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História Endless - Alternatividade - Não esperava isso deles. Uau.


Escrita por: torg1

Capítulo 14 - Não esperava isso deles. Uau.


Max

- Onde estamos indo? - Pela expressão séria de Thorg, algo muito ruim estava acontecendo.

- ... Fiquei sabendo de coisas que não gostaria muito de saber. - Ele provavelmente dizia sobre a ligação que havia atendido alguns segundos atrás. - Tiger, criminoso que combatemos ontem, conseguiu fugir antes que a polícia pudesse chegar, e já está envolvido em um ataque hoje, perto da praia. Ao que parece, os vilões estão fazendo uma confusão ENORME justamente hoje, em vários pontos pela cidade. Já não chega a ser seguro pra você - O herói se virou e me olhou.

- Que? Mas... Eu dou conta d-...

- Não. - Thorg interrompeu. - Não posso assumir a responsabilidade se você se machucar sériamente. Ser seu "treinador" tem esses pontos. Desculpe. Vamos ter outros dias na semana para fazer vigilância e treinos, certo?

Já não sabia o que responder. Franzi as sombrancelhas.

"Injustiça", pensei. "Eu sou capaz. Eu sei que sou capaz de brigar com caras maiores. Por quê não?".

Em um suspiro infeliz, virei o rosto e murmurei só um "Tá". Confesso que estava decepcionado, mas... Paciência. Eu teria mais chances ao passar dos dias, né? O que me restava fazer é esperar que tudo ocorresse bem, então. Caminhamos até o final do telhado do prédio e fomos correndo em direção á minha casa, que já estava perto.

Assim que cheguei, Copycat sorriu e acenou, de um prédio próximo, e estranhamente... Quase parecia um adeus?

- Boa sorte! Parece que vai precisar. - Gritei para ele, girando a maçaneta de casa.

Thorg assentiu e colocou sua máscara espacial. Quando pisquei... Já não estava mais lá. Abri a porta de casa lentamente e lembrei que devia ter entrado pela janela. Droga. Passei como um flash amarelo sobre a sala, onde meu pai dormia no sofá, e saltei pro meu quarto, fechando a porta. Me troquei, por outra roupa qualquer e fui tomar banho.

- ...

"Impressionante. Eu estou, pouco á pouco, quebrando uma parede que fora colocada na minha frente. Ninguém vai decidir o que eu posso ou não ser. Eu consigo", pensava sem parar.

Ao sair do banho... Papai parecia acordado, de repente.

- Oi. - Ele se virou, dando espaço no sofá, para que eu pudesse me sentar também. - Tudo bem, filho?

- Hmm... Tudo, tudo. - Me sentei.

- Esse "Tudo" aí... - Riu. - Parece desanimado.

Coçando a testa, abracei as pernas.

- Pai.

- Diga. - Ele pigarreou.

- Por quê eu não posso ser um super-herói?

Silêncio. Um silêncio mortal pairava sobre nós dois, e meu pai respirou fundo.

- Eu tenho uma individualidade "formidável", como dizem os professores. E não é crime ser herói sem estudar para isso. Existem vários outros métodos.

- ... Por quê? Por quê você quer tanto isso?

- Porque é o que eu quero para a minha vida. - Respondi, confiante.

- Olha, filho... - Papai parecia avaliar as palavras lentamente. - ... Se você tivesse treino... Poderia, filho... Mas, infelizmente... Eu não tenho contato de nenhum herói ou heroína profissional para que pudesse treiná-lo.

Um sorriso se abriu no meu rosto, com meus olhos brilhando. Meu pai me encarou como se eu fosse um alienígena.

- Esses dias, encontrei Copycat, um herói, e conversamos um pouco... Ele aceitou me treinar, mesmo me avisando que seria um método difícil.

- Copycat... Copycat... - Ele ficou coçando o queixo. - Entendo... Sendo assim... Tem certeza disso?

- É o que eu quero.

Meu pai sorriu, quase como se estivesse orgulhoso.

- Você, hein? Nunca desiste. Bom, afinal, quem é Copycat? Ele é famoso? Eu não costumo mais estar ligado nessas coisas...

- Se ligar a TV, acho que hoje ele aparece. Pelo visto, os heróis estão com problemas hoje.

- AAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!! - Minha mãe surgiu na sala, berrando e me chacoalhando sem parar. - FILHO!

- Q-que?- Quase mordi a língua ao falar.

- Você. Apareceu. Na. TV.

- Apareci?

- Filho... Você enfrentando aqueles vilões perigosos... E... E... E então... Aquele herói profissional te ajudando... - Ela parecia mostrar mais preocupação do que minha vida inteira aquele momento. Nunca havia visto ela assim. - Você salvou aquelas pessoas, você e o outro... F-filho...

Expliquei para ela também, tudo o que havia dito ao papai. Minha mãe parecia perplexa.

- É perigoso demais... Você...

- É o que eu sonho. Eu quero treinar com ele.

Os olhos dela pareciam quase emocionados. Mamãe apenas disse "Tudo bem então..." e... Me deu um abraço! Me assustei com o gesto.

- Nós não vamos te impedir.

E então, de repente, os dois disseram em uníssono.

- Nós te amamos, Max.




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