Os três desceram para a sala e encontraram Draco e Hermione sentados no sofá. Enrico sentou no outro sofá e cruzou os braços. Tinha um sorriso debochado no rosto. Sabia que o Draco ia pirar com a novidade.
— Temos uma notícia — disse Clara.
— Espero que seja boa — Draco resmungou.
— É ótima! — Emma falou sorrindo.
— Vocês vão deixar ela namorar aquele moleque? — falou alto.
— Pai a Emma já é grandinha e eu realmente...
— Grandinha? Ela só tem quatorze anos! Não sabe decidir nada!
— Ei! Eu sei sim!
— Fica quieta, Emma! Estou falando com sua mãe!
— Mas está falando de mim!
Draco fechou os olhos e respirou fundo para controlar a raiva.
— Draco pelo o amor de Deus! — reclamou Hermione. — O que acabamos de falar?
— Mas...
Hermione ergueu as sobrancelhas.
— Você não deve ter esquecido a sensação de estar apaixonado pela primeira vez, então não tente impedir nada com a Emma.
— Mas eu não tinha quatorze anos!
— É, demorou demais para isso! — resmungou e ele sorriu.
— Eu não tinha conhecido você. Não profundamente... — Puxou ela para mais perto e beijou sua bochecha.
Hermione o olhou de rabo de olho. Os outros três riram deles.
— Está bem. Mas eu quero conversar com ele.
— Não! — disse Emma.
— Só uma conversa...
Enrico riu ao lembrar a conversa que teve com o Draco quando começou a namorar a Clara.
— Tudo bem. Chame ele aqui amanhã, Emma.
— Mãe!
— É só uma conversa, filha.
— Uma conversa que pode acabar em funeral — resmungou e todos riram.
***
Sem muita opção, Emma chamou o Bryan para ir à casa de seu avô no dia seguinte. O menino estava morrendo de medo, mas não tinha como negar.
Assim que a campainha tocou, Enrico e Draco ficaram em frente a escada de braços cruzados um ao lado do outro. Hermione revirou os olhos com isso e abriu a porta.
— Entre.
Bryan sorriu. Assim que entrou, o sorriso sumiu ao ver os dois o encarando. Ele engoliu em seco.
— Não se preocupe, eles não vão fazer nada com você.
— Tá... — falou sem colocar muita fé nisso.
— Vamos subir.
— Não — disse Clara.
— Por que não?
— Você não vai falar com ele sozinho, pai.
— Mas...
— Ele é um assunto meu e do Enrico, pai. Nós vamos ficar juntos.
Draco resmungou algo inaudível. Eles seguiram para a sala e Clara pediu para o menino sentar no sofá.
— Bem Bryan, chamamos você aqui por causa do que aconteceu ontem. Não precisa ficar preocupado, ninguém aqui vai brigar com você.
— Diga isso de você — resmungou Draco.
— Você quer ir pro seu quarto, pai? — perguntou cruzando os braços.
— Isso é jeito de falar com seu pai?
— Draco cala a boca! — disse Hermione.
O loiro bufou estressado.
— O que você quer com minha filha? — Enrico perguntou a Bryan.
— Bem, eu gosto da Emma.
— E?
— Queria namorar ela, mas só se vocês permitirem.
Emma revirou os olhos.
— Mas não pensou nisso na hora de beijar minha filha!
— Enrico! — Clara brigou. — Se ele beijou é porque quer alguma coisa, não é mesmo?
— Sim.
— Nem vou mencionar o que quis ao fazer isso!
Clara deu um tapa forte na cabeça de Enrico.
— Ai!
— Se continuar assim vou pedir para você se retirar igual meu pai.
— Eu ainda estou aqui. — Se pronunciou.
— Por enquanto — disse irritada.
— Vamos nos acalmar, por favor. Não tem nada demais acontecendo. Todos aqui sabiam que um dia isso ia acontecer e o dia chegou. Então vocês dois. — Apontou para Enrico e Draco —, tratem de crescer e aceitar a vida como ela é.
Todos ficaram em silêncio quando Hermione falou isso.
Depois do discurso dela, a conversa fluiu naturalmente. Emma e Bryan podiam namorar, mas não podiam abusar, pois eram muito novos. Eles concordaram com o que falavam, pois se estão conseguindo pelo menos aceitar já é um avanço enorme!
O menino foi embora horas depois. Emma estava radiante. Ainda mais que o Draco estava com um péssimo humor depois da decisão.
O que aconteceu depois disso, foi que o Draco ficava espionando os dois sempre que podia. Qualquer movimento a mais que o garoto desse, ia entrar no meio e fazer um escândalo! Se possível brigar até que acabassem com essa palhaçada de namoro!
Ainda mais um namoro com o filhote de 3ª geração de Weasley! Ele tinha que achar um erro naquele garoto para poder mandá-lo sumir!
Mas o tempo foi passando e o Bryan se mostrava um garoto respeitador e bondoso. O que deixou Draco furioso. Se ao menos ele fosse um moleque! Por que tinha que ser bonzinho?
Era mais perigoso da parte de Emma do que o contrário...
— Já chega, não acha?
Draco resmungou algo inteligível.
— Pai não a nada que você possa fazer para separar os dois. Eu vi o futuro há muito tempo.
— E o que viu? — perguntou carrancudo.
— Emma vai dar um pouco de trabalho ao Bryan, mas eles vão ser muito felizes e ele é um ótimo garoto.
— Vai dar trabalho? — perguntou satisfeito.
— E muito... — disse pensativa.
— Nesse caso, penso que não é má ideia mesmo.
Clara revirou os olhos.
— E você não vai ser bisavô tão cedo.
— Ainda bem!
— Não precisa ficar espiando agora que sabe disso...
— Eu não espiei ninguém... — Desviou o olhar.
— Está certo. Observou — disse sarcástica.
Draco a olhou de rabo de olho.
— Sabe que me preocupo com ela — resmungou.
— Sei disso, mas ela sabe se defender muito bem.
— É. Acho que tem razão. E pelo fato de saber que ele vai sofrer, me deixa feliz.
— Só você mesmo — disse rindo.
Draco sorriu.
A vida é mesmo imprevisível. Antes não imaginava ter um relacionamento com Hermione e muito menos família com ela e tudo isso aconteceu. Agora sua neta estava namorando o neto do cara que mais o tirava do sério.
Como a vida prega peças na gente...
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Oi pessoal! Espero que tenham gostado e matado a saudade ^.^ Como disse antes, não era uma fic grande. Só um "tira gosto". Enfim, até a próxima e espero que aproveitem!
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