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História Enigmático - Viagem


Escrita por: kmandi

Notas do Autor


Oláaaaaa chegueeeei

Estou pensando nos dias de postar, 2 ou 3. Terça e sábado, ou terça, quinta e sábado.

Nota> Jal meokkesseubnida é um agradecimento que se faz antes da refeição;

Boa leitura~

Capítulo 3 - Viagem


Fanfic / Fanfiction Enigmático - Viagem

 

 

 

Na manhã seguinte, acordo com o alarme do meu smartphone, sinalizando que já são 7h da manhã. 
—Acorda. — digo acariciando os cabelos dela. — Já são 7h, daqui a pouco nossos pais acordarão. 
—Só mais 5 minutos. — diz sonolenta, ainda de olhos fechados. 
—5 minutos é muito tempo. — digo bocejando. 

Me afasto do seu corpo, procuro pela bolsa para que eu possa colocar de volta a roupa de ontem. A encontro e faço isso, mas Somi continua dormindo. 
—Vai logo, em casa você dorme. — digo me aproximando dela. 
—Estou criando coragem. — diz, rio fraco. 
—Até chegarmos em casa serão quase 7h30. — digo. — Eles acordam 8h aos sábados, sabe disso. 

Ela apenas resmunga, então abre os olhos. Mesmo que os dela seja maiores que os meus, quando acorda são sempre bastante inchados, e isso é fofo. Sorrio. 
—Se vista. — digo e dou a bolsa para ela.

 

 

Alguns minutos se passam, e já estou dirigindo direção a minha casa. Somi apenas vê as ruas de Seul pela janela. Ficamos em silêncio; Sempre é assim, nossos pais estimulam tempo em que precisamos voltar para casa, dormem, e nós voltamos apenas na manhã seguinte, pouco antes que acordam. Já é assim há 3 anos, e como nunca damos motivos, eles nunca falaram nada sobre.    

 

Aliás, vocês devem se perguntar como exatamente começou essa relação entre Somi e eu. Não, eu nunca a abusei sexualmente. Eu sempre me senti ligado a ela, e com a vinda da minha puberdade, surgiu a atração. Mas eu esperei que ela ao menos completasse 15 anos, e apenas a influenciei, já que sabia que ela sentia o mesmo por mim. Não faria algo que ela não concordasse. O que sinto por ela é grande em proporções catastróficas; Ela é preciosa demais pra esse mundo. 

 

 

 

Já chegando em casa, ela puxa assunto. 
—Hwang Gayeon. — ela diz, então me encara. — Lembra?

Logo reconheço o nome. 
—Sim. — respondo. — Eu sinto falta dela. Ela era melhor que sua mãe. 

Agora faz uma expressão feia para mim. Dou de ombros. 
—Nunca entendi porque seus pais a demitiram. — digo. — Era uma pessoa incrível. 
—Claro, ela sempre te deu mais atenção. — diz. — Não a compare com a mamãe.

Rio disso. 
—Ok. — digo simples — Mas por quê está falando dela? 
—Apenas lembrei dela, já faz tantos anos. — diz. — Nunca tivemos uma babá tão boa. 
—Sim. — concordo.

Por algum motivo, essa babá sempre me tratou bem, e eu nunca entendi o por quê. Mas gostava disso.

 

 

 

 

Logo então, chegamos em casa. Tento ser cauteloso ao entrar na garagem, já que sempre faz barulho.             

Descemos, em passos silenciosos, subimos a escadas e nos dirigimos aos nossos quartos. Logo deito-me em minha cama, cansado.

Não estou com sono, então, penso sobre o tal plano que já comentei com Somi. Penso em como faze-ló, e como. O tempo passa sem que eu perceba;    

Analisando cada detalhe do plano, quando minha linha de pensamento é interrompida ao ouvir batidas na minha porta.
—Jimin, venha tomar café. — ouço meu pai dizer.
—Okay. 

Ouço seus passos descendo as escadas. Me viro, suspiro. Não posso continuar deitado aqui, e nem quero. Levanto-me, me direciono até a cozinha.

 

Ao chegar, vejo toda minha família sentada . Sento-me ao lado do meu pai, já que Jinwon e minha mãe estão lado a lado de Somi. A mesa, como costume, está farta. Kimchi, arroz, tofu grelhado, vegetais, sopa. Pão, leite, chá verde. 
—Jal meokkesseubnida*. — agradecemos pela comida. 

Começamos a comer.
—Chegaram tarde? — minha mãe pergunta tomando algo em uma xícara, talvez chá.
—Não. — mentimos em sincronia. 
—Ótimo. — meu pai responde. 

Fico com meu smartphone em mãos, abrindo aplicativos para que fique zerado as notificações, sempre me dá nervoso vê-lás pendente. Depois, com o reflexo da tela, arrumo meus cabelos.
—Eu e o pai de vocês faremos uma viagem na próxima segunda. — diz minha mãe nos encarando. 
—Pra onde irão? — pergunto.
—Aichi. — responde.
—Odeio ir para aquele país. — meu pai resmunga incomodado — Nunca se desculparam direito pelo o que fizeram com a gente. 

Já faz 70 anos da época que o Japão escravizou a Coreia, mas meu pai ainda é ignorante quanto a isso. 
—Você nem estava vivo quando aquilo aconteceu. — reviro meus olhos — Deveria trabalhar em uma empresa coreana então. — sugiro. 
—Foi a melhor oportunidade que já tive. Uma ironia. — ele justifica. — Enfim, ficaremos fora por 15 dias. 
—15? — Somi pergunta surpresa. — Normalmente é 1 semana, qual a diferença?
—Em seguida pegaremos um voo de viagem de casal, querida. — responde meu pai — Por conta do estresse do trabalho, sua mãe e eu achamos que merecemos um descanso a dois, longe de tudo. 
—Até de mim? — Jinwon pergunta magoado — Eu não gosto de ficar longe. — tem uma expressão triste. 
—Pois é, Jinwon. Nem seus próprios pais te suportam. — digo e depois abro um sorriso maldoso.
—Jimin! — Somi me repreende, o que me faz soltar um leve riso. 
—Não, querido. Não é isso. — Minha mãe começa a explicar para ele, antes me dando uma rápida olhada de repreensão— Precisamos de um tempo a sós. Mas logo depois que voltarmos, eu prometo que vamos nos divertir juntos. 
—Podemos ir ao Lotte world?! — Jinwon pergunta entusiasmado. 
—Sim! — diz no mesmo entusiasmo, mas forçado. Passa a mão nos cabelos do menor — Mas para isso, obedeça seus irmãos. 

Encaro Jinwon e sorrio cínico. 
—M-mas... mamãe, eu não gosto de ficar com Jimin hyung. — ele diz me encarando, claramente com medo. 
—Você terá Somi noona também. — ela responde. — Ela cuidará bem de você. Quanto a Jimin — me encara com nojo — Ah, é só ignorar ele.

Meu pai resmunga, como se limpasse a garganta, para advertir minha mãe.
—Leva ele logo. — digo de saco cheio.
—Somi, posso confiar em você? — minha mãe pergunta. 
—Claro. — ela sorri. Eu a encaro, ela percebe e abaixa a cabeça. Resmungo.

 

 

 

 

 

Horas mais tarde. 

Quase meia-noite. Então, resolvo levantar para dar uma volta por ai. Eu gosto das ruas escuras, frias e vazias, madrugada. Assim que levanto, Somi abre minha porta. 
—Onde vai? — ela pergunta ao perceber que estava direção a porta. 
—Eu também não sei. — respondo — Mas quero que vá comigo. Eu quero pensar longe daqui. 
—Pensar sobre...? — pergunta curiosa, se aproximando pós fechar a porta. 

Antes de responde-lá, a encurralo, levando-a até a mais próxima parede. Quando suas costas batem na parede, coloco minhas mãos envolve seu corpo, aperto. Levo minha boca até seus macios lábios, começando um beijo. 

Merda, por que eu necessito tanto desse clichê? Por que preciso tanto tê-lá sempre em meu alcance?  

Paro nosso beijo quando ameaço perder o fôlego. Encaro seus olhos, que ainda esperam pela resposta.
—O plano. — respondo. — Preciso pensar sobre o plano.

Não diz nada. Descemos a escada, discretamente, claro. Pego a chave do meu carro. Vamos até a garagem. 

 

 

Já na rua. 
—Então, já pode me contar. — ela diz e me encara — Qual é desse plano?

Silêncio.
—Eu não posso contar. Você descobrirá sozinha. — digo, rapidamente a encaro, ela revira os olhos.
—Eu só me preocupo, Jimin oppa. Eu tenho medo que você faça mal a algum deles. — revela. 
—Seus pais e irmão? — pergunto. 
—Nossos. — ela diz firme. — Por que insiste? 
—Eu não sei. Não são como família pra mim. Nenhum laço. — tento explicar — Algo que se desfaz a cada ano que passa.
—Eu não te entendo... — ela sussurra, mas ouço.
—Eu sei que não. Mas não se preocupe, tudo é confuso pra mim também. — revelo, novamente olho para ela, sorrio sem mostrar os dentes.
—Eu acho que a vida toda é confusa. — ela diz.
—Eu tenho certeza. — afirmo, viro a rua. 

Eu não faço ideia de onde ir, apenas continuo dirigindo sem rumo. A sensação é boa. 

 

 

Dirigindo já há um tempo, percebo que estamos próximos a um hipermercado 24h, localizado no distrito Jung-gu. 

Dirijo agora até o estacionamento do Lotte Mart, meio distante do centro da cidade. Que mesmo sendo sábado, há poucos carros, já que o horário passa da meia noite; Compramos várias porcarias e soju.

 

 

Já dirigindo para casa, passando por algumas ruas mais silenciosas, sem movimentação, até que pareça um cachorro de porte médio na rua, e sem que eu queira, eu acidentalmente o atropelo.     
—JIMIN! — Somi me repreende, meio desnorteada. 
—Espera. — digo, já com o carro parado em meio a rua. Abro minha porta, vou até a frente. 

Vejo um cachorro vira-lata deitado no chão, agonizando de dor em meio ao próprio sangue. Então vou até a parte traseira do meu carro, abro o porta-malas e lá pego um pé de cabra. Ao perceber isso, Somi entra em desespero e sai do carro. 
—JIMIN! O QUE VAI FAZER?! — pergunta com receio, em pânico. 
—Somi, ele já está morrendo, vou fazer um favor para ele. — digo simples. — Olha pra lá. — aponto com o pé de cabra.

Ela fecha os olhos e faz uma expressão ruim, se recusando a olhar. 
—Mas... ele vai sentir mais dor. — ela diz. 
—Vai sentir se deixarmos assim. — digo. — Só me deixa acabar o trabalho. 
—Mas... — ela começa a chorar. 
—Volta para o carro. — sugiro. 

Ela respira fundo, então volta ao seu banco; Olho para o cachorro, já beirando a morte, sem se movimentar. Me agacho. 
—Desculpe, amigão. — digo. 

Levanto-me novamente. Ergo o pé de cabra.

Está feito; Arrasto o corpo para a guia da calçada. Limpo minhas mãos com a calça.

Depois disso, apenas entro de volta no carro, Somi ainda está meio abalada. Ela sempre sensível.
—Jimin... — ela sussurra. — Tem certeza? 
—Ele não está mais sofrendo. Fique tranquila. — agora dirigindo                
 

 

 

 

Já no meu quarto. Deitados juntos, entre edredons bagunçados, alguns salgadinhos e duas garrafas de soju. Ficamos juntos, conversando assuntos aleatórios por até 2h30 da manhã.     

Meia hora depois.
—Não! Não! Saí daqui, desgraçado! — sou acordado com a voz de Somi. A encaro, ela está dormindo enquanto ainda diz. — ALGUÉM ME AJUDE! POR FAVOR! — começa a chorar.

Acendo a luz. A chacoalho de modo que a faça acordar logo. Ela abre os olhos rapidamente, e em pânico. Começa a chorar. 
—Calma, calma... — digo, aproximando mais seu corpo do meu, a apertando em proteção. — Foi só um pesadelo, não? 
—Foi tão real... — diz manhosa. — Foi muito real, você não entende...
—Entendo sim... Se quiser, pode conta-ló, ok? 

Ela hesita um pouco. Então respira fundo, limpa as lágrimas. 
—Eu estava andando em uma rua... — comenta — Uma rua escura, e silenciosa. Eu me sentia triste, e então, um cara apareceu atrás de mim e começo a me apertar, e tentar abusar... E então, tirou uma faca do bolso, e... — lágrimas — E aí...
—Shiu, shiu.... — a interrompo, abraçando. — Foi só um pesadelo. — reafirmo. — Esse cara não existe, e eu nunca deixaria que isso acontecesse. Ok? — tento passar segurança. — Eu sempre vou te proteger, sempre.
—Eu sei... — diz quase em sussurro. — Foi muito, muito ruim. 
—Esqueça isso, entendido? — encaro seus olhos, limpo as lágrimas. — Eu estou aqui, sempre vou te progeter, NINGUÉM vai tocar em você. Entendido? — repito, então sorrio. Selo nossos lábios. — Eu amo você.

Ela respira fundo mais uma vez. Também, sela nossos lábios. 
—Obrigado... — diz. — Eu também te amo. — sorri. 

Sorrio de volta, agora a dou um beijo de esquimó; Beijo sua cabeça, apago a luz. 
—Boa noite. Tenha bons sonhos dessa vez. — digo e rio fraco.
—Boa noite. — diz baixo.     

 

 

Embora tenha preferido guardar isso para mim, eu me senti estranho enquanto ela contava o pesadelo. Senti um peso em meu peito. Provavelmente pelo medo que isso aconteça. Mas não vai acontecer. Se alguém apenas ameaçar fazer mal a ela, vai estar morto no outro minuto. Enquanto eu viver, ninguém vai fazer mal a ela. 
 


Notas Finais


Por favorrr, comentem o que acharam! Façam teorias IJFIDJDF Comentem, me deixa feliz.

O que acharam do pesadelo? Talvez um sinal?; E o fato dos pais deles viajaremmm, e aí?!

Até o próximo capítulo, talvez quinta ou então só sábado.

tt: kkmandi
tt coreano: xbrxkorea

Thx por acompanhar ^-^
Fighting!~


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