História End (parada) - Thirteen

Uma coisa que foi apagada a anos, uma coisa que nunca pensei que se acenderia novamente acendeu. A chama que faltava em mim foi acesa. Eu finalmente tinha uma família, uma família que gosta de mim.

    Muros altos e bem armados, casas e sobreviventes que nos encaravam curiosos.

   Observei Carl. Ele encarava um ponto fixo, uma casinha velha. Apertei sua mão que fez ele sair do suposto transe e sorriu para mim, mas logo seu olhar foi para a casinha e ele fez uma careta. Caminhávamos na comunidade até uma senhora ruiva vim conversa conosco.

- Bem vindo a Alexandria, sou Deanna

- Glenn, e esse pessoal é meu grupo

- Então você deve ser o lider, correto? 

- Correto (me pronunciei)

- Quem és tu? (Um homem jovem perguntou atrás dela com simpatia)

- Karina, e você? 

- Spencer, filho da Deanna (ele sorriu e fez Carl me abraçar mantendo contato visual nele)

- Venham comigo (Deanna falou então a seguimos)

   Passávamos pelas pessoas e via o medo do desconhecido em seu olhar. Mas uma dessas pessoas me chamaram atenção. Uma garota De cabelos castanhos longos, olhos azulados e pele branca como a neve. Ela mantia o olhar sobre mim e Carl, a gorata se encontrava ao lado de um loiro. Carl a encarava confuso e me incomodou um pouco. 

   Nos sentamos no sofá. Deanna foi chamando de um em um para fazer uma entrevista. Primeiro Glenn, logo Dixon, Maggie, Sasha, Tara, Carl e por ai foi. Me encontrava brincando com a flecha da besta do Daryl então foi minha vez de entrar sorri para ele e entrei. Sentei enfrente a uma câmera e ela ao lado.

- Se importa se eu gravar? 

- Para que?

- Gosto de ser transparente

- Tudo bem

   Ela ligou a câmera e suspirou

- Qual seu nome querida?

- Como você sabe, sou Karina

- Quantos anos tem?

- 16 anos

- A mesma idade do garoto certo?

- Certo!

- Quantos Walkers já matou?

- No mínimo? 300 eu acho

- Certo, quaantas pessoas já matou? 

   Um silêncio prevaleceu naquele lugar

- Quantas pessoas já matou, Karina?

   As lembranças me atacaram feito raios, as lembranças das mortes me atormentavam. Um nó em minha garganta se formou. 

- Desculpa (falei)

   Coloquei as pontas do cotovelo Sobre as coxas e minhas cabeça nas mãos deixando as lágrimas caírem

- Eu não queria matar elas eu juro... Não foi minha culpa

- Tudo bem...

- Eu precisava mata-las

   Eu não conseguia mais parar de chorar. Os gritos de horror das crianças, delas gritando por socorro. 

- Eu... eu não posso... falar

- Vá para casa e descanse

   Saímos dali e todos ficaram me encarando enquanto saia da casa e me sentava nos degraus. Dixon se sentou ao meu lado

- O que houve lá dentro pirralha?

- Lembranças

- Quer conversa sobre isso?

- Depois? Tenho algo para conversa contigo mesmo

- Tudo bem

   O grupo todo ficou em uma casa, e então eu tive que dividir o quarto com a Tara e a Rosita. Estava de banho tomado e bem alimentada quando Glenn chegou com uma mulher loira. Pude perceber que a Maggie não gostou muito daquela situação. 

- Pessoal, essa é a Jessy, o marido dela é o médico daqui

- Eu vi que vocês tem crianças e bom... adolescentes, então eu vim chamar eles, eu também tenho uns

- Aqui tem outros como nós? (Perguntei)

- Sim, eles estão lá em casa... vim perguntar se vocês querem ir comigo

- Eu não vou (Carl falou rude) 

- Quantos anos seus filhos tem?

- Sam tem 5 anos e Ron tem a mesma idade que vocês, ele tem 16

- Agora eu vou (Carl falou imediatamente quando escutou a idade do mais velho)

- Por que mudou tão der repente Grimes?

- Simples, preciso ficar de olho na minha namorada

   Ri e fomos caminhando até a casa dela. Carl entrelaçou seus dedos nos meus e os levou a sua boca onde deu um beijo delicado sem tirar o contato visual comigo. 

   Jessy abri a porta e logo o mais novo aparece

- Mamãe, os amigos do Ron chegou

- Tudo bem... RON, ELES CHEGARAM

   Então um garoto loiro com uma jaqueta preta e uma toca na cabeça desceu as escadas sorrindo ao nos ver.

- Oi pessoal?! Sou Ron (ele estendeu a mão para Carl que recusou)

- Sou Carl Grimes

- E eu Karina

   Nos subimos para o seu quarto escutando vozes saindo de lá. Ao abri a porta me deparei com aquela garota e um rapaz sentado no chão

- Pessoal esse são Karina e Carl, Karina e Carl esse são Mickey e Enid.

- Oi (falamos em uniforme, menos a Enid)

   Quando ela finalmente se dirigiu o olhar para a gente, Carl tirou sua mão da minha e sorrio para ela, um sorriso tímido. 

- São namorados? (Mickey perguntou)

- Amigos (Carl tomou a frente)

   Senti uma sensação estranha. Agora eu sou sua amiga?. Na frente dela?. Aquilo me atingiu forte no peito. Sabe aquela chama que eu disse no começo? Esquece ela, acabaram de jogar um balde de água fria.

- Pensei que fossem namorados (Enid falou seria)

- Eu também (comentei fria)

- Amizade colorida (Ele tentou ajeitar)

   Os meninos ficaram conversando enquanto fiquei no canto do quarto desejando uma arma para atirar no olho do Carl. Que raiva. 

   Acho que a Enid percebeu o meu estado pois me entregou um gibi. Será que aquele gibi desce pela goela dela?.

- Olha (ela comentou baixinho) eu achei umas maquiagens na ronda que eu fiz... que ir lá em casa? 

- Eu quero matar você, mas não posso 

- E eu tentando te ajudar

Sai do quarto pisando forte. Ciumes? Nunca senti isso. É agoniante só de pensar que o Carl pode desistir de mim e ir fazer aquela garota feliz. Caminhava apressada por Alexandria e senti a mão dele segurar meu braço. Então, em um momento de raiva fiz o que queria ter feito. Lhe dei um soco em seu nariz.

- Ta maluca

- Vai a merda

- Qual seu problema

- Enid (debochei)

- Ciúme? Quanta maturidade

- Agradeça por eu ter ciumes de você. Pois aparte do momento em que eu não me importa com isso, eu também não irei mais me importa com você. 

- Karina, para com essa droga

- Quer saber Carl? Faça o que quiser (falei suspirando)cansei! Quer ser amigo dela? Seja! Quer namorar ela? Namore! Quer comer ela? Coma! Eu to foda-se para você

- Que infantilidade

- Infantilidade vai ser minha mão novamente na sua cara

- Quer saber? Tchau

- Tchau babaca

   Voltei a caminhar e antes do olhar entrar olhei para trás, mas senti meus olhos marejarem. Ele com o braço em volta do pescoço dela caminhando até uma casa.

   Eu só quero dormi! Um colinho