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História Enigmático - Devolva-me minha inocência


Escrita por: kmandi

Notas do Autor


Oláaaa

Eu deveria ter postado ontem. E até pensei em postar só amanhã dijsf MAS TO AQUI.

Novamente, o título é frase de 'Lie', amo horrores essa música, viu.

Nota: *CSAT é tipo o Enem na Coreia.
*SKY são as 3 principais e maiores faculdades da Coreia, as mais disputadas.

Boa leitura!~~

Capítulo 9 - Devolva-me minha inocência


Fanfic / Fanfiction Enigmático - Devolva-me minha inocência

   

 

Manhã seguinte.

Acordo. Hoje é sexta, primeiro dia de dezembro. Já pegarei minhas férias da faculdade, voltarei apenas dia 5 de janeiro.

 

Ao despertar, ainda vejo Somi em meus braços. Dormindo pesado. Suspiro, alcanço meu celular, logo vendo as horas. 9:11. Não estou com sono, mas não sei se devo acorda-la, já que passou mal na noite passada. Então, cautelosamente me levanto e vou ao banho; Ao sair, ela ainda dorme tranquilamente. Decido então fazer o café da manhã. Na verdade, compra-lo.

 

 

Saio com meu carro, e vou até alguma cafeteria-padaria. Lá, compro algumas coisas já prontas para comer. Já que eu não sei cozinhar nada, e o apartamento não está completo; Volto direto para casa.

 

Ao entrar, ainda ouço o silêncio. Sinalizando que ela ainda dorme. Ok, já passou das 9:30, ela não pode dormir tanto assim.

—Somi... Somi! — a chamo, enquanto acaricio seus cabelos. — Já são quase 10 da manhã, acorde.

   

         Ela apenas resmunga, virando do outro lado.

—Somi, vá ao banho. — insisto.

—Eu estou com sono. — ela diz sonolenta, então boceja.

—Sim, eu sei. Vou marcar uma consulta pra você, entendida? E você vai nem que eu te leve arrastada.

—Não. — teima.

—Sim.

—Não.

—Já disse pra ir ao banho. — me sento na cama, enquanto ela está de costas pra mim. — Eu comprei nosso café da manhã.

—Não estou com fome.

 

Seu estômago ronca.

—Acho que está sim. — digo. — Não seja teimosa, eu terei que te dar banho e comida na boca?

—Sim. — diz e ri baixo.

Sorrio, vou ao seu lado. Tiro o edredom que cobre seu corpo, a pego em meus braços.

—Eu vou te colocar na banheira e ligar o chuveiro. — brinco cheirando seu pescoço, seu corpo arrepia.

—Me coloca no chão, eu paro. — ela pede.

 

Faço isso. Ela caminha, ainda sonolenta, até o banheiro; Vou até a cozinha, me sento e começo a servir o café da manhã; Em alguns minutos ela vem até a mesa, senta. Não conversamos.

—Você vai à faculdade hoje? — então se pronuncia.

—Vou. É o último dia do ano. — digo. — E você, não saía de casa. Essa rua é movimentada demais.

—Eu sei. — ela diz.

 

Silêncio outra vez.

—O que o deixaria bravo comigo? — pergunta.

 

Encaro-a, sem entender.

—Como assim? Por que está perguntando isso? O que fez? — questiono.

—Responde minha pergunta.

 

Penso.

—Eu não sei. Nunca parei pra pensar nisso. Agora me responda. — digo.

—Nada. Eu não fiz nada. — diz, leva o cappuccino até a boca. — Não sozinha. — depois de dar um gole.

 

Isso me deixa ainda mais confuso. E nervoso.

—Pode ser mais específica? — peço.

—Não. — responde seca. — Não tenho mais nada pra falar. — continua se alimentando.

—Mm. — digo, me levanto da mesa. — Sabe, eu só vou a faculdade daqui 2h00, então, não acha melhor darmos uma passada no hospital agora?

 —Sem marcar consulta com antecedência? — ela pergunta.

—Sim. Sem marcar. —digo.

—Eu não sei se é uma boa ideia... — ela diz. — Pode ser, ah, depois da sua faculdade? Então você tenta agendar algum horário pra hoje.

—Mm... — penso — Pode ser. Eu volto ás 16h30. — informo. — Nesse caso, vou a Toyota agora então. Resolver alguns assuntos do trabalho.

—Ok. — ela diz. — Bom trabalho.

—Obrigado. — agradeço.

 

 

 

 

Desço pelo elevador. Ao chegar no estacionamento, entro no meu carro. Procuro na internet o número do hospital particular que minha família frequenta, H+ Yangji Hospital. Meus pais são amigos do chefe-diretor e diretor do hospital, Kim Cheol-su e Kim Jang-il, e é um ótimo hospital, o melhor de Seul. Espero que Haena e Jinyeong continuem pagando nossa parte.

 

Ligo ao número e marco uma consulta a Somi, dando os sintomas e marcando um check-up médico. O único horário disponível para ainda hoje, é ás 18:15, assim que sair da universidade.

 

 

 

Indo em seguida para a empresa que meus pais trabalham, para resolver alguns assuntos pendentes. Descubro então que serei meio que secretário do meu pai. Ótimo. De qualquer forma, a Toyota é uma ótima empresa e eu terei um salário alto; Depois, vou até a faculdade. Como hoje é último dia, entramos mais tarde na faculdade, e por isso saio agora beirando as 10h da manhã; As horas passam se arrastando, tão lentamente e entediante. Pessoas com sorrisos falsos para mim, fingindo estar realmente felizes em um lugar que te obrigam a ser alguém útil para a sociedade.

   

Saio ás 18h; Aviso a Somi sobre a consulta. Ela insiste em deixar pra lá, e que ‘’não é nada’’, mas também sou insistente. Então praticamente a obrigo a me esperar na frente do prédio.

            

 

 

Ao chegar, vejo sua cara de tédio. Ela entra no carro, completamente estressada, o que é fofo e cômico.

—Quanta raiva em um coraçãozinho tão doce e puro. — brinco, já dirigindo direção ao hospital.

—Sabe que eu odeio médicos. — ela resmunga.

                E como.

                Ela nunca gostou de ir ao hospital, nem que fosse para visitar alguém. Precisa ser alguém muito importante para levar Somi ao hospital. Eu nunca entendi direito o porque, por mais que ela tentasse me explicar.

—É desgastante. Se eu estou doente, ficarei ainda mais. — ela continua resmungando brava.

—Por que todo esse drama?

—Hospitais são tristes, Jimin-oppa. — diz me encarando. — E aterrorizantes.

—Uma pena que pense isso, Somi. Você seria uma médica incrível.

                Ela bufa.

—Afinal, já decidiu sua faculdade? — pergunto.

—Eu não sei... Talvez, veterinária?

—Quando saem os resultados do CSAT? — pergunto.

—Na próxima terça. — ela diz.

—Acha que foi bem?

—Sim, eu estudei bastante. — ela diz. — Espero muito que consiga alguma SKY. Quero a Yonsei. Todos comentam dela.

—Sim. — digo — É boa, mas um saco.

                Alguns minutos e chegamos ao hospital, no sul de Seul, distrito gwanak-gu.

 

               

 

Acompanho-a na consulta. E depois a deixo sós com o médico, um senhor de 50 anos chamado Park Gyuil. Espero sentado em um banquinho no corredor. Após aproximadamente 15 minutos, vejo-a saindo da sala de consulta, acompanhada do médico.

—Park Gyuil-ssi! — chamo o doutor.

—Nos acompanhe até a outra sala. — ele diz ainda andando.

                Sigo os dois até a outra sala, alguns metros distantes.  Ao entrar, ele sugere que Somi se sente para começar alguns procedimentos. O primeiro é coleta de sangue.

—Tem ideia do que seja, nim? — pergunto.

—Várias. — ele diz ainda coletando — Mas acredito que um exame de sangue esclareça tudo.

—OK.

 

Ele acaba a coleta, então saí da sala. E permaneço, puxando qualquer assunto para que o tento passe mais rápido.

 

 

 

 

 

 

1H depois.

Agora, voltando para a casa. O médico disse que não é nada grave, mas que devemos voltar ao hospital assim que acharmos necessário. Antes, ele conversou com Somi a sós, deixando-me confuso.

 

 

 

Ao chegar em meu apartamento, já são 19h30.

Digo a Somi para ir ao banho, enquanto tento cozinhar algo prático e rápido. Ao ficar pronto, quase meia-hora depois,  vou até meu quarto. Surpresa, mais uma vez, ela está dormindo. Agora, de bruços. Suspiro. Sento ao seu lado.

—Dormindo de novo? — pergunto acariciando suas costas.

Ela suspira.

—Está acordada? — pergunto, ela recua, talvez afirmando. — Já tomou banho?

—Já... — responde em tom abafado.

—Ok, eu vou ir. — digo, me levanto. — Não quer ir comigo? — sorrio folgado.

Ela não responde.

—Ok. — digo simples, caminhando ao banheiro.

Assim que abro a porta da suíte, vejo uma caixinha dentro da pia. Pego a caixa, e algo caí. ''O que é isso?'' penso, curioso. Então rapidamente pego, surpreso. Logo entendo do que se trata, e minhas mãos tremem nervosas. ''I I positive''. Ainda com o teste de gravidez em mãos, vou furioso até Somi.

—PARK SOMI! — grito nervoso — O QUE É ISSO?!

—Isso o quê? — pergunta ainda deitada.

—ESSE TESTE DE GRAVIDEZ POSITIVO! — digo.

Ela se vira assustada. Começa a chorar.

—Ji-Jimin... e-eu... — tenta se explicar.

—VOCÊ NÃO ESTAVA SE CUIDANDO?! — grito — O QUE VAMOS FAZER AGORA?! OU MELHOR, O QUE VOCÊ VAI FAZER?!

—Jimin, eu... — mais lágrimas.

Jogo forte o teste no chão, quebrando-o.

—E AINDA ESCONDENDO DE MIM! ENTÃO É POR ISSO QUE VEM PASSANDO TANTO MAL? — pergunto — POR CAUSA DESSA COISA DENTRO DE VOCÊ?!

—Jimin, cala a boca! — ela grita mesmo que chorando — Não diga como se eu fizesse sozinha! A mamãe percebeu que os remédios dela estavam sumindo, então eu deixei de tomar por um tempo, e...

—POR QUE NÃO PEDIU QUE EU COMPRASSE?! — sugiro. — AGORA TODO MEU PLANO DE UMA VIDA A DOIS, VAI POR ÁGUA A BAIXO. POR SUA CULPA!

—Por que você está agindo assim?! — ela se levanta. — MAS QUE PORRA, JIMIN! — choro — EU NÃO SOU A ÚNICA CULPADA, EU NÃO PLANEJEI ISSO! AGORA PARE DE REJEITAR NOSSO FILHO!

—Filho?! — rio irônico — Isso não é nada ainda.

—É NOSSO FILHO! — ela grita. — Por que está agindo assim? Você nunca me tratou assim antes! — mais choro. — Está me tratando como eu fizesse algo ruim pra você, quando a única coisa que estou fazendo é te dar um filho, te dar a chance de amar mais alguém além de mim.

Silêncio. Caminho ao guarda-roupa. Pego uma mala vazia, começo a colocar minhas roupas dentro.

—Realmente, nunca fiz isso antes e nunca pensei que te traria assim algum dia. Mas foi automático. — finalizando a mala.— Eu não sei pra onde vou, mas eu preciso de uns dias para pensar.

—Então vai me abandonar? — pergunta entre mais lágrimas.

—Não. — respondo — Mas preciso pensar. Eu nunca te abandonaria. — a encaro.

—Está sim me abandonando, no momento que mais preciso de você. Que mais precisamos de você!  — ela diz. — Jimin, você é pai desse bebê, entende? Por que é tão ruim pra você?

Aproximo-me dela, limpo suas lágrimas. Selo nossos lábios, encaro seus olhos molhados.

—Eu preciso de um tempo. — digo. — Mas eu já disse que vou voltar, então, vai ser bem melhor.

Ela respira fundo, olha para o chão, e depois para mim.

—Promete?

—Sim.

Nos encaramos, e então caminho até a porta.

—Jimin, por favor, fica... — ela pede, começando a chorar mais uma vez.

—Eu não posso. — digo atravessando a porta.

Ela corre até mim e abraça meu corpo.

—Por favor. — pede mais uma vez.

Suspiro. Sentindo infinitos sentimentos dentro de mim, também pedindo para que eu fique. Enquanto minha consciência diz ''vá''.

—Não vou demorar. — digo. — São só alguns dias.

—E quem vai cuidar de mim? — ela pergunta, ainda abraçando minhas costas.

—Sabe se cuidar sozinha. Faça isso por mim. — digo, faço uma pausa — E pelo bebê... — por fim digo, suspiro.

Ela me solta, me viro pra ela. Passo a mão por seus cabelos, sorrio sem mostrar os dentes.

—Tudo bem? — pergunto.

—Sim... — desiste de teimar.

Respiro fundo. Deixo o apartamento.

 

 

 

 

 

                Vou até o hotel da última vez que brigamos, quando fraturei as pernas de Jinwon. Pago somente uma diária, não faço ideia de quanto tempo ficarei fora de casa. Mas sei que preciso pensar e colocar todas as ideias em dia; Eu não entendo porque tive aquele ataque de fúria, eu nunca — nunca — tratei Somi daquela maneira, então é assustador até para mim; Ter filhos nunca esteve nos meus planos, mas também nunca perguntei sobre isso com ela, e de qualquer forma, ela não planejou isso. Provavelmente agora iria tentar entrar na universidade, mas agora tem uma vida criando dentro de si. Qual o meu problema? Deve estar sendo tão aterrorizante para ela quanto para mim. E em vez de apoio e consolo, eu dei gritos.

Boa, Park Jimin. Você é um gênio.

Peço serviço de quarto, e eles me servem o jantar. Depois de comer, vou ao banho. Um longo banho quente; Escovo meus dentes e finalmente me deito.

    Em meio meus pensamentos, acabo por adormecer rapidamente.

''

—Eu estou feliz! Eu sempre gostei de crianças! — ouço sua voz.

Olhando para o chão, vejo o piso preto e seu sapa-tênis branco.

—Eu também estou feliz, meu amor. — digo sorrindo, seguro suas mãos. Sentindo suas leves, delicadas e frias mãos.

—Realmente? — pergunta insegura.

—Sim.

Ela me abraça. Fecho meus olhos, sentindo conforto com o contato.

—Agora seremos uma família! — ela diz ainda me apertando.

—Sim. — concordo ainda sorrindo.

Afastamo-nos. Minha visão agora pode ver o rosto dela, na verdade, apenas um borrão cobrindo o rosto, mas posso ver seus cabelos pretos e lisos, que batem no ombro. Acaricio-os.

—Eu espero que seja tão bonito quanto você. — digo com carinho.

Ela ri baixo.

—Eu o amarei como for, mas seria uma honra se tiver seu eye smile. — ela sussurra no meu ouvido.''

 

 

 

Depois disso, apenas escuridão.


Notas Finais


Agora vocês pensam 'nossa, mas como assim, bebê? já?' Mas acreditem, esse bebê também é muito importante pra história; E não, o Jimin não é bipolar, só parece; Vocês vão entender tudo no final. *Ela deixou na pia propositalmente

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Thx, continuem acompanhando! ^-^
Fighting!~~


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