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História Enquanto ela estiver comigo - Acertando os ponteiros gradativamente


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 39 - Acertando os ponteiros gradativamente


Fanfic / Fanfiction Enquanto ela estiver comigo - Acertando os ponteiros gradativamente

No capítulo anterior:

― A-Acho que por hoje já tá bom... ― Rukia teve de usar todo seu autocontrole para dizer aquelas palavras. Apesar de sua razão implorar para ela sair dali o mais rápido possível, seu corpo não queria lhe obedecer.

― Não tem importância... ― Voltou a segurar o rosto dela com as duas mãos. Adorava sentir a textura de sua pele, tão macia e gostosa de tocar. ― Já disse que não precisamos ter pressa.

Apesar dele estar muito excitado e querendo prosseguir, ainda havia pequenas arestas entre eles que deveriam ser fechadas e enquanto isso não acontecesse, o melhor a se fazer seria ir com calma.

Rukia se afastou do jovem e ajeitou suas roupas que estavam desarrumadas.

― Então, boa noite! ― Deu um sorriso singelo para o jovem que retribuiu.

― Boa noite!

Sim, seria uma excelente noite para o casal, que mesmo dormindo separados, estavam ligados por um sentimento tão forte e verdadeiro chamado amor.

Ela caminhou a passos lentos rumo à porta e antes de sair do quarto virou-se e o fitou. Ichigo permanecia no mesmo local a olhando com um meio sorriso no rosto. Rukia retribuiu o sorriso antes de fechar a porta à trás de sim.

Acertando os ponteiros gradativamente

 

No dia seguinte, após Ichigo chegar do trabalho...

 

― Tão cheirosa! Assim é covardia, Rukia. ― sussurrava o ruivo no ouvido da bela morena.

― Não fique falando essas coisas pervertidas, Ichigooo... ― Ela até tentou aparentar irritada, mas seus lábios murmuraram de forma bem dengosa.

― Se não posso falar então vou fazer. ― deu uma mordidinha na ponta da orelha dela e levou a mão até sua coxa a apetando.

Ichigo estava sentado na ponta da cama e Rukia em seu colo com as pernas para o lado. Quando o ruivo entrou em seu quarto, ela já espertava por ele com uma carinha bem sapeca.

― Hoje você está tão assanhadinho, o que houve? ― queixava-se dele, mas as mãos dela estavam por dentro da camisa do jovem, alisando seu abdome e subindo até o tórax.

― Se te incomoda eu posso parar. ― Fez menção de afastar as mãos das coxas dela, porém a morena foi mais rápida e não permitiu, levando novamente a mão dele para onde estava.

― Nem pensa em fazer isso! ― zangou com ele.

― Quem te entende? ― Arqueou as sobrancelhas em protesto.

― Eu deveria deixar você parar, seria o mais correto a se fazer, no entanto... ― Soltou o ar pela boca, bem frustrada. ―... Não consigo. ― Sorriu para ele. ― Então... continua.

―Você vai me deixar louco. ― Retribuiu o sorriso e voltou a beijá-la enquanto suas mãos subiam e desciam entre as coxas dela.

O casal passou a tarde entre beijos, carícias e mais beijos, entretanto, não passou disso, sempre que Ichigo avançava um pouco mais, Rukia dizia:

― Esse é o limite. ― E o jovem a obedecia pontualmente.

Até que estava sendo divertido se descobrirem como um casal novamente.

 

E no outro dia no terraço da faculdade...

O casal aproveitava ao máximo o intervalo do almoço.

― Ichigo, alguém pode nos pegar aqui. ― Rukia espalmava as mãos nos peitos do ruivo, tentando impedir que ele continuasse a beijando.

― Se aparecer alguém vamos escutar a porta batendo. ― Beijou o pescoço dela.

― Eu sei, mas... Ei, I-Ichi... gooo... ― Gemeu quando ele a virou de costas, colocou seu cabelo para o lado e passou a beijar e mordiscar sua nuca. Aquilo lhe deixou toda arrepiada. Agora suas mãos espalmavam a parede a sua frente.

― Não consigo mais ficar perto de você e não te beijar, Rukia. ― Enlaçou sua cintura, puxando o corpo dela para mais junto de si. Como era bom tê-la coladinha a ele.

Rukia virou o pescoço para fitá-lo e seus lábios se encontram em um beijo sedento de paixão, mostrando naquele ato o nível de desejo que já havia entre deles.

Quando o sinal tocou, Rukia achou graça que Ichigo teve de ficar um pouco mais no terraço para acalmar seu amiguinho.

― Essa peste me deixa assim e depois vai embora. ― resmungava muito irritado.

E nos dias seguintes como vinha sendo durante toda semana...

 

― Tem certeza que todos já foram dormir? ― Rukia estava deitada na cama de Ichigo de barriga para cima e ele ao seu lado com o cotovelo apoiado na cama e a palma da mão na cabeça.

― Sim. Quando saí do banho eles já tinha ido se deitar. ― A olhava como se fosse a coisa mais precisa de sua vida, e realmente era.

― Já tá tarde e acho que deveria ir dormir também, Ichigo.

Tentou se levantar, porém, ele não permitiu.

― Amanhã é domingo e não precisamos acordar cedo. Por que não dorme aqui comigo? ― Ele segurava uma mecha dos cabelos dela.

― Lógico que não, imagina o que sua família falaria. ― Chegou ficar com as bochechas rubras só em pensar.

― Ficarão felizes por saberem que estamos juntos.

― Ainda não estamos juntos. ― Fez um bico não muito feliz com que ele disse.

― Ok, estamos tentando ficar juntos. Melhor assim? ― Haja paciência com Rukia.

― Bem melhor. ― Voltou a ficar com seu rosto sereno.

Ichigo pegou na borda da blusa de Rukia e levantou um pouco, deixando a barriga dela exposta. Tão linda, lisinha, bem definida, tinha vontade de beijá-la.

Passou a mão, acariciando. Foi tão gostoso quando sentiu a pele da bela ficar toda arrepiada.

― Está sem sutiã? ― indagou depois de dar uma boa olhada nos seios dela.

― Ichigooo... Isso lá é pergunta que se faça? ― protestou.

― Se não responder eu vou descobrir sozinho. ― disse com um sorriso sapeca no rosto ao voltar a pegar na bainha de sua blusa.

―  Sim. Já ia dormir quando você me arrastou pro seu quarto, lembra? ― Ficou emburrada. ― Ichigo era um chantagista.

― Agora não consigo pensar em mais nada a não ser nos seus... ― Parou de falar e olhou para ela que estava muito rubra. ― Rukia, você quer mesmo me desestabilizar, né? ― Chegou sentir o coração acelerar.

― Eu? O pervertido aqui é você. ― Fez-se de cínica.

― Você é muito espertinha. ― Deu-lhe um selinho e apertou delicadamente a área onde sua mão estava. Na falta de poder tocar seus seios, a barriga estava muito bem.

Rukia aproveitou que o rosto dele estava próximo ao seu e fez um carinho. Ichigo fechou os olhos quando sentiu os toques dela em sua pele. A morena quando queria sabia ser tão carinhosa.

― Ainda usa essa correntinha? ― Ela indagou ao pegar o pingente de coelhinho nas mãos. Como Ichigo o usava por dentro da roupa Rukia não o via.

― Sim, nunca o tirei. Prometi que usaria, não foi?

― Verdade. ― Foi tão bom saber disso, a deixou feliz.

― Adoro seu cheiro. ― disse ao afundar o rosto no pescoço dela e inalar seu odor delicioso.

― Acho melhor eu ir agora. ― sussurrou quando sentiu todo seu corpo arrepia-se. Sempre que as coisas esquentavam Rukia escapava.

― Tem certeza que não quer dormir comigo? Prometo me comportar.

― Eu sei que vai, mas ainda prefiro dormir com as meninas, me sentirei melhor assim.

― Tudo bem. ― Beijou a mão dela que ainda estava em seu rosto. ― Arigatou, Rukia.

― Por que me agradece? ― Não entendeu nada.

― Por ser uma pessoa melhor que eu. ― A ex-nobre sentiu melancolia na voz dele. Ichigo ainda se punia pelo que aconteceu entre eles.

― Seu bobo, não sou melhor que você. Somos duas pessoas, que apesar de terem pensamentos parecidos, são diferentes. Erros todo mundo está sujeito, mas ter a hombridade de reconhecê-los e procurar melhorar são poucos que conseguem. Eu me orgulho muito do homem que você se tornou, Ichigo.  ― Ela disse pausadamente enquanto acariciava seu rosto. Os olhos do ruivo ficaram a todo o momento sobre os dela.

― Nem sei o que dizer. ― Ele se emocionou com as palavras da morena.

― Não é preciso, consegui ver em seus olhos exatamente o que estar sentido.

Aquela baixinha queria realmente desestabilizá-lo física e emocionalmente. Não conseguiu dizer nada a não ser sorrir para ela mostrando o quando suas palavras o comoveu e alegrou.

― Então vou indo. ― Sentou-se na cama, mas foi puxada novamente pelo jovem.

― Não antes do meu beijo de boa noite. ― Selou seus lábios aos dela lhe dando um beijo de tirar o folego.

A bela morena saiu do quarto de Ichigo sem saber dizer ao certo quem havia lhe atropelado.

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Aquela semana fora a mais incrível da vida do jovem casal. Apesar deles ainda continuarem no impasse de não estarem namorando, até porque Rukia preferia as coisas como estavam, ela ainda não se sentia completamente sanada em relação a tudo que aconteceu. Talvez o fato de ainda se sentir magoada quando pensava a respeito contribuía muito para sua insegurança.

Mas, no geral, a soma era positiva. Ichigo respeitava os limites de Rukia, na medida do possível, e eles estavam conseguindo se entenderem assim.

Ken desistiu de assediar a morena depois que Ichigo disse que nunca deixaria o caminho livre para ele. O jovem estudante percebeu que não importasse o quanto ele investisse nela, Rukia amava mesmo Ichigo.

A ex-Kuchiki não teve mais notícias de nada relacionada à Soul Society, ia semanalmente levar seus relatórios para Urahara que sempre dizia que não tinha novidades no mundo espiritual. Ela sentia falta de Byakuya e seus amigos shinigamis.

E assim a vida em Karakura seguia.

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― Rukia vai demorar? ― indagou o tenente constrangido com o silêncio que estava naquela sala. A última conversa que teve com Ichigo não foi muito agradável e agora eles agiam como dois desconhecidos. 

― Ela saiu com Yuzu, mas já deve estar chegando. ― respondeu seco.

Tinha meia hora que Ichigo estava na sala com Renji que foi visitar Rukia, mas infelizmente ela não se encontrava e por esse motivo o jovem decidiu fazê-lo companhia.

― E como estão as coisas entre vocês? ― Apesar de saber que estava invadindo a privacidade do ruivo, Renji não ligou, ele precisa ter certeza que Rukia era bem tratada.

― Eu cometi muitos erros, magoei Rukia e sei que ela não vai me perdoar de um dia para outro, mas... estou tentando, no que depender de mim ela nunca mais vai sofrer.

Mais sincero e transparente que o jovem foi era impossível, coisa essa que até surpreendeu Renji. Novamente Ichigo gritaria, brigaria, mas nunca falaria tão abertamente de sua vida pessoal.

― A última vez que nos falamos eu fui muito rude com você, Ichigo. Lamento! ― disse de cabeça baixa. Renji reconheceu que fora demasiadamente grosso com o amigo, mas, por outro lado, ele bem que mereceu por ter sido tão idiota com Rukia.

― Só estava defendendo a Rukia, no seu lugar faria o mesmo. ― Se envergonhava só de imaginar tudo que fez com sua amada.

O tenente ficou espantado, de novo o ruivo respondeu de forma ponderada, chegava a beirar uma pessoa madura em seus atos, o que não se parecia nenhum pouco com o jovem Kurosaki.

― Ichigo... ― Ele nem sabia o que dizer. Como lidar com o amigo agora? Eles sempre se resolveram brigando.

Calaram-se ao ouvir Yuzu dizer:

― Cheguei!

― Renji? ― falou Rukia feliz ao entrar na sala e ver seu amigo. Ichigo se sentiu aliviado pela morena aparecer, a situação entre ele e o tenente estava bem embaraçosa.

― Estava te esperando um tempão. ― Ele deu um largo sorriso para ela.

― Visitas! Seja bem-vindo em nossa casa, Abarai-san. ― A irmã gêmea ruiva o complementou.

― Arigatou, Yuzu-chan. ― Renji achava a jovem tão educada, o oposto de Ichigo.

― Fique à vontade que vou preparar um chá. ― sorriu.

― Não se esqueça dos biscoitos. ― gritou ele.

― Que guloso. ― resmungou Ichigo.

― Rukia, como você está? ― Ignorou o ruivo, ele estava interessado na amiga.

―Tô bem, na medida do possível. Às vezes sinto falta de casa e... ― Ela olhou para o ruivo e deu um sorriso amarelo. Não se sentia bem em falar sobre aquele assunto perto dele.

Ichigo sentiu um aperto no coração. Ainda não tinha falado com Rukia sobre a pena que os Kuchiki e a Soul Society lhe deram, e ver aquela tristeza em seu olhar ao falar de seu lar, foi doloroso.

― Eu vou deixá-los conversando sozinhos. ― Achou melhor deixá-lo porque talvez Rukia evitaria desabafar com Renji por não querer entristecê-lo, afinal de contas, fora por sua culpa que Rukia foi destituída de sua família e mundo de origem.

― Antes de ir me despeço. ― Renji o respondeu, a ex-nobre se manteve calada.

O ruivo seguiu para as escadas, porém, não conseguiu subi-las. Aquela era a oportunidade de saber o que Rukia realmente sentia em relação ao que aconteceu na Soul Society, por mais que o jovem perguntasse, ela não responderia porque não queria que ele se sentisse culpado.

Sabia que estava fazendo muito errado, no entanto, ainda assim estava ali, escondido entre uma coluna tentando escutar a conversa dos amigos.

Eles quase não falaram nada, pois Yuzu chegou com o chá e biscoito. Os serviu e subiu para seu quarto tão apresada que nem viu o irmão. Sorte dele.

Após alguns minutos esperando o tenente devorar todos os biscoitos sem nem perguntar se Rukia queria um, eles finalmente voltaram a conversar.

― E como está seu capitão? – ela murmurou.

Ichigo não conseguia ver Renji, mas Rukia sim, e sua expressão era de dar pena. O ruivo ficou anda mais triste. Como não notou que ela sentia falta de casa e do irmão?

― Na mesmo, se faz de forte, mas sei que sente muito sua falta.

― Não disse nada que houve aqui para ele, né?

Na última vez que Renji veio ao mundo dos vivos, Rukia lhe pediu para não incomodar Byakuya com seus problemas.

― Lógico que não. Sei que só pioraria sua tristeza.

― Arigatou, Renji. Byakuya-sama é tão importante para mim, não suporto saber que o decepcionei tanto. Não quero lhe dar mais um motivo para se sentir mal. ― Ela abaixou a cabeça, seu coração estava em pedaços, por mais que reconstruísse sua vida com Ichigo, nunca seria completamente feliz sem a família que sempre se orgulhou em pertencer.

Ichigo engoliu a seco quando ouviu sua amada falar aquelas palavras tão cabisbaixa. Se pudesse arrancar aquela tristeza de seu coração, o faria imediatamente. Rukia era uma pessoa tão incrível e não merecia passar por isso. 

― Rukia... ― murmurou o nome dela de forma tão melancólica, ele estava sem chão.

Continua...

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Obrigada pelos comentários pessoal!

Ansiosa para saber o que acharam.

Beijos!


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