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História Enquanto Ele não vem - Three


Escrita por: heyhodallas

Notas do Autor


Oi, oi gente!
Mais um cap. vai aqui, espero que falem ao coração de vocês!

Capítulo 3 - Three


Fanfic / Fanfiction Enquanto Ele não vem - Three

E a você falo agora: Deus é bom! E se alguém tentar te dizer ao contrário, lembre-se sempre que ele é bom! Mesmo que às vezes as circunstâncias dizem que ele não se importa com você, pois está passando por momentos horríveis, ele está olhando por você, confie nele, espere e descanse nele, porque ele é bom e sempre será.

Dia seguinte- 1° dia de faculdade

Enfim hoje começa as minhas tão sonhadas aulas.

Esperei tanto pelo momento em que meu sonho iria se tornar realidade como está se tornando hoje. 

Sempre falamos que estamos nas mãos de Deus, que entregamos todas as nossas preocupação a ele, mas quando as coisas apertam, a primeira coisa que fazemos é tomar das mãos dele e tentar resolver por nós mesmo. Só que Deus tem me mostrado nesses últimos meses, que quando deixamos ele sonhar nossos sonhos junto com a gente, e confiar de coração nele, as coisas fluem, uma hora ou outra, e assim foi comigo. Deixei que ele sonhasse junto comigo o sonho de fazer veterinária, expus todas as barreiras que impediam de se realizar, e confiei nele e bum! Aconteceu.

– Jesus... mano... Me segura que vou ter um "treco"! – eu disse já em frente ao portão da faculdade assim que desci do táxi. Passei a mão sobre meu cabelo, arrumando ele, respirei fundo e comecei a entrar.

– Bu! – alguém gritou em meu ouvido me fazendo dar um pulo. Depois de ter ficado quase uns trinta segundos com a mão tapando minha boca, e tentando acalmar minha respiração, olhei para trás me deparando com o Léo.

– Mas o que? – perguntei dando um tapa leve em seu braço, que o fez gargalhar.

– Desculpa... – ele disse fazendo bico e eu sorri negando com a cabeça – Vem cá me dar um abraço! – sem nem esperar por uma resposta minha, Léo me puxou pela mão me abraçando. 

– E aí, calouro também? – o questionei assim que nos separamos e começamos a caminhar em direção ao prédio.

– Não, segundo ano já... – ele respondeu sorrindo – E você... não espera! Caloura, óbvio... – Léo revirou os olhos e eu gargalhei – Veterinária, certo?

– Sim... – parei de andar e ele me olhou com a sobrancelha arqueada – Como sabe? Não conversamos sobre isso...

– Ah! – ele coçou a nuca e soltou um riso abafado – Jesus me contou... – semicerrei os olhos e Léo crispou os lábios – Não briga com ele por favorzinho, eu que implorei pra ele me contar! – implorou com as próprias mãos entrelaçadas.

– Mas Jesus tá demais em... – gargalhei negando com a cabeça e Léo me acompanhou – enfim, e você? Faz o que?

– Mas como assim você não perguntou pra ele? – Léo me olhou indignado e eu tapei o rosto com as mãos – Fazer o que né...

– Desculpa... – gargalhei e ele também.

– Tranquilo... enfim, faço...

– Música! – exclamei o interrompendo e ele abriu um sorriso enorme – Ele acabou de me falar... – dei de ombros e Léo concordou rindo.

Ele me levou até a minha sala, disse que era caminho da dele, porém era mentira, a sala dele tinha ficado dois pavilhões atrás do meu.

Jesuszinho, já disse o quão esse menino é encantador? Não?! Ok... Ele é encantador.

O professor chegou na sala, a matéria era de anatomia. Fizemos as apresentações e ele pediu para sentarmos em dupla. Olhei para os lados, procurando alguém, mas parecia que cada um já tinha seu par.

– Ótimo Jesuszinho, faz eu e você, melhor ainda... – sussurrei enquanto abria o caderno.

– Oi! Posso fazer contigo? – um garoto loiro, e no check-up rápido que fiz com os olhos, ele era bem musculoso; disse com uma cadeira nas mãos. 

– Claro! – respondi sorrindo e ele retribuiu. Arrastei minha cadeira para o lado, dando espaço pra ele colocar a cadeira, e assim o fez. O garoto colocou seu caderno em cima da mesa e sentou ao meu lado.

– Então... Sou Lucas Antônio, você escolhe qual dos nomes vai me chamar. – ele disse simpático estendendo a mão.

– Ok... Aline, e eu não tenho um segundo nome. – respondi crispando os lábios o fazendo gargalhar. Apertei sua mão o cumprimentando. 

Voltamos nossa atenção à aula. O professor já havia começado a introdução. O garoto ao meu lado, se endireitou na cadeira e começou a fazer suas anotações, e assim pude reparar melhor seus traços. Era um menino muito lindo por sinal. Era relativamente alto, braços incrivelmente fortes, topete perfeitamente arrumado, barba delineada, olhos azuis e muito bem perfumado! 

– Jesus meu caro amigo, o que é isso em? – sussurrei o mais baixo possível – Tu tá de parabéns com essas suas criações em! – assim que voltei a prestar atenção no professor, senti Jesus falando comigo de uma maneira muito forte, chegava a "incomodar". Pedi licença ao professor e saí da sala e caminhei rapidamente em direção ao jardim na lateral do prédio. – O que foi em? – perguntei olhando pro céu – O que quer me dizer? – na mesma hora meu celular vibrou avisando que tinha notificação. Era um aplicativo de versículos que eu baixei no celular. Todos os dias aparece um versículo "do dia". Dizia assim: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida". Provérbios 4:23" – Ok... muito louco isso aqui. – disse olhando o celular. Era sempre assim: eu e Jesus conversamos normalmente, como amigos fazem, mas quando ele queria me alertar de algo, sempre me levava pra palavra. – Ok meu amor, tu tá querendo me alertar sobre algo é isso? Certo... vamos tomar cuidado então, mas fique tranquilo! Eu vou ser cuidadosa, agora tenho que voltar... – bloqueei o celular e voltei para a sala de aula.

***

As duas primeiras aulas já tinham ido, agora fomos liberados para o intervalo. 

Fui até a cantina, comprei meu lanche e fui me dirigindo para sentar em um banco afastado daquele aglomerado de pessoas.

– Aline! – me virei e vi Lucas me acenando para que eu fosse lá. Olhei em volta e fui em direção a ele. – Esses são Luiz, Mateus e Otávia. – ele disse apontando respectivamente para um garoto moreno dos olhos pretos, o outro também moreno dos olhos castanhos, e a garota era loira dos olhos verdes. 

– Oi, prazer! – a loira disse sorridente – Senta com a gente...

– Ah, ok! – me sentei ao lado dela, de frente para Lucas que sorria gentilmente.

– Lucas falou de você agora pouco... – Luiz disse antes de dar uma mordida em seu lanche. Olhei para Lucas que revirou os olhos, o que me fez rir.

– Bem ou mal? – brinquei e eles gargalharam.

– Acredite, muito bem! – Mateus respondeu levantando as sobrancelhas.

Ficamos ali conversando animadamente. Descobri que Luiz faz direito, Mateus fotografia, e Otávia medicina. Eles eram super engraçados e muito animados. Vi Léo passar com a Carina indo em direção à cantina, e assim que me viram sorriram e acenaram. Léo comprou algo, e veio em nossa direção:

– Oi pessoal! E aí, tudo bem? – ele disse cumprimentando todos ali, enquanto Carina acenou de longe.

– E aí! – Lucas respondeu sorrindo.

– Quando tu for embora, me dá um toque e a gente vai junto, pode ser? – Léo perguntou se dirigindo à mim. De relance vi Otávia quase o devorar com os olhos, o que me fez rir.

– Tranquilo,  mas hum... preciso do número... – sorri para ele que revirou os olhos.

– Meu Deus, estou de parabéns! – exclamou e esticou a mão para pegar o meu celular. – Prontinho!

– Ok!

– Tchau, tchau! – Léo e Carina se despediram e logo os perdi de vista.

– Conhece eles? – Lucas perguntou franzindo o cenho.

– Sim, conheci quando fui na igreja... – crispei os lábios o encarando.

– Eles são doidos... De vez em quando fazem uma roda com violão, e fazem uma reunião aqui no meio da faculdade e começam a dar sermões... Aquele lance Jesus e blá, blá, blá – Otávia disse fazendo uma careta e os meninos riram. Eu me senti incomodada com o jeito que eles falaram do pessoal, mas principalmente pelo modo ela citou meu amor. "Jesus e blá, blá, blá"? Oi? 

– Blá, blá, blá? – perguntei com a sobrancelha arqueada. Lucas passou os olhos entre mim e ela e apertou os lábios.

– Ah sério?! – ela indagou impaciente – Você também é crente igual eles?

– Sim, eu sou! 

– Tava bom demais pra ser verdade... – suspirou – Você é tão legal pra ser crente, tipo, sério?

– E só porque sou "crente" – gesticulei aspas – sou chata?

– Ah... Liga não Ali... – Lucas interrompeu ela, quando abriu a boca para responder – Relaxa, ela se expressou mal. 

– Enfim, tranquilo. – disse. Otávia sussurrou um "foi mal" e voltamos a conversar animadamente como antes.

***

As aulas acabaram e eu rapidamente juntei minhas coisas para sair dali. Estava o caco! Foi um dia extremamente cansativo, e eu ainda tinha que conseguir um táxi ou vou enfrentar ônibus.

– Ei! Não ia me ligar? – me virei depressa e vi Léo com os olhos semicerrados me encarando. Tombei a cabeça para trás e apertei os olhos o ouvindo gargalhar.

– Mil desculpas! Juro que nem me lembrei, estava tão entretida pensando que acabei me esquecendo.

– Ok, desculpada! – ele disse me abraçando de lado – Quer uma carona? 

– Léo, não vou recusar não em! Estava aqui pensando em como iria voltar pra casa, apesar de ser pertinho, tipo três quarteirões, mas estou o caco! – respondi suspirando e Léo sorriu.

– Relaxa, depois piora. – ele gargalhou enquanto me puxava em direção ao seu carro com o braço sobre meus ombros.

Entramos no carro, e logo ele deu partida saindo dali.

Léo insistiu que queria ir na sorveteria antes de me levar pra casa, e eu tive que aceitar. O caminho até a sorveteria era um pouco longo, já que ele queria ir na sua favorita que ficava do outro lado da cidade, e isso levava cerca de uns vinte minutos e olha lá!

No som do carro tocava Mil Cairão do Rashid, e o vi cantar animadamente a canção. Olhando assim, de fora, Otávia tem razão: ele é doido mesmo. Consigo sentir a loucura em cada ato do Léo. Os olhos dele refletem Jesus de uma forma inexplicável. Tá aí algo que eu quero muito!

Depois de exatamente vinte e dois minutos, finalmente chegamos na tal sorveteria.Estacionamos o carro em frente ao estabelecimento e entramos.

Léo escolheu uma mesa perto da janela, e ali nos sentamos. Ele escolheu milk-shake de nuttela com hortelã, e depois de o ouvir falar quase cinco minutos do quão bom essa junção era, acabo pedindo o mesmo.

– Então você canta também... – ele disse depois de beber um pouco do seu milk-shake.

– Mais ou menos... – dei de ombros bebendo o meu. Léo arqueou a sobrancelha esquerda e eu franzi o cenho.

– Não foi bem isso que um amigo meu contou... Fiquei até sabendo de uma composição...

– Sério Jesus?! – exclamei levantando as sobrancelhas, enquanto Léo gargalhava. – Tu tá sensacional em, vou te contar viu meu querido!

– Relaxa que ele só contou pra mim. – ele piscou e eu concordei com a cabeça dando mais um gole no milk-shake. – Podemos marcar um dia pra você me mostrar ela, o que acha? Claro que se você quis...

– Claro que quero! – exclamei animada o interrompendo. Léo soltou uma gargalhada. – Mas falta a melodia, eu não consegui achar uma que seja ideal sabe?

– A gente dá um jeito nisso rapidinho! 

Ficamos conversando e tomando nosso sorvete durante uma hora, e então fomos embora.

***

Cheguei em casa, tirei os sapatos, coloquei a bolsa em cima da mesa e me joguei no sofá. 

Meus pés doíam muito, e minha cabeça estava começando a querer doer.

– Eita, foi só o primeiro dia e já estou assim? – questionei enquanto me levantava indo em direção à cozinha para pegar um remédio. – Ai Jesuszinho, nem acredito que você realizou meu sonho. – tomei o comprimido, dei um gole no copo de água, e me escorei na bancada cruzando os braços. – Eu passei o dia todo ocupada, e quase não falei contigo né meu amor? Desculpa... Mas olha, estava com saudades, você sabe! Ah! – prolonguei o "a" – Como assim tu contou pro Léo sobre a música? Você em... Era segredo, entr... espera aí! – exclamei interrompendo minha própria fala – Ele foi perguntar pra você por que? – sorri semicerrando os olhos – Enfim, não precisa me falar... Ah Paizão, eu estou começando a ficar preocupada. Tipo, estou exausta, e foi só o primeiro dia! Começando a sentir saudades de casa, me sentindo meio... – meus olhos marejaram e eu suspirei fazendo as lágrimas rolarem. Apertei os lábios fazendo as gotas se desmancharem. Fechei meus olhos e os apertei com força, liberando toda emoção que estava sentindo, que não conseguia expressar em palavras. – Deslocada! Essa é a palavra ideal. – limpei as lágrimas e logo senti o espírito santo ministrar em meu coração o seguinte: "eu entendo sua saudade, sua preocupação, mas o que eu disse à Josué quando ele assumiu o lugar de Moisés? Não foi; sê forte e corajoso, que da mesma forma que fui com Moisés também seria com ele? Então. Digo a mesma coisa pra você: seja forte e corajosa, assim como fui com Moisés, Josué, e com todos os meus filhos, serei com você. Eu te trouxe aqui, então descanse em mim. E outra coisa: eu sou seu lar, da mesma forma que você é o meu, então onde eu estiver, você estará em casa!". Os soluços saiam altos, e as lágrimas rolavam sem parar, meu coração ardia. Mais uma vez Jesus estava ali comigo, não me desamparando. E mais uma vez comprovo o quanto ele se importa comigo.

E à você que está lendo isso: Jesus se importa com você, com sua dores, com seus sonhos... e sempre que se sentir só, se sentir fazia por dentro, lembre-se que existe um Pai, que mora em você! De todos os templos grandiosos que ele poderia escolher para morar, ele escolheu morar na humildade do seu coração, então nunca se sinta só. Existe um Pai amoroso, um melhor amigo, que mora dentro de você. Nunca se sinta só!


Notas Finais


Espero que tenham gostado! God blesssssss <3


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