História End Star (Long Imagine Jungkook - BTS) - Temer

Ela estava tão confusa com as palavras do jovem Jeon. Uma hora parecia preocupado, outra hora a repreendia e castigava e, indo para os limites, a encorajava a não desistir de seu povo. Ele a levaria a loucura com suas palavras confusas. Se o rei soubesse da ousadia do príncipe em dizer tais palavras para uma Kim, o que ele poderia fazer com o jovem Jeon? Ela não ousaria pensar, não quando o assunto não lhe agradava e trazia memórias horrendas sobre as torturas que sofria, então tratou de livrar seus pensamentos sobre isso e se levantou da cama. 

Seu corpo ainda estava coberto pelo vestido que usara no festival, as dores de seus pés diminuíram mas não cessaram completamente. Sua madeixa estava bagunçada e as jóias já haviam sido retiradas por ela a alguns instantes atrás. 

Retirou o vestido branco e o guardou, pegando uma camisola branca e solta que ia até os tornozelos, sentou-se na cadeira que estava posta em frente a penteadeira e ajeitou seu cabelo. Ela se sentia tão ruim olhando para seu reflexo. Sentia tantas amarguras preencher seu peito que facilmente lágrimas saiam de seus olhos, o que deveria ter ocorrido se ela não se assustasse com o reflexo de outra pessoa, desconhecida por ela, no espelho. Se levantou e virou-se rapidamente assustada. 

— Estás tão linda, minha Kim. — Um passo fora dado em sua direção e ela sentiu seu corpo inteiro estremecer — Não lembras de mim? — Ela não ousou abrir a boca — Deixe-me apresentar. Sou o irmão mais novo do rei, ou o seu futuro rei quando aquele ser repugnante morrer. Mas se queres saber, meu sobrinho com certeza informou você sobre mim. O grande, Jeon Tae-il. — Ela pode sentir seu coração parar por alguns segundos. As palavras de Jungkook sobre o tio fizeram um efeito muito grande em Kim, e ela agora o temia de tal maneira que era impressionante até mesmo para ela — Tenho uma proposta para ti, minha Kim. — Pegou a mão da mais nova a levando para seu rosto fazendo-a acaricia-lo — Quero me unir a ti para podermos reinar, como rei e rainha. O que achas? — Ela puxou sua mão fazendo Tae-il a queimar com os olhos.

— Jamais aceitaria me unir a um Jeon. — Uma gargalhada alta soou pelo quarto e com uma expressão séria ele a olhou, se aproximando mais e segurando no queixo de Kim para que ela o olhasse.

— Então o que fazes com meu sobrinho?

— Por que deverias te contar? — Kim sorriu. 

— Porque eu sou teu dono.

— Eu jamais terei um dono, Jeon Tae-il. Pensas que pode chegar e apontar seu dedo imundo para quem deve abaixar a cabeça para ti? Estás muito enganado, este lugar não pertence a você. — Ele afastou-se e acertou em cheio o rosto da jovem princesa, fazendo-a virar bruscamente para o lado.

— Não me conheces Kim. — Sua voz aumentava na medida em que ia falando — Achas que eu sou como meu sobrinho e o pai que não dão o devido castigo a pessoas que falam de mais? — Gargalhou alto e a assustou quando em um movimento rápido a fez colar seus corpos e sussurrar em seu ouvido — Mulheres, homens, crianças e bebês, seja quem for, eu os punirei com a morte. Arrancarei sem pressa todas as partes do corpo, fazendo-os morrer lentamente enquanto sofrem e gritam em desespero. Não conheces o sofrimento, Kim. Pois o verdadeiro sofrimento que alguém pode sentir, somente eu, Jeon Tae-il, posso oferecê-lo. Serás minha rainha, derramarei sangue para que isto aconteça, sem me importar se esse sangue será de alguém da família. — Era como se fosse um aviso, um aviso para além do próprio corpo, um aviso para sua alma. Ele iria destroça-la se não o obedecesse, pode ver isso nitidamente no último olhar que lançou para Kim, um olhar que remetia o dobro do horror que sentia pelos olhos do rei — Até lá, minha doce Kim, mantenha esta beleza que me faz deseja-la ainda mais. — Depositou um selar no pescoço da menina e se retirou calmamente dos aposentos de Kim. 

Assim que ele bateu a porta, ela retirou sua roupa e foi se lavar na água que já estava ali a horas e que se encontrava em uma temperatura baixa. Ela não se importou com isso, estava se sentindo suja por Tae-il ter encostado nela. Sua pele já se encontrava avermelhada por ter esfregado tantas vezes seu corpo. E assim que percebeu que se continuasse a fazer aquilo iria se machucar, secou-se e vestiu outra camisola. Mas ao olhar para aquele cetim branco, lembrou-se de Jungkook e das últimas palavras de aviso de Tae-il. 

Sua mente, ao qual acreditava ser a causadora daquilo, a guiou até os aposentos do mais velho, entrando apressadamente e fechando a porta fazendo-a emitir um barulho enorme, despertando o príncipe no mesmo instante que a olhou confuso e se perguntando se aquilo não era uma ilusão.

— O que fazes aqui? — Assim que ela viu que Jungkook não estava ferido, deixou-se cair ajoelhada ao chão e se permitiu chorar em frente a um Jeon. 

Ele não estava entendendo o que havia acontecido para ela estar chorando. Queria saber os motivos que a levaram até seus aposentos e ajoelhar-se para derramar lágrimas. Por que ela estava com partes do corpo avermelhada? Por que estava daquela forma, tão vulnerável? Jeon estava rodeado de perguntas que somente Kim poderia respondê-las, então saiu de sua cama. Ainda trajava a roupa negra que usara no festival, mas isso não iria impedi-lo de ajoelhar-se em frente a Hiyori e envolvê-la em um forte e caloroso abraço. 

— Por que estas chorando, Kim? — Sussurrava no ouvido da princesa enquanto acariciava os fios castanhos do cabelo da menina.

— Você está bem... — Jungkook se espantou com as palavras da princesa, ela estava chorando por vê-lo bem? 

— E isto é ruim? — Ela negou com a cabeça e olhou nos olhos castanhos do jovem.

— Isto é bom... — Foram as últimas palavras que Kim disse aquela noite antes de voltar a chorar. Mas também foram aquelas três únicas palavras que, por mais que Jungkook nunca admitisse, fizeram o coração dele bater forte em seu peito. Mas ele preferiu seguir sua mente, então continuou a confortá-la em seus braços até que ela parasse de derramar lágrimas e adormecesse, colocando-a em sua cama e deitando-se ao lado dela, observando-a dormir. 

Uma única lágrima escorreu pelo rosto de Kim e Jungkook a limpou, impedindo-a de ir para os fios de Hiyori, mas retirou sua mão rapidamente do rosto dela. O que estava fazendo? Ela era uma Kim.

— Irás realmente me enlouquecer, Kim. 

♤

Ela caminhava pelo castelo, de hoje não passaria. Após a noite anterior, seria melhor evitar Jungkook por um curto tempo, por isso decidiu deixá-lo dormindo em seus aposentos enquanto ia procurar Jimin. Já era a segunda vez que estava fazendo isso, mas a onde ele estaria, droga, estava tão cansada de rodar aquele maldito castelo em sua procura, queria tanto que ele aparecesse em sua frente para que ela pudesse finalmente parar de procura-lo.  

Um soldado passou por ela e por mais que ela fosse levantar algum tipo de suspeita, resolveu chama-lo para perguntar do seu Park.

— Sabes a onde ele está? — Seu coração estava tão aflito, precisava saber a onde seu amado estava.

— Ele...