História End Star (Long Imagine Jungkook - BTS) - Espinhos

Aquela garota era irritante de mais para a paciência de Jungkook suportar. Fazia tempos que havia deixado ela em seus aposentos para se trocar e nada dela aparecer novamente. Irritado com a Kim, Jeon se levantou da poltrona macia de seu quarto e foi até o da menina, escancarando a porta e encontrando ela deitada na cama em um sono profundo.

Era a segunda vez no dia em que ela dormia enquanto ele a esperava. Até quando iria essa audácia perante o príncipe? Ele não podia esperar mais nem um segundo. Chegando perto da Kim, seu corpo foi segurado pelos braços fortes de Jungkook e jogado ao chão, fazendo a jovem despertar no mesmo instante. 

— O que tens na cabeça?! — A Kim vociferou para Jungkook, lançando um olhar de puro ódio a ele. 

— Lhe disse que não era para se atrasar. — Descendo da cama, o jovem príncipe se agachou perto da jovem e segurou seu queixo, fazendo ela olhar em seus olhos e ficar próxima ao seu belo rosto — Esta fora a última vez que fizeste isso. Serás castigada de agora em diante. Garanto-lhe que odiaras o que farei contigo se continuar a me desobedecer.

— Achas que temo você, não achas? — Uma risada de sarcasmo — Tolo. Tu és apenas um pequeno filhote, enquanto teu pai és um leão. Não temo filhotes que apenas ficam na sombra de seu pai tentando inutilmente conseguir algum reconhecimento de sua força. Temo aqueles que não tem amor em seus corações, que não se importariam de pisar em sua própria família para alimentar seu próprio ego. Temo aquele que sentas no trono errado, temo apenas e unicamente teu querido pai Jeon Jungkook. — Ele estava irritado pelas palavras da Kim, dando-lhe uma forte bofetada em seu rosto, deixando-a perplexa e estirada no chão com a mão no local atingido.

— Então serei como ele para que me temas. — Levantou-se e passou por ela, parando apenas alguns segundos em frente ao quarto — Troque-se e venha até meus aposentos. Não me faça machuca-la sem necessidade. — E saiu, deixando a Kim no chão.

Voltando para seus aposentos, Jungkook gritou e deitou na cama com os olhos tampados pelas suas mãos. Ele não acreditava que havia esbofeteado o rosto da princesa. Sua mão formigava e estava avermelhada, Jungkook não se perdoaria por ter feito tal coisa. Mas a Kim o deixava tão irritado, talvez seja isso que seu pai sentia toda vez que a chamava para seus aposentos, raiva. Apenas com o olhar dela em chamas o sangue do príncipe começa a borbulhar de raiva. Ela não deveria odiá-lo, afinal, tinha quase a mesma idade que a princesa quando os pais dela foram assassinados. Que culpa ele podia ter? 

Enquanto Jungkook enchia seus pensamentos de perguntas sem respostas, a Kim se encontrava ajoelhada no chão com suas mãos entrelaçadas a elas mesma, e com a cabeça baixa rezava para seu Senhor ajuda-la.

“Ó meu Senhor, dai-me forças para aguentar tudo o que está guardado para mim neste novo caminho. Não deixes que os pecados caiam sobre Jungkook o fazendo idêntico ao seu pai. Faça com que ele tenha amor, meu Senhor, e que tenhas compaixão para com seus súditos. Um dia ele subirá e se sentará no trono, se tornando rei das terras do Sul, mas não como seu odioso pai és, e sim como um verdadeiro rei deves ser. 

Neste novo caminho que estas preparando para mim, acompanhe-me e ajude-me para que não caia em prantos e nos pecados deste mundo. Agradeço-lhe por mais um dia de vida, mas por favor, se eu não aguentar este mundo, leve-me pra junto de ti, pois não suportarei ver este reino no mais puro caos novamente.

Amém.”

Após finalizar sua oração, levantou-se do chão e foi até o closet pegar um vestido. Deverias ir com algum que chamasse a atenção de todos, pegou um vestido preto, nele estava entalhado grandes desenhos e havia pequenas e delicadas esferas brilhantes na renda das mangas compridas do vestido. Era uma peça leve, mas quando colocada no corpo parecia pesar aos olhos de quem a visse. 

Trocou os sapatos por um de salto preto com um desenho de uma rosa em dourado e sentou-se na cadeira em frente a penteadeira, retirando os enfeites de cabelo que a senhora Soo havia colocado, prendendo seu cabelo castanho em único laço prateado. Colocou em seu pescoço um colar com várias pedras brilhantes e passou novamente com o pincel o líquido carmesim em seus lábios. Havia mais alguns utensílios para embeleza-la, mas ela não via necessidade em usa-los. 

Se levantou e vislumbrou de sua imagem refletida no espelho. Ela estava e sempre fora bela, mas nunca mostrou essa beleza para ninguém além de Jimin, Soo, o rei e agora Jungkook. Ela não se sentia bem mirando sua imagem, pois a fazia lembrar de sua mãe. 

Vendo que de nada adiantaria ficar olhando-se, caminhou até a porta e passou por ela, indo diretamente aos aposentos de Jungkook, onde ele aguardava sentado em sua cama ainda imerso com perguntas que ainda não havia respostas. Três leves batidas foram dadas em sua porta e ele ordenou que a pessoa entrasse. Assim que a porta foi aberta, a imagem da bela princesa surgiu, fazendo com que Jungkook fixasse seu olhar nela. 

Ele olhava o caimento que a cor do vestido havia dado em sua pele alva, a forma como seu busto se sobressaia e aquele colar em seu pescoço era belo. Seus lábios carmesim o faziam, mesmo sabendo quem ela era, deseja-los. Seus olhos profundos estavam fixados ao de Jungkook, mas volta e meia observava sua roupa bela, não necessariamente ela mas sim seu corpo, ela não o desejava, apenas reparou nele pois o mesmo estava fazendo isso. 

— Estás pronto? — Perguntou tirando ele de um hipnotismo pela sua beleza. 

— Estou há muito tempo. — Ficou ao seu lado e a fez colocar o braço cruzado com o seu — Vamos.

Saíram dos aposentos de Jungkook caminhando apressados, bem, ele estava com pressa, para uma sala onde algumas pessoas aguardavam ansiosos a vinda da querida menina que conquistou o coração de Jungkook.

Quando chegaram até a porta da sala, o jovem príncipe lembrou a princesa seu novo nome e a ordenou que obedecesse o que lhe fora proposto. Ela apenas assentiu e os dois entraram com o sorriso mais falso que alguém poderia dar. 

— Jungkook! — Um rapaz, talvez fosse mais velho que ele, de cabelos loiros e olhos caramelizados chamou. Estava vindo na direção do casal quando subitamente parou assim que seus olhos se encontraram com os da Kim — Então esta é tua noiva Jeon? — Seu sorriso que dera era de pura malícia. Seus olhos devoravam o corpo da jovem Kim, passando a língua em seus lábios conforme contornava o corpo dela com o olhar — És tão bela quanto Jungkook nos contou. — Se aproximou dela e tomou sua mão, beijando a costa dela e lançando um olhar divertido para a jovem — É um prazer conhecer-te. Sou o príncipe Jung Hoseok e estou a sua disposição sempre que desejar. — Ela apenas respirou fundo e se curvou rapidamente.

— É um prazer conhecer-te também, príncipe Hoseok. 

— Então eras você no corredor com lágrimas nos olhos? — A menina olhou a jovem que havia esbarrado nos corredores do castelo enquanto ia para a ala leste em busca dos aposentos de Jungkook — Sou a princesa Oh Lyn, mas podes me chamar de Lyn. — Chegou perto da noiva de Jungkook olhando-a curiosa — És tão bela, onde estava escondida todo este tempo para que ninguém soubesse de sua existência? — Ela não respondeu nada — Tens um nome, certo? Quero que me digas qual é ele. 

— Ela se chama _____. — Jungkook não deixou que ela falasse por medo de que dissesse seu verdadeiro nome.

— Um nome que nunca ouvi falar. — Um outro rapaz, de cabelos castanho escuro e olhos escuros se pronunciou. Este estava sentado em uma poltrona da sala, sem se dar o trabalho de se levantar se apresentou — Sou o príncipe mais velho dentre os três, me chamo Min Yoongi, deves ter ouvido falar da minha pessoa. — E ela ouvira, não necessariamente dele, mas de sua família. Eram o segundo mais rico reino, conhecidos por terem um histórico assustador, os Min faziam as pessoas temer seu incrível poder de governo. Mas isso mudou quando os Jeon tomaram o trono, se tornando assim o reino mais temido desta era. 

— Ela não o conhece Yoongi. — Jungkook iria responder por ela até ver que eles já estavam indo para seus aposentos. 

— Terei tempo suficiente para fazê-la me conhecer. — Sorriu maléfico e virou seu rosto.

— Passaremos bons tempos juntos, bela dama. — Hoseok sorriu novamente com malícia para a menina.

— Falaremos sobre Jungkook e contaremos como é nossas vidas! — Dizia empolgada a princesa Lyn. 

Hiyori tentava processar todas as emoções que estava sentindo. Há anos não tinha este tipo de contato com as pessoas. Mas ela se sentia mal por estar mentindo para todos presentes naquela sala. 

— Pareces tão triste, bela dama. Jeon não sabes te satisfazer corretamente? — Ela sentiu um certo asco pelas palavras de Hoseok — Se estiver insatisfeita com seu marido, podes vir até mim. Cuidarei de ti muito bem. — Se aproximou do corpo da jovem e sussurrou em seu ouvido — Te farei alcançar o mais intenso de todos os seus orgasmos enquanto geme meu nome. 

— És um príncipe ou um vagabundo que só pensa em satisfazer teus desejos carnais? — O silêncio e o peso do olhar de Jungkook pesou na menina. Mas Jung gargalhou pela resposta que recebera.

— Arranjou uma esposa com uma língua afiada Jeon. — Sorriu para a garota que não se importou — Deixarei passar desta vez, mas lembre-se, você não passa de uma imagem para o reino. Se morreres não fará falta alguma, então tomes cuidado com o que falas. — Seu tom de voz ameaçador não fez a Kim o temer, pois era isso o que queria. Morrer.

— Desmereces as mulheres de mais Jung. Por isto não arranjas uma noiva que o ame. — Jungkook se pronunciou olhando sério para Hoseok — Também deverias tomar cuidado. Ela é minha noiva, não qualquer uma que catas nos bordéis de sua cidade.

— Vejo que estás realmente apaixonado por esta mulher, apenas não se esqueças que também amou outra pessoa, mas ela veio correndo para os meus braços, pois você é igual ao teu pai Jeon, um monstro sem coração algum. — Kim não conseguiu segurar sua risada. Todos, até mesmo Min a olhou tentando decifrar o motivo de sua risada. 

— Por que estás rindo? — Jungkook apertou o braço da jovem e ela parou de rir.

— És engraçado como as pessoas acham que por ser filho do rei, herdou todo o seu jeito frio e orgulhoso de ser. Comparado ao seu pai, Jungkook é apenas um filhote. — Ninguém conseguiu segurar a risada. Menos Jeon, que a perfurava com seu olhar e ela percebendo a situação, calou-se. 

— Sua noiva é um alguém muito engraçada Jeon. Acho que desta vez você acertou na escolha. — Jungkook olhou para Min surpreso. Ele nunca fora de falar tais coisas para alguém, principalmente para Jeon. 

— Creio que desta vez eu consiga me casar. 

— Para quando estão planejando o matrimônio? — Lyn se intrometeu na conversa, estava curiosa de mais para se manter calada.

— Estou pensando.

— Tudo depende de seu pai Jungkook, sabe disso. — Um longo suspiro foi dado após Min falar — Mas creio que ele aprovará seu casamento e fará com que o matrimônio seja realizado o quanto antes. 

— É o que todos esperamos. — Jeon disse baixo, mas todos ouviram. 

— Voltarei para meus aposentos, prossigam com a conversa. — Min se levantou da poltrona e saiu pela porta, se curvando para cada um dos príncipes e das princesas.

— Devo retornar para meus aposentos também. — Lyn disse se aproximando de Hiyori — Foi um prazer conhecer-te _____. — Se curvou para o restante e saiu da sala.

— Retornarei para meus aposentos. Se estiveres precisando de algo para animar-se, não hesite em me visitar. — Sorriu para Kim e se curvou para Jungkook retirando-se da sala, deixando apenas os dois ali. 

Logo que percebeu que ninguém mais os ouviria, pegou Kim pelo braço e jogou-a em um sofá, colocando-se por cima de seu corpo. 

— Eu juro-te que da próxima vez que não controlar essa tua língua, arrancarei de sua boca com minhas próprias mãos. — Sorriu para a jovem princesa — Mas eu lhe disse que haveria um castigo. 

Saindo de cima do corpo da jovem, Jungkook a virou no sofá ordenando que ficasse de quatro, “como um animal” foi o que ela pensou, mas Jungkook não pensava dessa forma. Para ele era excitante vê-la assim, mesmo que fosse dar um certo castigo para a Kim. Levantou a saia de seu vestido deixando suas pernas e nádegas a mostra. 

— Controlaras tua língua de agora em diante, não é mesmo?

— As palavras saem de minha boca sem pensar nas consequências que trarão para mim. Não as controlo Jungkook. Minhas palavras são como as pessoas que murmuram em cada canto do castelo sobre a crueldade do rei, sobre os cidadãos que recebem o ego como resposta de um pedido de compaixão, assim como uma doce criança que vê os corpos de sua família se balançando na forca. Minhas palavras são como os espinhos de uma rosa, elas machucam, pois como os espinhos ela sempre estará lá, como a cruel realidade que vivemos. 

— Resposta errada Kim. — Seus olhos foram fechados com força e seu lábio inferior foi mordido para conter qualquer tipo de som que pudesse sair de sua boca. Os tapas forte de Jungkook ecoavam pela sala e deixavam marcas na pele branca da princesa, fazendo a dor se alastrar pelo local onde era proferido, mas ela não ousou emitir nenhum som — Controlará tua língua, não é mesmo?

— Já lhe disse que não consigo. — Outros dois tapas foram dados na menina.

— Quanto mais negas, mais dor sentes. Digas que irá controlar esta tua maldita língua para cessar essa punição. — Ela percebeu, no tom de voz de Jungkook, que ele parecia não concordar com o que estava fazendo. “Apenas um filhote”, pensou novamente. 

— Quer que eu te prometas que controlarei minhas palavras, mas não posso prometer isso. Poderei tentar limitar minhas palavras, mas não prometereis algo de que eu mesma não tenho certeza que conseguirei cumprir.

— Não gosto de incertezas, minha princesa. Mas desta vez vou tolerar sua incerteza para que não a machuque mais.

— Por que me bates se não é isso que desejas fazer? 

— Me disse que não me temes, somente ao meu pai. Deveria ser igual a ele para que tenhas medo de mim, não acha? 

— Não deves ser como teu pai Jungkook. 

— Para que me temam devo ser como ele. — Kim suspirou pesadamente e se arrumou, ficando de frente com Jeon. 

— Sabes o motivo que me faz temer teu pai Jungkook? — Ele olhou fundo em seus olhos mas não obteve uma resposta para a pergunta de Kim — Ainda tenho pessoas que amo. Seu pai tiraria a vida dessas pessoas facilmente. Eu não temo teu pai por minha própria causa, temo o rei pelas pessoas que sinto fortes sentimentos. Compreendes isso? — Colocou a mão no rosto de Jungkook fazendo-o estranhar tal ato, e olhou em seus olhos — Não importa o quanto tentes ser parecido, esta sempre será uma escolha errada para sua vida. 

— O que sabes sobre as escolhas de minha vida? 

— Nada sei sobre elas. Mas te aconselho a não seguir teu pai, diferente do que pensas, ele não hesitaria em te matar caso visse que não trará um bom rendimento para o reino. — Os olhos de Jungkook se tornaram tristes e a mão da Kim foi retirada de seu rosto.

— Sei do que meu pai é capaz. Para ele eu ainda sou um empecilho qualquer. Mas irei mostrar que este empecilho é digno de subir naquele trono e receber o poder nas mãos. É por isto que preciso do reconhecimento dele, somente o rei pode coroar outro rei, e eu não me importaria de derramar sangue para conseguir isso. — Seus olhos se tornaram opacos após esta última frase ser proferida. Hiyori podia sentir que Jungkook não estava brincando.

— Então quando derramar sangue para conseguir este reconhecimento, lembre-se de cravar uma espada em meu coração. Não suportaria ver meu povo sofrer novamente pelos Jeon, não por alguém que ainda pode fazer a escolha certa mas opta pela errada. — Uma lágrima solitária rolou pela face da menina que imediatamente saiu da sala e foi até as masmorras, onde permaneceu chorando até seu amado aparecer trancando-os naquele lugar e abraçando-a, acariciando seu cabelo castanho e limpando as lágrimas de seu rosto.

— Por que estas chorando, meu amor?  — Jimin perguntava docemente para sua princesa.

— Prometa-me que tirará minha vida se Jungkook for igual ao pai dele. — O Park olhou incrédulo para Hiyori.

— O que estás dizendo? Não te matareis, fugirei contigo para as terras que os Jeon desconhecem e lá viveremos felizes.

— Enquanto vivemos felizes meu povo estará sofrendo. Eu não suportarei ver todos sofrendo enquanto vivo livremente ao teu lado. 

— Tens um coração bondoso, minha princesa. Mas sabes que nada pode ser feito com relação a isso. 

— Diga-me, o que devo fazer para que Jungkook não seja como o pai? 

— Deves fazê-lo entender teu povo e as atrocidades em que vivem. Deves dar amor e fazê-lo amar e ter compaixão. Se ele não conseguir entender e obter isso, nada mais poderá ser feito. 

— E se ele obter o amor, mas começar a me amar? O que devo fazer? 

— Se o amar deverá ficar com ele.

— Como podes dizer isso? Não me amas? 

— Amo-te mais do que pensas que amo. Mas o amor também requer sacrifício, pois minha felicidade é vê-la feliz, mesmo que não seja ao meu lado.

— Não deixarei de te amar Jimin.

— Não penses que controlas teu coração, meu amor. Você não escolhe quem deves amar, quando menos percebe já está amando. — O sorriso que acalmava a Kim se fez presente — Mas você ainda me amas, não é mesmo? 

— Amo-te tanto que morreria por ti se fosse preciso. 

— És tão doce e bela, meu amor. Mas nunca deixaria que morras por mim. Tens muito ainda o que viver para pensar na morte. 

— Jungkook quer que eu finja ser sua esposa. Talvez me matarás quando subir ao trono. — Os olhos do Park encontraram os da sua amada, vendo a incerteza no seu olhar.

— Tenhas calma, Jungkook não tiraria sua vida mesmo que quisesse. Ainda tem amor em seu coração, apenas precisa que alguém o queime dentro de si. — Ela o olhou confuso.

— Eu não posso. — Saiu de seus lábios como um sussurro.

— Deves tentar ou nada disso irá mudar. — Seus olhos já estavam marejados — Volte para onde ele está e comece a conhecê-lo, ame-o se for preciso, mas nunca se esqueça que sempre estarei aqui quando precisar. 

— Não! — Ela exclamou e se levantou — Eu não te trocarei por ele. 

— Para todas as coisas se tem um preço. — Se levantou e colou sua testa com a da jovem que já se derramava em lágrimas — Não chores, não és uma despedida. Quando ver que não aguentará, te levarei para longe deste reino. Estarei te esperando aqui quando este dia chegar.

— Não me abandone, estas me ouvindo? — O Park sorriu e a abraçou.

— Jamais lhe abandonarei, meu amor. — Segurou o queixo da Kim e se aproximou dos lábios da menina, iniciando um beijo delicado e lento. 

Enquanto usufruíam de seu amor, escondido perto da porta estava um alguém com uma mente perversa e maldosa. Após presenciar toda a conversa do Park com a Kim, desceu as escadas sorrindo, como se mil moedas de ouro tivessem caído em suas mãos. Talvez fosse a pessoa mais alegre daquele castelo. Distribuía sorrisos e compartilhava sua alegria, sem mencionar o motivo dela, pois o que esta pessoa iria fazer precisaria de uma crueldade surreal para coloca-la em prática.