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História End Credits - Jones


Escrita por: IaMeh

Notas do Autor


Euu volteiii. Yay! Bom eu tenho alguns avisos pra dar. -informações, talvez desnecessárias, sobre a história.
Bom, queria dizer que o Killian tem uma auto estima um tanto quanto baixa na história o que o torna inseguro em boa parte dela, mas ele ainda é desumilde (msmo que fingidamente) kk
Segundamente, a história não vai ser muito grande não, eu estimo uns 25 capítulos, acontece que daqui a uns 4 cap as coisas dão uma guinada e correm mais rápido, começando o tema central da fanfic que é eles se "tirando do chão".
Terceiro, não haverão pontos de vista do Killian. Talvez, apenas talvez, eu até faça alguns quando a fanfic ja tiver chegado ao final, retomando algumas cenas ou mostrando novas, mas do jeito que eu pensei e desenvolvi a história não tem espaço pra eles no meio.
Bom, é isso, o textinho pré capitulo dessa vez é relevante pra fanfic, um fato relevante e talvez triste.
Vão lá flores, bjus.

Capítulo 5 - Jones


Fanfic / Fanfiction End Credits - Jones

Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas! –Willian Shakespeare.

 

Sabe aquelas pessoas que te fazem sentir como se valesse a pena viver? Elas são raras. Difíceis de encontrar. Não são aquelas que te fazem suportar a vida, mas sim as que te fazem querer vive-la. Que te põem no topo do mundo com a adrenalina correndo por suas veias, as que te fazem viver o impossível, o inimaginável. Que trazem tanta adrenalina que suas veias parecem chegar a ponto de explodir assim como seu coração, que não sabe se suporta tanta felicidade. Conhecem esse tipo de gente? Já tiveram esse tipo na sua vida? Bom, eu tive. Tive. Tenho. Não sei bem ao certo, já se passaram meses e ele ainda não me ligou. Talvez não de pra prender esse tipo de pessoa, talvez viver distante delas e ainda manter um laço seja impossível, gostaria de poder pensar o contrário mas acho que ele já deve ter me esquecido, afinal eu não sou como ele, não sou esse tipo de pessoa, o tipo inesquecível. 

 

 

 

-Emma! –A voz soa pelo largo corredor me fazendo parar e encarar a figura loira em sua curta corrida até perto de mim. –Será que você não ta livre hoje, sei lá, a gente podia sair e– O interrompo antes que termine a fala.

 

-Não vai dar Neal, foi mal, marquei de estudar com Regina pra prova de amanhã. –Eu definitivamente não queria sair com Neal, não que ele fosse um cara ruim ou feio, não, nada disso. Cassidy é o garoto mais educado e gente fina que já conheci além de ser bem bonito também, mas é um garoto, apenas um garoto, um dos bem retardados por sinal. Não faz meu tipo, mas não menti pra ele, realmente marquei de estudar com Gina.

 

-Ah, tudo bem, talvez uma outra hora. –Sua expressão triste me afetou um pouco, mas não havia nada a se fazer por ele então apenas sorri e sai. Enche-lo de falsas esperanças seria muito mais cruel que a rejeição.

 

Regina já me esperava em frente ao colégio e em poucos minutos já estávamos largadas no sofá de sua casa. Como sempre não encontrei Killian lá, já faz uns 5 dias que não o vejo, cogitei algumas vezes perguntar para Gina sobre seu paradeiro, mas ela já deixou bem claro que eu devo manter distância então acho melhor evitar o assunto “Mills mais velho”. Não o vejo desde o dia em que cuidei de seu estado alcoolizado, na manhã seguinte quando acordei não havia mais nenhum indicio de sua presença, não fiquei chateada, na verdade talvez um pouco. Bem, ele saiu sem se quer se despedir de mim, não que tivesse obrigação de tal ato, mas poxa, eu gostaria de algum indicio de que consegui dar o primeiro nó pra formarmos um laço. E acima de tudo estou meio preocupada e desapontada por pensar que ele provavelmente está de novo fumando ou bebendo por ai, por alguns minutos eu quis acreditar de que fosse fácil mudar os hábitos de alguém.

 

-Emm, se importa se eu der uma saída? –Regina se levanta colocando o celular no bolso e catando um casaco em cima da mesa, eles têm essa mania de largar roupas pela casa. –Digamos que um certo Daniel me chamou pra dar umas voltas. –Sorrio de ponta a ponta, feliz por como as coisas com o rapaz estavam andando. Daniel é um garoto meio nerd lá da escola e amigo de Neal. Faz três dias que ele e Regina vem conversando durante 24 horas, por iniciativa do rapaz, e essa é a primeira vez que o moreno a chama pra sair.

 

 

-Claro que não Gina! Vai fundo. –Incentivo quase dando pulinhos de alegria.

 

-Não vou demorar prometo.

 

-Que é isso?! Vai demorar sim senhora! Veja só. Trate de voltar pra casa apenas quando o BVL dele estiver longe. –Brinco rindo da cara de vergonha e repulsa dela.

 

-Ele é nerd mas de santinho não tem nada, ta querida?! –A voz indignada dela logo foi substituída pelas risadas de ambas. –Bons estudos.

 

-Cuidado com a herpes. –Brinquei recebendo um dedo do meio e um risinho em resposta, balanço a cabeça de um lado pro outro, rindo comigo mesma já que Regina já tinha saído.

 

Volto ao caderno em minhas mãos aonde meus cálculos se espalham sem organização nenhuma pela página e a falta de resultado para aquela questão começava a me irritar. Decido pular para a próxima que visualmente parece menos complicada, no entanto não consigo resolver também, pra variar –Iludida eu de achar que vou conseguir fazer alguma coisa dessa matéria insuportável. Tento achar algum resultado dentre as opções nas questões seguintes e consigo ter sucesso em algumas, volto então as primeiras ainda sem resposta, mas não dá em nada. Chego em um ponto que eu sinto as lágrimas querendo descer de tanta frustração por ter estudado feito condenada pra no final não adiantar de porra nenhuma. Taco o caderno no chão, já sem paciência –Eu tenho esse probleminha de ser explosiva demais– e me jogo de costas no sofá, fechando os olhos e tentando conter as lágrimas insistentes que já escapavam pelos cantos de meus olhos.

 

-Sei que estudar é um saco mas o pobre caderno não tem culpa. –A voz rouca que tanto habitou meus pensamentos nesses últimos dias soou mais perto do que o esperado, na verdade sentando-se ao meu pé no sofá. Acabei voltando de supetão ao meu jeito inical, pela surpresa e euforia de querer vê-lo de novo e ali estava ele, com aquele sorriso maravilhoso estampado. Me sento com as pernas embaralhadas sobre o móvel para poder encara-lo o mais perto possível, senti medo de que minha expressão facial demonstrasse o quão euforicamente meu peito batia então a lembrança de todos os dias nos quais não o vi voltaram a rodar em minha cabeça, fazendo a magoa falar mais alto que a saudade.

 

-Hahaha muito engraçado. –Ele arqueia a sobrancelha, mas não sustenta o olhar sobre mim por muito tempo, Killian desvia sua atenção para meu caderno em suas mão enquanto leva o copo com o liquido amarronzado a boca, o cheiro evidencia a alta probabilidade daquilo ser cerveja e não refrigerante.

 

 –Matemática? –Pergunta sem olhar pra mim.

 

-Parabéns, você ainda não está cego. –Killian me olha com o canto dos olhos, arqueando as sobrancelhas e sorrindo para demonstrar surpresa e divertimento pela minha petulância. O olhar dele sobre mim me deixou levemente corada, decido reprimir toda a frustração em meu peito e apenas falar com ele como se nada tivesse acontecido a 5 dias atrás assim como ele está fazendo. Bom, tem também a possibilidade dele se quer se lembrar. –Não importa o quanto eu estude e tente resolver, não consigo.

 

Mills deposita o copo sobre a mesa de centro e pega o lápis em cima da mesma o levando até o papel e começando a rabiscar de forma silenciosa, o encaro curiosa e confusa mas não penso em dizer ou perguntar nada. Apenas aproveito para apreciar as linhas de seu rosto formando uma expressão concentrada, perdida nos próprios pensamentos, seus belos olhos deslizando pela folha e sua boca se entreabrindo vez ou outra. Por fim ele parece terminar o que quer que estivesse fazendo e me entrega de volta meu material, passo os olhos embasbacada pelo pouco tempo que levou para resolver tantas questões de forma perfeita e até organizada demais.

 

-Se quiser posso te ajudar. –Pela primeira vez sinto sua voz sair insegura, como se pensasse se deveria mesmo ter proposto ou não. –Gosto de cálculos.

 

-Você é louco. –Brinco, mas logo abro um sorriso simpático ao percebe-lo ficar tenso. –Seria muito bom se conseguisse me fazer aprender essa matéria, professor. –Provoco com um tom de voz malicioso e então vejo seu sorriso retribuir na mesma moeda.

 

Sexy.

Meu deus. Que homem sexy.

 

Balanço a cabeça tentando a pôr no lugar antes que eu comece a babar.

 

-Então agora eu sei duas coisas sobre você senhor Mills. –Continuo quando percebo ter ganho sua atenção. –Gosta de exatas e é “complicado”. –Killian começa a rir e balançar a cabeça em negação, pelo visto essa palavra tinha uma resenha por trás.

 

-Regina te disse isso? Não que não seja verdade, mas ela sempre faz isso, tipo com todas as garotas que vão falar de mim pra ela.  –Admite ainda rindo.

 

-Quer dizer que muitas garotas falam de você, é?! –Apesar de meu tom provocativo meu interior inteiro parecia gritar algo ainda indecifrável para mim.

 

-Fazer o que se sou diabolicamente lindo. –Seu sorriso convencido durou poucos segundos em nossa troca de olhares, sua cabeça logo despencou a fitar o chão, parecendo desacreditar das próprias palavras e se apedrejar por estar ficando vermelho depois de dize-las. Ele ficava um fofo todo envergonhado. –Ah, bom, temos uma terceira coisa pra você saber. –O olhei confusa esperando que continuasse. –Eu e Regina somos irmãos apenas por parte de pai, meu sobrenome é Jones não Mills.

 

-Oh. –Foi tudo que consegui falar, minha cabeça ainda estava assimilando a informação e todas as possíveis linhas de história que ela trazia com sigo, talvez levasse mais algum tempo até que eu processasse e tivesse perguntas a fazer para Gina. –Então é Killian Jones. –O provoquei dando maior entonação ao sobrenome. Aquilo de algum jeito soava bem mais correto que Killian Mills.

 

-Isso mesmo Emma Swan. –Sua voz saiu propositalmente rouca em um sussurro, entrando em meu jogo e enlouquecendo meu psicológico, juro ter sentido meu coração falhar uma batida e precisei abrir de leve a boca em busca de mais oxigênio para meu cérebro entrando em curto circuito. O silêncio de repente me corta em pedacinhos apenas para reconstruir de uma forma louca e diferente, enquanto aqueles olhos azuis parecem enxergar minha alma, me pergunto o que viam nela? O clima de tensão no ar durou um tempo considerável, sendo interrompido por Killian coçando forçadamente sua garganta. –Então? É melhor começarmos sua aula né?

 

É incrível a maneira como eu inevitavelmente sorrio toda vez que ele o faz também, de alguma forma contagiante e inexplicável a sensação é boa ao mesmo tempo que irritante, sinto como se não tivesse mais parte do controle de meu corpo. Me desloco para mais perto dele e observo atenta enquanto começa, primeiro me explicando o assunto, como se realmente fosse uma espécie de professor particular. Após longos minutos de teoria –Onde Killian pacientemente respondia todas as minha dúvidas e perguntas repetidas tentando mudar o modo de ensinar quando percebia minha expressão perdida– começamos a parte pratica. As que não tinha conseguido resolver sozinha ele me ajudou, do jeito dele elas não soaram mais tão complicadas e em questão de segundos achei a resposta.

 

-Será que você não quer ensinar no lugar do meu professor? –Brinco mesmo que tivesse um Q de realidade na pergunta e ele ri.

 

-Passo. Uma cabeça oca para ensinar. –Killian aperta de leve meu nariz sorrindo com meu resmungo e se levantando do sofá. –É mais do que o suficiente.

 

-Ei! –Acerto-lhe uma das almofadas do sofá o acompanhando na risada.

 

-Vou procurar algo pra gente jantar. –Diz sumindo entre a cozinha.

 

-Como assim jantar?! –Meus olhos incrédulos na mesma hora deslizaram para o relógio de meu celular e minha surpresa foi imensa ao notar a quantidade de tempo que fiquei ali estudando com ele. Levanto e ando apressada até chegar ao lado dele, que segura uma panela enquanto cata algumas coisas na geladeira. –Não vou poder comer suas gordices maravilhosas, preciso ir.

 

-São só sete horas Swan. –Diz enquanto bota as coisas que pegou em cima do balcão.

 

-Meus pais meio que estão putos comigo. –E lá estava sua sobrancelha erguida, a marca registrada de quando ia debochar de algo, acabo rindo apenas pelo pensamento.

 

-E o que a princesa fez de monstruoso?

 

-Bom, eu fugi de casa depois de uma discussão que aconteceu na sexta por um acaso. –Vi a expressão de chacota dele se fechar e seus ombros ficarem tensos, me sinto ansiosa, esperando por uma resposta, um agradecimento, qualquer coisa, qualquer coisa que não fosse ignorar o acontecido.

 

Quero tocar no assunto desde que o vi agachar para pegar o caderno, mas o medo de afasta-lo caso fosse direta demais me impediu de o fazer. Quando com Killian, me sinto uma pessoa completamente desprotegida caminhando devagar em direção a um tigre com temperamento de gatinho, qualquer passo em falso e ele pode me atacar ou fugir e nenhuma das opções me é agradável.

 

 Jones desvia o olhar, fitando o chão e coçando a nuca até se voltar ao fogão, onde ligou uma das bocas e pôs a panela, chego a conclusão de que não ouviria sua voz para nada em relação ao que eu queria ouvir. Faço algo inesperado até mesmo para mim, me aproximo e o puxo pelo pescoço para que fique de frente para mim, onde deposito um singelo beijo em sua bochecha. Não que fosse um ato terrivelmente ousado mas considerando que eu mal o conheço não devia sentir intimidade suficiente entre nós para fazer isso, mas por algum motivo esquisito eu me sentia próxima dele de alguma maneira igualmente esquisita. 

 

-Tchau Jones. –Ele permaneceu parado e estático focando seu azul em meu verde, conectados um ao outro. Dessa vez quem corta o contato sou eu, que me viro para ir embora, se me atrasar mais meus pais com certeza vão me matar. Sinto algo envolver meu pulso e paro apenas para ver o rosto de Killian corado e seu olhar apreensivo, nervoso.

 

-Obrigado Swan. Por você sabe. Me ajudar, quando eu tava meio alterado. –Pode parecer simples e estúpido mas ouvir essas palavras saírem, mesmo que com certo esforço, de sua boca me deixaram bastante feliz.

 

-“Meio”?! –Gesticulo as aspas sorrindo feito idiota enquanto ele ri baixinho. –Sem problemas.

 

Tivemos mais uma troca de olhares antes deu sair da cozinha para arrumar minhas coisas, cato tudo que eu tinha espalhado pela sala e quando estou fechando a porta, Killian a segura e se escora na porta me fazendo mais uma vez admirar seu corpo maravilhoso de definido.

 

-Devia aparecer amanhã. –Percebo a dificuldade dele de me olhar enquanto profere as palavras, tentando focar em qualquer outra coisa que não eu.

 

Tão fofo. E gostoso. E fofo...

 

-Está me convidando para vir na sua casa senhor Jones? –A boca dele se abre e fecha tentando falar algo, vejo um princípio de gagueira e decido aliviar a vergonha dele. –Eu estou sempre por aqui, quem nunca está em casa é você. –Rio.

 

-Tem razão. –Seus ombros relaxam e então ele volta a fitar meus olhos, sorrindo. –Boa noite Swan.

 

-Boa noite Killian.  –Me custa cortar o contato visual e sair, mas eu preciso ir então saio sorrindo comigo mesma, olhando para trás algumas vezes para ver se ele ainda está lá e vualá, está. Paradinho na porta me seguindo com o olhar, aquela visão faz meu sorriso aumentar ainda mais, andando pela rua presa em meus próprios pensamentos, nem mesmo me importei com as reclamações de meus pais.


Notas Finais


Comentem, favoritem, o de sempre.
Obrigado por lerem e té o proximo >.>


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