Entao la estava eu, brincando na cadeira giratória de evan, como uma criança. Nunca tive uma dessas então, acho melhor eu aproveitar o momento, assim como aproveito todas as vezes que vou à casa dele.
-voce vai trabalhar la... né?- ele fecha a porta do quarto e se senta em sua cama, apoio os cotovelos nos joelhos e me olhando nos olhos.
-hum... não tenho certeza, por que?- continuo girando de um lado para o outro, lhe fazendo sorrir
-ta de brincadeira? Você quer um emprego ou não?
-claro que sim, mas é que... porra-paro de girar e o olho- você sabe que eu não gosto de cantar na frente das pessoas, evan
-eu sei, mas também sei que você tem talento, tem que superar
-voce é que vai ter que superar o roxo da sua cara quando eu te pegar na porrada, isso sim
-ah, qual é –ele se se inclina para trás e solta uma risada soprada- você é muito trouxa
-sou mesmo, e eu não vou entrar naquele bar nem morta!
-entao o que ta fazendo aqui? Eu achei que você vinha para eu te levar la
-eu to... ué! Não posso ficar na casa do meu melhor amigo?
-não sem a minha permissão. Tem certeza que não vai la? Por favor, apresenta só uma vez, se você não gostar tu nunca mais entra naquele estabelecimento.
-sabe que... ta, mas só por você.
-só por mim, vamos! –ele estende o braço para mim e eu seguro no mesmo, meio incerta
~//~
Evan empurra a porta de vidro pesada do bar, pisando no chão de madeira que rangia baixinho. La dentro estava abafado, e o local tinha um ar rustico e cheiro de batata. Pudemos ver a mulher alta de cabelos tingidos de vermelho no balcão, anotando coisas em um caderno pequeno.
-hum...oi, eu sou o Evan e essa é a minha amiga, Sabrina. Vocês ainda estão contratando para shows aqui?
A mulher direciona seu olhar à mim e eu sorrio fraco. Ela devolve o sorriso e volta seu olhar a Evan, e percebo seus olhos brilharem.
-olha, nós podemos fazer uma apresentação experimental hoje a noite mesmo, se ela gostar pode se tornar um emprego permanente.
-perfeito! –ele sorri fazendo suas covinhas aparecerem- então hoje mesmo? Que horas?
-o rodizio começa as 19:00 e fica tudo mais movimentado as 21:00, então mais ou menos as 20:30 ela já pode chegar para se preparar. Nós temos alguns instrumentos á sua disposição, como bateria, violão, baixo e pandeiro. Microfone e som também, então traga apenas sua voz e se você preferir pode trazer algum instrumento seu mesmo. Aqui temos o numero fixo daqui e o telefone celular –eu me aproximo do balcão e ela aponta com a caneta para um cartão com números telefônicos- entendeu?
-entendi, obrigada –sorrio e cutuco evan
-tchau!- ele acena para a moça e ela apoia a cabeça nas mãos nos observando sair de la. Quando atravessamos a rua em direção à casa dele, eu tomo coragem e comento:
-entao, sua namorada é muito gentil
-minha... o que? Não me diga que...
-isso mesmo. Vocês estavam fofos
-mas eu nem conversei com ela
-ah sei la, tavam fofos
Ele revira os olhos e me empurra para a rua
-oww seu sem noção! Se essa rua não estivesse deserta eu poderia ter morrido!
-isso seria interessante –ele ri e me empurra de novo, então eu o empurro com mais força- ei!
-pode parar de ficar se fingindo, que eu sei que quando eu morrer, você vai transformar seu quarto em uma bacia hidrográfica de tanto chorar.
-vou mandar um “ata” bem quentinho para você, ok?
-idiota
-idiota
~//~
continua...
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