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História Encontros e desencontros - O encontro


Escrita por: MariKarthalian

Capítulo 2 - O encontro


Fanfic / Fanfiction Encontros e desencontros - O encontro

Eu estava ali, de cara com um dos maiores astros pops do mundo. E o que eu consegui sentir foi repulsa, pela pessoa asquerosa que ele era.

- Oi. – disse ele olhando para mim. Espera, ele fala português?

- Você fala português? – Pergunto boba.

- Sim, meu pai nasceu e foi criado aqui no Brasil, então desde pequeno tive aulas de português. Como você conseguiu entrar aqui?

- Han, desculpa, estava procurando o banheiro e acho que errei a porta.

- Sei todas dizem isso, quer um autografo onde? –

- Pra começar, eu nem gosto de você, ou das suas músicas ou de qualquer outra coisa que você faça.

- E porque veio no meu show então? – Diz ele sarcástico e com um sorriso no canto da boca.

- Eu vim porque minha melhor amiga me obrigou. E por sinal ela nem está aqui pro seu show, apesar dela gostar de você, ela veio ficar com o namoradinho dela, porque somos de outra cidade e o irmão do namorado dela é o organizador desse evento. Então ela me obrigou a vir. Só por isso.

- Certo. Então já pode sair, aqui não é o banheiro.

Que menino arrogante, saio batendo a porta. Quem ele pensa que é pra falar com as pessoas assim? É um mimado que não aguenta ouvir umas verdades.

Peço ajuda e encontro o banheiro. Entrando lá dou de cara com Cat me procurando.

- Ei, achei que tinha se perdido. Fiquei preocupada. Você está vermelha, o que aconteceu?

- Eu me perdi mesmo. Mas você não vai acreditar quem eu encontrei. – Eu ainda estava ofegante de tão furiosa que fiquei.

- Quem?

- Bernardo. – Mal termino de falar e vejo que Catarina está de boca aberta.

- Como assim você encontra o Deus grego do Bernardo e está com essa cara Mari? Ele é baixinho pessoalmente, é isso?

- Ai, fica quieta Catarina. O cara é um idiota, escroto, arrogante e tudo de pior que você imaginar.

- Ai o que aconteceu pra você ficar assim amiga?

Nisso Ramon aparece na porta.

- Olha, sem querer apressar a conversa de vocês, o show vai começar. - Reviro os olhos.

- Ok. Depois te conto tudo Cat.

Fomos pro nosso canto, a área vip ficava bem em frente ao palco. Infelizmente eu teria que passar as duas 2 próximas horas olhando para aquele idiota.

Ele entra. Todas as meninas começar a gritar e pular loucamente. Todas querendo chamar sua atenção.

Por incrível que pareça, gostei da primeira música dele, mas como já tinha dito, ele até que é um bom musico, só é uma péssima pessoa.

No final da segunda música, percebi que ele me olhou e logo me reconheceu. Claro, agora devo ser a fã maluca que invadiu sua sala para roubar uns beijos e uns autógrafos. Pra ele devo ser mais uma dessas doidas que ficam atrás dele, babando.

Porém, na quinta música, uma romântica, percebi que ele não parou de me olhar. E Cat percebeu.

- Que clima é esse? Afinal, o que aconteceu com vocês dois naquela sala?

- Não aconteceu nada Catarina. Ele é um idiota e me expulsou da sala, tirando sarro da minha cara.

- Sei, e ele está te olhando porquê? – reviro os olhos.

- Odeio essa sua mania de revirar os olhos Marina. Já disse isso milhares de vezes a você.

- Me deixa. Presta atenção no show.

E quando me viro, ele ainda está olhando pra mim. Me sinto desconfortável, mas logo me distraio.

Terminando o show, nós já estávamos saindo, quando alguém me puxa pelo braço. Um cara do tamanho de um poste, musculoso.

- Ei, você. Tem alguém que quer falar com você.

- Ham?

- Você pode me acompanhar um minuto?

- Mari, vai. Eu e Ramon te esperamos aqui.

E acompanho o cara até uma sala. Chegando lá, quem está me esperando é aquele menino idiota trocando de camisa.

- Você. – Diz ele sorrindo.

- Eu. – digo sem ainda estar entendendo.

- Você é sempre assim?

- Depende.

- Qual é o seu nome? – Pergunta ele ainda sorrindo.

- E porque você quer saber o meu nome? – Retruco. – Você sempre tem o interesse em saber o nome de todas as suas fãs?

- Então quer dizer que é minha fã?

- Não, eu não sou, para a sua tristeza. Você vai me dizer o porquê me chamou aqui ou eu posso ir embora?

- Quero saber o seu nome.

Assim que vou responder, o cara que me puxou pelo braço, entra na sala aos gritos.

- Vamos Be, as fãs invadiram tudo.

Bernardo logo pega minha mãe e puxa.

- Vamos, temos que correr.

- Eu não vou pra nenhum lugar com você. Está maluco?

- Você quer ser mortas por fãs malucas?

Reviro os olhos e saio correndo seguindo o segurança dele.

Logo vemos várias fãs correndo atrás da gente. Acho que nunca senti tanto medo. Um bando de garotas estupidas, fazendo tudo isso, só pra ver um cara que não tem um pingo de humildade.

Lá fora está chovendo. E nós pegamos chuvas até chegar na van dele. Estamos ensopados. Porém seguros. Ainda não caiu minha ficha do que aconteceu nos últimos 5 minutos. Muita loucura pra uma noite só.

- Pra onde nós estamos indo?

- Jeremy vai nos levar para o meu hotel. Chegando lá você toma um banho e eu te levo pra onde quiser.

- Sem chances. Quero ir agora pro meu hotel encontra minha amiga.

- Para de ser teimosa garota. Você vai comigo para o meu hotel, para despistar as fãs, eu tomo um banho e depois te levo pro seu hotel. – reviro os olhos.

- Ok. Mas preciso falar com minha amiga. A bateria do meu celular acabou.

- Você liga do telefone do hotel, assim que chegarmos.

Chegando lá, liguei para Cat, que não entendeu nada do que estava acontecendo e eu também nem quis ficar dando muitos detalhes por telefone.

- Ok, mas assim que sair daí me liga avisando, Ramon vai ficar comigo até você chegar.

- Tudo bem, juízo ai Cat. Amo você.

- Amo você Mari. – E ela desliga o telefone.

Assim que desligo o telefone, ouço a porta abrir. Bernardo entra sem camisa, e com os cabelos molhados. Tinha acabado de sair do banho e cheirava a sabonete. Era um perfume delicioso. Assim que me pego pensando nisso balanço a cabeça.

- Falou com sua amiga?

- Sim, não posso demorar.

- Deixa a chuva passar que eu mesmo te levo. – O jeito como ele olha nos meus olhos, me deixa um pouco perturbada.

- É, se você quiser ficar sozinho, eu posso ficar em qualquer outro lugar.

- Na verdade, o que eu queria mesmo é saber o seu nome.

- Mari. Na verdade é Marina, mas ninguém me chama assim a não ser quando estão bravos.

- Mari... – Ele não parava de me olhar, e aquilo estava começando a me assustar. – Você me disse que não mora aqui em São Paulo. Onde mora?

- Moro em São Carlos. É uma cidadezinha no interior aqui de SP.

- Entendo. E o que vieram fazer aqui esse final de semana?

- E porque você quer saber? – falo sem pensar.

- Estou curioso. Quero te conhecer. – Ele ainda me olha estranhamente. Como se estivesse em transe.

- Minha amiga vai pra NY segunda. Fazer 1 ano de intercambio. E como ela sabe que eu amo essa cidade, me trouxe pra cá, pra passarmos nosso último final de semanas juntas antes da viajem.

Ele não para de me olhar, sinto uma certa tensão entre nós dois. E quando penso em voltar a falar sobre ele me levar embora, ele se aproxima de mim, e me beija.

Sinto minhas veias saltitarem pelo meu corpo. Meu coração acelera como o batuque de uma escola de samba. A sensação de estar beijando ele, me deixa tonta, e tudo começa a girar. Me falta o ar. E nisso, ele me solta e me olha assustado.

- Desculpa, foi mais forte do que eu Mari. – diz ele com a cabeça baixa.

- Você ficou maluco?

- Você é que está me deixando maluco.

- O que eu fiz?

- Esse seu jeito. Ninguém nunca me tratou antes, como você me trata. Me sinto, como uma pessoa normal.

- Há, claro e você me dá um beijo, porque eu e faço sentir normal. Corta essa, você deve beijar qualquer uma que entre em seu quarto em suas turnês. E eu não te dei esse direito. – estou com tanta raiva e ao mesmo tão anestesiada pelo turbilhão de sentimentos que tive durante nosso beijo.

- Me desculpa. – ele está com a cabeça baixa – mas não é qualquer uma que eu chamo no meu camarim depois do show, trago para o meu hotel, meu quarto e dou um beijo. Você é diferente de qualquer outra garota que eu já conheci.

Eu não tenho mais o que dizer, as palavras dele soam tão sinceras, mas ao mesmo tempo é muito difícil acreditar em uma pessoa que eu mal conheço, e que popularmente falando, é um idiota mimado. A única coisa que eu quero é voltar pro meu hotel e contar a Cat tudo isso que estava acontecendo. Ela iria cair dura quando ouvisse toda essa história.

- Você pode me levar embora? A chuva já está passando.

- Sim, claro.

Ele pega as chaves, põe um boné, um óculos e um capuz e eu nem preciso de explicações pra entender o que está acontecendo. Ele está se disfarçando pra nenhuma fã reconhecer ele.

Nós conseguimos sair do hotel, apesar do sufoco que foi, não sabemos como, mas as fãs descobriram onde ele estava hospedado. E havia várias delas gritando e batendo na porta do hotel para entrar, mas estava cheia de seguranças e eles conseguiram barrar elas.

No carro, nós dois não trocamos uma palavra. Acho que ele entendeu meu recado. A cidade estava quieta, a chuva colocou todo mundo pra dentro de suas casas. Bernardo, parecia estar perdido em seus pensamentos, pois falei com ele e ele nem prestou atenção, ai dei uma cutucada nele.

- Há, me perdoa, estava distraído.

- Eu percebi. Passamos pela escola de teatro onde sempre foi meu sonho estudar.

- E porque não realiza esse seu sonho? Sua voz está tão calma e serena, que nem parece a pessoa que eu conheci naquela sala antes de o show começar.

- Meus pais nunca tiveram uma vida financeira muito estável. Desde os meus 15 anos eu trabalho para ajudar eles. Então sempre foi um sonho que eu sabia que nunca realizaria.

- E com o que você trabalha?

- No momento em lugar nenhum. A clínica onde eu trabalhava fechou, e estou sem emprego.

- Mas esse dinheiro deve estar fazendo falta na sua casa não é?

- Sim, meus pais brigam todos os dias. Aliás, brigavam, porque eles estão se separando. E a culpa disso é a grana, tenho certeza. Os dois sempre foram muito apaixonados um pelo outro.

- Entendo.

Ele para em frente ao meu hotel, e ligo pra Cat do celular do Bernardo, ver se posso subir, e ela pede pra que eu espere mais uns 15 minutos. É claro, essa é a Catarina. Não me surpreende em nada.

- Se você quiser ir, posso ficar aqui na recepção do Hotel. Minha amiga é meio doidinha assim mesmo. Já estou acostumada.

- Sem problemas, eu vou ficar aqui dentro do carro com você. – e vejo um sorriso se formando em seu rosto.

- Tudo bem – respondo, ainda me questionando sobre o significado do sorriso que acabei de ver.

- O que você vai fazer amanhã – e essa pergunta me pega de surpresa.

- Ainda não sei, eu e Cat não programamos nada. Talvez ela queira sair pra almoçar de depois ir ao parque passear. Talvez queira ir no shopping.

- Gostaria de te levar a um lugar amanhã. Mas só se você quiser.

- Me levar?

- Sim te levar, você aceita?

- Preciso ver com a Cat, porque nós viemos para ficar juntas antes dela ir viajar.

- Amanhã 10:00 eu vou passar aqui. Se você estiver aqui me esperando, nós vamos, se não estiver, entenderei que não aceitou meu convite. Pode ser?

- Pode sim. – sinto minhas bochechas ficarem mais vermelhas que o normal.

Algum tempo depois, subo para o nosso quarto. Cat está esticada na cama, com o cabelo todo bagunçado. Imagino que a noite dela com o Ramon tenha sido bastante agitada. Mal entro e ela já pula da cama.

 - ME CONTA TUDO O QUE ESTÁ ACONTECENDO MARINA KARTHALIAN!

- Ele me beijou Cat. – Vejo o queixo dela cair.

- Ele, Bernardo?

- Sim.

- Aquele gostoso, bilionário, te deu um beijo e você está com essa cara? Ele beija mal, é isso? – ela fala com uma expressão incrédula.

- Não, ele beija bem. Mas você sabe tudo o que penso sobre ele. – e reviro os olhos.

- Mari, me poupe vai. O cara é um gato, te deu esse mole e você está com essa cara?

- Tem mais Cat, ele quer sair comigo amanhã, disse que passa aqui amanhã as 10:00 pra me pegar. Eu disse que ia ver com você, porque viemos para ficar juntas.

- E é claro que você vai ne?

- Claro que não! Eu vim para ficar com a minha melhor amiga antes dela ir viajar.

- Você vai sair com ele. Ou eu não me chamo mais Catarina.

- Eu não vou. – retruco.

- Há você vai sim, quer queira, ou não queira.

E eu sabia que não adiantava mais argumentar. Contei pra ela das perguntas dele, do interesse em mim, das fãs malucas e da chuva que tomamos. Cat estava maravilhada com a história. Disse que era digna de um filme. Mas nem dei muita bola. Não demorou muito tempo pra Cat pegar no sono, e logo eu também peguei. 


Notas Finais


Continuem accompanhando a história de Mari e Bernardo.


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