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História Encruzilhada - Capítulo VI


Escrita por: Mira-a

Notas do Autor


Quero deixar claro que não escrevo hentai, no máximo faço alusões ou pequenas descrição das relações sexuais dos personagens. Longe de mim querer me colocar em um patamar de santidade, eu apenas não mesmo como descrever com detalhes cenas quentes hahahahhahahaha.

Capítulo dedicados aos amores da minha vida @Kirilov e @Maji.

Capítulo 6 - Capítulo VI


Encruzilhada

...

Por ~Miraa

 

 

Ano 400 a.c.

 Persépolis, capital do I. Aquemênida.

 

                Sakura buscou o refúgio das paredes de seus aposentos. O calor dos cobertores de sua cama e a solidão, que se tornava aos poucos uma estranha. Os outros continuaram a festa, seria assim por mais alguns dias e noites, ela sabia disso. Os aliados recém-chegado mereciam uma recepção digna de rei, para que as arestas daquele flagelado triangulo se mantivessem aparadas.

                No grande salão e no pátio os homens se encontravam entretidos com toda a comida e bebida, bem como, com as belas mulheres que adornavam os colos dos que assim desejavam. Sasuke, não era um desses homens naquela noite. O general estava parado no meio de toda aquela algazarra, porém sua mente e seu coração estavam naquela que havia fugido de seus olhos.

                Pouco havia bebido, mas acreditava ter sido o vinho o responsável por entorpecer seus sentidos daquela maneira, fazendo o desejo arder em seu corpo com maior intensidade do que nos meses anteriores: foi com esses pensamentos que ele deixou a festa, levando na mão a taça cheia de vinho.

                Podia-se ouvir ao longe os risos de alguns dos homens que perceberam suas intenções com o abandono da festa, bem como pode-se ouvir a voz irritante de Hidan, falando sobre as obscenidades que possivelmente o general estava indo fazer com a princesa. Bárbaros imundos: Foi o que Sasuke quis gritar, todavia sua mente o lembrou que era para o quarto da filha de um bárbaro que ele estava caminhando.

                A triste realidade dos fatos agraciava sua face igualmente o vento fazia. Porém, Sasuke continuava a fingir estar absorto demais pelo vinho para que seus passos não tomassem outro rumo, passos que se tornavam cada vez mais apressados, como se ao fim daqueles corredores, estivesse o que ele mais precisava.

                Porém, quando enfim alcançou a porta, guardada por dois de seus homens, seu corpo paralisou. Minutos foram perdidos ali enquanto ele decidia entre atravessar por aquelas portas, ou ir embora como se nunca tivesse sequer chegado até elas.

                Antes mesmo que ele pudesse escolher qual era a melhor entre as opções a porta fora aberta por um dos guardas; guarda tolo.  Agora não poderia voltar atrás, e com esse pensamento e uma pesada respiração, Sasuke adentrou o quarto coberto pela penumbra. Os castiçais se encontravam todos apagados fazendo com que toda a luz do local se resumisse ao fraco luar que atravessava a pequena janela.

                O som da música se fazia longínquo, porém audível o suficiente para ocupar seus ouvidos. Sasuke tentava se concentrar em qualquer coisa que não fosse o corpo adormecido sobre a cama fracamente iluminada.

                Tentava com todo o seu ser absorver os sons da animada balburdia, em vez de permitir a sua mente que lhe lembrasse dias passados, quando submersa nas frias águas da Mármora, Sakura parecia uma deusa. Como se assemelhava novamente, agora banhada pelo luar.

                Como aquela mulher poderia ser tão encantadora? Era o que ele mais se perguntava no silêncio de suas noites. Era o que ele se perguntava agora.

— Veio velar por meu sono, meu príncipe, ou tentar me matar enquanto estou indefesa? — A voz rouca e embargada o fez sorrir levemente.

— Você pode ser tudo, exceto indefesa, minha senhora. — Fora impossível controlar seus passos, que o levaram para mais perto dela. Sentou-se levemente sobre o colchão de penas e acariciou sua face. — Você é bela, igualmente as deusas que teu povo adora.

                Surpresa e assustada, a jovem filha do senhor do caos encolheu seu corpo retraindo o toque que apenas no mais íntimo de seu ser, poderia admitir gostar.

— O que veio fazer em meu quarto a essa hora? — Aquela pergunta simples lhe pareceu torturante. Ambos eram casados e mesmo que contra a sua vontade, Sasuke possuía perante os homens e perante os deuses, o direito de possuí-la, e apenas isso justificava o motivo de ele estar ali, em tão adiantada hora, ainda mais quando acontecia tão grande festa fora das paredes daquele lugar.

— Você tem algo que me pertence, querida. — Mais uma vez aquela palavra se fazia presente entre os dois, entretanto, ambos perceberam isso naquele momento.

                E nenhum dos dois encontrou uma desculpa para aquela fala.   

                Não era culpa do vinho, pois Sakura sequer havia encostado os lábios em uma taça naquela noite. Sasuke chegara ao final de um, mas sequer havia tocado na segunda. Seus espíritos estavam sim embriagados, porém de um mal muito maior que o álcool daquela bebida. Era a loucura da paixão que os cegava, o mal a qual todo homem e mulher está fadado. A doença que ataca os corações, a loucura incurável que distanciando suas mentes de seus objetivos os faz perecer, igualmente aos tolos e fracos

— O que seria? — A coragem sempre tão presente se esvaía pelos poros de seu corpo, enquanto Sakura sentia o mesmo desfalecer sobre os lenções de seda, e os dedos de Sasuke que voltaram a acariciar sua face.

                O corpo pequeno sobre a cama terminava de embriagar os sentidos de Sasuke, que rapidamente colocou o seu próprio corpo sobre aquele que tanto ele desejava tomar.

                As mãos de Sasuke deslizaram suavemente sobre as suas curvas arrancando um suspiro assustado da jovem que nunca havia sido tocada de tal forma.

                As respirações aceleraram à medida que os rostos iam se encontrando, para enfim serem unidos em um beijo sofrido. Desesperado.

Nada os impediria ali. Não havia Alexia para atrapalha-los ou um mar revolto, capaz de engoli-los. Eles estavam sozinhos, como marido e mulher sobre o leito, onde ele poderia tocá-la como um homem deve fazer.

                Todavia, as lembranças de suas promessas e de quem era a mulher sob seu corpo fizeram com que Sasuke rompesse bruscamente o beijo, atarantando Sakura que parecia uma criança perdida entre seus braços.

                Ele tão perdido quanto a moça, se pôs a admirá-la. Observar cada pequeno detalhe daquele rosto tão presente em seus sonhos mais impuros. A beleza daqueles olhos que apenas ela parecia possuir, e seu coração sangrou como a muito não acontecia, pois dela, ele não poderia provar.

— Eu desejo seu corpo, com desespero — não sabia porque estava a falar para ela sobre tais coisas, pois sequer poderia chegar a fazê-las, porém precisava que ela soubesse. — Se você não fosse quem é, eu já teria estado há muito dentro de você. — Os rosto se mantinham quase colados, enquanto as palavras eram sussurradas. Um segredo — Seu ventre estaria preenchido com minha semente e seu corpo maculado por minhas mãos.

                Sakura que sempre odiou quem era, chamada de demônio e tratada a vida inteira como tal, engoliu o choro que quase rompeu por sua garganta diante aquelas palavras. Não entendendo o verdadeiro problema por trás de tudo, a jovem interpretou de forma errônea as palavras do general, sendo assim ferida e fazendo em seguida o que fora ensinada a fazer.

— Me diga, general — Sakura iniciou, guardando entre trancas toda a vergonha e tristeza de seu coração —, quando foi que eu o procurei para esquentar meu corpo, ou ao menos minha cama?

                O corte de uma lâmina teria ferido mais gentilmente o corpo daquele jovem apaixonado. As palavras de Sakura feriram seu orgulho e quebraram sem que ele notasse, seu coração.  

                Nada mais foi dito entre os dois que continuaram a se encarar por longos minutos, até Sasuke deixar o quarto levando consigo a espada que antes ela havia usado, deixando-a para trás agora conhecendo daquela verdade: O príncipe dos persas jamais iria tocá-la.

 

[...]

               

                O novo dia nasceu belo e ensolarado, bem como eram todos os dias na Pérsia. Sakura mais uma vez caminhava a esmo pelo pátio de pedra, deixando sua pele clara ser levemente marcada pelo sol.

                Os criados limpavam os últimos vestígios da noite, tornando quase inexistentes o fato de que a poucas horas havia tanto bagunça naquele lugar.

                Alguns, até mesmo cochichavam quando ela passava, contando aos companheiros sobre o espetáculo que a princesa estrangeira havia proporcionado a todos. O arrependimento a abraçava a cada nova palavra ouvida. Se arrependia de ter se deixado ludibriar pelas palavras doce da Rainha e da cunhada, deveria tomar maiores cuidados com elas, afinal, a astucia era muito pior do que uma lâmina afiada.

                Ao longe enxergou seu irmão, esse que tão logo a viu mudou seus passos para sua direção. Ele vestia a típica roupa de couro cru, deixando a grande espada descansar sobre as suas costas. Uma curiosidade que ela já havia reparado era o fato de todas as armas persas serem menores e mais leves do que as que ela e seu povo estavam acostumados.

— Estava a sua procura, irmã. — Hidan fez uma breve reverência a jovem que mesmo sendo de seu sangue, era agora a princesa de outro reino. — Trouxe-lhe um presente. Queria ter lhe entregado ontem mesmo, logo que cheguei, porém você dedica tanto do seu tempo para com outros afazeres que sequer veio receber esse velho homem. 

                Era extremamente ridículo ver um homem daquele tamanho, fazer lâmurias como aquelas. Sakura nem mesmo se deu ao trabalho de respondê-lo, arrancando do irmão inúmeras risadas, pois ao que lhe parecia a jovem não havia mudado tanto assim.

                Ambos caminharam lado a lado, enquanto Sakura apenas se deixava guiar. Seus passos não foram por muito prolongado, e logo ela pode avistar algo em que seus olhos pouco acreditaram.

                Deixando o irmão para trás, ela correu afoita como uma criança, esquecendo de todos os modos que uma princesa deveria ter, até tocar o pelo alvo do animal. O sorriso há muito esquecido despontou por seus lábios, ao passo que ela voltou os olhos para o irmão que finalmente a havia alcançado, fazendo uma muda pergunta, apenas para ter certeza do que estava a enxergar.

—Perdoe nosso pai, ele é um homem de velhos costumes — justificou o motivo de seu pai não ter permitido que Sakura levasse o presente de casamento dado por seu irmão para sua nova casa —, mas Luz foi meu presente, você não achou mesmo que eu viria sem ele, não é?  

                O pedido era verdadeiro, igualmente a felicidade que estampava o rosto da jovem moça, enquanto ela alisava o pelo da égua.

— Também te trouxe outra coisa, podemos dizer que é meu segundo presente de casamento. Um tanto atrasado eu sei, porém culpe o ferreiro que não conseguiu terminar o serviço a tempo. — Um dos homens que faziam sua guarda deixou sobre as mãos do príncipe Hidan uma peça, escondida por panos de seda. — Esses persas não possuem espadas descentes, quanto mais armas com as quais você está acostumada, então achei que gostaria disso. — Sakura focou os olhos nas mãos do irmão, observando então este lhe revelava o melhor de todos os presentes, depois de Luz.

                Um machado de duas mãos foi revelado diante a seus olhos, e mesmo que talvez aquela peça lhe trouxesse lembranças dolorosas, ela também representava quem ela era, afinal, tudo que realmente conhecia e que aprendeu a amar, estava na arte da guerra.

— Vamos, pegue-a. — Hidan a incentivou, ao passo que percebia ela apenas admirando o machado como se não possuísse coragem para empunha-lo. 

                Suas mãos que a todos pareciam delicadas demais, encaixaram perfeitamente no cabo de prata e sem o mínimo esforço o machado foi manuseado no ar, enquanto ela cortava algo invisível.

— Vejo que você realmente tem atração por lâminas afiadas, alteza. — Uma voz ainda longínqua atingiu os ouvidos dos presentes, fazendo com que todos direcionassem os olhos para os visitantes.

                Sasori, príncipe da Grécia, surgia acompanhado de sua irmã e cunhado.

                Sakura não havia conhecido o rapaz de quem tanto Alexia falava, porém não precisou de muito tempo para concluir que aquele era o amado irmão, de sua futura rainha.

                Eles talvez até levassem traços parecidos em suas faces, contudo, era impossível não admitir em seu íntimo que o guerreiro conseguia ser ainda mais belo que Alexia.

— Creio que não tenhamos sido apresentados — ele deu continuidade à sua fala, quando próximo o suficiente, tomando sem vergonha algum, a mão que ainda livre de Sakura, despendia em seu braço. — Você é realmente bela. — Foi o que escapou de seus lábios, pouco antes dos mesmos serem calados pelo toque com as costas da mão de Sakura, que de tão desconcertada, perdeu as palavras.

                Quem diabos aquele homem pensava que era?

— Irmão! — Alexia exclamou com desespero. Sasori sempre possuiu grande falha em seu caráter, tecendo elogios impróprios a mulheres que não deveria. Sempre com comentários ácidos, e com sua língua tão afiada quanto o gume de sua espada.

                Porém, ele teria que deixar tais atos enterrados quando se tratava de Sakura. Com ela todas as palavras deveriam ser medidas, pois assim como a própria era um perigo, seu pai e Sasuke, eram perigos muitos maiores.

                E se o jovem general ouvisse o futuro rei da Grécia tecer tais elogios sobre sua esposa, uma guerra aconteceria, pois Sasori não chegaria a deixar a Pérsia, pelo menos não com vida em seu corpo.

— Perdoe meu irmão, querida — Ela disse, se apressando em tentar contornar toda aquela difícil situação. — As palavras as vezes lhe escapam, sem que ele tenha o devido controle.

                Mesmo com as palavras doces de Alexia foi possível as todos perceber como o clima havia de repente se tornado, pesado. Itachi previu o pior final possível para aquele acontecimento, pois Sasuke saberia daquilo, e seu irmão, mesmo clamando aos que quisessem ouvir, que não amava a esposa, não aceitaria ser desrespeitado de tal forma.

                E nisso, ele não poderia discordar de Sasuke.

— Agradeço pelos presentes irmão. — Sakura, que também havia percebido todo o erro daquela situação, se voltou ao irmão, que olhava o príncipe Sasori como se este fosse seu mais novo inimigo. — Devo voltar a meus aposentos, não estou muito disposta, e também devo guardar isto em um lugar devido. — A arma em sua mão foi levemente erguida, como que para mostrar algo que nenhum deles sequer lembrava. — Foi um prazer conhecê-lo, alteza. — Uma leve reverência foi feita a Sasori que lembrando das palavras da irmã, tentou controlar a língua para que mais nenhum elogio escapasse por seus lábios.

                A mulher era bela, e ele nunca possuíra o mínimo respeito para com o general persa, porém não era seu desejo começar uma guerra com a sua própria morte.

 

[...]

 

                O Sol que antes queimava e iluminava aquelas terras, agora se encontrava morno, calmo, igualmente a uma criança que cansada demais se deixa dominar pelo sono. No horizonte era possível ver apenas seus últimos raios. Estes que coloriam o céu, antes de nuvens brancas, agora em tons que corriam do amarelo para se perderem no alaranjado.

                E fora apenas para ver essas mesmas nuvens que Sakura mais uma vez havia abandonado as paredes de seu quarto. Depois de seguir para seus aposentos, com a desculpa de que deveria guardar o mais novo presente, ela não havia saído de lá, nem mesmo para a refeição. Pedira à uma de suas servas que Luz, fosse levado para junto dos outros animais, e que ordens claras fossem passadas a todos; apenas ela poderia montá-la.

                Porém, agora ela apenas desejava ver por entre as colunas de pedra, o fim de mais um dia.

                Os passos, como sempre eram medidos. A mesma velocidade, a mesma distância, a mesma leveza. Ela caminhava como o mais delicado dos seres, pois havia sido instruída para que assim fosse, quando em território persa. Entre os antigos inimigos de seu povo, ela não deveria ser nada além da mulher perfeita.

                Contudo velhos hábitos nunca morrem, bem como, ninguém é capaz de esconder a verdadeira natureza para sempre.

                Guiada mais uma vez por seus ouvidos traidores, ela que apenas desejava ver o pôr-do-sol, parou seus passos quando se encontrava novamente no local onde os novos guerreiros eram treinados, entretanto, dessa vez o som das espadas não provinham de homens inexperientes, mas sim, de homens capazes de travar grandiosas batalhas.

                Muitos sem encontravam ali, porém foram poucos os que desviaram minimamente a atenção para ela. Seu irmão também estava lá, igualmente os homens que o acompanhavam.

                Sasori se encontrava do lado contrário do campo de treinamento, entretanto, isso não o impediu de vê-la, e lhe reverenciar com um belo sorriso. Realmente aquele era um homem que traria problemas. 

                Naruto e outro homem cuja nome ela não conhecia, trocavam golpes perfeitos em um embate, enquanto todos observavam pouco silenciosos a partida. Homens.

                Sakura nunca entendeu o motivo para tais coisas. Seus irmãos costumavam fazer o mesmo. Nos poucos dias que passou na casa do pai, pode perceber esse desnecessário costume.

                E mesmo que lógica alguma fosse encontrada, ela continuou ali, observando cada um dos golpes, entendendo a força daqueles guerreiros.

                Eram bons, ela deveria admitir isso, apesar de Naruto ser mais medroso do que a grande maioria dos homens que conhecia, ele sabia usar uma espada.

                A luta finalmente terminou quando a espada do adversário foi arremessada longe, e este teve a lâmina de Naruto encostada em sua garganta.

                Os gritos que explodiram pelas gargantas dos presentes poderiam ser ouvidos ao longe, o que a irritou mesmo que levemente. Sakura era uma nata apreciadora do silêncio.

                Decidida a voltar para seus aposentos, Sakura apenas teve os passos barrados quando o vitorioso Naruto a enxergou, fazendo uma reverência a jovem, que quase pode rir da situação; aquele era o mesmo homem medroso que conheceu?

                Então ela se viu obrigada a permanecer mesmo que por apenas mais poucos minutos, já que agora, todos a haviam percebido, e isto incluía seu marido, que antes pareciam tão absorto naquela batalha.

                Todavia, o arrependimento dominou cada membro de seu corpo quando Sasori caminhou para o centro, puxando de sua própria espada, fazendo algo que certamente não deveria.

— Princesa. —Seu corpo foi curvado em mais uma reverência, e ela pode perceber os passos de seu irmão, que caminhava para seu lado. — Você luta bem meu caro, e como vimos foi capaz de derrotar um de meus melhores homens — as palavras agora eram direcionadas para Naruto, que o observava com os olhos desconfiado —, porém não posso ficar envergonhado diante a tão bela dama. Vamos, lute comigo.

                Ouve balburdia por parte dos homens que acompanhavam o futuro rei, mas estes logo cessaram seus gritos, quando perceberam a seriedade em todos os outros presentes. Nenhum deles havia sequer dado o mínimo sorriso, em realidade, pareciam penosos e raivosos para com o homem que proferiu tal fala.

                Sasuke não aceitaria aquilo. Pouco importaria o fato de ser Sasori, talvez isso, instigaria até mais o general a matá-lo, pois todos sabiam que ambos não possuíam afeições ou ao menos respeito um para com o outro.

                Sasori olhou ao redor e apenas pode ver o general mais aclamado entre os persas, se levantar de onde se encontrava e caminhar em sua direção. E como uma travessa criança ele sorriu, afinal, irritar o caçula dos Uchihas sempre fora algo maravilhoso para si.

                Hidan, que possuía maior idade do que aqueles dois, tendo o juízo mais acertado, interviu na situação.

— Sasuke — ele chamou, vendo esse parar os passos para olha-lo. — Vamos dar ao nosso amigo, o direito de recuperar a honra, afinal, somos todos cavaleiros e deve haver alguma honra entre nós. — Ouvir tais palavras provindas de um bárbaro, era quase engraçado — como ele mesmo disse, precisa tirar de Sakura está péssima impressão que seu soldado deixou, então nada melhor que deixar que ela própria, sinta se sua espada é ou não digna, não é mesmo, Sasori?!

                Entre todas as nações era conhecida a fama da jovem filha de Taros. Não havia guerreiro sobre a terra que não houvesse ao menos escutado um simples boato sobre a moça, e Sasori, já ouvira muitos. Porém, a dança da noite anterior havia apagado de sua mente todas essas estórias, fazendo com que ele e muitos do que presenciaram o espetáculo a julgassem apenas como a bela mulher que ela era.

— Não brinquemos, senhores.  — Havia mesmo que mínima irritação em sua voz. — Entendam, não discrimino mulheres que usam espadas, estou muito além desse pensamento tosco — a fala do guerreiro desarmou todas as defesas de Sakura, que por toda a vida havia sido recriminado e odiado por simplesmente lutar em nome de seu rei. — Porém, não possuo coragem de levantar minha espada para ferir tão graciosa dama.

                De repente os elogios do homem que não era seu marido, deixaram de a incomodar, ao passo que toda a sua irritação se transformava em algo que beirava a gratidão.

                Pela primeira vez em sua vida, alguém não havia a julgado como um demônio.

— Acredite alteza, posso derrotá-lo em combate, mesmo que eu esteja usando saias. — Sakura estava deveras feliz. Há alguns minutos não aceitaria de forma alguma a loucura que seu irmão propusera, porém, as palavras de Sasori mudaram totalmente sua opinião, e mesmo que para aqueles que romperam em risadas com sua fala ela tenha sido debochada ou mesmo grosseira, Sakura estava agindo apenas da forma que conhecia.

                Entre todos os presentes, apenas Hidan e o próprio Sasuke foram capazes de reconhecer nela a felicidade. O brilho nos olhos esverdeados irritou Sasuke.  

— Ontem! Ontem eu fui totalmente derrotado por você princesa. — Sasori sorria enquanto falava, e naqueles segundos Sakura quase foi capaz de esquecer todos ao seu redor. — Se você fosse uma mulher livre, meus joelhos encontrariam o chão apenas para que eu pudesse lhe implorar, para ser o homem que deitaria em sua cama. — Porém, todos os limites foram ultrapassados.

                Tudo aconteceu rápido demais, até mesmo para os olhos treinados de Sakura. Em um instante Sasori estava sorridente, lhe falando palavras indevidas, no outro, ele havia recuado vários passos, fugindo do alcance da espada de Sasuke. Este que havia sido parado por Naruto e Hidan.

— Você merece a morte grego, mas está não lhe agraciara hoje. — As palavras foram pronunciadas por Hidan, e só então Sakura realmente percebeu todo o perigo daquela situação. — Vamos homem, sai da minha frente ou eu mesmo lhe arranco a cabeça.

                Até mesmo um tolo perceberia o erro cometido, e isto, Sasori não era. Sem pedir licença ou mínimas desculpas ele e seus homens deixaram o local, passando ao lado de Sakura, como se ela não estivesse mais ali.

— Você não quer uma guerra Sasuke. Lembre-se disso. — A voz de Hidan estava direcionado ao general, que forçava a saída de seu agarre, apenas para que pudesse ir atrás do rival.

                As mãos de Hidan abandonaram a firmeza quando este percebeu que o general parecia haver se acalmado, contudo, ele ainda permaneceu perto o suficiente, para caso fosse preciso.

— Naruto — a voz de Sasuke soou pela primeira vez, naquele dia, aos ouvidos de Sakura. Ela estava fria, como nunca antes. — Leve Sakura para seus aposentos e certifique-se de que ela não se perca no caminho, ou mesmo que saia de lá até que eu ordene.

                O corpo de Sakura enrijeceu, afinal Sasuke havia usado as mesmas palavras que seu pai usava para consigo, quando ela o desagradava. Ele, mais uma vez, a lembro do senhor do caos. E ela entendeu, que aquela ordem, bem como as de seu pai, não poderia ser desobedecida.

                Com a cabeça erguida, ela apenas girou sobre seus calcanhares, deixando os homens para trás, percebendo os passos pesados de seu novo carrasco.

                Logo o homem de cabelos loiros caminhava a seu lado, tão silencioso como ela nunca tinha visto. Apenas o som de seus respirações e passos eram ouvidos. Palavras não escapavam por seus lábios, porém, a mente de ambos estava fervilhando com os próprios pensamentos.

— Alteza, não deveria ter feito aquilo. — A voz de Naruto lhe alcançou os ouvidos, quando finalmente eles se encontravam dentro das paredes do castelo, porém, Sakura não conseguiu compreendê-las — Eles possuem uma rivalidade, desde que me lembro. Não sei bem como começou, contudo, Sasori já tirou de Sasuke coisas importantes demais para que ele possa perdoa-lo.

                O homem não a olhava nos olhos ao proferia tais palavras, e sim para o chão de pedra, sem nem mesmo cessar os passos.

— Eu nada fiz. — Nenhuma outra explicação ou justificativa passou por sua mente, contudo, aquela era a sua verdade. Ela não havia dado liberdades para o príncipe dos gregos, tão pouco este estava roubando algo importante para Sasuke, afinal, o próprio havia dito que nem mesmo iria tocá-la.

                Sakura possuía certeza de que não era importante para Sasuke.  

— Minha senhora arrancou a cabeça de todo homem que tentou corteja-la, e teria tentado o mesmo, caso houvesse conhecido Sasuke alguns dias antes do casamento. Teceu inúmeras ameaças a todos nós, porém, quando o príncipe Sasori te diz palavras indevidas, seus olhos transbordam em felicidade. — Naruto sabia que não deveria ser ele a dizer tais palavras a Sakura, também sabia que Sasuke não o faria, então restava a ele tentar resolver o problema que aquela situação havia se tornado.

— Eu fiz uma ameaça. — Os passos de Sakura finalmente pararam enquanto a fala escapava por sua boca, incapaz de convencer até mesmo ela própria.

— Eu já a vi fazendo ameaças, aquilo definitivamente não foi uma. Bem sabe disso. — Naruto então a deixou depois de uma reverencia, não esperando que ela entrasse no quarto e nem mesmo repassando aos guardas na porta a ordem de Sasuke. Sakura, para Naruto, possuía olhos transparentes: ela sabia que as ordens de seu príncipe não seriam desobedecidas.

 

[...]

 

                Como ordenado, Sakura permaneceu em seus aposentos. Novamente sua refeição fora feita no quarto, e lá fora as festividades foram continuadas. Em algum momento da noite ela passou a se perguntar por qual motivo estava ali, obedecendo ao marido.

                Talvez se devesse ao fato de que seu irmão parecia tão ou mais desapontado que o próprio General, quanto a seus últimos atos, mesmo que esses a seus olhos ainda não parecessem um grande erro.

                Sasori a havia reconhecido, quando nenhum deles o fez.

                As palavras de Naruto, portanto, também não faziam o menor sentindo em sua cabeça. Conforme tais pensamentos iam finalmente tomando caminho, novamente a ira dominava seu corpo. Desde que entrara em território persa havia esquecido quem era o verdadeiro inimigo, quase encontrando comodidade naquele lugar.

                Persépolis não era sua casa. Aquelas pessoas não eram sua família. Sasuke não era alguém importante.

                 Seus olhos correram ligeiramente para o machado que descansava, sobre um suporte na parede. O coração bateu acelerado; ela imaginava usar a peça para finalmente, cumprir suas promessas e deveres.

                A tempos deveria ter feito o que nascera para fazer. Eles eram os inimigos, sempre foram. Nada mudaria isso.

                Com tais pensamentos, e certa de seu destino, o corpo que estava jogado sobre a cama saltou de forma rápida, e com os passos curtos e apressados, ela alcançou a arma, concisa de que aquilo era o certo a se fazer.

                Porém, pega como uma criança travessa, Sakura mal conteve o impulso de esconder a arma com seu corpo, quando a porta de seu quarto fora aberta. Seu coração acelerou no peito, como se houvesse sido pega ao praticar o maior dos erros, contudo, adentrou em seus aposentos a única pessoa que jamais a poderia punir.  

                Da mesma forma que o desespero a assolou, este se foi, quando apenas a bela Alexia se fez realmente presente em sua frente. Esta que lhe olhava com os olhos castanhos enormes e assustados. A futura rainha virou o corpo rapidamente, fechando as portas atrás de si, antes que qualquer outra pessoa pudesse vê-las.

— Diga-me, por favor — Alexia começou colocando as mãos juntas em frente ao corpo, quando já de frente para Sakura —, não pretende atentar contra a vida de meu amado irmão, não é? Eu soube do que houve, e vim lhe pedir, não tire a vida dele. Por tudo que mais ama, não faça isso.

                Sakura permaneceu estática da mesma forma que estava quando Alexia entrou. Seus pensamentos corriam, revendo todas as suas palavras ou atos que pudessem ter levado a outra a tão infundada conclusão, porém, nada ela encontrava.

— Por que eu mataria seu irmão? Ele não me fez mal algum... — realmente, ele não lhe havia feito mal.

                A confusão que antes se resumia apenas aos olhos verdes de Sakura, dominou todo o corpo de Alexia. O caos se estendia lá fora, nem mesmo a música, o vinho e a farta comida eram capazes de acalmar o enfurecido general.

                Itachi não havia sequer chegado a lhe contar o que de fato ocorrera, pois este não se permitia deixar o irmão a sós nem por um minuto. Tudo que ela sabia se resumia aos burburinhos que era ouvido desde entre as cozinheiras até o próprio rei.

                Todos temiam uma guerra, pois era dito por uma só voz, que se o próprio general não matasse o jovem Sasori, sua esposa, vinda das terras vermelhas, o faria. Afinal, este havia lhe faltado com respeito em todos os modos possíveis.

                Todavia, Sakura a sua frente lhe olhava com tanta verdade que Alexia se permitiu duvidar de tudo, e apenas isso bastou para que grossas lágrimas lhe lavassem a face, e as pernas perdessem as forças.  

                Ela que tanto dizia ter aceitado Sakura, havia duvidado da mesma no primeiro momento em que um boato injusto se fizera presente.

                Sakura que pouco chorava, e muito menos sabia consolar, se viu novamente perdida, podendo apenas amparar a outra, antes que seu corpo se desfalecesse sobre o chão.

— Não há motivo para teu pranto. Não matarei teu irmão, palavra de honra. — Pensando que tais palavras acalmariam a mulher, Sakura apenas se viu ainda mais perdida, pois o choro de Alexia tornou-se mais desesperado, o que fez a jovem estrangeira chegar a cogitar que a mulher em seus braços, na verdade buscava a morte do irmão.

                Todavia logo esse pensamento fora expulso de sua mente, pois era impossível que alguém tão amável, desejasse tal coisa.

                Novamente a porta foi aberta. Sakura levantou os olhos rapidamente vendo dessa vez, o pivô de todos os seus pensamentos. Os cabelos estavam molhados de suor, grudados na pele clara de seu rosto. A chemise branca, colada a seu corpo, e a respiração descompassada como se ele houvesse corrido por horas, até finalmente ter encontrado aquele lugar.

                Os dois permaneceram calados, apenas o choro de Alexia os embalava. Nenhum deles era capaz de dizer palavra alguma, porém, seus olhos falavam muito mais que meras palavras, e isso estava tão implícito no ar, que até mesmo a mais sofrida lamuria foi calada.

                Quando a mulher que chorava percebeu a presença de seu cunhado, seu corpo foi levantado com pressa, as palavras saltaram de sua boca, antes mesmo que ela pudesse pensar corretamente a quem deveria se dirigir. Ou o que era certo a se dizer. Um pedido de desculpas foi ouvido de seus lábios trêmulos e ela se foi, em nada explicando seu pranto desolador.

                Assim que Alexia passou pela porta, Sasuke fez questão de se virar para fecha-las, ele não desejava ser interrompido. Quando seu corpo se voltou novamente para onde antes Sakura estava, não encontrou nada além do vazio. Sua esposa havia caminhado para o mais longe possível de si, lhe dando as costas, guardando seu machado aonde ele deveria ficar.

— Creio que não tenha mais nada que lhe pertença aqui, meu senhor. — O tom mórbido de sua voz não era proposital, entretanto, tudo que Sakura tinha para com o general naquele momento era sanha.

O que eu mais desejo está nesse quarto. Contudo, você tem razão quando diz que não existe nada que me pertença aqui já que minha própria esposa parece sempre preferir por outros, a mim. — A voz estava firme, e seus passos o levaram para mais próximo da mulher que apenas queria fugir de sua presença.

— Não sou eu que tenho recebido constantes visitas em meus aposentos. — Ela disse, finalmente mirando seus olhos no marido, que agora, estava tão perto.

                Um sorriso despontou nos lábios de Sasuke que interpretou aquela frase, como um tolo apaixonado o faria. O ciúme que corria todo seu corpo, rapidamente se acalmou, apenas porque em sua tolice acreditara que a mulher que tanto desejava, partilhava de todos os sentimentos com ele.

                Rapidamente levou seu corpo para mais perto da jovem, que firme, não recuou um passo sequer. Suas mãos foram parar no rosto, de tão belos traços, e ele respirou de seu perfume.

                Suas promessas de não a tocar permeavam sua mente mais uma vez, mas elas eram apenas promessas vazias.

— Você disse que não me tocaria — os olhos raivosos combinavam perfeitamente com a voz dela naquele momento. Não era certo dizer que todo o ódio provinha do toque em sua pele, mas sim pelo simples fato de que ela não conseguia não sentir desejo e prazer naquele momento.

— Eu tenho agora um motivo verdadeiro para matá-la, então me diga princesa, por que eu não tenho força para fazer isso? — Deslizou suas mãos do rosto para o pescoço de Sakura, porém, não exerceu nenhuma pressão naquele ponto. — Me diga, o que você fez comigo? Eu não consigo manter nenhuma de minhas promessas quando estas são voltadas a ti. Estou igualmente aos tolos, que se deixam enfeitiçar pelas mulheres. Tenho sonhado contigo, tocado outras apenas para não cair em loucura, pois tudo que anseio nessa vida, está resumido em seu corpo.

                Conforme as palavras saiam da boca de Sasuke, Sakura enfraquecia em seus braços. O general havia insinuado que ela o enfeitiçara, igualmente todos os outros homens lhe diziam, porém, tais falas vindas dele, e em tal situação, faziam com que seu coração disparasse, tomando o mesmo ritmo dos tambores que lá fora soavam.

                Sem mais, Sasuke tomou os lábios que tanto o tentavam, com ardente desespero, dando a Sakura chance alguma de o impedir. Ele sugava seus lábios, sua língua, com tanta pressa que Sakura mal entendia e muito menos conseguia acompanhar. O corpo pequeno foi tomado em seu colo, e seus passos levaram ambos para a cama, onde Sasuke sentou-se com Sakura presa em seu colo.

                Quando finalmente seus lábios se desencontraram, ele observou a jovem ofegante, e isto, apenas fez com que ele retomasse os mesmos movimentos de antes.

                Sakura queria lhe dizer para parar com tais coisas, contudo, ela desejava tanto quanto ele continuar aquilo. Seu corpo pulsava de uma forma desconhecida, fazendo com que ela desejasse mais daqueles toques, apenas para continuar a sentir daquelas sensações. Sua mente ainda a recriminava, pois a apenas uma noite atrás, ele não só havia a dito que não a tocaria, como também, provavelmente, havia ido mais uma vez, para os braços de outra.

                Da segunda vez não foi Sasuke o responsável por dar fim ao beijo e sim Sakura, tendo um pouco da consciência recobrada, empurrando-o com o pouco de força que lhe restava.  

 — Não a tocarei, foi isso que me disse, apenas uma noite atrás. — Ela se encontrava ainda mais ofegante que antes. Sua mente tão embaraçada pelo desejo que pouco conseguia forma coerência em suas palavras — Tens preferido dormi com várias mulheres por noite do que visitar-me em meus aposentos, desde que nos casamos, e todos nesse castelo sabem disso.

                Suas falas baixas e cortadas não se assemelhavam com o que passava em sua mente. Ela queria gritar o ódio que passou a sentir por saber que ele esteve com outras mulheres, queria falar da dor que se instaurava cada vez mais forte em seu coração, a cada novo buchicho. Gritar para que ele compreendesse que caso eles fossem a diante naquele momento, ela não aceitaria mais aquilo. Porém, apenas meias palavras saltavam-lhe a boca.

— Diga-me de uma vez o que quer. Fale-me o que eu preciso fazer para que tu esqueças de minhas palavras e atos passados. — Ele pediu, quase suplicante, deixando que seu hálito encharcado pelo vinho, a embriagasse. — Farei qualquer coisa. Hoje, você pode me pedir tudo o que quiser, e seu desejo será prontamente atendido.  

                Sakura pouco acreditou nas palavras ditas, afinal, fora ele mesmo que a pouco havia dito que não conseguia cumprir promessa alguma, quando estas possuíam relação com ela, entretanto, seu corpo pedia por aqueles toques e seu ego, era acariciado, mesmo pelas falsas juras.

— Me faça sua rainha, mesmo eu não sendo uma filha do seu povo. Ame a mim, acima de teu próprio rei. Devote a mim, todos os teus dias e atenção, e proteja-me quando os demônios vierem cobrar os meus pecados. — Seu pedido era quase uma profanação. Sakura não desejava entregar seu coração a um persa, porém, ela necessitava ver um deles, rendido a seus pés.

— Eu farei tudo que você quiser — Ele prometeu, pois era apenas isso que precisava, para ter o que tanto desejava. — Eu já a tenho, em maior apreço que qualquer outra coisa.

                Novamente as bocas se encontraram e junto as caricias dos lábios quentes do general, Sakura sentiu sua roupa ser rasgada, pelas mãos que antes apenas a acariciavam. Ela foi jogada sobre o colchão, tendo o corpo pressionado pelo de Sasuke, que se pôs sobre ela.

                Seus lábios foram libertos apenas para que os sons de seus gemidos pudessem escapar por eles. Os dedos de Sasuke dedilhavam quente sobre sua pele, e seus lábios faziam o mesmo.

                Ela havia sido preparada para aquele momento. Sabia o que estava por vir, e entendia a dor que sentiria, bem como lembrava de terem lhe dito, como se portar. Os gemidos ou mesmo gritos, deveriam ser abafados em sua garganta, pois uma princesa não deveria se portar igualmente as concubinas, porém, era exatamente isso que ela fazia.

                Desde que sua boca fora liberta, os gemidos escapavam por ela, sem pudor algum.

                Ela percebeu o momento em que suas pernas foram afastadas, seu coração que já batia em desespero, acelerou ainda mais. Sasuke, parou por apenas curtos segundos, arrancando suas próprias roupas, deixando seu corpo a mostra. E Sakura mais uma vez, afirmou para si, a beleza daquele homem.

                Ele poderia ser para sempre seu inimigo, mas era com toda a certeza, o mais belo homem que já havia visto.

                Ele se posicionou entre suas pernas, olhando para sua entrada, como se está fosse a porta para o próprio paraíso.

— Eu vou cortar sua cabeça, caso toque em outra, depois disso. — Ela disse olhando em seu rosto, vendo um sorriso desconhecido até então por ela, nascer no rosto do homem — Eu cumpro minhas promessas, Sasuke.

                E foi ouvindo seu nome ser pronunciado pela primeira vez por ela, que ele a penetrou.  

— Eu sei disso, minha princesa. — Ele falou em seu ouvido, iniciando seus movimentos.

                Ele finalmente a preencheria com sua semente, suas mãos finalmente profanariam aquele corpo. A partir daquela noite, tudo seria diferente.  Ambos sabiam disso, mesmo que acreditassem, que apenas o desejo e promessas mentirosas os motivassem.  

                E todos que ouviam os gemidos abafados provindos daqueles aposentos, também entendiam isso. Uma nova história se iniciaria, onde o passado negro de ambos já os aguardava.  

               

 

 

 



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