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História Enquanto houver amor - Que roupa é essa, filho?


Escrita por: ApenasLu

Notas do Autor


Primeiro: Eu quero dar meu muito obrigada a todos os favoritos e a todos os comentários maravilhosos! Obrigada!💖💖
Essa história começou de forma despretensiosa, depois do casal Jelena ter chegado ao fim, acredito que não o fim definitivo.
Eu os amo juntos e quis fazer algo meu para vocês.
Mesmo que não perfeita, ela é de coração!
^-^

Capítulo 25 - Que roupa é essa, filho?


Fanfic / Fanfiction Enquanto houver amor - Que roupa é essa, filho?

Os degraus vão desaparecendo gradativamente conforme descemos, ela atrás, os dedos entrelaçados aos meus fortemente, aos poucos a melodia clássica e instrumental dos músicos presentes nos transporta para a área externa da casa, há mais gente do que previ.
Minha cabeça dói a cada movimento que faço.

- Seus pais gostam de mostrar que possuem muita grana - Selena, como sempre, desdenha de forma ácida, crítica ela não me olha - Chega a ser ofensivo para alguém como eu… Olha aquela mesa! Tem comida para um batalhão ali.

- Selena, não começa…

- Eu só estou comentado, Bieber, vocês são extravagantes!

Iluminado e muito bem organizado pela Sra. Butler, o local carrega sofisticação e delicadeza desde aos arcos de flores silvestres no Jardim ao ipê cheinho de luzes pulsantes, marca registrada da mulher elegante que caminha em nossa direção em um simples vestido branco, a leveza da mulher mais velha deixa minha garota insegura ao meu lado.

- Meu Deus! Garoto! - Os olhos cinzentos focam apenas em mim, agitada como o filho mais velho, Lourena puxa-me para mais perto da piscina - Você demorou tanto! Sua mãe estava enloquecendo ali, Patrícia! Patrícia!

Sorrindo, desvinculo meu braço de seus dedos finos.

- Tia Lory! Deixe-me apresentá-la a Selena, minha namorada.

A mulher alta ainda apresenta sinais de uma recente gravidez no abdômen, apesar do peso ganho, sua beleza não havia sido afetada, continua bela. Lourena afasta os fios avermelhados para o lado.

- Selena? Conheço você… Ah! Claro! Você é a garota que ajudou meu Ryan em história e também é a amiga de Ashley!

- É um prazer conhecer a senhora, é muito bonita e o Ryan é um cara incrível, faz um ótimo trabalho com ele.

Ela não perde tempo, envolve o corpo magro e pálida de Selena com seus braços, seu rosto alegre me encara.

- Obrigada! Você agora teve sorte, a menina Baldwin é muito enjoada. Sobre meu filho, ele não admite, mas sei que você deu uma ajudinha naquele namoro, Ryan sempre foi péssimo em falar com as garotas, agora ele está tão feliz.

- E onde ele está?

Lory sorrir largamente antes de pôr às mãos na cintura e me olha divertida como sempre.

- Adivinha? Ele foi conhecer os pais da namorada!

- Hoje? - Selena parece supresa - Ash não comentou nada comigo...

- Ele decidiu de última hora, acho que ele não queria está aqui…

- Aquele maldito sempre arruma um jeito de escapar!

- Podemos sair se você quiser... - Sugestiva, Selena me abraça. 

O silêncio se apossa a nossa volta, não demora para que a presença incômoda e pesada do matriarca da família forme uma atmosfera densa e quase insuportável o que já era comum.

Ele aproxima-se de mim, uma das mãos segura o copo de wiskin e a outra meu ombro, apertado-o.

- Onde está a roupa que separei para você, Justin? Não foi essa merda que deixei lá.

Jeremy sorrir para Lourena, porém, suas palavras não são amigáveis quando referidas a mim, sua mandíbula trava e a mão segura-me com mais firmeza, machucando a carne ainda ferida pelo esporte.

- Eu não estava confortável - Afasto-me de seu toque, Selena contínua perto, assim como a mãe do meu melhor amigo - Eu nunca gostei de vestir esse tipo a roupa, pai - Tento ser o mais suave possível ao falar com ele - Me sinto melhor assim.

Frio, ele parece perto de um surto quando me olha, porém, manter a aparência de uma família perfeita era mais importante. Meu pai nota a garota que me acompanha, o desprezo em seus olhos incomoda-me até a alma.

- Quero conversar com você. A sós, depois de tudo isso.

Aquela bolha densa estoura assim que ele se vai, permito que um suspiro escape do fundo do meu peito. Vejo o sorriso doce de Lourena forma-se em seus lábios coberto por um batom vermelho, envergonhada puxa minha Selena delicadamente pela mão, arrastando-me junto.

-Aí, Deus... Jery não muda nunca, sempre um ogro!

Patrícia sempre foi, pelo menos para mim, o ser mais amável de todo o universo, minha avó nunca reclamou de ficar em segundo lugar, afinal não daria para competir com a mulher que me trouxe ao mundo, essa não poderia está mais bela, os olhos cor de mar transbordam amor e fascinação pelas crianças que imploram por sua atenção.

- Não! Jazzy, eu já disse que não pode bater no seu irmão! Agora ponha esses doces de volta para mesa, Jaxon! Comportem-se ou eu…

- Pattie! Achei o Justin!

A presença da mulher ao seu lado torna-se seu foco, estreita os olhos claros ao sorrir, mesmo que esse desapareça ao encontro dos meus com os seus, um breve abraço com Selena é o sufiente, não resta nada para mim, espertos, meus irmãos aproveitam o momento para escapar de uma sentença de castigo.

Minha mãe espera as outras duas mulheres afastaram-se para que diga o que tanto quis dizer ao me ver.

- Que roupa é essa, filho? - Os cabelos castanhos estão presos, no entanto alguns fios ainda caem sobre o rosto angelical e raivoso - Pelo amor de Deus, Justin, não arrume problemas com seu pai hoje.

Cansado, sinto o peso do nome Bieber sobre meus ombros quando ela recolhe minha mão e a aperta.

- Venha, ele quer te apresentar para algumas pessoas.

- Odeio quando ele faz isso, mãe - Reclamo quando deixo-me ser levado - Me sinto um produto em uma vitrine.

- Justin! Não fique dizendo esse tipo de coisa, ele só quer apresentá-lo a alguns amigos.

- Mãe... Eu não gosto - Paro de andar assim que o vejo cercado - Olha ali! Está vendo quem está ali? Com certeza ele me odeio.

Sua mão não é leve quando fechada em punho e jogada contra meu peito.

- Não diga isso! Seu pai te ama, Justin! - Ela me bate mais uma vez, Patrícia está zangada, algo me diz que não é comigo, não apenas - Desde quando tornou-se tão ingrato?

- Ingrato? Mãe! Ele quase não me dirige a palavra, quando isso acontece é para julgar minhas ações, isso machuca, sabia?

- Acha que não machuca ver o primogênito não seguir o caminho que o pai traçou? Acha que não machuca ouvir o filho dizer que preferia ter o padrinho como pai? - Suas palavras soam cheias e rancor, afiadas como lâminas.

Droga! Mil vezes droga!

- E-Eu… Merda... - Eu me sinto o maior imbecil do mundo ao encontrar os olhos, antes doces, cheios do mais amargo fel - Desculpe.

- Você deve desculpas a ele, Justin, venha.

A firgura alta e loira da Sra. Baldwin acena, não faz questão de um comprimento mais íntimo, estranho um pouco o fato de Hailey não está entre eles, talvez nosso romance rompido ainda seja recente para ela, o marido prefere ignorar a minha presença e continua a falar como se nunca tivesse me visto.

- Não sei porque seu pai os chamou - Pattie resmunga enquanto lança um sorriso para eles - Pensei que fosse um encontro entre amigos.

- Não há um único amigo meu aqui, mãe, nem o Ryan…

- Para de reclamar, Justin - Ela passa as mãos sobre o tecido liso da camisa que visto - Agora vá e sorria como um bom garoto.

Teoria da vida:
Eu sempre acreditei em outros mundos, dimensões, vida fora da terra, em algum desses outros mundos, eu não precisaria viver de tantas aparências, talvez eu fosse apenas um cara que gostava de ajudar outras pessoas.

As risadas são contidas, controladas, visivelmente sem humor, os homens ricos e muito bem vestidos notam a nossa aproximação e encerram o assunto, meu pai larga o copo sobre a mesa coberta por uma toalha de linho branca e dispensa minha mãe com um breve beijo, antes que ela parta faço um pedido silencioso, sei que entendeu por sua resposta.

- Não a deixarei sozinha.

Então ela parte, jogando-me entre os leões, sou presa fácil para o constrangimento.

- Vejo que já é um homem formado, se parece com o pai - Gentil, o senhor de aparência cansada é o primeiro a falar - Muito prazer, Eder Franco.

- Prazer, Justin.

- O prazer é meu, querido - Ele sorrir de modo tão amistoso ao apetar minha mão, não o reconheço - Mas a leveza é da mãe, posso ver.

Bruce e seu pai me analisam minuciosamente, entre si comentam algo baixo, só para eles, Jaremy está atento a isso, como um bom pai me oferece um lugar ao seu lado.

No começo não fazem questão alguma de me incluir na conversa, e eu, não tenho a mínima vontade de está ali, perco-me contando quantas linhas há desenhadas no lenço azulado sobre a mesa simples.

- Justin - Ele me chama, aquele que nunca tinha visto - Seu pai estava nos falando sobre você antes de chegar - Eder não fazia parte do ciclo íntimo de amigos, por esse motivo não havia o visto até aquele momento - Então, é o  divergente, se não fará administração ou advocacia, o que fará?

Sinto o olhar penetrante das poucas pessoas a minha volta, arrasto as mãos pelo pano grosso da calça para secar o suor que insiste em sair pelos poros.

- Medicina.

Os lábios finos do homem idoso curvam-se em um sorriso astuto, os poucos cabelos que lhe restam são tão brancos quanto a toalha que cobre a mesa de madeira, ele leva o copo com bebida alcoólica para o rosto, tudo isso sem quebrar o contato visual comigo.

- Hum... Um médico, posso saber o porque de não seguir a carreira dos pais?

O gosto metálico espalha-se por toda a boca devido a tamanha força que prendo o lábio inferior entre os dentes ao tentar pensar em algo que não ofenda a minha família, a pior parte dela, presente naquela mesa afastada, não consigo achar nada.

- Não é para mim, não tenho o sangue frio que é necessário para essas profissões, não saberia negar um empréstimo a alguém necessitado ou favorecer uma empresa com histórico questionável.

Eu sempre soube o quanto Bruce poderia ser um homem desprezível, seu pai foi um ótimo professor, lhe ensiou bem.

- Aquela… - Os olhos verdes ascedem apenas quando usa o sarcasmo, ele encara meu pai e depois a mim - Namoradinha que arrumou, as ideias anarquistas dela andam lhe influenciando?

Me permito sorrir friamente, bebo um pouco da água enquanto reflito, relaxo, Bruce não me afeta, não como antes.

- Não - É tudo o que digo, encaro Eder ao lado do Ex-prefeito e seu filho, o atual - Enfim, pretendo ser útil de outra forma, salvar vidas que não podem pagar nada seria suficiente.

- Isso é lindo, mas pretende trabalhar de graça? - Meu primo insiste em alfinetar tornando tudo menos agradável, ele poderia ter ficado em casa - Ou meu tio abrirá um consultório para você?

- Não quero um consultório e não importo-me com dinheiro.

Jeremy sorrir enquanto coloca o braço sobre meu ombro, abraçando-me.

- Quando somos jovens esses pensamentos são realmente belos, mas ainda tenho esperança que isso possa mudar - Meu pai não esconde o quanto espera que minha ideia não seja fixa - De que ele veja que a vida é bem mais que sonhos socialistas.

- Quando ele ver o que acontece com quem perde tempo acusando pessoas inocentes e organizando protestos…

- Isso é uma ameaça para Selena? - O sangue drena com força para a minha cabeça dolorida - Está insinuado algo, Bruce?

O sorriso carregado de malícia abri-se aos poucos mostrando seus dentes brancos e alinhados.

- Não, primo, não foi a minha intensão soar ameaçador, só estou mostrando um fato, um dia você terá que escolher entre ser um grande homem ou um bosta, se bem que não caminha para ser grande.

Não há vontade nem graça no riso que me escapa.

- Você é um bosta, pode ter certeza.

- Hum… Eu? Tem certeza? Olha quem é sua namorada, garoto!

- Como é? Repete!

Esquento, bato com força sobre a madeira da mesa, algumas pessoas nos olham, mas eu não ligo, quero arrebentar a cara dele.

- Justin - Meu pai usa um tom calmo, sua mão aperta a minha, eram raros os momentos que isso acontecia, mas éramos parecidos demais, ele sabia que eu estava começando a perder a linha - Acalme-se.

- Seu pai me mostrou seu boletim - Eder muda o assunto - Ficaria honrada em ter um jovem como você em minha Universidade, Justin, não tive filhos, mas se Deus tivesse me abençoado gostaria que sua essência.

- Meu filho é um garoto abençoado, eu sou um homem muito sortudo por ter construído essa família. - Meu coração bate freneticamente dentro do peito.

É tão bom o sentimento que cresce em meu peito ao ouvir palavras tão bonitas de um estanho, mas o que meu pai diz me deixa radiante, porém, não há tempo para uma resposta, um grito divertido e uma risada bem conhecida e amada pelos meus tímpanos me desperta, ela corre descalça pela grama, as vezes rodopia feito uma fada.

- Me desculpem, preciso ir.

Ergo me rapidamente para encontrá-la entre os outros adolescentes na parte traseira da casa, Selena dança de forma sensual, sexy e quase vulgar devido ao tamanho do vestido que usa, esse tão pequeno se eleva quando gira, toda a alegria que senti é escorrida pelo suor, ela se perde pelo caminho quando aproximo a passos pesados, cego pela raiva, puxo com força seu corpo.

- O que merda está acontecendo aqui?

Os diversos pares de olhos encaram-me assustados por breve segundos, logo uma expressão de alívio toma conta das faces coradas e suadas. Entre eles estavam primos, alguns distantes outros não.

- Relaxa aí, JB, tia Pattie precisou olhar seus irmãos, então sua garota ficou aqui, olha só como ela está feliz.

- O quê deu a ela? - Selvagem e bonita Selena esta logo atrás do meu corpo sorrindo de algo que desconheço - O quê deu, Porra?

- Baby… - Um ruído manhoso salta de Selena quando ela prende-se a mim em um abraço cheio de más intenções - Vamos para o quarto, deixe eles aí…

- Fica queita, Selena! Tio Adam irá adorar saber o que você anda fazendo, Walker.

- Quem ouve pensa que nunca usou, Justin.

Alisson nunca foi um amigo, seu jeito arrogante e esnobe eram típicos de garotos que tinha o mundo aos seus pés, os cabelos negros caem nos olhos brilhantes, ele joga a fumaça do cigarro de maconha em minha direção.

A raiva me queima os neurônios, foi isso que ele deu a Selena.

Minha mão arde quando acerto o punho esquerdo com força contra sua face com piercing, todos os jovens me encaram supresos.

- Não dê essas merdas estragadas a ela, está me ouvindo? - Esbravejo irritado.

Alisson Walker afasta o fino raio de sangue que desce do nariz ao me olhar perplexo, Selena canta baixinho.

- Caralho, primo, qual é? A Hailey fumava com a gente!

- Selena não é a Hailey, ela não usa isso!

Sinto falta de sua voz, de sua presença, viro-me, ela não estava mais ali.

- Mas que merda!

Torço para que ela não tenha tomado o mesmo caminho que fiz para chegar a onde estou, porém, mais uma vez meus pedidos são renegados e a vejo bem onde não deveria estar, ali, sentada na mesa debatendo algo de modo agressivo com seu alvo favorito.

Bruce tem a face corada, fortemente corada e vai ficando cada vez mais vermelho conforme ela o enfrenta com ferocidade, as mãos sobre a mesa e o troco erguido, apoiando o peso nos braços, inclinado-se para frente, Selena está da mesma forma.

Tremo ao notar o divertimento nos olhos seguros do diretor da Universidade Federal da Virgínia e a forma dura que meu pai a encara.

- Ah! Então quer dizer que desviar dinheiro que seria para educação é algo legal? Fracamente, deveria ter vergonha de atitudes como essa!

- Selena - Afasto seu corpo suado e o trago para mais perto do meu - Ei, amor…

- Então essa é sua namorada?

- Gomez, você não sabe do que fala! - Alterado, Bruce fecha o punho.

- Não sei? Quer paga para ver?

- Já chega, Selena - Ela é mais forte do que parece.

- Deixa eu terminar, Justin, eu tenho que dizer…

- A tire daqui - Meu pai não é ostil como das outras vezes - Bruce está ficando nervoso.

Concordo, não permito que ela fale mais nada, puxo seu corpo para longe o mais rápido possível.

Ela tinha razão:
Bruce Ross não valia o prato que comia, era um crápula e demorei para descobrir.


 

"Deitado perto de você sentindo o seu coração bater e eu estou pensando sobre o que você está sonhando querendo saber se sou eu que você está vendo"

I Don't Want to Miss a Thing


Notas Finais


Como já havia dito, Jeremy não é mau, é só um rígido.
Porém, como na vida ha pessoas com caráter ruim, esse é o caso do Bruce e seu pai.


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