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História Enlace (Larry Stylinson - ABO) - XXIX. Certeza, realidade e amor


Escrita por: podolska e Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Não me matem, por favor! Eu sei que demorei horrores, mas eu fiquei muito enrolada aqui em casa com a reforma, além de estar com uma preguiça fora do normal e de ter atualizado as outras fics primeiro rsrs' Mas juro que vou tentar manter as atualizações semanais ou no máximo quinzenais, principalmente porque estou encaminhando a fic para o fim.
Boa leitura!

Capítulo 30 - XXIX. Certeza, realidade e amor


Fanfic / Fanfiction Enlace (Larry Stylinson - ABO) - XXIX. Certeza, realidade e amor

O apartamento estava totalmente bagunçado, mesmo que a intenção fosse exatamente a oposta. Meus irmãos mais novos corriam pelos cômodos vazios, enquanto minha mãe gritava para pararem ao mesmo tempo em que, junto de Lottie e Fizzy, colocava os utensílios novos na cozinha.

Basicamente, cada parte de nossa família assumiu as despesas de um cômodo. Minha mãe comprou a parte da cozinha, meu pai a sala, Anne nosso quarto e Desmond o quarto do bebê, além do próprio apartamento. O peso em sua consciência parecia ser gigantesco.

Eu havia ajudado a carregar dezenas de caixas e estava estressado por toda essa movimentação, os gritos de meus irmãos pequenos e as risadas e discórdias dos adultos estavam me irritando em um nível que eu queria sair correndo e deixar tudo para trás. 

Parecia que cada pessoa naquele lugar queria dar um palpite e arrumar tudo de seu próprio jeito, fazendo eu ser totalmente excluído e Harry olhar de um para o outro com um sorriso tímido, querendo agradar a todos.  

Era para ser o nosso momento, a nossa própria maneira de colocar tudo em ordem, nossa casa. Mas havia se tornado um evento em família e eu nem podia questionar ou reclamar, porque não havia sido eu que tinha comprado todas as coisas. 

Não era como se eu fosse um ingrato de merda, eu só não suportava toda essa falação sobre como nós deveríamos organizar tudo. E mais do que isso, não suportava a ideia de que eu precisava tanto da ajuda das outras pessoas para dar a Harry o que ele merecia. 

Eu lutei muito por ele e por nosso bebê. Eu sempre gostei de Harry, sempre sonhei com o momento em que estaríamos juntos, casados, atados, tendo nossa própria casa. Quando Harry queria desistir de tudo, inclusive de nosso filho, eu teimei o tempo todo. Eu os queria. Queria os dois para mim. 

E agora parece que eu era apenas um alfa iludido que acreditava que podia dar conta de algo que não podia. Eu briguei em vão, porque no fim, minhas promessas pareciam vazias.

Eu não conseguiria manter nosso filho sozinho, não saberia o que fazer. Não conseguiria dar a Harry um casamento decente e um lar do jeito que ele merecia. E agora eu sentia que não podia fazer nenhum dos dois. 

– O que acha? – Desmond perguntou a mim depois dele e Dan terminaram de instalar todos os eletrônicos da sala. 

– Ficou ótimo. – Forcei um sorriso. Dan pareceu perceber, porque abriu um sorriso de lado, passou por mim e deixou dois tapinhas em minhas costas antes de sai da sala em direção à cozinha.

– Por que não senta aqui comigo por um tempo, Louis? – O pai de Harry insistiu e eu o fiz. No lugar onde o sofá havia ficado, era possível ver a cozinha e parte do corredor, que estava abarrotado de gente, já que estavam terminando de montar o berço e todos estavam eufóricos. – É uma boa visão, não é? Eu não imaginava que fosse gostar tanto de ver todo mundo trabalhando em algo assim. 

– Assim como? No lar onde seu filho adolescente vai viver com um alfa que você não aprova porque está grávido? – Não tinha a intenção de soar rude, mas não consegui me controlar. 

– Exatamente. – Riu. – Não vou ser hipócrita, é claro que quando sonhava com o futuro de Harry, eu não o imaginava grávido sem nem ao menos terminar o ensino médio, você vai ser pai, Louis, vai saber como é. 

– Acho que se um dia meu filho ficar grávido, não vou incentivá-lo a fazer um aborto, que, embora seja uma grande conquista para os ômegas, traz consequências físicas e psíquicas para eles, e não vou fazer de tudo para tirá-lo de perto de um alfa que ele gosta. 

– Eu não estou dizendo que sou um exemplo de pai, muito pelo contrário, eu tenho muito a aprender ainda e não importa quantos anos eu tenha ou meus filhos tenham, eu ainda não vou ter todas as respostas do mundo e ainda vou errar. E eu sei que errei muito com você. 

– Talvez não tanto. – Resmunguei. 

– Não me diga que está arrependido depois de se atar? – Me olhou estranho, acho que estava pronto para me matar se a resposta fosse sim. 

– Claro que não, eu não me arrependo de Harry. Jamais vou me arrepender. 

Ele pareceu satisfeito com a resposta e ficamos em silêncio por um tempo, olhando os outros carregarem caixas, partes de móveis e roupas.

– Louis. – Harry me chamou animado. – Olha que lindo o berço que Robin terminou de montar. Vem ver! 

– Eu já vou, amor. – Suspirei e estava pronto para me levantar, mas Des me chamou novamente.

– Não deixe que seu alfa o controle. Isso é uma burrice. – Quebrou um silêncio depois de um tempo e eu o olhei confuso. – Eu estava pensando no que é que pode ter te deixado tão incomodado, então vendo você olhar com um olhar de desgosto para o berço, eu descobri. Seu alfa está lutando dentro de si para que você pegue o controle da situação. Não há mal algum em ter um pouco de ajuda, Louis.

– Deve estar sendo ótimo para você dizer isso, era você que dizia o tempo todo que eu não era capaz de cuidar do seu filho direito. Olhe em volta, você tinha razão. 

Me levantei e entrei no quarto do bebê. Eu ainda estava cheio de ressentimentos e frustrações quando entrei no quarto, mas ver o rosto amável e acompanhado de um sorriso lindo de covinhas de Harry fez com que eu me sentisse mais calmo e relaxado. Harry merecia aquele momento e estava alheio a qualquer piração que minha mente estava planejando. Sorri para ele.

– É lindo, Hazz. – O berço era de fato muito bonito e delicado, em estilo retrô, redondo e com um belo acabamento. Eu me aproximei dele. 

– Eu já posso ver o nosso pequeno ali. – Disse sonhador, olhando para o espaço vazio no berço e agarrando minha cintura para me manter perto. Des apareceu na porta a tempo de ver a cena e eu desejei poder ler seus pensamentos, mas ele estava com uma expressão ilegível.

Como sempre, meu pai foi o primeiro a ir embora e eu até fiquei admirado que ele tenha vindo ajudar, mas Harry lhe agradeceu imensamente de qualquer forma. Ele só tomou um pouco mais de tempo ao despedir-se de mim, no corredor, já que parecia prestes a ter uma conversa importante entre pai e filho, que eu duvidava muito que fosse me acrescentar algo. 

– Harry é um bom ômega, você fez uma boa escolha. – Murmurei um "eu sei", mas ele continuou. – Só não deixe ele decidir tudo. – Revirei os olhos. – E não deixe o pai dele mandar nas suas vidas, trabalhe firme e junte todo o dinheiro para devolver a ele cada centavo. – Ótimo meu pai tinha o dom de deixar tudo pior. – Não deva favores para as pessoas, Louis, muito menos a outros alfas. 

– E quando você vai querer o que é seu de volta? – O encarei sério. 

– Você é meu filho, não tem que me devolver nada. – Disse como se fosse óbvio.  

– Você vai me jogar na cara que me ajudou na primeira oportunidade, não é? 

– É isso que os pais fazem, você vai aprender em breve. – Riu e piscou para mim, acabei rindo e recebendo um dos raríssimos abraços que Mark Tomlinson distribuía aos outros alfas. – Você é um bom alfa, Louis e, principalmente, é um bom homem. Eu me orgulho de você. Me ligue se precisar socar a cara de alguém de novo. 

– Pode deixar, vou te ligar para me tirar da cadeia mais centenas de outras vezes. – Ele riu e finalmente se foi. 

O resto da família decidiu pedir pizzas e jantarem todos ali antes de ir embora, mas Desmond recusou, despedindo-se de todos e de Harry com um abraço muito apertado e um beijo na testa. Eu o levei até a porta.

– Sabe, Louis, eu descobri da pior forma que dinheiro está longe de ser o melhor conforto que você pode dar a alguém, não funcionou com Anne e com Harry... – Fez uma pausa, não querendo mencionar o episódio que aconteceu com seu filho bem debaixo de seu nariz. – Não deixe que as bobagens que eu disse no passado te afetem, principalmente agora. Harry vai precisar muito de você e você já provou para mim que pode fazer tudo por ele, até as últimas consequências. Acredite em mim, eu estou feliz por Harry ter você. – Ergui meu olhar para ele surpreso. Eu realmente não imaginava que um dia ele fosse dizer essas palavras. – Não deixe que seu alfa interior te faça ser um idiota, eu ajudei porque acredito que você é o melhor para meu filho e tenho certeza que todos fizeram o mesmo. Nós ajudamos a família, Louis. – Assentiu para mim e foi embora.

Será que Desmond se sentia assim tão culpado assim? Caramba, ele acabou de aceitar o relacionamento e dizer que estava feliz!

Quando entrei, ainda um pouco perturbado pelas últimas palavras do alfa, todos estavam distraídos conversando sobre o bebê e comendo, mas Harry dividia sua atenção entre a conversa dos outros e eu. Abriu um sorriso de covinhas e eu me sentei ao seu lado.

– Tudo bem? – Murmurou para mim.

– Sim. – Deixei um beijinho rápido em seus lábios e logo depois roubei seu pedaço de pizza, dando uma mordida grande, recebendo protestos de sua parte.

Quando todos foram embora, Harry disse que iria arrumar nossa cama e eu procurei em uma das gavetas uma carteira antiga de cigarros. Eu sempre evitei fumar perto de Harry por causa de sua asma, então depois que começamos a namorar e conviver, eu praticamente os abandonei, mas não vi problema em acender um cigarro hoje.

Estava na sacada, vendo a movimentação calma da cidade e tragando o cigarro lentamente, aproveitando cada segundo. Mas pouco tempo depois eu senti o cheiro de Harry e ele abraçou meu corpo, me fazendo sorrir involuntariamente.

– Achei que tinha parado de fumar. – Comentou.

– Eu também. – Apaguei o cigarro e soltei a fumaça.

– O que aconteceu hoje? Eu fiquei o dia todo sentindo que você estava a beira de um ataque. Está arrependido? – Ele deu uma cutucada na lateral de minha barriga e eu ri.

Me virei para poder ficar de frente para ele e segurei seu rosto em minhas mãos, ele agarrou minha cintura.

– Eu jamais me arrependeria da melhor coisa que aconteceu em minha vida. – Ele abriu um de seus lindos e calmantes sorrisos.

– Então o que houve?

– Não sei, eu só odeio quando tem tanta gente dando palpites em nossa vida. Não me leve a mal, eu os amo e acho incrível que eles estejam nos apoiando, mas eles estavam falando tanto que parecia que nós dois éramos idiotas que não saberiam como cuidar de uma casa.

– Quando nós amamos as pessoas, nós queremos protegê-las, eles só querem ajudar e proteger.

– Eu sei disso, mas... – Suspirei. – Eu não sei, é difícil ver todo mundo fazendo coisas por nós dois e eu fico pensando que eu tinha te prometido que faria tudo dar certo, mas são as outras pessoas que estão fazendo isso.

– Lou, nós somos jovens, é claro que eles ficam preocupados e querem ajudar e, se quer saber, eu não me importo, porque tem vezes que eu fico desesperado por saber que vou ter um bebê e que eu posso não saber o que fazer com ele, mas eu sei que terei a minha mãe, a sua e você, e vai ficar tudo bem. – Acariciou meu rosto. – Eu também estou com medo, Lou, mas nós vamos nos sair bem.

– E se eu não conseguir? E se eu não souber o que fazer? E se eu não puder dar o melhor para você e para ele? Quando eu descobri sobre a gravidez, eu queria isso, eu queria a vida que estamos começando, mas agora eu estou desesperado. E se você tivesse razão? E se seu pai tivesse razão?

– Nós nunca vamos saber, porque tudo isso ficou no passado, nós estamos aqui na nossa primeira noite na nossa casa, prestes a ter um bebezinho para cuidar e é com isso que vamos trabalhar, não com as possibilidades do passado. Pode ser que em um universo paralelo as coisas sejam diferentes, mas deixe isso para eles, porque pode ser que se tivéssemos escolhido diferente, hoje não estaríamos juntos.

– Eu só quero muito que você seja feliz e que eu seja a pessoa a te fazer feliz.

– E você é, Lou. Você é o amor de minha vida, o pai do meu filho e quem eu escolhi para passar o resto da vida ao meu lado. – Acariciou os cabelos de minha nuca e uniu nossas testas. – Vai dar tudo certo. – Murmurou com os lábios próximos aos meus e eu aproveitei para puxá-lo para um beijo mais intenso.

Eu era louco por Harry. Completa e absolutamente. E ele tinha o dom de me acalmar e me fazer sentir esperançoso. E se Harry se sentia feliz e realizado por suas escolhas, eu também deveria me sentir e fazer o máximo para que isso se mantivesse. Harry sempre mereceria o melhor e eu daria isso a ele.

– Nós podíamos tomar um banho juntos, o que acha? – Disse malicioso, mordendo meu lábio inferior. – Estrear a cama nova.

– Parece uma ideia excelente.

Ele me puxou até o chuveiro, tirando a roupa pelo caminho e eu juro que ainda tentava descobrir como poderia sentir tanto tesão por alguém. Harry era lindo, principalmente quando tirava a roupa para mim.

Subi meu olhar por todo o seu corpo, desde suas pernas nuas e bem desenhadas, pela protuberância de sua bunda até seus cachos, agora molhados pela água morna do chuveiro. Era uma visão linda.

Abracei seu corpo e aproveitei o momento para banhar e adorar seu corpo. Harry pareceu extasiado com a forma delicada que o toquei e suspirava e gemia conforme eu movia minhas mãos.

Terminamos o banho os dois excitados, o que fez com que ele me puxasse para a cama assim que estávamos secos o suficiente. Deitou-se de lado e de frente para mim e colocou sua perna em minha cintura, aproveitando o contato para roçar nossos membros, rebolando lentamente.

– Eu te amo. – Murmurei olhando seus olhos.

– Eu te amo, Lou. – Retribuiu e me beijou.

Levei minha glande até sua entrada e o penetrei lentamente, ele cortou o beijo jogando a cabeça para trás e gemendo. Agarrei sua coxa e mantive os movimentos lentos e profundos, tomando cuidado com cada toque, querendo que ele se sentisse protegido e especial.

Ele passou um dos braços pelo meu pescoço e agarrou os cabelos de minha nuca, mantendo seu rosto muito perto, testas unidas, respirações ofegantes se confundindo e olhos azuis hipnotizados pelos verdes.

Não era sexo só pelo tesão de ter o corpo um do outro, era pela adoração de estarmos juntos, pelo amor intenso e avassalador que descobrimos ter um pelo outro. Era Harry e Louis e seria assim para sempre.

Ele agarrou meus cabelos com mais força e eu fiz o mesmo em sua coxa, trazendo-o mais para mim enquanto estocava um pouco mais rápido e firme. O ômega gozou deliciosamente entre nossos corpos gemendo uma mistura de “Louis” e “amor”, que só me fez chegar a meu próprio limite mais rápido, tomando o cuidado de não atá-lo.

Não nos preocupamos em mudar de posição depois disso. Continuamos deitados um de frente ao outro, ele com a perna em minha cintura e fazendo um cafuné gostoso em meus cabelos, e eu acariciando sua barriga, perdido em seus lindos olhos.

E se Harry estava comigo, realmente não havia o que temer. Harry era toda a minha certeza, toda a minha realidade e todo o meu amor.

 


Notas Finais


Perceberam que o Louis deu uma surtada, né? Ele ficou com bastante medo e inseguro, principalmente por ver que precisa de muita ajuda para terem tudo o que precisam. Eu só queria mostrar que, apesar dele ter sido tão forte e decidido durante toda a fic, ele também tem momentos de fraqueza, principalmente por ter instintos de alfa e toda essa coisa de provedor (bem babaca, por sinal).
Então, não achem que ele é mal agradecido, só quis mostrar que ele também sofre às vezes e que, nesses momentos, o Harry estará lá para ele, como ele sempre esteve para o Harry.
No mais, espero que tenham gostado e me desculpem pela demora rsrsrs'
XO


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