1. Spirit Fanfics >
  2. Encontros >
  3. Esclarecendo a situação

História Encontros - Esclarecendo a situação


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente, desculpem pela demora.
Eu vou me desculpara pela falta de regularidade, mas não se preocupem que vou continuar postando a fic.
Ainda quero resolver algumas pendências que eu vejo na história.
Esse pode ser considerado o último capítulo do arco dos Lanza. Não pretendo voltar a falar sobre eles nessa fic, talvez na do Karl, mas não na história da Ellie.
A partir do próximo capítulo vamos concentrar no Império Sayajin e na criação do novo clã.
Tive uma ideia de última hora que correu do meu cérebro maluco para o teclado e espero que vocês gostem...
Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 79 - Esclarecendo a situação


KARL

Quando Ellie pediu pra ficar aqui fora com Lars ela sabia que era apenas para fazer tio Frank falar sem pudores, pois eu ouviria toda a conversa.

Meu pai se aproximou de mim.

- Rapaz, sua mãe ficará triste. – ele disse e me olhou profundamente. – Eu também, pois acabei de perder meu filho mais velho. – essas palavras me encheram de dúvidas.

- Como assim? – perguntei e o olhar que ele me deu me preparou, em parte, para a bomba que ele soltou.

- Você tem irmãos, mas nós os mantivemos escondidos, inclusive do clã, pois não queria que o seu destino se repetisse para eles. – ele confessou e aquilo me entristeceu e enraiveceu, sei que ele viu isso em meus olhos. – Não pense que o amo menos que a seus irmãos, mas eu tinha uma responsabilidade com o clã, você, como o mais velho de meus filhos, assumiria minha responsabilidade... Mas nunca desejou ser o Guardião da Tradição. – ele suspirou e se calou.

- Nunca pensou que meu fardo poderia ser mais leve ou que aceitaria as responsabilidades que você insistia em me impor se eu soubesse que outro teria que assumir se eu renunciasse? – perguntei indignado e ele me olhou espantado. Eu ri irônico. – Eu teria gostado de ter irmãos, mas agora é tarde. Seguirei minha Alfa e o companheiro dela até o fim do mundo... Não queremos mais nada a ver com essa família.

- Karl, meu filho... Eu e sua mãe o amamos e nunca te esqueceremos. Me orgulha saber que é o Beta de sua prima e que a honrará enquanto viver. – ele falou e se afastou.

 - Parece que não era somente meu pai que escondia algo. – Lars havia se aproximado e eu o olhei calado. Não desejava conversar com ele, entretanto, havia a possibilidade daquela ser a última vez que o faria...

- É... Você realmente esperava que ela fosse te receber de braços abertos? – perguntei curioso.

- Uma parte de mim me dizia que não seria assim, mas sempre torci para que estivesse errada. – ele me olha de lado e dá de ombros.

- Ellie mudou, mas ainda é a mesma. Entende? – perguntei a ele.

- Sim. Vegeta me manteve informado de tudo o que sabia, inclusive dos conflitos com ela e eu também assistia tudo o que podia através do scouter. Ele adorou esfregar na minha cara a luta dela no baile... – ele sorriu de lado. – Disse que ela não era nada daquilo que eu tinha descrito... Minha irmãzinha cresceu tanto. Raditz a ajudou. – ele disse pensativo.

- O amor de Raditz e o dela por ele a ajudaram. Pelo meu caro Alfa sayajin ela não sairia de casa. – disse com um sorriso brincalhão. – Ele ainda se retorce todo só de imaginar Ellie longe dele por mais que algumas horas... Cá entre nós acho que nem isso ele aguenta. – dei uma gargalhada.

- É bom que ele cuide dela ou eu irei me certificar pessoalmente que ele não será mais um problema. – Lars disse sério e com um ar ameaçador.

- Ela não vai te dar direito de falar assim do companheiro dela. – eu o avisei, mas ele me deu um olhar duro de quem não quer ser questionado e eu devolvi com um sorriso irônico.

- O que?! Aquele sayajin ama sua irmã com loucura! Ele não é um qualquer... Eu vi como ela pode ficar se o perder e o mesmo pode ser dito quanto a ele. – nessa hora Kakaroto se aproxima. Ele deve ter escutado tudo.

- Não se meta entre Ellie e meu irmão. – eu olhei espantado, pois não era comum ver aquela cara do Kakaroto. – Não tem direito de se intrometer entre companheiros, principalmente aqueles dois! E meu irmão não está sozinho... Protegeremos os dois se for preciso. – agora o negócio ficou sério! Kakaroto estava partindo pra ameaça...

- Ela é minha irmã. Posso me intrometer o quanto quiser... Até mesmo sua tradição me autoriza isso, pois eu não o aprovei! – eu olhei Lars sem entender porra nenhuma...

- Está louco Lars? – perguntei me colocando entre ele e Kakaroto. – Você morreu. Para todos nós você morreu e depois de muito sofrimento Ellie seguiu em frente. Quem é você para dizer que o companheiro dela não presta? – fui agressivo nessa merda de conversa...

- Está todo amigo do sayajin... Quem ele é para ter sua lealdade? – Lars tinha enlouquecido. Só pode porque aquele não era o Lars frio que eu conhecia.

- Ele é meu Alfa, companheiro da minha Alfa e meu amigo. E nunca, repito nunca, fez Ellie chorar de propósito! Ao contrário, sempre a apoiou e consolou quando se tratava de qualquer coisa relacionada a você ou o clã. Sempre me disse para não subestimar Ellie, mas agora é você que está fazendo isso! Coloque-se no seu lugar ou ela mesma o fará e você não vai gostar! – eu berrava com ele e a discussão estava ficando bem feia... Tão feia que nem percebemos que tio Frank já tinha saído e nos observava sério, enquanto Ellie estava na porta da cabana.

Ela estava me olhando séria e depois olhou pra Lars, com raiva.

CARALHO! Ainda bem que não estava no lugar dele.

- Venha Lars. Vamos resolver tudo isso de uma vez por todas. – Ellie o chamou, mas eu percebia que ela estava alerta e raivosa.

- A pequena vai arrancar o couro do irmão. – ouvi Doro falar de forma animada. – Me deixou satisfeito garoto.

- Por que? – falei com ele, ouvi o bufo dele em minha mente.

- Por se posicionar. Já que vão cortar os laços que os ligam aos Lanza fez bem em apoiar sua Alfa e o companheiro dela, também gostei do que falou e de como falou. Agiu como um Beta e como um amigo. – ele explicou sua opinião e eu fiz pouco caso disso.

- Falei o que era pra ser dito. Mas e vocês como ficam? – perguntei desviando o assunto.

- Como ficamos? Se refere aos hospedeiros? – ele tinha um tom de voz despreocupado. – Continuaremos, mas ficaremos apenas no seu ramo sanguíneo, é assim que funciona. Nenhum Lanza será nosso hospedeiro novamente, a menos que alguém do novo clã se case com um deles e tenha descendentes compatíveis e mesmo assim continuaremos preferindo, por assim dizer, o seu ramo.

- Entendo. – começamos a ouvir vozes vindo da cabana e senti o olhar divertido do lobo como se ele estivesse ao meu lado.

- Não disse? A pequena é um orgulho para minha irmã e para mim. – ele disse divertido.

- Vamos prestar atenção. – falei curioso e agucei a audição pra escutar a briga.

.............................................

ELLIE

Estava saindo da cabana pra chamar Lars quando escutei uma espécie de discussão entre ele e Karl. Não peguei tudo, mas o que entendi é que Lars não aprova Raddie e Karl o estava defendendo.

Vi Kakaroto com uma cara que ele só mostra pra inimigos olhando muito feio pra Lars.

O que o meu irmão aprontou?

- Venha Lars. Vamos resolver tudo isso de uma vez por todas. – eu me fiz anunciar e chamei Lars. Ele entrou e não gostei da forma como olhou Raddie, fiquei chateada.

Assim que ele passou eu fechei a porta da cabana e fui me colocar ao lado de Raddie. Não esperei que ele abrisse a boca, pois olhava para meu sayajin de forma hostil.

- O que foi aquilo lá fora? – perguntei séria. Raddie deu um sorriso de canto e envolveu minha cintura com sua cauda. Lars olhou furioso.

- Solte-a. – ele disse aquilo?

- Ela é minha companheira, Lanza. Ninguém me manda largar minha companheira... Só não está morto porque minha fêmea ainda gosta de você. – Raddie estava furioso e se segurando por mim.

- ELA É MINHA IRMÃ! – ele gritou e aquilo me irritou profundamente.

- Sim, eu sou sua irmã. Mas também sou uma mulher adulta e está diante do macho que eu escolhi para ser meu companheiro. Respeite-o. – falei controlada apesar de tudo.

- Ellie, pare com essa loucura de separar o clã. Não tem meios e nem local para manter um novo clã. – eu o olhei incrédula.

- De todas as coisas que poderia ter dito... – eu fiquei pasma e mais irritada ainda. – Dos meus cuidamos eu e o meu companheiro! Ao contrário do que parece pensar não sou uma descerebrada, nem me faltam recursos! – falei alterada.

- Nunca falei que era descerebrada. – ele tentava amenizar, mas eu estava agitada e irritada. – Mas veja por esse ângulo: dependendo da quantidade de pessoas que se unirão a você onde os colocará?

- Isso não é de sua conta. Agora vamos ao verdadeiro motivo da nossa conversa: por que fingiu que estava morto? – disparei a pergunta que me rondava a mente.

- Angus me deixou quase morto. Não sabia em quem confiar... Você não saberia esconder que eu estava vivo e Karl não poderia ficar sempre comigo. Foi a única escolha possível naquele momento, Vegeta me acolheu e protegeu; fez o que um verdadeiro amigo faria. Não o julgue por minhas escolhas. – ele falou de forma resumida.

- Então é isso? É assim que explica e justifica a dor que eu senti quando pensei que tinha morrido? EU QUERIA MORRER JUNTO COM VOCÊ! – berrei para ele.

Minha mente entendia perfeitamente o que ele havia explicado, mas quem disse que meu coração aceitava?

- Agora está sendo infantil. – ele me repreendeu? – Sabe que não havia outra possibilidade...

- Quando me tornei companheira de Raddie, quando me aproximei de Vegeta, quando convivi com ele, quando quase morri... Tiveram várias oportunidades pra contar. – o cortei fria – Raddie e Karl poderiam me ajudar a disfarçar, já não tinha contato com ninguém do clã. Eu não precisaria lutar pela liderança.

- E viveria com a sensação de inquietude do “se”. – ele disse muito sério.

- Então é esse seu argumento? Me fazer lutar com Angus seria o melhor para exorcizar meus demônios... Não está totalmente incorreto, mas eu nunca quis aquela droga de liderança! Nunca quis ser a Alfa! – falei com ele nervosa.

- Realmente, nunca ambicionou a liderança, mas ainda assim carrega a marca do Alfa. Sempre foi uma Alfa, irmãzinha, mas se reprimia. Sempre acreditei que poderia ser forte, determinada e uma líder apta, mas você não acreditava em si mesma; então aproveitei minha morte para ver se você conseguia ser o que eu enxergava. Eu estava certo. – ele falava com satisfação. Satisfação?

Me levantei da poltrona e quis me aproximar dele, mas Raddie impediu.

- Não baby, não deixarei que faça algo que vai se arrepender depois. – Raddie me segurava com a cauda e eu não queria machuca-lo, então simplesmente sentei novamente. Eu respirava pesado, tentando me controlar.

- Não queria te ferir. Sabia que aconteceria, mas nunca imaginei que ficaria tão mal. – ele passava a mão nos cabelos e me olhava transtornado. – Bardock falava de você com Vegeta às vezes e ele me repetia o que sabia. Quando surgiu a oportunidade dele te conhecer através do tal baile fiquei muito aliviado, pois ele saberia se aproximar sem levantar suspeitas... Mas então ele me conta que minha irmãzinha estava acasalada com um de seus guerreiros, não somente isso, mas que lutou contra duas sayajins por ele! Não sabia se ficava surpreso, orgulhoso ou enciumado. – ele tentou fazer graça, mas eu não achava graça em ter todos os meus passos relatados a alguém.

- Você não tinha direito a ficar de jeito algum. Abriu mão disso. – acusei e ele me olhou torto.

- Continua se portando de forma infantil. Onde está a moça que me disse querer filhotes agitados e de cabelos escuros com seu companheiro? – eu arregalei os olhos.

- Não era alucinação? – ele balançou a cabeça.

- Era eu Ellie, mandei minha mente pra te ajudar como pude. Te senti muito fraca pelo tempo que o veneno ficou em você... Precisava te forçar a reagir de alguma forma. – ele falou me olhando e eu me perdi, lembrando daquele momento.

Nessa hora Argêntia surgiu e sentou ao meu lado.

- Minha criança. – seu olhar era amoroso e compassivo. – Vai permitir que a mágoa domine seu reencontro com o irmão que ama?

Eu a olhei perdida antes de responder a ela.

- Dói. – foi a única palavra que lhe disse e ela acenou.

- Eu sei. Estive contigo todo este tempo. Esqueceste que te vi no fundo do poço? Que vi quando começou a subir? Foi uma subida longa e dolorosa, mas que te tornou mais forte. – ela continuou me olhando.

- Eu o amava tanto. – falava para ela e somente para ela, sem me importar com Lars ali. – Ele me deixou só, abandonada, uma presa fácil.

- Criança, sei de tudo isso, entretanto ele não estava errado. Também era uma forma de te proteger. – ela falava comigo, mas eu não queria aceitar.

- Eu teria me tornado mais forte, para protegê-lo. – eu disse com raiva. Argêntia me deu um olhar severo e falou algo que mexeu comigo.

- E não teria teu macho ao teu lado, pois ainda estaria vivendo apenas para teu irmão e não para ti.

Empalideci apenas com a mera possibilidade de não ter meu sayajin comigo, comecei a passar mal, não conseguia respirar e Argêntia ficou alerta e preocupada.

- Criança! – ela me chamou alarmada, mas eu não conseguia compassar minha respiração.

- Ellie! – Lars tentou se aproximar, mas Raddie o impediu com um rosnado enfurecido e Argêntia se colocou entre os dois.

- Respire, minha Ellie. – Raddie sussurrou em meu ouvido, enquanto me colocava no colo e me afastava dos dois, mas eu não conseguia respirar, estava ficando sem ar e minha visão escurecia.

Foi quando senti os lábios de Raddie sobre os meus, ele estava fazendo respiração boca a boca comigo e eu abri os olhos devagar, minha respiração ainda estava alterada, mas eu já conseguia enviar ar para os meus pulmões. Quando sentei percebi que estava no chão daquela cabana e Raddie ao meu lado, me agarrei a ele.

- Shh. Estou aqui. – ele me disse e beijou meu pescoço, sua marca. – E estaria aqui de qualquer forma, apenas demoraria mais... – Raddie afastou meu rosto e me fez olhar para ele, mas era seu Oozaru quem estava ali.

- Raddie? – perguntei inquieta, pois somente quando me marcou seu Oozaru esteve tão próximo da superfície.

- Estou aqui, minha fêmea. Não precisa me temer. – ele me acariciava o rosto e eu não desviei meus olhos dele.

- Não estou com medo de você, Oozaru. Apenas me inquietei, pois só uma vez te vi tão próximo. – disse para ele, que levantou o lábio insatisfeito, mostrando uma presa.

- Nunca se inquietou com o Rei. – ele reclamou e eu ri.

- Gosto de desafiar o Rei. Mas você nunca se aproximou de mim como agora. – disse calma a ele.

- Queria te dizer que por mais que demorasse ainda seria minha. – a voz de Raddie estava grossa e rosnada, seus olhos vermelhos e as presas aparentes, ainda assim estava sexy aos meus olhos. – Te escolhi e te escolheria sempre. É minha e somente minha! – ele rosnou e segurou minha cintura com a mão livre, pois a outra tinha se enroscado em meus cabelos.

- Meu Oozaru. – sussurrei para ele e me aproximei, encostando meu corpo ao dele e o beijando com delicadeza. Ele correspondeu me agarrando com força, invadindo minha boca com sua língua e eu retribuí com um pouco de cuidado, pois não queria me ferir em suas presas. Ele pareceu perceber e se afastou, pelo vínculo percebi que ele não se sentiu aceito e eu não poderia permitir isso... – Me olhe, meu oozaru. – pedi segurando seu rosto e ele me ouviu, seus olhos vermelhos cravaram nos meus e eu sorri a ele. – Sente pelo vínculo como você me parece? – perguntei manhosa.

Ele me observava atento e percebi seus olhos acenderem com a resposta que teve... Ele estava ainda mais bonito e desejável pra mim.

- Aprecia minha aparência. – não era uma pergunta e eu apenas sorri acenando.

- Te aceito como é, assim como você me aceita. – lhe dei alguns beijinhos no rosto. – Obrigada por me tranquilizar. – o abracei e ele colocou a boca sobre a marca, mordendo e chupando de leve... Afundei meu rosto em seu pescoço e soltei um pequeno gemido. – Não me provoque, por favor. – choraminguei manhosa.

O que estava acontecendo comigo? Ele estava me deixando cada vez mais manhosa, desejosa dele... Eu parecia que estava...

Não! Será? Mas... Não, não deve ser isso...

Ele levantou a cabeça e me olhou curioso, havia sentido algo pelo vínculo, mas eu ainda não queria conversar sobre isso. Não ali e nem naquele momento...

- O que houve? – ele perguntou afinal e eu suspirei com sua voz. Ele sorriu com minha reação... um sorriso cheio de presas que me excitou demais.

- Conversamos sobre isso em casa. – pedi a ele. – Vamos tentar resolver essa confusão em que nos meti.

- Não nos meteu em confusão alguma. – ele acariciou meu rosto e desceu a mão pelo meu pescoço, tocando minha pele levemente. – Mas, se é o que quer agora, é o que faremos. – ele corria o dedo sobre minha clavícula e eu me sentia mole e excitada.

- Raddie... – gemi seu nome baixinho.

- Shh. – ele colocou o indicador sobre meus lábios – Seus gemidos são somente meus. – me deu um sorriso safado e se aproximou de meu ouvido para sussurrar. – E te farei gemer muito hoje. – uma lambida em minha orelha e um arrepio. Mordi o lábio para segurar o gemido que queria escapar.

- Sim. Mas em nossa casa. – disse a ele meio ofegante. Ele sorriu mais ainda e concordou. O Oozaru se retirou e Raddie me observava com atenção redobrada.

- Não se exalte com ele. Faça o que deseja e não se sinta pressionada por ninguém, apenas tenha certeza de que não se arrependerá de nada. – ele me disse baixinho e o abracei.

- Obrigada Raddie. – dei mais um beijo leve em seus lábios e ele fez questão de me carregar até o sofá e me colocar em seu colo. Por alguns momentos eu fiquei perdida sentindo seu cheiro e apreciando a sensação de seu corpo junto a mim; olhei para Lars, que permaneceu calado apenas observando.

- Me magoa que pense tudo isso de mim Lars. Me magoa que tenha se escondido de mim. Mas o que mais me fere é que pensa que Raddie não serve pra mim. Ele é o que eu preciso e não abriria mão dele nem por você. – ele me olhava sério e acenou, lembrando da nossa conversa em minha mente.

- Nunca quis te magoar, mas era a única alternativa que eu via naquele momento. – ele respondeu triste.

- Sabe que, depois que anunciarmos a decisão para o clã, nunca mais nos veremos. – disse com firmeza e ele me olhou desamparado.

- Não faça isso Ellie. Te imploro. Se afaste se quiser, mas não corte os laços que temos. – ele estava muito magoado, mas eu não iria recuar.

- Não correrei o risco de provocar uma luta interna entre facções. Quero criar meus filhotes sem medo. – apoiei minha cabeça no ombro de Raddie e ele me abraçou mais forte. – Eles saberão que tem um tio, que eu o amo muito e que ele cuidou de mim quando ninguém mais quis, mas nunca te conhecerão. – falei minha decisão e vi Lars cair de joelhos, chorando. Eu saí do colo de Raddie e me ajoelhei na frente dele, que me agarrou com força.

- Perdão Ellie! – ele soluçava e eu chorava junto com ele. Mas Frank Lanza e aqueles que o apoiavam não permitiriam que eu assumisse a liderança, muito menos que houvesse a possibilidade de algum filhote meu ser o Herdeiro.

- Te perdoo por me fazer sofrer, mas não por me obrigar a tomar essa decisão. Foi o que você plantou não se mostrando a mim mais cedo... Te amo Lars, sempre me lembrarei de você e falarei de você aos meus filhos. Eles também te amarão, mas é neles que eu penso... Se algum dia, um deles fosse ameaçado ou ferido... Lars, você não imagina o que eu faria... O que fiz a Angus seria pouco comparado com a loucura que se apossaria de mim... – eu expliquei minha posição. Eu defendia meus filhotes mesmo antes deles existirem e sempre seria assim, eu sentia isso.

- Irmãzinha... – ele me abraçou e eu afundei meu rosto em seu peito, permitindo que ele fizesse carinho em meus cabelos, como fazia para me consolar ou me alegrar. Ficamos assim por muito tempo, quando nos afastamos eu lhe fiz um carinho no rosto, olhando atentamente todos os detalhes de seu rosto, marcando em minha memória para poder descrevê-lo aos meus bebês.

- Meu amado irmão... – beijei seu rosto e o abracei novamente, inspirando seu cheiro, depois me afastei e fui até Raddie, que apenas me acompanhava com o olhar. Lars se levantou e passou a mão no rosto, ele olhou Raddie e disse ao meu companheiro:

- Cuide dela Raditz. É o que tenho de mais precioso. – Raddie olhou com calma para Lars antes de responder.

- Sempre. – foi o que disse e Lars acenou na direção dele, se aproximou de mim uma última vez e beijou minha testa. Saiu da cabana sem dizer mais nada.

Raddie me abraçou e puxou para o seu colo onde derramei mais algumas lágrimas.

- Está tudo bem, baby. Agora seguiremos nosso caminho, embora ainda tenha que trocar algumas palavras com Vegeta... Mas essa conversa é minha. Quero você tranquila. – ele me beijou de leve no pescoço e eu me arrepiei.

- Como te quero Raddie... – disse num sussurro, extremamente excitada e aquilo deixou Raddie feliz e surpreso.

- Está diferente. – ele me disse e me cheirou profundamente. – Seu cheiro está mudando... – um sorriso safado se formou em seu rosto e eu apenas esperei que ele confirmasse o que eu estava desconfiando. – Está entrando no cio.

- Me sinto diferente, mais sensível a você, se isso for possível... – falei devagar e tentando controlar os tremores que percorriam meu corpo. – Vamos para casa. Conversamos lá, não me sinto bem aqui. – Raddie me pegou e saiu rápido da cabana.

Karl estava lá fora, esperando junto com Kakaroto, Vegeta e Tarble. Os Lanza haviam partido.

Todos me olhavam com um misto de surpresa e malícia divertida, mas não comentaram nada.

Kakaroto nos transportou de volta para casa.

..................................

KARL

Ouch! Como assim Ellie estava no “cio”?

Todos ouvimos a conversa de Ellie e Lars e não pude deixar de sentir pena dele, mas também dou razão a ela. Não seria fácil continuar vivendo com a sombra de uma ameaça sobre algum bebê que ela tivesse...

Quando ele saiu estava abatido, mas de cabeça erguida, acenou para mim e se dirigiu até meus tios e pai. Eles foram embora em silêncio. Eu comecei a sentir o cheiro das lágrimas de Ellie, achei melhor que Raditz a consolasse, mas quando ouvi aquela conversa de “cio” fiquei nervoso...

- Qual o motivo do nervosismo garoto? É normal a pequena entrar no cio, embora não fosse para acontecer tão cedo para ela... Acho que foi a transformação primal que acelerou o período reprodutivo dela... – Doro falava comigo e a cada palavra eu me arrepiava de medo.

- Doro! Basta dessa conversa... Não quero saber disso agora, mas não pode ser o melhor momento para Ellie engravidar. Vamos ter muito trabalho daqui pra frente e ainda tem aquela situação incômoda no Reino Sayajin... – cortei o lobo.

- Sempre existirá algo a fazer e isso não pode impedir a pequena de ter filhotes com seu companheiro. Para ajuda-la ela terá você e ele e duvido muito que a família dele vai permitir que se sobrecarregue. – Doro não entendia... eu comecei a suar frio com a lembrança daquela conversa que tivemos há algum tempo... Parecia que tinha sido uma eternidade atrás.

- Vamos deixar pra pensar nisso se ela quiser engravidar. – cortei definitivamente a conversa. Ainda havia esperança que Ellie não quisesse engravidar agora, afinal ela estava há pouco tempo com Raditz e talvez ainda quisesse curtir a lua de mel.

Eles saíram da cabana e Raditz carregava Ellie no colo, como se ela fosse muito preciosa. E para ele era...

Felizmente ou não, nenhum de nós comentou nada sobre o que ouvimos, mas não deu pra esconder os sorrisos maliciosos dirigidos aos dois. Ellie escondeu o rosto no peito de Raditz, totalmente corada, enquanto o descarado tinha um dos sorrisos mais safados que eu já tinha visto na minha vida...

É acho que eu ia ser tio logo, logo...

 


Notas Finais


Então gente, espero que tenham gostado do capítulo.
Chorei, como sempre choro quando o Lars aparece... E não, ele não vai aparecer novamente.
Foi uma decisão difícil, mas eu acredito que é como Ellie disse: ela não teria paz e seus bebês sempre seriam ameaçados.
Não me crucifiquem muito, mas claro que quero saber a opinião de vocês sobre essa decisão...
Beijos.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...