante no seu organismo.

- Grogue. – ele responde devagar. – Temos que ficar mais espertos, esses tranquilizantes agem rápido. – ele fala devagar. Estou acariciando seu rosto, com minha testa encostada na dele.

- Te disse pra tomar cuidado. – falo baixinho pra ele, que solta um risinho.

- Eu sei. Te compenso depois. – ele começa a acariciar minha nuca, mas eu dou um tapinha na coxa dele.

- Sem gracinhas. – falo com um sorriso. – Não posso me desconcentrar. – depois de alguns minutos ele já está sem o tranquilizante no sangue.

- Não encontro o ki de Karl. – falo pra ele preocupada.

- Eles devem tê-lo capturado. – Raddie me fala colocando a mão em meu rosto. – Deve agir logo para evitar que o retirem daqui. Vá, te daremos cobertura.

Respiro fundo e aceno pra ele, que se levanta e voa para se juntar aos outros.

- Argen. Dê a ordem de ataque. Vamos acabar com esses desgraçados e descobrir se capturaram meu Beta. – faço uma pausa e novamente a raiva se agita dentro de mim. – E para o bem deles é melhor que ele não esteja machucado.

Meus acompanhantes não falam nada, mas recuam um pouco com minha expressão. Sinto a fúria se expandindo em mim e acho que eles também. Não gastei ki porque não era a hora ainda, mas nesse ataque não vou me conter. Vou resgatar Karl.

Não vou perder outro homem importante pra mim!

..................................

KARL

Acordo devagar, minha visão está turva e minha mente um pouco nublada, tento me mexer e percebo que estou preso pelas mãos e pés. Testo as algemas para me soltar, mas sinto que não estou sozinho, então espero minha visão se acostumar para analisar melhor minha situação.

Tento me lembrar como cheguei ali. Estava perseguindo Yamcha na Arena e senti dois dardos no meu pescoço e depois nada.

- Tivemos que usar as doses dos sayajins nele e ele já está acordado. – é a voz de Yamcha. Ele está conversando com alguém.

- Você fez bem, rapaz. Agiu melhor que Marron. – ele fala sobre a sniper e parece que é quem está no comando. – Pena não termos tirado os sayajins de campo, principalmente agora que não temos mais tranquilizantes. Mas, ao menos, conseguimos capturar um dos lobos. – ele se aproxima de mim e vejo que é alto, parece um velho, mas a aparência dele é enganadora.

- Você hospeda o macho? – ele pergunta e eu não respondo nada. Ele me olha sério e recebo um soco. Ele pergunta de novo. – Você hospeda o macho? – novamente só fico olhando pra ele.

- Senhor. Karl recebeu treinamento. Ele vai aguentar a tortura por muito tempo, principalmente se o lobo estiver realmente dentro dele. – Yamcha está falando com ele, mas o tal comandante não vai escutar. Estou vendo nos olhos dele. Ele não vai me matar, mas vai me torturar muito.

- Isso vai ser só um aquecimento, Lanza. – ele fala pra mim, tirando a parte de cima do uniforme e vejo o corvo atrás das costas da roupa dele.

Nessa hora senti Doro rosnar fortemente na minha cabeça.

- O que foi Doro? – perguntei pra ele.

- Esse maldito corvo! É o símbolo do grupo que capturou minha irmã e massacrou o clã de Zan. – ele está agitado e eu abaixo minha cabeça para evitar que meu torturador veja alguma coisa.

- Doro! – eu grito com ele. – Se acalme. Ainda estamos na montanha, provavelmente no acampamento inimigo. Ellie e Argêntia vão nos encontrar e nos soltar... Esses caras não serão páreo pra nós quatro.

- Garoto, tenha cuidado. Se esquece que demorei anos para encontrar o rastro de minha irmã? – ele fala ainda agitado.

- Lembro, mas eles querem aos dois lobos. Isso vai fazer com que eles queiram capturar Ellie aqui... Pense lobo... Ele vai me torturar, mas não vai me matar. Temos que aguentar até Ellie chegar, enquanto isso me dê força suficiente apenas para que eu não desmaie, não me permita apagar, para poder ajudar Ellie quando chegar o momento. – falo com ele, mas parece que Doro não me escuta.

- Não seja tolo, garoto! Ele vai fazer gato e sapato de você, pois essas algemas impedem que se possa sentir o ki. Por causa delas não consegui localizar logo minha irmã. – ele discutia comigo.

- Agora chega Doro! – grito com ele. – Não sou um inútil. Quanto a essa tortura ele vai fazer o pior que puder, mas vai ter que suar muito para superar Angus! – digo com ironia. – Era ele que nos torturava para que fôssemos resistentes. Acredite: eu aguento muita coisa. – conto pra ele.

Sinto o peso de seu olhar sobre mim e ele demora um tempo para falar.

- Está bem garoto. Mas, se eu perceber que você não está aguentando, vou te apagar. – ele cedeu e eu fico pensando como é que eu parei com um lobo superprotetor na minha cabeça...

Enquanto conversava com Doro o tal Comandante me surrava e eu não emitia um som. Ele estava ficando cada vez mais furioso e batia com força, mas era como eu tinha falado para Doro, Angus tinha a mão muito mais pesada...

- Senhor. – Yamcha falou com o homem depois de algum tempo naquilo. – Os Lanza estão avançando e Ellie está no comando. Ela está bem na frente de batalha. – ele relatou e esperou a resposta do Comandante.

O homem parou de me surrar por um momento e se virou para Yamcha.

- Pegue-a. Quando ela estiver em nossas mãos este aqui não vai resistir tanto. – ele falou com desdém, mas não pude esconder meu sorriso irônico, que ele viu e imediatamente me deu um soco. – Do que ri lixo Lanza?

Levantei meu rosto para ele e continuei sorrindo, calado. Sentia a quentura em meu peito, sabia que Ellie estava lutando e que estava bem; Argen e os outros estavam com ela, além dos sayajins. Eles nunca a pegariam.

- Não vai responder? – ele continuou me surrando mais um pouco. – Vamos aumentar um pouco as apostas Lanza? – ele perguntou e se dirigiu até uma mesa e voltou de lá com uma faca, aproximando-se de mim. – Vamos ver se continua com esse sorriso na cara enquanto te corto, mas não se preocupe. Logo terá a companhia de sua prima.

E começou a me cortar...

...........................................

ELLIE

Iniciei o avanço de minhas forças. Eu e o grupo de Argen estavámos na frente, abrindo caminho para os outros. Eu cortava, socava e rosnava, mas também comecei a disparar várias esferas de ki.

Fiz com que as esferas restantes do meu combate contra Angus e que ficaram sobrevoando a Arena me acompanhassem. Eu as tinha esquecido e deixado de lado totalmente em minha luta, mas agora não.

Aproveitei seu tamanho pequeno e diminuto, transformando-as em lâminas e comecei a cortar inimigos, abrindo caminho à nossa frente.

- Essas lâminas são cruéis, Alfa. – um dos gêmeos, Leon eu acho, falou.

- São eficientes e abrem caminho rápido. – respondo ao seu comentário, enquanto controlava a trajetória das minhas lâminas. – Procurem por Karl. Quero meu Beta de volta. – ordeno a eles que apenas acenam de volta. Eles sabem que, além de acabar com nossos inimigos, temos que resgatar Karl.

Todo o armamento pesado era destruído pelos sayajins, ficando às nossas forças o avanço.

Eu queria apressar tudo e correr na frente, para encontrar Karl, mas sabia que não podia agir dessa maneira. Meu coração estava apertado, mas não podia fazer nada.

Foi quando vi a sniper novamente e parei um instante para observar o que fazia. Seu rosto bonito era uma máscara de gelo, mas seus olhos estavam queimando de raiva; havia um curativo improvisado em seu ombro e ela não estava mais com o rifle de precisão, agora estava com um rifle de assalto e eu sabia quem era o alvo dela.

- Cuidado! A sniper voltou e quer revanche. – aviso meu grupo. – Espalhem-se em um raio maior, vamos abrir um círculo, deixem ela sem cobertura, mas não esqueçam: ela é minha. – ordeno aos meus homens.

Rapidamente os homens começaram a obedecer, mesmo os gêmeos que eram jovens tinham uma ferocidade enorme e não foi difícil colocar vários inimigos fora de combate.

- Hei, vadia! – a provoquei e sorri quando vi que deu certo. – Quem você pensa que vai pegar? – começo a avançar rápido pra cima dela, ziguezagueando, desviando das balas que atira. Dou um salto e pego a arma dela, pois ela não é páreo para minha força, me coloco por cima dela, prendendo seus braços e rosno no rosto dela. – Onde está meu primo? – falo mostrando minhas presas, mas ela me sorri.

- Meu Comandante está se divertindo com ele. – ela fala devagar, apreciando a expressão que sei que está em meu rosto.

- Sei... Então basta encontrar seu Comandante. Vou tirar meu primo de lá e você vai morrer aqui. – falo friamente e ela fica nervosa, passando a língua nos lábios.

- Olha, querida, você não vai acha-lo tão fácil assim. Precisa de mim. Vamos fazer um acordo. – ela está tentando negociar. Eu me aproximo rosnando e a farejo; sinto vários cheiros de pólvora e remédio, mas logo percebo, bem fracos, dois cheiros distintos: Yamcha e outro homem. Resolvo ver o que ela quer negociar.

- O que deseja? – pergunto devagar.

- Quero viver e quero Yamcha. – ela fala sem titubear. Ora, ora, mas não é que tem outra que caiu na lábia daquele traidor?

- E me levará a Karl? – pergunto novamente e observo suas mudanças faciais. Ela quer me levar a uma armadilha.

- Sim. Jure que não me matará e que ficarei com Yamcha. – ela está jogando, mas não sabe negociar.

- Eu juro que não te matarei e que ficará com Yamcha. – falo pra ela. – Mas, se me trair, rezará para eu ter te matado agora. – a aviso mesmo sabendo que ela tem algum plano traiçoeiro na cabeça.

- Alfa. O perímetro está seguro e nossos homens avançam sem problemas; os sayajins estão limpando qualquer tipo de resistência. – o veterano de cabelo curto me avisa.

- Argen. – ele vem logo ao meu chamado. – Me arrume umas cordas para prender essa mulher. Ela vai nos levar à cabeça da serpente, é onde Karl está.

Ele olha desconfiado para a sniper, mas me obedece prontamente. Logo ela está com as mãos presas e caminhando ao meu lado, eu a puxo perto de mim e os homens formam um semicírculo, percebi que o veterano careca está ferido, assim como Argen e os toco brevemente, curando suas feridas e vejo a mulher arregalar os olhos para aquilo.

- Ela está nos levando a uma armadilha. – um dos gêmeos fala, acho que foi o Benji.

- Talvez sim, talvez não. O que me interessa é resgatar Karl. Se ela me trair é melhor escapar, pois se a pegar vai se arrepender de ter postos os olhos em mim. – falo dando de ombros.

Ela escuta essas palavras quieta, mas sinto o cheiro de medo que vem dela.

...............................

KARL

Estou muito ferido, mas Doro apenas me dá o suficiente para não desmaiar, como pedi. Vejo aumentar a frustração do tal Comandante por não conseguir fazer com que eu desse um gemido... Não que eu estivesse imune a dor... Muito, pelo contrário, mas Angus pegava muito mais pesado...

- Desgraçado! Maldito Lanza! – o homem falava frustrado e quanto mais frustrado, mais descontava em seu alvo, ou seja, eu.

- Senhor, se continuar assim pode mata-lo. – Yamcha fala com ele e eu apenas o olho. O que será que pretende? Ele deve imaginar que eu não estou nem perto de desmaiar.

- Deixe-me rapaz! – o homem mais velho perdeu a compostura e por dentro eu estava bem satisfeito com isso.

- Não posso, senhor. – Yamcha responde sério. – Nossos superiores desejam analisar o poder dos lobos e torná-lo nosso. Se acontecer algo a ele ou a Ellie a culpa recairá sobre nós. – vejo o tal Comandante parar quieto e é como se somente agora se desse conta do estrago que fez a mim.

- Tem razão, rapaz. – ele respira fundo para se controlar. Começa a vestir seu uniforme e me olhar devagar, me analisando. Estou com vários cortes e meu rosto está bem machucado, mas ele não quebrou nenhum osso. – Nossa prioridade é capturar a menina Lanza. Assim que o fizermos a resistência dos Lanza vai evaporar.

- Velho idiota. – cuspo a ele, que me olha raivoso. Eu dou um sorriso irônico a ele, mas permaneço calado, provocando o desgraçado.

- Agora quer falar Lanza? – ele pergunta irônico. Eu sorrio de volta, eles não tem como saber, mas senti a presença de Ellie. Ela está perto, logo vou estar livre... – O que foi? Ficou calado de repente? – ele me olha com os olhos semicerrados, está me analisando, mas não sabe dizer o que me fez falar... Se algo que ele disse ou se a raiva por me torturar...

- Garoto. – Doro conversa comigo. – Não o provoque mais. Vou te dar mais um pouco de força, também sinto minha irmã perto... Temos que aguentar mais um pouco.

- Está certo Doro. Vou ficar quieto e esperar minha chance. – digo a ele com ferocidade.

- Exatamente garoto. Vamos aguardar nossa oportunidade. Ela logo vai aparecer. – ele responde mais calmo.

.....................................

ELLIE

A sniper nos disse onde encontrar a tenda do Comandante, como ela o chamou. Eu imediatamente distribuí ordens a Argen e aos outros, que as repassaram aos líderes dos grupos.

Falei com Raddie pelo scouter: - Raddie, eles realmente estão com Karl. Estou indo resgatá-lo. Você vai comandar os meus soldados, já comuniquei que você está no comando, e acabar com estes malditos, quando eu voltar não quero mais ver nenhum deles em nossa montanha. Fui clara companheiro?

Depois de um momento de silêncio pude ouvir a gargalhada gostosa de Kakaroto.

- Pronto irmão, Ellie acabou de fazer a primeira exigência! Agora está perdido. Hahaha! – ele debochava de Raddie.

- Tem razão Kakaroto! – Vegeta entrou na conversa. – Ellie você fala como se fosse fácil fazer isso! – ele reclama e depois de uma pausa ele fala algo que me deixou perplexa. – Imagino como vai ser sua vida Raditz, quando ela tiver desejos de grávida... – a voz de Vegeta estava carregada de ironia, divertimento e malícia...

- VEGETA! – gritei com ele, chocada com o que havia falado, mas senti o divertimento dele quando respondeu.

- O que foi Ellie? Não disse nada demais ou vulgar, apenas algo que prevejo acontecer com Raditz. – ele falava se divertindo comigo.

- Vegeta. – disse muito calma e o silêncio me respondeu pelo scouter. – Vocês três vão limpar a montanha pra mim, Raddie vai comandar meus soldados. Eu tenho os três mais poderosos guerreiros do planeta lutando do meu lado, é claro que vai ser uma tarefa fácil. Quanto ao que você falou... Acho que eu e Raddie passaremos alguns meses no palácio, aí você poderá começar a treinar meu companheiro em como me obedecer... Afinal, você já tem uma grande experiência nisso. A Bulma te domou direitinho... – disse com um sorriso maldoso no rosto.

Só escutei as risadas pelo scouter e o rosnado de Vegeta.

- Limpem essa bagunça. Vou pegar Karl. – falo pra eles e desligo o scouter.

- Agora, sniper, nos guie até seu Comandante. Estou com saudades do meu primo. – disse séria pra ela.

- Vamos seguir por aqui. – ela conduziu a mim e ao grupo de Argen por um corredor que levava à área oeste da montanha.

Depois de passar por vários corredores e nos livrar de alguns inimigos chegamos até o local onde eles estavam com o comando. Era um salão enorme, ele dava para a saída oeste da montanha, a menos frequentada, mas era cheio de pilastras e locais que podíamos usar, nos escondemos um pouco e amordacei a sniper, não queria que ela desse algum tipo de aviso da nossa presença.

Observamos de longe, analisando o local e nos deslocando devagar... Foi quando vi Karl no fundo do salão.

Ele estava amarrado pelas mãos e pés com algum tipo de algema, não sentia seu ki, mas ele estava acordado. Yamcha e um homem alto estavam próximos a ele, mas o que mais me chamou a atenção eram os machucados dele.

Yamcha não tinha força para fazer aquilo com Karl em uma luta...

- Criança. – Argêntia falou comigo. – Essas algemas parecem com as que me prendiam, por isso não conseguimos sentir o ki de Karl. – ela falou um pouco alarmada e nervosa.

Nesse momento o homem alto, que eu supus ser o tal Comandante, virou na direção de Karl e lhe deu um soco. Eu grunhi com aquilo, mas tentei me conter para não chamar atenção; foi quando eu ouvi o rosnado forte na minha cabeça.

- Argêntia, o que houve? – perguntei intrigada.

- O símbolo nas costas do homem alto. – ela rosnava mais. – É o símbolo daqueles que me aprisionaram por tantos anos.

Aquilo me deixou surpresa, mas então eu entendia a motivação por trás dos ataques: Vingança.

- Parece que vamos enfrentar alguns fantasmas do passado. – sussurrei para Argêntia e para os que me acompanhavam. Eles me olharam sem entender, mas em minha mente Argêntia rosnava cada vez mais agitada. – Vamos apagar a sniper e deixa-la aqui. -  a mulher me olhou assustada, mas não podia fazer nada. Amarrei ela bem e a golpeei para desmaia-la.

- Agora vamos atacar. – disse devagar aos meus acompanhantes, que sorriram com essas palavras.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Deu um pouco de trabalho escrever essa parte, pois vou tinha que estar em três lugares ao mesmo tempo... Mas dei preferência para Ellie e Karl.
No próximo capítulo, Ellie vai atacar pra resgatar o Karl.
Beijos.


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