História End Star (Long Imagine Jungkook - BTS) - Maldito

De um lado para o outro Jungkook andava. Estava impaciente com a demora do curandeiro em dar notícias sobre Kim. Droga. Mesmo após esse tempo, nenhum dos soldados conseguiu achar o assassino e isso preocupou ainda mais o jovem Jeon. 

— Vossa alteza? — Jungkook aflito se colocou em frente a porta onde o curandeiro havia a aberto e mostrado sua face após um longo tempo. Fez um gesto para que prosseguisse com sua fala — A menina está bem, mas precisará de descanso e cuidados. — Jungkook respirou aliviado. Sua mentira ainda podia ser sustentada e com isso a maioria das suas preocupações se foram — Vossa alteza deseja vê-la? — Perguntou calmamente, mas Jeon notou o cansaço que estava visível em seus olhos e lentidão. 

— Descanse, eu irei ficar de olho em minha noiva. — O curandeiro reverenciou o jovem e se retirou, indo para seus aposentos descansar.

Jungkook respirou fundo e adentrou o quarto em que Kim se encontrava. Assim que se colocou para dentro, fechou a porta e se aproximou da cama, onde a princesa se encontrava descansando com uma expressão de dor. Podia notar que ela se encontrava despida com, pelo que parecia ser, faixas na onde aquele animal cortara com sua adaga. Observou que, ao lado da cama, havia um vidro com uma erva medicinal. Talvez fosse para cicatrizar mais rápido os ferimentos de Kim ou para que ela não sentisse tanta dor, ele não sabia. 

Sentou na beirada da cama e ao olhar a face da jovem, notou que algumas gotas de suor deslizavam pelo seu rosto. Procurou por um pedaço de pano e ao encontra-lo passou, delicadamente, na onde se encontrava as gotas que apareciam. Um longo suspiro fora dado da parte dele. Maldito fosse a besta que resolveu invadir o castelo! Mas afinal, quem não pensaria em invadi-lo e tentar algo contra alguém? Jeon teria que admitir, os assassinos da região eram espertos. Escolheram justo o dia em que essa fortaleza estava enfraquecida. Mas eram tolos. Aliás, aquele homem era tolo por achar que Jungkook não o caçaria e o colocaria na forca. Talvez até o colocaria em uma guilhotina e penduraria a cabeça no lugar onde os assassinos costumam ficar e frequentar. Pouco o importava. Pegaria e acabaria com ele, mas isso não era pelo fato de terem atacado Kim, talvez um pouquinho fosse, oras, estragariam tudo sobre a mentira dele. Mas o que o levava a querer a cabeça daquele homem, era o simples fato de ter que encarar o rei no dia seguinte ou até mesmo segundos depois sobre o ocorrido. Justamente naquela maldita noite, Jungkook estava encarregado de posicionar os guardas devidamente para evitar este tipo de coisa, mas veja só, a Kim quase teve sua cabeça arrancada de seu corpo. Jeon não era nenhum tolo, sabia que havia alguma coisa que impedia seu querido pai de se livrar de Hiyori. Mas o que era? Talvez tentasse persuadir a princesa para que lhe conte algo ou apenas esqueceria este assunto, já que não parecia ter tamanha relevância para fazê-lo parar, pensar e tentar descobrir. 

— O que... aconteceu? — Jungkook olhou para a princesa e comprimiu os lábios, mas logo deixou escapar uma risada fraca.

— Descanse princesa. Quando estiver melhor e a ponto de conseguir falar sem nenhuma dificuldade, nós conversaremos. — Seus olhos que antes estavam semiabertos se fecharam totalmente e ela adormeceu. 

Jeon respirou fundo e, por mais que quisesse sair dali, permaneceu sentado olhando-a dormir. 

10 dias depois

Kim já se encontrava em seus próprios aposentos recebendo os últimos cuidados do curandeiro real. Jeon havia saído, juntamente dos príncipes Jung e Min para o oeste, ou melhor dizendo, para as terras de Min buscar sua amada noiva. Hiyori tentou entender o motivo que levou o príncipe Jeon ir junto, mas foi por um mísero tempo. Pouco importava o que ele fazia ou deixava de fazer. Era grata por ele ter acordado e tê-la levado ao curandeiro, mas ainda sentia raiva do mesmo. Talvez não dele, mas do nome que carrega consigo.

Enquanto ela suspirava e deixava o curandeiro passar algumas folhas moídas nos cortes, no oeste, Jeon se sentia cansado. Todos os dias permaneceu ao lado de Kim, cuidando dela e mal pode descansar seu corpo e mente durante esses dez dias. 

— É por este motivo que não quero formar laços com uma mulher. — Jung resmungou olhando o estado em que Jungkook se encontrava — Veja teu estado deplorável! E ainda quis vir conosco ao invés de descansar. 

— Basta Jung. — A voz firme e ameaçadora de Min se fez presente — A decisão foi dele. Nós viemos buscar minha noiva para participar do festival que acontecerá daqui a dois dias e eu não quero você gastando tua saliva à toa para reclamar de Jungkook.

— Querido... — A voz doce e calma da noiva de Min chegou aos ouvidos de todos — Não brigue com ele. Jung só está preocupado com Jungkook... 

— A preocupação dele está repleta de reclamações. — A noiva de Min assentiu e se calou — Conhece ele melhor do que ninguém. — Ele olhou para ela e suspirou, esboçando um sorriso para ela que o retribuiu.

— Ter Hoseok como irmão mais novo não foi nada fácil. Mas eu me acostumei com seu jeito. — Jeon apenas escutava tudo e permanecia em silêncio. 

Seu corpo implorava por um descanso e sua cabeça doía toda vez que tentava pensar em algo. Maldito fosse a decisão que tomou em cuidar de Kim todos os dias. Maldito fosse sua mentira. Logo estaria novamente em seu lar e descansaria por um dia inteiro, sem Kim, sem príncipes, sem o rei, sem ninguém para perturbá-lo. Apenas ele e sua cama.

Muito tempo havia se passado quando finalmente chegaram as terras dos Jeon. Jungkook respirou aliviado e saiu em disparada com seu cavalo para chegar rápido ao castelo. Só pensava em enfiar seu corpo nos lençóis de sua cama e só sair de lá quando não aguentasse mais. 

Saiu de seu cavalo assim que já estava dentro dos muros que rodeavam o castelo e correu para seus aposentos. Mas por mais que seu corpo estivesse implorando pelo descanso, ele tinha consciência que precisava ver como Kim estava. Respirou pesadamente e deu três leves batidas na porta. “Entre” foi o que ouvira antes de abrir a porta e fechar ela atrás de si. Hiyori ficou um pouco confusa, achara que o príncipe só voltaria no dia seguinte, mas também não se importava com sua vinda antecipada. 

— Está melhor? — Se aproximou da cama e sentou na beirada. Se Jungkook não tivesse consciência de que aquela não era à cama dele e que uma Kim estava ali, teria dormido no mesmo instante.

— Estou melhor, — Disse baixo fazendo Jeon tentar entender o que fora dito por ela — mas parece que está acabado, príncipe Jungkook. 

— E estou, princesa Hiyori. — Um suspiro saiu por seus lábios e ele, mesmo tendo consciência, deitou-se ao lado da jovem — Não faça barulho algum ou arranco tua língua fora. — Apenas o ar saiu da boca de Hiyori. Ela iria deixá-lo descansar, como quisesse. 

Notou que o príncipe ainda calçava botas e que elas se encontravam em um estado deplorável. Respirou fundo e saiu da cama, indo ao outro lado e retirando, com cuidado para não acorda-lo, ela antes que sujasse os lençóis que dormia todas as noites. Após retira-las, deixou-as em um canto e voltou para perto dele novamente, cobriu-lhe com um lençol que estava intacto e ajeitou seu corpo, pois do jeito que estava, iria sentir fortes dores no corpo se continuasse naquela posição.

Ele estava realmente exausto. Ela sabia bem o motivo disso, afinal, cuidar dela durante dez dias sem ao menos conseguir descansar, era algo extremamente cansativo. Sentou-se na beirada da cama e passou a observa-lo. Hiyori tinha que admitir, poderia odiar o nome Jeon que Jungkook possuía, mas de uma coisa ela não poderia negar; ele era belo. Maldito fosse sua aparência de anjo que ele possuía. Mas para ela não era tão fácil assim, que fosse a pessoa mais bela deste reino, pouco se importava, havia um Jeon em seu nome e seu coração pertencia somente a Park Jimin. Afinal, quanto tempo não o via? Céus, seu corpo e alma sentiam saudades dele. 

Se levantou da cama e saiu de seus aposentos. Iria encontra-lo, mesmo que estivesse lenta e seu corpo ainda não estivesse totalmente curado, oras, estava falando de seu amado, o único que a compreendia e amava.

Mesmo que estivesse lenta, continuou a procura-lo. Pouco se importava com alguns olhares que era lhe lançado de alguns soldados, por que deveria ligar? Bufou irritada por não acha-lo em lugar algum, mas rapidamente se lembrou das masmorras, ele tinha que estar lá. Rapidamente, ou bem, o tanto que ela conseguia correr, subiu as escadas que davam as masmorras com um sorriso no rosto. Seu Jimin teria que estar lá, esperando por ela com um sorriso no rosto. Quando chegou no topo da escada, seu sorriso foi diminuindo, se aproximou de uma das celas e não viu nada. Nada. Ele não estava ali. Rodara o castelo inteiro para no fim não achá-lo. 

Desceu as escadas e uma tontura lhe atingiu. Droga, os cortes pareciam pulsar em sua costa. Mas não poderia ceder ao desmaio, precisaria ir até seus aposentos e descansar. Caminhou pelos corredores do castelo até chegar a ala leste e entrar em seus aposentos.

— O que raios estão fazendo? — Jeon continha um sorriso sádico em seus lábios enquanto príncipe Hoseok o segurava pelo colarinho de sua vestimenta.

— Nada com o que deva se preocupar, princesa _____. — Soltou Jeon e saiu dos aposentos com raiva. Ah sim, ela notara que seus olhos estavam pegando fogo quando passou por ela.

— Não olhe para mim dessa forma. — Jungkook disse num fio de voz e fechou os olhos para quem sabe voltar a descansar.

— Como quiser, vossa alteza.

Jeon sentiu alguém deitar ao seu lado. Sabia que era Hiyori, e afinal, para onde ela foi? Deveria estar descansando e não perambulando pelo castelo. Pode ouvir a respiração descompassada da jovem e imediatamente se levantou para observa-la. Ela já se encontrava dormindo, mas parecia que algo a perturbava. Deveria se importar? Talvez, mas não agora, não quando seu corpo implorava para descansar de uma vez e deixar as perguntas para depois. Deitou-se e fechou os olhos, finalmente pegando no sono e tendo finalmente seu descanso.

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— O que foi dessa vez? — Min perguntou ao ver Hoseok possesso de raiva.

— Você sabe o quanto eu gosto de Jungkook, mas se ele continuar a proferir aquelas imundices para mim, não pensarei duas vezes- 

— O que irá fazer, Jung? — Yoongi cortou a fala de Hoseok — Matar um Jeon? Não me faça rir. Você, mais do que ninguém, sabe como ele fica quando o provocam ou atrapalham em algo.

— Não o da direito de falar sobre minha família.

— Estamos falando de um Jeon, não de uma pessoa qualquer. Aliás, as paredes tem ouvidos Jung, tome cuidado com o que profere dentro deste castelo. Não está em suas terras para dizer o que bem entende.

— Pouco me importa. — Sentou-se em uma poltrona que ficava perto da janela e respirou fundo lembrando-se de _____ vê-lo naquele estado — A noiva de Jeon deve sofrer nas mãos dele. — Min estreitou os olhos e fez sinal negativo com a cabeça.

— Isso não é da nossa conta. — Yoongi pegou um livro qualquer e começou a folheá-lo. Jung pigarreou algo e se perdeu em pensamentos sobre Jungkook.

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Muito tempo havia se passado desde que Jeon e Kim adormeceram. Os dois estavam em um sono muito profundo, mas um dos guardas entrou nos aposentos da princesa fazendo-a despertar e sentar na cama olhando assustada para ele. 

— Me perdoe, princesa _____. — Ele se curvou e endireitou a postura indo na direção de Jungkook — Alteza. — Segurou nos braços de Jeon e o balançou para que despertasse — Alteza! — O príncipe despertou se colocando em pé em frente ao soldado que se curvou no mesmo instante.

— Espero que seja algo muito importante para atrapalhar meu descanso. — Jungkook olhou sério e Hiyori continuou quieta observando.

— Jeon Tae-il quer vê-lo. — A princesa pode notar a feição de Jeon mudar para uma espantada e o soldado respirou fundo e olhou sério para o príncipe — Seu tio retornou.