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História Encontros - Em casa


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


PERDÃO!!!

Depois de longa e tenebrosa espera eis que retorno...
Como justificativa trago o fato de ter tido um período atarefado e meio atrapalhado no meu trabalho da vida real.
Vou tentar não deixar a fic tão de lado, pois ela é meu porto seguro (kkkk)...

[Espero que um certo sayajin não me escute ou ele vai ficar muito presunçoso!]

Vamos ao capítulo. Boa leitura!

Capítulo 80 - Em casa


RADITZ

Quando o desgraçado do Lars brigou com Karl eu simplesmente ignorei suas palavras.

Ellie era minha companheira, estávamos vinculados, ele não poderia fazer mais nada para me separar dela e nem eu permitiria. Então ele que se foda!

Deixei minha Ellie conduzir a conversa, atento a qualquer sinal de traição ou de uma situação em que minha fêmea fosse sofrer mais do que já estava. Quando ela colocou o irmão na parede sorri confiante, mas quando a loba apareceu e se colocou ao lado dele não gostei, principalmente quando ela insinuou que Ellie não me teria se tivesse ficado ao lado de Lars.

Ver minha fêmea ser tomada por um choque tão grande a ponto de não conseguir respirar foi desesperador e os causadores ainda queriam se aproximar! Como se eu fosse permitir isso...

Ela desmaiou e eu a levei para longe deles, comecei a tentar reanima-la e estava ficando ansioso com sua falta de reação. Ver seus lindos olhos se fixando em mim foi um grande alívio.

Senti meu Oozaru se aproximar e querer interagir com Ellie. Só fizemos algo assim quando a marcamos, mas me parecia o certo a fazer e o permiti. Quando ela percebeu ficou receosa, o meu Oozaru tentou tranquiliza-la de todas as formas, inclusive dizendo que ela seria nossa de qualquer forma. Conseguimos não só acalmá-la, mas também excitá-la...

Ellie estava um pouco diferente e não conseguia atinar o que estava acontecendo com ela... Estava manhosa e muito excitada, qualquer leve toque meu a estava acendendo... Aquilo me intrigava e ao meu Oozaru.

Lars não conseguiu o perdão de minha fêmea e nem tirar a ideia de separação do clã da cabeça dela. Ele não conhecia essa faceta da irmã, mas era com essa teimosia que eu mais lidava como companheiro; a despedida deles foi demorada e cheia de lágrimas, bem no estilo dos humanos, mas eu sentia pelo vínculo que Ellie estava mais aliviada.

A partida de Lars fez com que ela se sentasse em meu colo e ainda derramasse mais lágrimas. Eu procurei consolar minha pequena fêmea da melhor forma, mas havia algo diferente em seu cheiro...

Não eram só lágrimas, mágoa e alívio que eu sentia... Seu cheiro estava mais marcante, mais sedutor, me chamava de forma mais primitiva...

Eu e meu Oozaru percebemos finalmente o que estava acontecendo: nossa fêmea estava entrando no cio!

Quando disse a ela foi maravilhoso vê-la corar e se esconder em meu peito, seu coração palpitava e pude perceber que estava nervosa, ansiosa para chegar em casa.

Precisamos conversar antes de acasalarmos, a loba já havia avisado que qualquer tipo de relação geraria filhotes quando Ellie estivesse no cio... Uma parte de mim, uma enorme parte de mim, queria fecunda-la, saber que seu ventre geraria nossas crias...

Mas eu tinha que lhe dar a opção de me dizer não. Seria decepcionante naquele momento, mas não imporia uma gravidez à minha companheira; esse desejo deveria partir dela também.

A peguei no colo e saímos da cabana. Demos de cara com Vegeta, Tarble, meu irmão e Karl. É claro que todos sabiam da condição de Ellie e o macho em mim não resistiu a alardear a possibilidade de procriar, ainda que com um sorriso...

Karl estava agitado e nos olhava entre assustado e resignado... Meu irmão nos transportou para casa, tudo tinha levado muito tempo e chegamos de noite.

- Vou levar Vegeta e Tarble para o palácio e depois vou pra casa. – Kakaroto me disse. – Acho melhor não fazerem nada hoje irmão. – Kakaroto fala daquele jeito estabanado que só meu irmão tem.

- Kakaroto! – Ellie grita com ele totalmente corada.

- O que foi? – ele a olha sem entender seu embaraço e minha fêmea apenas bufa em resposta.

- Eu ainda vou me vingar por essa Kakaroto... – ela sussurra e ele continua olhando sem entender. Eu rolo os olhos e dou um sorriso sacana pra ele.

- Isso quem decide é minha companheira. – Ellie me olhou um pouco surpresa e vi que abriu a boca em um pequeno “o”. Eu sorri de canto e ela corou, o cheiro de sua excitação chegou a mim e achei melhor afastá-la de todos aqueles machos. Mas antes de sair me virei para Vegeta e disse sério a ele. – Amanhã passarei no palácio para termos uma conversa, Majestade. – a última palavra não pude deixar de dizer em tom irônico o que o fez rosnar e Ellie levantou a cabeça olhando para ele e depois para mim.

- Raddie... – ela disse um pouco indecisa. Fazia tempo que ela não demonstrava essa faceta de sua personalidade, agora que ela não tinha objetivos muito claros estava insegura, eu sentia isso pelo vínculo.

- Shh, baby, não há o que se preocupar é apenas uma conversa com o meu Rei. – eu disse a ela, mas eu sentia que ela não estava tranquila.

- Estarei esperando, Raditz. – Vegeta finalizou aquela conversa e eles partiram.

Senti o ki de meus pais se aproximando, eu sabia que eles iriam esperar acordados e eu suspirei com isso. Queria levar Ellie para o quarto e lhe dar um banho relaxante.

- Finalmente voltaram! – minha mãe exclama aliviada, mas estranhou ao ver que Ellie está em meu colo e sua face muda para preocupação. – Ellie está ferida? – ela se aproxima e, nesse momento, percebo que ela sentiu a mudança no cheiro de Ellie, porque nos olhou confusa e depois seus olhos brilharam. – Ellie, querida, Raditz te contou? – ela está ansiosa e eu solto um pequeno bufo.

- Sim, Gine. – minha Ellie fala. – Sei que está curiosa, mas poderíamos deixar a conversa para amanhã? Muita coisa aconteceu e vamos conversar por horas... – minha fêmea pede e minha mãe apenas acena, se aproxima para beijá-la na testa.

- Amanhã conversamos então. – ela faz um carinho em meu rosto e se afasta.

- Cuide bem dela, moleque. – ouço a voz do meu velho e em seu tom está uma ponta de satisfação por nos ter em casa e também de advertência. – O cansaço de vocês é evidente, então deixem qualquer coisa que queiram fazer para amanhã. – ele lança um olhar crítico em nossa direção e eu rosno irritado com ele.

- Bardock! Não me embarace. – Ellie, totalmente vermelha, reclamou; meu pai lhe lançou um olhar divertido e respondeu.

- Posso estar velho, menina, mas sei muito bem como é depois que se chega de uma luta como a de vocês. Não se excedam. – ele dá um sorriso de lado, parecido com o meu e Ellie afunda o rosto no meu peito, o que me faz suspirar.

- Agora que já nos envergonharam o bastante vou levar minha fêmea para o nosso quarto e não queremos ser interrompidos. – não dei oportunidade a ninguém de falar mais nada e saí de perto de todos.

Caminhei até nosso quarto e coloquei minha fêmea em nossa cama, tranquei a porta, também fiz a redoma de ki. Me ajoelhei diante dela e comecei a tirar suas botas, depois a armadura, até que ela ficou somente com o macacão.

- O que foi baby? – perguntei a ela, estranhando seu silêncio.

Ela tocou, delicada, meu rosto e estava insegura e incerta do que falar. Esperei o tempo dela, até que perguntou o que queria:

- Você quer Raddie? Quer ser pai agora? – estava corada e embaraçada, mas me olhava diretamente, procurando respostas.

- Minha Ellie, nós, eu e meu Oozaru, estamos vibrando com essa chance. – disse com um sorriso de canto cheio de malícia, que a fez ficar ainda mais corada. – Mas somente se você tiver certeza e quiser também, caso contrário esperaremos. Afinal, faz pouco tempo que estamos juntos... Mesmo Kakaroto e Chichi esperaram um ano antes de terem Gohan. – eu estava certo do que falava e esperaria a resposta dela.

- Estou cansada. – ela suspirou e foi como se todas as emoções tivessem pesado nos ombros dela. – Podemos conversar com calma amanhã? Queria falar com seu Oozaru também. Quero ter certeza que ele sabe que não tenho medo dele.

Eu sorri com essas palavras e a beijei levemente.

- Vou preparar um banho para nós dois. Depois vamos dormir. Estamos os dois bem acabados. – a fiz sorrir e acenar tranquila.

Preparei o banho e a chamei. Já tinha tirado minha roupa e estava esperando por ela. Ellie corou, mas tirou a roupa na minha frente, entrando e se recostando em meu peito, ela suspirou com a água quente e comecei a lavar sua pele devagar e com cuidado.

- Você sempre me deixa assim. – ela disse de repente e eu sorri com aquilo.

- Assim como? – perguntei curioso.

- Manhosa, relaxada, mimada. – disse com uma careta e eu gargalhei.

- É minha companheira. Posso fazer tudo isso e você gosta, fica feliz. – disse a ela.

- Não estou acostumada Raddie, ainda não acredito que sou sua e você é meu. Parece um sonho e que vou acordar e voltar para minha realidade, onde sou fraca e inútil e você me maltrata. – ela disse com um suspiro.

Eu comecei a cuidar de seus cabelos, mas fiquei pensativo sobre o que ela disse.

- A loba não tinha o direito de jogar aquilo sobre você. Meu Oozaru já tinha escolhido você, eu é que fui idiota em não perceber e meu conflito acabava me levando a te maltratar. O que ele disse era verdade: você seria nossa de um jeito ou de outro. – falei com calma, enquanto massageava seu cabelo, sentia todo o seu corpo relaxar de encontro ao meu.

- Eu não sei bem o que fazer agora... Eu tinha um plano traçado e agora foi tudo para o espaço. – era a primeira vez que realmente conversávamos sobre tudo o que tinha acontecido conosco e o que aconteceria. Comecei a lavar os cabelos dela, tirando o xampu.

- Amanhã conversarei com Vegeta. Preciso esclarecer alguns pontos com ele e, dependendo do rumo da nossa conversa, talvez seja bom irmos para a propriedade da família mais ao sul. Lá é maior que aqui e poderemos abrigar muitas pessoas, tanto na casa como no terreno. – disse sério e Ellie me olhou incerta.

- Tem certeza disso? Não quero que você se sacrifique ou largue algo que gosta para... – a calei com um selinho.

- Não fale mais nada, baby. É verdade que gosto de ser instrutor, mas você sabe que o trabalho burocrático me mata. Com seu novo clã posso ser instrutor ou comandante enquanto você lida com a parte burocrática. – disse a ela.

Já tinha pensado nisso quando ela foi envenenada e minha mãe conversou comigo, não era mau colocar alguma distância entre Ellie e Vegeta, eu já estava de saco cheio dele querer manipular minha fêmea.

Ellie sentou de frente para mim e sorriu lindamente, embora estivesse cansada.

- Nosso clã, Raddie. Meu e seu. Agora somos os Alfas e teremos muitas responsabilidades. Deixe eu cuidar de você agora. – ela pegou a esponja e começou a me lavar, enquanto eu pensava no que ela disse.

- Nunca pensei em ser responsável por ninguém além de mim. – disse a ela, que me olhava curiosa. – Não esperava ter uma companheira e muito menos um clã... Kakaroto já tinha os meninos e a linhagem do velho estava segura, mas, depois que acasalamos eu me pego pensando em filhotes e fico nervoso só de imaginar você em perigo como aconteceu hoje. – eu joguei a cabeça pra trás e fiquei olhando o teto, enquanto minha Ellie lavava meu corpo.

Ela estava silenciosa e eu tive medo de tê-la magoado, foi quando ouvi a voz dela, mansa e doce, como acho que nunca ouvi.

- Não vai acontecer de novo, a menos que eu tenha que defender nossa família. Vou continuar treinando e me aperfeiçoando, mas não acho que vamos precisar batalhar tão cedo. Você não precisa ter medo de me perder. – ela tinha deixado a esponja de lado e sua pequena mão estava sobre meu coração.

Percebi que ela estava muito mais serena agora. Mesmo sua parte guerreira parecia satisfeita em apenas treinar. Sorri com aquilo, ela parecia sossegada.

- Então você vai se conformar em ser uma simples dona de casa e companheira? – perguntei arqueando a sobrancelha e ela fez uma careta.

- Nunca, Raddie! Desculpe se te dei essa impressão, mas não serei como Chichi. Não vou abandonar os treinos para cuidar da casa, de você e dos nossos filhos. Acho que seria bom abrir alguma espécie de empresa e gerenciar com ajuda de Karl, assim teremos recursos e poderemos empregar as pessoas do clã. – ela falou devagar, pensativa, e eu sorri divertido. Ela já estava pensando e planejando, sua insegurança estava sendo empurrada para o canto.

- Hmm, fico feliz com isso. Quero minha fêmea bem ativa, essa sempre foi uma característica sua. Minha fêmea não nasceu pra ficar parada me esperando em casa. – a abracei e beijei devagar. Sabia que ela sentia minha satisfação com suas palavras e eu também sentia sua tranquilidade com sua posição de continuar trabalhando.

Tomei seus lábios devagar e com carinho, por mais que eu não quisesse admitir, realmente todos estavam certos e nosso cansaço era palpável, principalmente o dela.

- Vamos sair. A água está esfriando e eu quero que você descanse bastante. Amanhã falaremos sobre filhotes. – Ellie se afastou com um suspiro, mas sorriu de leve e acenou com a cabeça.

Pegamos toalhas que eu já havia separado e nos enxugamos em silêncio. Ellie vestiu uma camisa minha e eu apenas coloquei uma cueca box, fomos para cama e abracei minha fêmea. Ela suspirou, beijando meu peito e se aconchegou mais em meus braços.

- Raddie... – ela chamou manhosa.

- Hum? – perguntei enquanto brincava com os cachos dela.

- Tente não arrumar briga com Vegeta amanhã. – ela se virou e colocou o queixo sobre meu peito e a fitei sério.

- Não é a minha intenção, entretanto não posso garantir nada... Depende do rumo da conversa que teremos. Você sabe melhor do que ninguém como Vegeta fica quando é pressionado ou confrontado. – ela acena e boceja, tornando a beijar meu peito e deita ao meu lado.

Não demora muito e Ellie está dormindo. Seu cheiro está invadindo meus sentidos e tenho que me segurar para não possui-la, porém meu cansaço também aparece e adormeço segurando firme minha fêmea.

............................................

NARRADORA

Naquela noite eu conheci Karl pessoalmente e me envolvi com ele. Embora tenha dormido em seus braços acordei em minha cama para meu desespero...

Depois de me acalmar, eu resolvi que me prepararia para o momento em que ele fosse me buscar. Eu tinha pela certeza de que isso ocorreria, principalmente por conhecer Ellie, mas também pela marca que eu carregava no pescoço.

Ele havia me marcado como sua companheira.

Quanto à conversa entre Vegeta e Raditz... Bem, ela não foi exatamente como todos esperavam.

Raditz foi ao palácio no dia seguinte, depois dele e Ellie conversarem com Karl sobre mim e o que resultou dessa visita... Vou lhes contar.

..................................

RADITZ

Saber que Karl tinha passado a noite com a Narradora e que a havia marcado foi uma bomba, mas as coisas nunca saem conforme o esperado e a moça sumiu da mesma forma como tinha aparecido, deixando Karl desesperado e na merda... Ellie conseguiu acalmá-lo e vamos ter que nos desdobrar para conseguir acha-la.

Porém, agora tenho que falar com o puto do meu rei, pois temos alguns pontos a discutir sobre minha situação e também sobre a do novo clã que fundarei com Ellie.

Minha entrada no palácio foi autorizada e fui conduzido até o escritório de Vegeta. Meu velho e Nappa estavam lá, mas não sentia o ki de Kakaroto. Parei no meio da sala e me coloquei em posição de sentido.

- Fale, Raditz. – Vegeta ordenou.

- Vim conversar sobre os fatos de ontem e também sobre a localização do clã que fundarei com minha companheira. – falei com ele de forma distante e profissional.

- Vamos começar pelo clã. – Vegeta fala e eu aceno concordando. – Onde pretendem alocar as pessoas que virão?

- Minha família tem uma propriedade na parte sul do Império. Ela é considerada pequena para os padrões do nosso povo, mas é grande o suficiente para abrigar uma quantidade razoável de pessoas. – Vegeta se vira para meu velho e ele apenas acena confirmando. – Lá será nossa sede, minha companheira pretende abrir algum tipo de empresa para garantir o sustento e empregos aos membros do clã, entretanto, o acerto feito com o líder do clã Lanza assegurou a qualquer um que viesse para cá todas as suas posses.

- Tem alguma ideia de quantas pessoas virão? – Nappa pergunta e eu nego.

- Com certeza sei da guarda de Ellie, composta por cinco membros, mas não sei se tem família e se aceitarão acompanha-los. Pelo que entendi isso é uma opção de cada membro do clã Lanza e, a partir da escolha, haverá um corte total de qualquer contato entre os clãs. – respondo com objetividade.

- A postura de minha prima pode ter assegurado a confiança de muitos membros, porém o retorno de Lars levantará velhas desconfianças e lealdades. Acredito que não haverá muitos que a seguirão. – Vegeta analisa me olhando diretamente.

- Também acho isso, entretanto ainda precisamos pensar nas pessoas que virão. – eu falo pra Vegeta, que fica pensativo.

- E como fica sua posição como instrutor? – ele pergunta e eu olho do meu velho para ele.

- Eu abro mão dela. Um líder tem que ficar ao lado dos seus e, como minha fêmea me disse ontem, eu e ela agora somos os líderes dessas pessoas. – falo com firmeza e Vegeta olha para o meu velho.

- Concorda com isso Bardock? – ele pergunta e meu pai cruza os braços me olhando seriamente.

- Essa decisão cabe somente ao meu filho. Se ele e a companheira concordam, então, não há nada mais que eu possa falar ou opinar. – apesar de falar dessa forma vejo o orgulho nos olhos do velho pela decisão que eu tomei e me sinto um pouco aliviado.

- Quando vai abandonar sua função? – Nappa pergunta e eu penso um pouco.

- Daqui a dois dias minha companheira e o líder do clã Lanza vão comunicar aos membros do clã o que decidiram e estarei ao lado dela. Acredito que só preciso de hoje para colocar em dia a parte burocrática, com os relatórios sobre a evolução das turmas e os possíveis talentos. Sendo assim, amanhã entrego as turmas a outro instrutor. – Vegeta apenas acena para essa informação.

- Falando da parte burocrática, o rei quer que Ellie, Karl e todos que vierem se tornem cidadãos sayajins. – meu velho fala e eu fico pensativo. Ter a cidadania era uma faca de dois gumes, dava direitos, mas também impunha os mesmos deveres, como se alistar e servir.

- Não sei se minha companheira irá concordar com isso. Não digo pelos filhotes que nascerão, mas pelos adultos. Eles seriam obrigados a servir em nossas tropas e minha companheira lhe disse que estaríamos disponíveis para quando a família real precisasse. Eles precisarão de tempo para se adaptar à nova realidade. – argumento e Vegeta fecha a cara.

- Não concordo com essa hesitação. Todos tem que ser cidadãos sayajins. – Vegeta estava irredutível e eu me emputeci com essa postura.

- Minha fêmea garantiu ao seu Oozaru que seria leal e controlaria os seus. Esqueceu? – provoco Vegeta, que rosna, mas depois se controla, embora ainda com cara de quem chupou limão.

- Quero falar com Ellie. Traga-a aqui. – ele exigiu e eu rosnei fortemente.

- Não. Minha fêmea está descansando e se recuperando de uma batalha, além de estar resolvendo problemas relativos a essa mudança. E se tudo isso não fosse motivo suficiente ela está no cio e não vou permitir outro macho sayajin a rondando. O que aconteceria se eu tivesse que trazê-la ao palácio... – falo de forma dura e sinto meu Oozaru se remexer dentro de mim, ele está prestes a surgir.

- Acha que não posso impor minha autoridade e proteger minha prima? – Vegeta rosna de volta e eu rolo meus olhos, respirando fundo pra não socar a cara dele.

- Ela é minha companheira e é minha responsabilidade protege-la. Eu digo que ela fica em casa. – nesse momento permito que meu Oozaru surja e ele observa o rei antes de falar. – A Tradição está ao nosso lado.

- Como ousa permitir que seu Oozaru apareça para mim? – Vegeta está furioso e percebo que o Oozaru dele também se agita.

- Estamos defendendo nossa fêmea. Nenhum sayajin que se preze aceitaria isso que sugere. – nos impomos a Vegeta e vejo meu velho se mexer ao lado dele.

- Majestade, nisso devo concordar plenamente com meu filho e o Oozaru dele. Broly se interessou por Ellie quando ela não estava no cio e revelou que muitos também a cobiçavam. Como seria agora? Acredito que se Raditz a trouxer haverá muita confusão e talvez algumas mortes. – ele pondera com Vegeta e vejo que ele ficou pensativo.

- Muito bem então. Falarei com ela depois que o período do cio passar. – ele consente e sinto meu Oozaru se retirar.

- Sobre isso, digo qualquer conversa que pretenda ter com minha fêmea daqui por diante... Aviso desde já que não permitirei que a manipule novamente. Antes eu não tinha muita atenção para isso, pois ela sempre pareceu saber como lidar com você Vegeta, mas depois do que aprontou junto com Lars e também depois daquela conversa que tiveram antes da batalha não confio em você. – fui curto e grosso e vi meu pai suspirar exasperado. O velho não gostou da minha abordagem com Vegeta sobre esse assunto.

- Já me expliquei para minha prima e ela entendeu tudo. – ele estava inflexível e o olhei surpreso com sua frieza, ele não era muito frio quando se tratava de Bulma e Ellie.

- Pode ser, mas já está avisado. – eu completei. – Agora eu peço dispensa para me dirigir à Academia e colocar a papelada em ordem.

- Dispensa dada. – Vegeta acena e eu me retiro.

Voei até a Academia e realizei todo o meu trabalho, mas quando terminei já era de noite. Suspirei entediado, mas pelo menos não teria mais que realizar esse tipo de trabalho... No dia seguinte entregaria minhas turmas ao instrutor que me substituiria e segui para casa.

Fui direto para a cozinha assim que cheguei, pois estava faminto e sabia que minha mãe deveria ter deixado algo para mim. Senti o cheiro de Ellie antes mesmo dela aparecer e sorri, meu Oozaru está agitado e quer vê-la novamente.

- Raddie, senti saudade. – ela estava manhosa e me abraçou por trás, esfregando o rosto em minhas costas.

- Eu também, baby. Como foi seu dia? – perguntei enquanto me virava de frente e a abraçava.

- Karl está arrasado, então se refugiou no trabalho. Está até agora trabalhando em um documento para oficializar o acordo que fiz com o Alfa Lanza. Estou preocupada com ele, pois não sei como poderemos chegar até sua companheira, mas ainda não conversei com Argentia e Doro, pois não estou muito à vontade. – ela suspira e relaxa contra mim, mas meu estômago resolve dar sinal de vida.

- Grrr.... – eu fico sem jeito, mas Ellie sorri e começa a mexer nas panelas para esquentar meu jantar. Me sentei à mesa e fiquei observando ela se mexer com segurança na cozinha da minha mãe.

- Logo vamos estar em nossa própria casa. – falo pra ela, que me olha por cima do ombro e sorri acenando. – Por que disse que não está à vontade? – retomei a conversa com ela.

- Ainda estou chateada com Argentia pelo que me disse antes e quero me acalmar. – ela diz com um suspiro. – Mas também sei que não posso deixar Karl daquele jeito por muito tempo, então decidi que vou deixar passar o encontro de depois de amanhã e então chamaremos os lobos para conversar e ver o que pode ser feito, mas sinto que ainda vai demorar até podermos encontrar e trazer a Narradora. – ela começa a colocar a comida na mesa e vejo que coloca dois pratos, eu arqueio a sobrancelha e ela sorri encabulada.

- Estava te esperando pra jantar. – ela me diz , mas não gosto que ela não tenha se alimentado.

- Não me espere sem comer, Ellie. – digo a olhando sério. Ela me encara por um tempo e apenas se serve, eu cruzo meus braços no peito e a observo. – Não me ignore, baby. – a advirto, mas ela permanece calada e rosno com isso.

- Se comporte, Raddie. – ela me diz sem me olhar. – Não venha com sua pose de instrutor pra cima de mim. Agora vamos comer em paz. – sinto pelo vínculo que ela está magoada comigo e suspiro.

- Baby, não me culpe por me preocupar com você. Não gostei de saber que ficou sem jantar, mas isso não quer dizer que não aprecio sua companhia aqui comigo. – explico a ela, que para de comer e me olha longamente, antes de voltar a jantar. Eu estou aborrecido mais ainda com o silêncio dela, mas antes que eu fale algo a ouço.

- Eu pensei que você ia gostar. – ela sussurra e eu suspiro de novo, passando a mão nos meus cabelos.

- Eu gostei de encontrar você acordada e me esperando, mas não de saber que ficou sem comer. – toco sua mão e ela me olha cheia de emoção, se levantando e sentando em meu colo.

- Desculpe, não quis fazer drama. É que parece que tudo que sinto está muito mais forte, acho que é o cio... Estou cheia de hormônios e eles estão começando a me enlouquecer. – envolvi sua cintura com minha cauda e brinco com seus cachos. Seu cheiro está muito mais forte e estou me segurando, entretanto ela precisa de meu carinho agora.

- Não me lembro bem de como minha mãe fica no cio, pois geralmente ela fica longe de nós. Não sei porque ela e meu velho não tiveram mais filhos, já que ela ama filhotes, mas parece que você está certa em relação às emoções. – eu falo com ela e sinto ela me abraçar com força... Tem mais coisa aqui e Ellie não está conseguindo me contar...

- O que houve, minha Ellie? – perguntei devagar e a senti estremecer, mas ela levanta o rosto e me observa ansiosa.

- Estou com medo. Quero ter bebês com você, mas tenho medo de não conseguir ser uma boa mãe, de não conseguir ama-los e protege-los. – ela está muito insegura e me sinto um asno por não perceber antes.

- Minha Ellie... Não precisa ficar assim. Se não sentir que está pronta, então, vamos esperar. Não se sinta pressionada... – Ellie toca meu rosto e me encara um pouco assustada.

- E se não tivermos outra chance? – eu fico sem entender o que ela disse.

- Como assim? – resolvo perguntar.

- E se eu não entrar no cio novamente? Não era para eu ter meu cio agora, alguma coisa acelerou ele, talvez minha transformação primal, mas... E se meu corpo não se preparar novamente? – seus olhos estão marejados com essa possibilidade e eu a abraço.

- Não me acasalei com você pensando em ter filhotes imediatamente. Se isso acontecesse eu ficaria feliz, mas não te vejo como uma incubadora Ellie... É minha companheira e te desejo pelo que é. Pra mim está claro que você não se sente pronta ainda para ter nossos filhotes e eu não vou força-la... Mas, se por alguma desgraça, você não engravidar nunca vou te culpar, simplesmente será uma tristeza que teremos que compartilhar... – a tranquilizo ou pelo menos tento, mas ela ainda está atormentada.

- Raddie... Eu sempre quis ter minha própria família para fazer a diferença... Para ser diferente do que eu vivi. – ela tenta me explicar, mas eu já tinha pressentido isso. A viro no meu colo, fazendo com que me monte e me encare.

- Me escute Ellie, me escute de verdade. – ela me olha atenta. – Quero ter filhotes com você, mas eles serão o fruto do nosso relacionamento e agora não estamos prontos para sermos pais. Esperaremos o momento mais apropriado e aí sim vamos curtir intensamente seu cio e depois sua gravidez. Você me entende? – pergunto a ela torcendo para que eu tenha me feito entender e ela perceba que falo a verdade.

- Sim Raddie, te entendo... – ela me abraça e afunda o rosto em meu peito, enquanto eu continuo a brincar com seus cachos. Pelo vínculo sinto que ela está se acalmando e levanta o rosto para mim, me dando um lindo sorriso. – Deve estar sendo difícil pra você por causa do meu cheiro...

- Um pouco, talvez piore quando ele ficar mais forte, mas nunca a machucaria ou forçaria. – respondo e contorno seu rosto com o indicador. Fazia tempo que eu apenas não ficava admirando a maravilha que é minha companheira. Novamente meu Oozaru se agita e eu suspiro, Ellie me olha curiosa. – Meu Oozaru quer te ver.

- Eu também quero vê-lo, mas vamos terminar de jantar? – ela pergunta de modo meigo e eu concordo.

Os hormônios a estão afetando muito, a deixando mais manhosa e desejável... Confesso que estou gostando disso, mas tanto eu quanto o meu Oozaru vamos nos controlar para não fazer nenhuma besteira...


Notas Finais


Espero que tenham gostado...
Beijos.


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